Guerra Fria escrita por Joan Missing


Capítulo 26
Capítulo 26 - A gente tá sobrevivendo.


Notas iniciais do capítulo

Gente o fim do mundo é lindo, foi otmimo te conhecer Ushuaia!!!!
Cheguei ontem de viagem, mil desculpas. Isso nunca mais vai acontecer!



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POV VALENTINA

- Valentina Cooper, se você não sair desse quarto agora mesmo eu arrombo essa maldita porta! – Ouvi a voz irritadíssima do meu odiado e adorado guerrilheiro –

- Eu to tentando me arrumar aqui! – Eu disse abrindo a porta – Será que você não pode esperar cinco minutinhos? – Disse voltando minha atenção ao espelho, e agora só faltava apenas o batom, rosinha claro básico. – O que? – Disse percebendo que ele me encarava –

- Eu ouvi essa história de cinco minutinhos há quarenta minutos patricinha! – Ele disse revirando os olhos – Nossa aula começa daqui a vinte minutos, vamos logo!

- Ok,eu já terminei. Viu, menos de cinco minutos! – Eu disse sorrindo e ele me olhou irritado – Vou só pegar minha bolsa.

Ele mesmo foi pegar a bolsa e saiu praticamente me arrastando pra aquela maldita universidade, nem quero lembrar que vou ter aula com a maldita cara de cavalo, é mole? Subi na motocicleta do guerrilheiro e ele dirigiu feito um maluco, quase que me matava. O que seria uma perda imensa para a humanidade já que iriam ficar sem minha luz. Enfim, não precisam se preocupar, eu estou vivinha.

- Que horas você sai, patricinha? – Ele perguntou quando chegamos –

- Dez e meia e você?

- Dez. Volta comigo?

- É né, to sem carro! – Disse obvia -

-Não se meta em confusão e, por favor, fique longe da Federica. – Ele pediu e afagou minha bochecha – Você não precisa provar nada a ela, só ignore. – Eu revirei os olhos –

- Vou tentar Miguel, mas não prometo nada.

- Da ultima vez que você disse isso ela acabou levando quatro pontos no braço por causa daquele prato que você arremessou, aliais, foi um belo de um arremesso! – Ele disse sorrindo e eu corei lembrando o pequeno incidente, mas a vadia mereceu. –

- Ela começou e você viu, ela que jogou suco verde na minha bolsa nova!  - Ele revirou os olhos –

- Boa aula Susie. – Ele disse rindo e eu revirei os olhos –

- No mínimo uma Barbie pangaré! – Disse e fui pra minha aula. Ótimo, ainda faltam três horas pra sair desse inferno. –

(...)

Finalmente as aulas acabaram, não aguentava mais a presença da Égua nas mesmas aulas que eu, tenho que andar com sal grosso pra me livrar de toda energia negativa que essa criatura tem.

- Oi Valente! – Lennon disse brotando ao meu lado – Você falou com Rob?

- Não, por quê? – Perguntei desconfiada –

- Ele estava te procurando. – Ela disse dando os ombros – Queria voltar as minhas férias! É o primeiro dia de aula e eu já não aguento mais!

- Duas, pelo menos acabou por hoje!  E eu ainda tenho que aturar a cara de cavalo, a vadia está fazendo quase todas as cadeiras que eu , isso é perseguição não é?

- Credo! – Ela disse fazendo uma careta – Se benze que a inveja emana pelos poros daquela menina!  E o guerrilheiro?

- Irritante, chato, bruto e indelicado! – Eu disse e ela revirou os olhos – Ou seja, como sempre!

-Deixa de ser ridícula Valentina, você é doida por ele então para com esse doce! – Ela disse brava  – Não conseguiria imaginar ninguém melhor pra te domar, ele lembra você quando ainda tinha um coração. Vocês vivem grudados.

- Nós não nos acertamos Lennon, a gente tá sobrevivendo, vamos dizer assim. – Eu disse fechado o meu armário –

- Eu ainda não sei como vocês ainda não derrubaram aquele apartamento.  – Ela disse rindo – Sabe quem vol...

- Valentina! – Ouvi a voz fina da desgraça da cara de cavalo – Todas as juntas, isso não é uma maravilha, irmãzinha? – Respira Valentina, respira.

- É maravilhoso Cavalinha, minha irmãzinha adorada! – Disse dando o meu melhor sorriso falso –

- Estou com saudades de você em casa, devia voltar. – Ela disse fazendo uma carinha de cavalo triste nada fofa –

- Sabe como é né, o Miguel não se desgruda de mim nunca! – Disse sorrindo – E nós estamos tão felizes morando juntos, já até estamos pensando em bebês, um novo herdeiro Cooper-Herrera, já pensou? – Ela ficou verde, azul, roxo, rosa, flúor e vermelha, tão brega. Abria e fechava a boca, mas não saia um palavra – Vou lá eguinha que ele está me esperando para irmos para a nossa casa. – Dei um tchauzinho e ela ficou lá parada, eguando -

Me afastei dela e Lennon me acompanhava segurando a risada.

- O que foi isso? – Ela perguntou surpresa –

- Não sei, mas a vadia tá aprontando alguma amiga.

Fomos caminhando pelo campus conversando besteira e acabamos encontramos Rob meio triste no estacionamento conversando com o Miguel, Lennon me olhou preocupada e eu dei os ombros. Tem alguma coisa acontecendo e pra afetar tanto o gandão só pode ter ligação com a espanhola maluca da Luna. E o guerrilheiro sabe do que tá acontecendo e ele vai me dizer.

-Finalmente! – Ele disse quando me viu – Se demorasse mais dois segundos ia voltar a pé pra casa!

- Eu? Andando a pé? – Dessa eu tive que rir – É só eu estralar os dedos e aparece alguém pra me levar até pra lua! – Ele revirou os olhos –

- Pois estrala os dedos ai porque comigo você não volta! –Ele disse subindo na “poderosa”, é a motocicleta tem um nome. – Te encontro em casa. – Disse dando a partida. Olhei pra Lennon que tinha uum sorriso no rosto e depois para Rob, que continuava tristinho, maldita espanhola. –

-  Vamos comer? – Sugeri – Como nos velhos tempos, sem projeto de Che Guevara, espanhola  maluca ou príncipe encantado.

- Eu amei a ideia. – Lennon disse saltitando-

- Pretzel! – Rob falou rindo, e eu o abracei – Sabe o que eu sinto falta também? Das noites de karaokê.

- Ah eu também! – Lennon disse animada – Era épico quando a gente cantava Single Ladies da lady B. – Ela disse rindo –

- Eu sou mais diva que ela, nem vem! – Rob disse chateado – Minha versão é bem melhor e  eu fico muito mais gato naquelas roupinhas apertadas! – Nós rimos –

- E não esqueça que você tem as melhores dançarinas! – Eu disse entre risadas –

- Vamos, minhas garotas. – Ele disse nos guiando ao carro –

Fomos comer pretzels como nos velhos tempos, depois fomos ao central park, tomamos sorvete italiano e depois fomos ao fliperama. Foi bom, foi leve e foi como se nada tivesse mudado, como se continuássemos a sendo aquelas três crianças. Eles foram me deixar na casa que eu estava temporariamente ficando bem depois do almoço, devia ser umas três horas. A porta estava só encostada, a criada já tinha ido embora, pra variar e estava um silencio infinito. Fui até a cozinha e tinha um prato de fettuccine de camarão ao molho branco, santo seja o guerrilheiro. Coloquei no microondas, que agora eu já sei usar, morram de inveja, peguei um garfo e uma faca, deixei minha bolsa em cima da mesa americana e fui atrás da peste. O que não demorou muito, tava todo compenetrado estudando no quarto.

- Guerrilheiro! – Falei alto quebrando o silencio e ele se assustou –

- Valentina! – Ele disse irritado colocando a cabeça entre as mãos – O que quer? Já não está alimentada? – Disse olhando pro meu prato –

- Sim, hum, está divino! – Fiz a minha boa ação do dia e ele sorriu convencido – Mas eu quero falar de outra coisa com você, o que tá acontecendo com o Rob e a maluca da sua irmã? Se ela magoar ele eu te juro que eu acabo com ela e destruo...

- Ella recibió una llamada de Barcelona, ​​que tiene que volver. Ella trabaja para los militares, por lo que no es tan fácil salir. Ella es confusa ... – Que porra é essa? –

- Minha língua Miguel! – Disse irritada levantando um pouco uma das mãos e ele arregalou os olhos, opa, levantei a faca – Fala! – Disse baixando a mão –

- Ela trabalha para o exercito espanhol, não é tão fácil sair. Ela quer ficar, ela goste de verdade de Robert, acredite.

- É por isso que Rob está daquele jeito, ela contou pra ele. Miguel e agora?

- Ela vai voltar, chica, e fazer o possível pra voltar o quanto antes. – Ele disse abaixando a cabeça – Rob está pensando em ir com ela.

- Isso é sério? – Eu não posso acreditar que ele vai pra Barcelona! O guerrilheiro apenas afirmou com a cabeça. –

Que foda. Sai arrasada do quarto do pangaré, deixei o prato na cozinha e fui pro “meu” quarto, triste. Eu vou sentir falta do meu grandão.


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Notas finais do capítulo

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