Uma Nova Vida escrita por Jana


Capítulo 31
Capítulo 30 - Recomeçando... de novo!


Notas iniciais do capítulo

Depois de uma existência... Aqui estou eu!
Se ainda existir alguém nesse mundinho de UNV... Boa Leitura! Beijinhos...



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Acordei com sussurros.

— Vamos acordar. Psiu. Ei. Sarinhah...

— Ai me deixa dormir mais um pouquinho. – Murmurei.

— Deixo nada! Levanta logo preguiçosa! – Seth disse agora mais alto.

— Ai seu chato! – Falei tentando socá-lo. Soquei o ar. Ele deu uma risada.

— Vou contar até três. Se você não abrir esses olhos vou te empurrar para fora do colchão. – Ele falou, eu bufei. – Um... Dois...

— Ta bom, ta bom. Você venceu! – Abri os olhos e me sentei. Não ver mais nada no quarto me deu um aperto no coração. Suspirei e olhei pro Seth. Ele me olhava com um olhar triste, mas com um sorriso reconfortante no rosto. Esqueci qualquer sentimento ruim e sorri de volta. – Bom dia Sethzinho.

— Bom dia meu anjo. – Me abraçou forte. O abraço dele com toda certeza era o melhor do mundo.

— Ainda posso usar o banheiro?

— Pode sim. Tem uma roupa lá pra você, aliás. Traga contigo o que tiver lá. Vou te esperar lá em baixo. Depois que chegarmos lá, eles me deixaram te levar para sair. – Ele disse sorrindo largamente.

— Sair? – Perguntei me levantando.

— É, sugeri aos seus pais que você precisava se divertir. Vamos dar uns passeios, depois que você conhecer a nova casa.

— Passeios onde?

— Ah isso vemos depois. Vai se trocar vai.

— Ta bom. – Fui ao banheiro. Tinha tudo do que eu ia precisar separado dentro de uma bolsa. Coloquei a roupa que tinham deixado e saí de lá. Seth não estava mais em meu quarto. Parei na porta do quarto e o observei. Lembrei da emoção de ter meu primeiro próprio quarto. E de muitos momentos bons que vivi ali. Percebi, porém, que todos esses momentos nunca deixariam de estar comigo. Fechei a porta do meu quarto pela última vez e desci pelo elevador. Só pra ter aquela sensação de ter um elevador em casa mais uma vez.  A parte de baixo estava igualmente vazia. Seth me esperava sorridente. Junto de mamãe e papai.

— Bom dia filhinha! – Falaram em sincronia. Abracei os dois.

— Bom dia papai. Bom dia mamãe. Os outros já foram?

— Estão te esperando na garagem. Vamos lá? – Mamãe perguntou.

— Vamos sim. – Respondi confiante. Saí pela porta de casa e antes de descer as escadas dei uma última olhada. Continuei a descer e entrei na garagem. Todos estavam parados na frente dos carros, abracei cada um e depois eles se dividiram bastante para levarem todos os automóveis para a nova casa.

— Então vamos? – Mamãe me perguntou. Concordei. Entramos no carro papai, mamãe, Seth e eu. Entrelacei meus dedos nos de Seth. Essa era uma forma de me sentir segura.

Olhei para trás vendo aquela casa e aquele jardim que nunca sairiam do meu coração. Eu estava nervosa, mas com o tempo fui relaxando. Seth cantarolava alegremente a música que tocava na rádio, por causa disso de vez em quanto eu tinha que dar umas risadinhas.

A viagem foi legal, todos estavam com um ótimo humor. Talvez para me deixar também feliz e confiante. No trajeto minha família acabava apostando corrida um com outro, ultrapassando. Papai era muito infantil.

— Edward realmente acha que vai ganhar de mim assim? – Meu pai resmungou uma hora.

— Papai, você está muito rápido! – Tive que dizer. Ele voava pela estrada.

— Emmett! Se controla! Se esqueceu que temos alguém que não é imortal dentro do carro?

— Desculpa ursinha, mas é que o Edwar...

— Sem mais! – Mamãe falou brava. Papai fez um beicinho. Seth e eu nos entreolhamos e não conseguimos segurar as gargalhadas.

— Ta rindo do que hein cachorro? Como se você não fizesse tudo que a Sarah lhe mandasse! – Falou lhe mostrando a língua. Seth revirou os olhos, mamãe bufou ciumenta, e eu levantei uma sobrancelha.

— Eu não sou mandona! – Falei bicuda.

— E eu sou? – Mamãe disse me olhando inconformada. Escutei os outros dois rindo.

— Não mamãe... – Falei sem graça. – É que o papai é seu marido né, é normal te obedecer. Mas o Seth é meu amigo! O papai falando assim parece que eu sou uma amiga mandona. – Expliquei esperando que ela não ficasse brava.

— Você é uma ótima amiga pequena. – Seth disse acariciando minha mão. Sorri pra ele. Meu lobinho às vezes era tão fofo! Papai fez um barulho alto para cortar nosso clima. Dei uma risadinha.

            Quando percebi já estávamos em Seattle. Atravessamos a balça e comecei a ver as construções, os prédios de Seattle. Eu já havia vindo algumas vezes aqui, e era realmente uma cidade linda. Uma cidade muito populosa, e bem maior que Forks. Tinha muitos turistas também. Possuía um relevo montanhoso, e era cercada de lagos e baías do oceano pacífico. Conforme fomos atravesando a cidade percebi que meu pai ao invés de adentrar ao centro da cidade, (a área na qual eu conhecia), se afastava para o norte, seguindo a costa.

— Papi, aonde vamos? – Perguntei confusa.

— Não iremos morar no centro meu amor. Sob os olhos de turistas curiosos, prédios e sem “liberdade vampiresca”. – Me olhou pelo espelhinho com aquele seu sorriso brilhante. Dei uma risadinha.

— Vamos ficar em um bairro mais afastado, ta meu bem? Mas você vai adorar! – Mamãe me garantiu. Concordei com a cabeça. Continuei prestando atenção. Fomos passando por várias partes distintas da cidade, de um lado era cheia de árvores, casas, comércios, praças, relevo... De outro o litoral, e as grandes montanhas ao fundo. Sempre bonita. Aos poucos as casas começaram a possuir uma boa distância uma da outra, e um design mais rústico. Percebi que meu pai pegou um caminho diferente do litoral, entrou mais dentro da cidade. Porém, eu sabia que só com um pouco mais já poderia ver a água, o que me acalmava. Ter algo que me lembrasse de La Push.

Minha família estava perto de nós, uns carros a frente outros atrás. Eu sabia que se fossem todos humanos poderiam sem querer ter se afastado durante o trajeto, ou até se perdido. As ruas de Seattle eram conduzidas pelas montanhas, muitas vezes tendo que mudar bruscamente um trajeto óbvio, por haver um morro bem no meio da onde continuaria a estrada. Foi assim que não entendi quando papai ao invés de continuar na rua principal, subiu por uma estrada meio escondida, na qual contornava uma montanha. Seu trajeto tinham árvores dos dois lados, que faziam o caminho ser ainda mais estranho. Estas acabaram de repende. Virei-me para entender o caminho, mas não mais conseguia enxergar a rua principal e as casas que ficaram pra trás. Olhei pra frente novamente e me surprendi. Atrás de uma linda montanha estava uma linda casa. Cercada por essa montanha de um lado, e vegetações de outro. Grande, clara e aberta. Conforme meu pai estacionou o carro percebi que atrás da casa havia um lago natural, bem ao fundo, grande e lindo. Não dava pra acreditar no tamanho daquele lugar tão escondido. Eu sabia que assim como a nossa antiga casa, e a outra que minha família também teve em Forks (Tia Bella e Nessie me levaram pra ver esta uma vez, era clara e linda também, porém bem menor do que a atual), todas as casas dos Cullen possuíam um caminho escondido estrategicamente, para que humanos curiosos não a encontrassem facilmente.

Percebi que todos os carros estavam parados um do lado do outro e que todos me olhavam ansiosos.

— Chegamos. – Mamãe disse e suspirou. Obviamente esperando uma reação minha. Soltei minha mão do Seth e desci do carro.

Havia grama ao redor da casa. Com certeza plantada por minha vó para me lembrar de nossa antiga casa, elas claramente não pertenciam aquela montanha de inverno. Havia também um caminho com pedras coloridas e brilhantes, aredondadas com certeza por mãos de vampiros preocupados. Eu reconhecia aquelas pedras, eram da praia de La Push, possuíam aquela cor pela água salgada que as banhavam. Sorri, minha vó era perfeita. Parei para admirar a casa, era realmente muito parecida com a nossa antiga, parecia até ser sido retirada e colocada ali. Algo que eu sabia ser impossível, bem... Não para minha família vampira. Só nao não sei se eles trariam uma casa nas costas atravessando o estado só pra me agradar. Dei uma risada. Minha família que estava tensa ao meu redor ficou ainda mais confusa.

— Gente, eu adorei. Relaxem. – Falei antes que tivessem um colapso.

— Você gostou do lugar? – Vovó perguntou com os olhinhos brilhando. 

— É claro, é lindo! – Falei a abraçando. – Obrigada! – Sussurrei. Me referindo a grama e as pedras tão bem escolhidas.

— Eu disse que ela gostaria! – Tia Allie falou confiante colocou a mão sobre meu ombro. – Vocês não acreditam mais em mim? – Resmungou com um biquinho. – Tive que acompanhar minha família em uma risadinha.

— Você quer entrar? – Mamãe perguntou chegando pertinho de mim.

— Quero. – Concordei respirando fundo.

— Bella guarda nosso carro na garagem pra mim? – Ouvi meu pai dizendo enquanto entregava a chave pra ela. Subi as escadas com mamãe ao meu lado, e Seth e papai atrás de mim. Alguns da minha família guardavam os carros na garagem. Outros deviam estar atrás de nós também. Não virei pra confirmar. Abri a porta e me deparei com uma cópia exata da nossa antiga casa, os móveis eram muito parecidos apesar de simples detalhes que entregaram serem outros e não os mesmos.

— Uau! Acho que descobri o super poder da vovó. – Falei rindo. Algumas risadinhas me acompanharam. Uma pessoa normal não conseguiria imitar de forma tão precisa um ambiente, nem criar algo tão lindo. Aposto que ela ganhava de todos os melhores decoradores do mundo. Caminhei pela sala, passando para a cozinha que também era igual a anterior. Constatei que a nossa pequena sala também estava lá. Assim como o banheiro perto da cozinha. A única diferença no primeiro andar era a falta do nosso antigo elevador. No lugar dele havia um quadro enorme, com uma linda foto do meu último aniversário. Com toda a minha família. Sorri e olhei 13 pares de olhos apreensivos 

— Tudo continua muito lindo. Eu estou bem mesmo, relaxem. – Falei risonha. Mamãe me abraçou.

— Só queremos que você esteja feliz filhota!

— E eu estarei desde que esteja com vocês! – Falei sincera.

— Linda! – Mamãe sussurrou em meio aos meus cabelos.

— Que tal você olhar os quartos? – Tia Allie disse saltitante.

— Florzinha... – Vovó começou. – Tentamos manter o primeiro piso bem familiar pra você, mas nos quartos decidimos fazer algumas mudanças no interior. Mudanças que todos estavam com vontade de ter.

— O seu nós mesmos acabamos decidindo. – Mamãe disse com um sorriso amarelo.

— Tudo bem. Vamos lá! – Falei subindo as escadas. A ordem dos quartos continuava a mesma. Vovô e vovó, papai e mamãe, o meu, e o de Seth. No outro lado tia Allie e tio Jasper, tia Bella e tio Edward, Renesmee e Jacob, e Nathan e Leah.

No último andar ficava o escritório da vovó e do vovô, a biblioteca, a sala médica do vovô, dois quartos de visita, e mais um banheiro. Primeiramente olhei todos os quartos, eram todos lindos. Depois subi e olhei o último andar. Deixei por último o meu. Tia Allie resolveu colocar plaquinhas nas portas com o nome dos donos do quarto, nas quais eram lindas. A minha era branca em madeira como todas as outras, porém coberta de pérolas, com uma escrita linda. Percebi que todos haviam ido para os seus quartos provavelmente queriam me dar alguma liberdade. Só meus três guardas costas me acompanhavam.

Girei a maçaneta e entrei. Olhei maravilhada para aquele quarto. Era todo em tons pasteis de pérola e rosa. Possuía uma grande cama de casal (minha primeira cama de casal) com um mosquiteiro de três camadas diferentes, estavam amarradas em quatro pilares que sustentavam uma coroa de MDF em cima, além de possuir uma colcha linda sob a cama com vários travesseiros. Em frente á ela tinha uma poltrona com os mesmos tecidos. Na parede de trás havia uma placa também de MDF com a palavra Sarah. Além de uma porta de cada lado, com plaquinhas de: Closet, e Bathroom. A parede norte do quarto tinha janelas por todo seu comprimento, com longas cortinas iguais a do meu mosquiteiro. Tinham a visão do lago e das árvores. A parede da porta tinha uma mesa por toda a parede, com um longo espelho vertical em cima,  prateleiras e quadros de recados. Lá estava meu notebook, cadernos, livros, enfeites. Contudo, a minha parte preferida do quarto foi à parede de frente da cama. A que eu sempre olharia. Além de uma enorme TV, todo o resto da parede possuía fotos minhas durante esses cinco anos. Sozinha, com meus amigos e com a minha família, além de lâmpadas em meio as fotos. Cheguei mais perto para admirar, era tão lindo! Todos estavam ali, não sei como conseguiram escolher tantas fotos sem esquecer de ninguém. Mamãe, papai, Seth, meus tios e tias, meus avós, meus primos, Tifanny, Katie, meus amigos, o pessoal de La Push, até a professora Camily. Toda a minha vida retratada ali.

— Meu Deus, que coisa mais linda! – Exclamei maravilhada enquanto virava-me para olhá-los. Os três estavam me observando com olhares amorosos. Papai e mamãe se abraçavam de lado. Seth estava com as mãos no bolso ao lado de mamãe. Percebi que eles, Katie e Tifanny eram os que mais estavam na parede, e sorri. Eram uma parte tão grande de mim!

— Que bom que você gostou meu amor... – Mamãe começou a dizer. Sai correndo me aconchegando em meio ao abraço de pedra dos meus pais.

— Eu amo tanto vocês! – Falei derramando as lágrimas que lutavam pra sair assim que vi a parede de fotos. – Não se preocupem com a minha felicidade, desde que eu esteja com vocês sempre serei feliz! Vocês me trouxeram á vida literalmente! De uma forma tão linda! Vocês me deram a luz, nunca duvidem disso! – Falei os olhando nos olhos. Mamãe soluçava. Papai me olhava comovido.

— Ai filhinha, você nem imagina como és importante pra nós! – Ela murmurou.

— Exatamente meu anjinho. A coisa mais importante em nossas existências! – Papai completou. O cheiro doce deles, a temperatura fria e macia, o amor que emanavam deles... Era tudo que sempre quis... Uma família... Minha família!

Pelo canto do olho vi Seth começar a se esgueirar pela porta, provavelmente querendo nós deixar no momento família.

— E você seu Seth? – Eu disse me soltando de meus pais e olhando-o com olhar reprovador.

— Eu o que? – Perguntou meio assustado por ter sido pego em sua fuga. Coçou a parte de traz da cabeça. Ele era tão fofo!

— Você acha que vai se escapar assim sem uma dosse de amor e gratidão? – Eu disse abrindo meus braços e sorrindo abertamente. Ele retribuiu com meu sorriso preferido do mundo. Diminuímos o espaço entre a gente e me senti sumir em meio aos braços de Seth. Escondi minha cabeça em seu peito e respirei seu cheiro quente e amaderado. – Obrigada por ser o melhor amigo do mundo Seth... Meu Seth! – Murmurei baixinho as últimas duas palavras, mas ciente de que ele ouviria.

— Você é uma das pessoas mais importantes na minha vida Sarinhah! – Ele falou amoroso. Acariciava meu cabelo de uma forma tão boa. Seth me preenchia, era meu pedacinho preferido da vida. Meu pai deu um pigarro. Entendi que era pelo nosso abraço demorado. Eu ainda não estava afim de soltá-lo, e sabia que o Seth muito menos. Porém, pra meus pais empurrarem ele com força pra longe de mim era muito fácil. Soltei-me dele e falei sorridente. – Aliás, tais me devendo um passeio não é mesmo?

— É mesmo! – Seth disse rindo. – Rose, Emm? – Meu melhor amigo olhou-os com carinha de cão abandonado. Mamãe suspirou.

— Sim Seth, vocês podem sair. Porém voltem cedo.

— E Jacob e Nessie vão com vocês – Papai falou com um sorriso de vencedor. Revirei os olhos.

— Tudo bem! – Respondi ainda sorrindo. – Vou tomar um banho no meu novo banheiro e me deliciar escolhendo algo pra vestir no meu novo closet. – Tagarelei indo para as partes do meu quarto nas quais ainda não tinha visto. – Me espere na sala Seth, logo eu desço! – Eu disse lhe jogando um beijinho no ar. Entrei no banheiro e puder ouvir através da porta meu pai debochar de Seth: "Ele parece ainda mais um cachorro quando a Sarah fala, ele obedece igual à um cachorrinho". Não dei muita importância a conversa porque me surpreendi com o tamanho do meu banheiro. Era maior que o de Forks, tinha um espelho de camarim de estrela de Hollywood, uma bancada cheia de cosméticos e maquiagens. Uma banheira enorme e um chuveiro maravilhoso. Tomei um banho demorado e relaxante, e deixei que todas as coisas ruins que ainda existiam em mim fossem levadas junto com a água. Todo medo, angústia, tristeza... Eu era feliz, pois tinha uma linda família que me amava, tinha o meu Seth que fazia tudo por mim, tinha a Tifanny que me acolhia sempre de braços abertos e tinha a Katie... Sempre teria. Nenhuma distância do mundo faria meu amor por ela mudar, e eu sabia disso, não ligava pro tempo em que não estivesse com ela, somente para a amizade que nos unia.

Terminei meu banho e me enrolei na toalha, saí do banheiro e entrei no closet. Não puder deixar de dar um gritinho de felicidade. Meu closet também havia crescido! Estava tão lindo! Roupas, sapatos, acessórios. Cores, tons, estampas, tecidos. Tudo classificado, separado, convidativo. Fiquei um bom tempo escolhendo minha roupa. Arrumei meu cabelo e fiz minha make. Depois desci saltitante as escadas. Somente Seth, Nessie, Jake e meus pais estavam na sala. Viam TV. Parei no último degrau para admirá-los. Logo todos me olharam.

— Vamos? – Perguntei sorrindo. Seth se levantou na mesma hora, meus pais depois dele.

— Você está linda bebê! – Mamãe falou enquanto eu ia até ela. Abraçamos-nos.

— Linda até demais! – Papai disse ciumento. Revirei os olhos e abracei-o também.

— Então vamos! – Renesmee disse empolgada. Ela e Jake entrelaçaram os dedos e saíram em direção da porta. – Até depois titia! – Falou sobre o ombro.

— Aproveita a casa enquanto está livre Emmett – Jake disse malicioso.

— Pode deixar! – Papai respondeu piscando.

— Até logo! – Falei mandando beijinho. Grudei no braço de Seth e o puxei pra porta.

— Se comportem! – Mamãe gritou.

— Aonde vamos? – Perguntei dentro do carro.

— Um tour pela cidade. – Seth disse sorridente. Ele estava bem relaxado. Acho que todos temiam meu humor, porém estavam contentes com o atual resultando. Percebi como eu estava os deixando mal e decidi não demonstrar nenhuma tristeza. Eu iria ser feliz nessa cidade... Pela minha família. Deitei minha cabeça no ombro de Seth. Ele estaria ao meu lado não estaria? Ele falou que sempre. Então o que eu podia temer?

Eu tinha Nessie e Jake também, percebi alegre. Os dois seguravam as mãos enquanto Jake dirigia. Cantavam a música animadamente. Deixamos os quatro vidros abertos enquanto passeavamos pela cidade. Olhando tudo, rindo e parando sempre que achávamos algo interessante. Tomamos sorvete, comemos fast-food, andamos pela baía. Acabamos chegando um pouco tarde, mas contentes.

— Agora sabemos aonde estão as melhores lojas da cidade. – Nessie disse batendo em minha mão assim que entramos em casa.

— Melhores roupas! – Sorri em cumplicidade.

— Vocês foram nas lojas sem mim? – Tia Allie pulou de seu lugar no sofá com uma cara mortal.

Toda minha família estava espalhada pela grande sala e nos olhavam curiosos.

— Desculpa tia! – Renesmee e eu falamos juntas. Nos olhamos e rimos. Como era bom conviver com a Nessie sabendo que ela era minha prima. Um sentimento tão melhor, sentimento de cumplicidade, irmandade. Éramos irmãs de outras mães.

— Hum. Tudo bem, vamos comprar roupas novas no sábado mesmo. – Tia Alice disse olhando pro nada. Tinha tido uma visão. Claro, ela decidiu isso agora. Não pude deixar de rir.

— Como foi meu amor? – Mamãe perguntou quando sentei no meio dela e da tia Bella.

— Foi muito legal. Seattle é uma cidade linda, tenho que admitir. – Dei de ombros. – Mas ainda prefiro nossa pequena Forks. – Sussurrei pra minha tia.

—Eu também! – Ela sorriu em cumplicidade.

— Vocês querem comer? – Vovó perguntou.

— Não, obrigada. Já comemos. – Respondi e lhe dei um sorriso.

— Estou sem fome também – Nessie concordou comigo.

— Pois eu não! – Jake que tinha se jogado no sofá e derramado as pernas em tio Edward (que as empurrou "gentilmente") levantou correndo para a cozinha.

— Eu também estou morto da fome! – Seth disse o acompanhando.

— O que? – Minha prima disse sem acreditar.

Caraca, vocês comeram quase toda a comida do lugar! – Completei entre risadas.

— Acho que vou aproveitar e fazer companhia pra eles. – Nathan disse indo também pra cozinha.

— Você já jantou amor! – Leah disse revirando os olhos.

— Tal pai, tal filho. – Renesmee riu.

— Urrull! – Papai gritou feliz com o resultado de um jogo que assistia. Não pude deixar de me assustar com o grito. Mamãe lhe deu um tapa na mesma hora. – Ai ursinha! – Papai se encolheu fazendo beicinho. Tio Edward e tio Jasper riram.

— Mãe acho que já vou dormir ta? Ainda estou cansada da festa. – Eu disse abraçando-a.

— Ta bom meu anjinho! Durma bem! – Falou me enchendo de beijos. – Te amo!

— Eu também te amo mãezinha!

— Boa noite filhinha! – Papai disse me escondendo em seu abraço de urso. – Amo você!

— Boa noite papi, te amo! – Soltei dele e fui saindo da sala. – Boa noite família, amo vocês! – Recebi uma série de “boa noite’s”. – Ah, tia Alice... – Parei no primeiro degrau da escada lembrando-me de algo que queria dizer a ela.

— Sim querida? – Ela perguntou sorridente.

— Eu amei meu closet e todas as roupas nele! Você é demais! – Falei sincera. Ela bateu palminhas.

— Eu sabia que irias amar!

— Você sempre sabe. – Dei de ombros rindo. – E meu quarto vovó é o mais lindo do mundo!

— Pensamos nele com todo amor do mundo. – Ela me respondeu com um largo sorriso. Vovô a abraçou de lado.

— Eu sei! Amo vocês! – Eu disse e subi as escadas. Troquei de roupa, lavei o rosto, e fui me deitar. Aquela cama era maravilhosa. Cabia três Sarah's ali. Ri da minha piada.

Eu sabia que não seria fácil começar tudo de novo. Mas eu tinha a melhor família do mundo. Então pra que temer?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo! Escrevi ele com muito carinho.
Passe o tempo que passar, mesmo que só eu acabe lendo, não vou desistir de chegar ao fim dessa história.
Qualquer dúvida é só perguntar.
Beijos ♥



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