Uma Nova Vida escrita por Jana


Capítulo 28
Capítulo 27 - Estranhos e mandões


Notas iniciais do capítulo

Oiiie gente *---*
Boa Leitura!



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Acordei com uma preguiça gigante. Despreguicei-me e depois bocejei. Lembrei-me de Seth. Ah queria que ele tivesse dormido comigo, mas obviamente mamãe nunca ia deixar. Quando fui me sentar senti um braço quente e pesado ao meu redor, me impedindo de se mexer. Virei o rosto e assim vi Seth deitado ao meu lado.

– Bom dia! – Minha mãe disse entrando no meu quarto. Caminhou até a janela e abriu a grande cortina. Fechei os olhos por causa da claridade. – Dormiu bem amor? – Perguntou-me

– Aham. Mãe, o que deu em você pra o deixar dormir aqui?

– Ah... Fiquei com pena de acordar o cachorro, e também achei que você precisava de um carinho. – Sorriu.

– Ok. Agora será que pode me ajudar e tirar esse braço pesado de cima de mim. – Falei olhando para o braço de Seth. Ela riu.

– Com todo o prazer!

– Seja delicada m... – Parei no meio da frase. Ela jogou o braço dele pro lado, o fazendo quase cair da cama. Ele ficou de pé rápido. Passou as costas da mão nos seus olhos enquanto bocejava. Ele ficava tão fofo acordando assim. Dei uma risadinha.

– Ah, bom dia Rose! – Falou meio entediado. – Bom dia Sarinhah!

– Bom dia Seth!

– Acho que vou pro meu quarto. – Disse enquanto saia do meu quarto meio sonolento. Cambaleei para fora da minha cama. Mamãe me parou e segurou o meu rosto.

– Você acordou com um humor melhor né? – Perguntou com um sorrisinho esperançoso. Isso com o Seth me fez esquecer as coisas por um momento. Suspirei. Só por um momento.

– Não tenho como fugir... – Murmurei.

– Eu amo você meu bebê! – Ela disse e me abraçou.

– Eu também te amo mãezinha... – Soltei-me dos seus braços e fui pro banheiro. Tomei um banho quente e relaxante. Fui enrolada á toalha até o meu closet. Não demorei muito pra escolher a roupa. Peguei peças simples. Calça, casaco e sneaker pretos. Triste como eu. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo. Não fiquei arrumando muito ele. Dei de cara com Nathan no corredor.

– Bom dia! – Ele disse com um sorriso.

– Bom dia. – Sussurrei. Tentei dar um sorriso. Sem sucesso. Nathan percebeu. Sua fisionomia era triste. Ele veio na minha direção e me abraçou. Na verdade me pegou no colo. Eu geralmente resistiria, pularia do seu colo, mas não hoje. Passei minhas pernas ao redor de sua cintura e afundei meu rosto no seu pescoço. Eu gostava do cheiro do Nathan. Era de irmão mais velho. Agradeci mentalmente por ele ser meio vampiro meio lobo, e por isso ainda conseguir me pegar no colo. Percebi que algumas lágrimas já escorriam pelos meus olhos. Ele me apertou mais e começou a acariciar as minhas costas.

– Vai ficar tudo bem amorzinho... Vai ficar tudo bem... – Meu primo murmurava. Isso me lembrou de alguns anos atrás. Nathan sempre cuidou de mim...

Flashback on

O que foi Sarinhah? – Nathan perguntou-me. Eu estava sentada no sofá vendo desenho com Seth, Jacob e Nathan. Na verdade Jake dormia em vez de assistir TV.

– O que foi o que?

– Você está com uma carinha triste.

– Eu não.

– Está sim!

– Não estou... – Um beicinho se formou no meu rosto. Suspirei. Natt não perguntou mais nada, só se levantou e me pegou no colo. Passei minhas perninhas ao redor da sua cintura e afundei meu rostinho no seu pescoço. Ele caminhou pra fora de casa. Percebi que eu estava chorando.

– Vai ficar tudo bem amorzinho... Tudo bem! – Ele murmurava enquanto afagava meu cabelo. Ele andou comigo por todo o jardim. Sentamos então na ponte que ligava o jardim da nossa casa para a floresta. Eu balançava minhas perninhas. Estava sentada no meio de suas pernas, de costas pra ele.

– Quer falar agora o que aconteceu? – Me perguntou. Concordei com a cabeça. Natt me puxou para sentar na sua perna. Olhei pra ele.

– Amanhã é o último dia da professora Camily. E eu não quero que ela vá embora. – Falei fazendo biquinho. Estava quase chorando de novo.

– Aaah! Então é por isso benzinho? – Puxou delicadamente minha cabeça para seu peito. – Não precisa ficar assim querida! Aposto que ela vai vir visitar vocês!

– Você acha?

– É claro que sim!

– Mas porque ela viria nos visitar se não gosta mais de nós?

– Quem disse isso?

– Ninguém... É que se ela vai embora é porque não gosta mais da gente!

– Não! Isso não tem nada haver Sarinhah! – Falou puxando meu rosto pra olhá-lo. – Só por que uma pessoa tem que ir embora não quer dizer que não goste do lugar que morava, trabalhava, estudava, ou das pessoas que conheceu lá. Com certeza ela tem um motivo.

– Acho que a mãezinha dela está doente, e ela vai pra cidade dela pra cuidar de sua mãe. – Eu disse baixinho.

– Então! Viu? Ela tem um bom motivo pra isso! Se a Rose ficasse doente você não iria largar tudo pra cuidar dela?

– Claro! Foi ela quem cuidou de mim. Graças á ela eu estou aqui hoje. Ela é tudo na minha vida! – Eu disse sorrindo. Ele sorriu também. – Acho que você tem razão... A Prof. Camily sempre foi muito legal com todos nós. Ela me acolheu no meu primeiro dia de aula como se já me conhecesse á muito tempo. Eu sei que ela gosta muito de nós. Porém vou sentir muito a sua falta...

– Vocês ainda vão se falar!

– E se não der Nathan? E se nós nunca mais nos encontrarmos? – Estava triste com essa possibilidade.

– “Se” isso acontecer... Você vai ter sempre ela no seu coração e nas suas lembranças. Ela fez parte de sua vida e isso ninguém nunca vai poder tirar ou negar.

– É verdade. – Sorri. – Obrigada Natt! Eu amo você! – Falei o abraçando.

– Eu também te amo Sarinhah! Você pode sempre contar comigo.

Flashback off.

– Ó Nathan! – Murmurei. – Você já me ensinou isso uma vez...

– Isso o que? – Me perguntou confuso. Eu olhei pra ele e sorri. Dei de ombros. Ele desceu as escadas comigo no colo. Sentou-me em um banquinho da bancada da cozinha. – Vai dar tudo certo querida! Nós sempre vamos estar do seu lado! E eles nunca vão sair do seu coração e de suas lembranças, isso nada nem ninguém vão poder de tirar! – Falou-me enquanto me olhava fundo nos olhos, me fazendo acreditar em suas palavras. Sorri.

– Eu sei Natt! – Abracei-o. Ele sorriu e saiu da cozinha. Parou na porta e se virou pra mim com uma cara confusa.

– Era disso que você estava... falando? – Perguntou-me. Dei uma risadinha e concordei com a cabeça.

– Sim. Você já me disse isso uma vez. – Ele sorriu e foi pra sala.

– Bom dia anjinho! – Vovó me disse entrando na cozinha com Nessie atrás dela. Deu-me um beijinho na testa. – Fiz waffles.

– Huum... Parecem deliciosos! – Eu disse. Renesmee pegou geléia de morango e mel na geladeira e colou na minha frente.

– Bom dia querida! – Disse me abraçando.

– Bom dia Nessiezinha!

– Quer mais alguma coisa? – Minha avó perguntou.

– Café com leite, pode ser.

Terminei de tomar o meu café calmamente. Renesmee ficou conversando comigo. Passei pela sala dando um sorriso geral pra todos. Toda a família estava na sala. Eu é que não ia abraçar todo mundo. Subi pro meu quarto e terminei de me arrumar. Olhei-me no espelho e vi que minha mochila era a coisa mais animada do meu look. Mandei uma mensagem de bom dia para a Tifanny e desci.

– Então... Quem vai me levar pra escola hoje? – Perguntei indiferente. Todos levantaram o braço. Arregalei os olhos e continue estática encarando-os. Estavam de brincadeira comigo? – Certo, vão pegar todos os carros e ir de “passeata” até o meu colégio?

– É que hoje é o seu último dia nessa escola, então todos queriam te levar... – Tio Edward explicou com um sorrisinho.

– É claro que não podemos ir todos... Então você escolhe quem te leva! – Papai disse com um sorriso gigante no rosto. Ah! Fala sério!

– Vou te ajudar um pouquinho. Eu vou para o hospital hoje. Seu avô vai sair mais cedo. Então não precisa me escolher. – Vovó disse. Deu-me um beijo na bochecha e subiu as escadas. Passei as mãos pelo meu rosto desde a testa até a boca, deixando-as em frente á ela. Olhava-os indignada. Balancei a cabeça em negação. Bufei.

– Ok. Então vamos fazer assim... Vou escolher alguém que não me levou ainda na semana. – Renesmee e tia Allie fizeram biquinho. Mas se despediriam de mim e foram pro andar de cima.

– O Seth não conta! – Mamãe disse rapidamente.

– Por quê? Ele não me levou na semana.

– Ele não pode! – Ela disse e depois olhou pra ele.

– É verdade Sarinhah. – Ele disse calmamente. Dei de ombros. Leah e tia Bella sorriam. Eu ri delas.

– Querem tirar par ou impar? – Perguntei divertida.

– Não. Tudo bem. Você pode ir Leah. – Minha tia disse lhe olhando.

– Tem certeza?

– Claro! Vou ajudar a Alice.

– Ajudar a tia Allie no que? – Perguntei.

– Em um trabalho pra faculdade... – Tia Bella disse e depois saiu correndo pela escada. Achei estranho, mas deixei pra lá. Percebi que todos sorriam. Estavam meio estranhos hoje...

– Vamos então? – Lee-lee perguntou. Concordei com a cabeça.

– Boa aula! – Meus pais disseram juntos. Eles me abraçaram. Despedi-me dos outros e então fomos.

– Como você está? – Leah perguntou depois de um tempo.

– Triste. Ansiosa. To com medo que acabe rápido demais. É ruim.

– Vai dar tudo certo querida, você vai ver que vai ser melhor do que acha! – Ela disse segurando a minha mão. Concordei com a cabeça. Ela estacionou no lugar de sempre e olhei pro lado, não tinha ninguém me esperando. Suspirei. Eles não eram obrigados a ficar lá.

– Tchau Lee-lee!

– Tchau Sarah! Boa Aula! – Falou me abraçando. Saí do carro e andei calmamente em direção aos prédios. Quando percebi tinha 10 pessoas pulando na minha frente e gritando: Bom dia! Abraçaram-me todos de uma vez só. Na verdade quase me esmagaram.

–Ok!!! Podem paraaaaaaaar! – Gritei. Eles me soltaram rindo.

– O que foi? Hoje é seu último dia aqui, merece uma recepção calorosa! –Alexis disse sorrindo. Eu ri.

– Certo vou dar um desconto pra vocês.

O dia mais rápido da minha vida talvez? É, acho que sim... Mas foi muito bom. Ri muito com todos, que estavam com um humor maravilhoso, por incrível que pareça. Ou pode ser que estejam só fingindo pra não me deixar mal... Os professores foram bem bonzinhos comigo hoje. Até os mais chatos foram queridos. Consegui conversar com o Ben e a Lily. Na verdade gritei com eles na frente dos outros. Estávamos relembrando os “rolinhos” do nosso grupo, e eu e a Katie só estávamos jogando pistas pra eles, porém os dois idiotas pareciam que não percebiam. Então eu gritei alto: “Será que os dois não percebem não? Lily o Ben é completamente apaixonado por ti! Ben a Lily está delirando por você há muito tempo! Caraca!” Todos os outros riram. Ela ficou vermelha e ele sorriu. Os dois foram conversar depois, porém a Lily disse que resolveram “deixar rolar”. Certo eu devia ter batido a cabeça dos dois, uma na outra mesmo. Contudo a minha parte eu fiz, o resto é com eles.

Agora todos os 10 caminhavam comigo até o estacionamento. Avistei Seth no carro. Parei e me virei para encará-los. Todos sorriam. Beberam?

– Por onde eu começo? – Perguntei mais pra mim mesma do que pra eles.

– Não é tão difícil amor. Você só tem que dizer até logo! – Lily disse.

– É claro! Não é um adeus! A gente ainda vai se vê! – Henry completou.

– Mais cedo do que você imagina! – Samantha disse sapeca. Alexis a repreendeu. Javier bateu na cabeça dela. – Ei idiota! Você pensa que é quem? – Ela já disse indo pra “briga”.

– Chega, chega! – Ben gritou os separando. Revirei os olhos.

– Nem no meu último dia? – Falei séria. Os dois sussurraram desculpas. Eu ri e os abracei. – Vou sentir falta disso! Amo vocês!

– Eu também amo você! – Disseram juntos. Depois se encararam.

– Agora eu! – Hannah disse saltitante. Abraçamos-nos. – Tudo de bom lá! Não se esqueça da gente!

– Pode deixar amiga! – Falei sorrindo.

Todos fizeram essas despedidas simples. Pensei que seriam muitos choros e tudo mais. Entretanto foi fácil. Estranho. Parecia que nos veríamos logo.

– Amo muito vocês! Até logo! – Sorri e acenei. Lágrimas não saiam, por favor! – Te ligo! – Sussurrei para a Katie. Já sentia um vazio dentro de mim. Entrei no carro e abracei o Seth. Ele sorriu pra mim.

– Notícia boa: Vamos passear.

– O que? – Perguntei sem entender nada. Ele começou a acelerar o carro. Olhei pela a janela para ver os meus amigos mais uma vez. Depois voltei minha atenção á Seth.

Ele deu de ombros. – Sei lá. Eu pedi pra buscá-la, sua mãe deixou e ainda disse pra mim te levar pra algum lugar, para você se distrair.

– Nossa! Estamos falando da mesma pessoa? – Rimos.

– Pois é... Rose deve ter tomado sangue estragado. – Continuou na brincadeira.

– Aonde vamos?

– Não sei... Hum, que tal La Push?

– A gente tava lá ontem!

– Na reserva, mas que tal na praia?

– Ah! Fala sério Seth! Eu estou de tênis e calça! – Falei fazendo beicinho.

– Você queria ir de biquíni pra praia de La Push, bebê? – Ele disse me olhando como se eu fosse louca.

– Não né idiota! – Falei e depois revirei os olhos. Ele riu. Fiquei olhando pro Seth. Estar com ele me fazia ficar tão bem. Eu ficava iluminada. Já nem sentia mais vontade de chorar. O que seria de mim sem ele? Suspirei.

– O que foi pequena?

– Nada. Tava só pensando em como você me... ilumina. Sei lá. Você é o meu... sol particular! – Dei uma risadinha. Ele sorriu. – Só você mesmo para me fazer ir assim pra praia! – Eu disse depois de um tempo.

Ele suspirou. – Se você quiser a gente para na casa da Tifanny antes e pedimos alguma roupa emprestada. Temos que ir lá mesmo.

– Como assim “temos que ir lá mesmo”?

– Ah deu de fazer perguntas Sarah! – Falou divertido. Eu bufei. Cruzei meus braços no peito e fiz um bico de brava. Fui por todo o caminho assim. Ele só ria. Seth parou o carro. Percebi que tínhamos chegado à praia. Saiu do carro e me esperou por um tempo fora dele. Eu não me mexi. Ele abriu a minha porta. Continuei parada. – Sarah! Vem logo! – Falou rindo. Tentei fazer a pior cara possível. – Você vai sair desse carro agora. Por vontade própria ou não... – Disse mais sério. Continuei olhando pra frente. – Eu avisei... – Ele falou rindo. Quando percebi, ele já estava me puxando. Jogou-me por cima dos seus ombros. Eu dava tapas nas suas costas. Seth fechou a porta do carro e ligou o alarme. Não sei para que. La Push era a praia mais deserta que eu conhecia. Quem é que ia roubar o carro?

– Me solta! Me coloca no chão, Seth! – Eu gritava enquanto esperneava e batia nele, fazendo-o rir ainda mais. Logo ele estava correndo pela praia comigo jogada em seu ombro como um saco de batatas. – Para seu chato!

– Chato? Pede desculpas agora!

– Não peço não!

– Vai pedir sim!

– Eu já disse que não! Agora me coloca no chão, pessoa perturbada!

– Hahaha! Só que não foi engraçado! Você não vai pedir desculpas? – Perguntou-me chegando mais perto do mar.

– Não! – Gritei.

– Então tá, se não quer pedir por bem... – Falou com uma cara de sapeca. Ele tirou-me de suas costas me segurando á sua frente pela cintura, depois se agachou um pouco colocado as pernas pra frente, colocou-me sentada em suas coxas e rapidamente pegou as minhas pernas me levantando e pendurando só pelos pés, o mais alto que conseguia.

– Seeeeeeeeeeeeeeeeeth! – Gritei alto. Ele ria descontroladamente. – Seu idiota me tira daqui!

– Não! Se você continuar assim mal-educada vai ficar de ponta cabeça por muito tempo!

– Aaaaaah me soltaaaa!

– Se eu te soltar você vai cair de cara no chão! – Disse rindo. Ele não cansava de rir da minha cara não? Mas, em compensação eu já estava cansada de ficar daquele jeito. Ter a sensação de meu sangue estar todo na minha cabeça é horrível e irritante! – Pede desculpas! – Ele falou molhando a ponta do meu cabelo na água.

– Eu já disse que não!

– Então não vou te tirar daí!

– Por favor! – Falei baixo. Não ia dar o gostinho pra ele.

– Ok. – Suspirou pesadamente. – Coloca as mãos no chão. – Falou rápido. Continuei parada. – Vamos Sarah! – Revirei os olhos e estiquei os braços tocando as minhas mãos no chão. Ele soltou os meus pés. Meu corpo estava encostado no seu, só que “ao contrário”, por isso não caí. Ele segurou na minha cintura e virou meu corpo, fazendo-me voltar ao normal. Porém continuou me segurando no ar. – Se segura! – Ordenou. Não entendi, mas passei minhas pernas ao redor de sua cintura. Ele começou a tirar o casaco sorrindo aquele sorriso de criança travessa. Depois tirou os tênis. Ia pular do seu colo mais ele passou rápido suas mãos ao redor de mim. – Acho melhor tirar seu casaco! – Falou rindo.

– Não! Tá fora? Hoje está frio.

– Tira o casaco e o tênis Sarah!

– Não!

– Você é quem sabe... – Falou rindo. Não deu tempo de fugir, só senti aquela água fria que batia até a minha cintura. Agarrei-me no seu pescoço. Ele tinha entrado na água. Ótimo!

– Idiota! Babaca! Chato! Louco! – Comecei a xingá-lo.

– Não cansa não?

– Não! Mais que merda! Você não entende o que é não?

– Olha que vou falar pra Rose que você anda muito mal-criada!

–Olha que vou contar pra ela que você me molhou!

– Não tenho medo dela!

– Mas deveria! Ela é uma vampira.

– E eu sou um lobo!

– Grande merda! – Falei desmerecendo-o. Eu geralmente não falava palavrões ou coisas relacionadas, mas ele estava me irritando.

– Acho melhor a mocinha parar de falar coisas feias se não eu te afogo!

– Você não teria coragem! – Eu disse séria. Ele continuou me encarando. – Me coloca no chão!

– Tem certeza?

– Acho melhor o mocinho fazer isso agora!

– Tudo bem... – Seth disse e depois me soltou. Eu ia cair com tudo na água, contudo ele me segurou com uma mão. – Te salvei mais uma vez! Que tal me agradecer agora?

– Que tal se vingar? – Falei correndo pra cima dele. Consegui o empurrar de costas na água. Uma onda logo bateu em cima dele. Comecei a rir. Ele se levantou e veio até mim, saí correndo para fora d’água. Começou a me perseguir por toda praia. Obviamente ele era mais rápido, mas eu era esperta. Consegui fugir por um bom tempo, entretanto ele já estava quase me alcançando. Eu não tinha pra onde fugir mais. Senti alguém me derrubando. Caí de costas na areia com Seth em cima de mim, que começou a fazer cócegas. – Ah não! Isso é covardia! – Falei entre risos.

– A é? E afogar o próprio amigo não é?

– Não tanto quando segurar a amiga mais nova e indefesa de cabeça pra baixo!

– Ok, estamos quites! – Falou parando de fazer cócegas e deitando do meu lado.

– Obrigada! – Eu disse, e revirei os olhos. Estava ofegante, ele também.

– Agora pode me pedir desculpas, não é?

– De jeito nenhum!

– Poxa! O que mais eu tenho que fazer? Te dar de comida pros tubarões?

– Hahaha! Seu senso de humor é ótimo Seth!

– Eu sei... – Ele disse rindo. – Mas é sério! Pode me pedir desculpas!

– Porque eu pediria?

– Porque eu sou seu melhor amigo e você me ama! – Falou convencido.

– Quem disse que eu te amo?

– Você! E várias vezes! – Ele disse confiante que tinha vencido. Droga! Eu já tinha tido incontáveis vezes, não tinha como negar...

– Ok, eu te amo! Mas isso não quer dizer que eu tenha que te pedir desculpas por ter te chamado de babaca, por que seu comportamento foi babaca. De louco, por que você agiu como um! De chato, por que você às vezes é um chato. E de idiota, por que... ah porque você é um idiota mesmo! – Ele riu com o que eu falei.

– Tudo bem, você está certa... Mas minha irmã sempre foi uma ciumenta rancorosa e irritante, e nem por isso eu a chamava disso o tempo todo! O Jacob é um malandro mandão, e nem por isso eu falo pra ele isso toda hora! O Nathan é um folgado que se acha, e nem por isso eu jogo isso na cara dele! E sua família fede e nem por isso eu deixo de falar com eles! – Disse como se tivesse me contando algo obvio. Não pude deixar de rir. – Aaah! E você é uma loirinha mimada, vaidosa e chata, e nem por isso eu até hoje te contei o que eu acho!

– Eu o que? – Gritei. Levantei-me na hora e o encarei. Ele começou a rir. – Seu... seu... Arg! – Bufei e depois fiz um bico de brava cruzando os meus braços e olhando pra longe. Ele se levantou ainda rindo. Depois parou de rir e se aproximou de mim. Esquivei-me quando ele tocou o meu braço.

– Ei, não precisava ficar brava Sarinhah. – Continuei olhando pra longe. – Ah, por favor! – Olhei de canto pra ele. – Me desculpa? – Não respondi. – Por favor, pequena? – Falou com olhinhos de cão abandonado. Suspirei e concordei com a cabeça. – Viu? Não é tão difícil pedir desculpas. – Falou e depois riu de sua própria piada. Revirei os olhos.

– Certo, certo... Desculpa por ter te chamado de chato, pessoa perturbada, idiota, babaca e louco. – Falei. Ele sorriu. – Apesar de eu ainda achar que você é tudo isso... – Eu disse rindo. Ele revirou os olhos e me abraçou de lado caminhando em direção ao carro.

– Vamos pra casa da Tiff.

– O que vamos fazer lá?

– Você acha que vou te levar pra casa assim? – Falou olhando sugestivamente pra mim. Estava toda molhada e amassada. Eu tinha tirado o casaco, percebi então que minha blusa que era branca estava toda transparente mostrando meu sutiã. Corei. Ele percebeu então colocou o seu casaco que não estava molhado, em mim.

– Obrigada. – Murmurei.

Paramos para juntar meu casaco e o tênis dele, que ainda não tínhamos pegado. E depois seguimos pra casa da Tifanny sem conversar. Só cantamos a música que estava tocando. Logo chegamos a casa dela.

– Até que fim! – Ela disse assim que desci do carro. Oi, como assim? Ela estava me esperando?

– Porque até que fim?

– Vocês demoraram! – Olhou-me de cima abaixo. – Seth o que você fez com ela? – Eu ri e ele revirou os olhos.

– Joguei do penhasco! – Falou entrando em casa. – Tem comida? To com fome! Oi Claire!

– Oi Seth! Tud... Não senta assim molhado no meu sofáaa! – Escutei os gritos da tia Claire. Dei uma risadinha.

– Vem, você vai direto pro banho! – Tiff disse puxando minha mão.

– Tá né! – Resmunguei. Ela me levou pro banheiro do seu quarto. Jogou-me uma toalha. – Lava o cabelo bem lavadinho! Depois sai que eu te dou a roupa. Fechou a porta e me deixou lá. Fiz o que ela mandou. Um banho quente foi muito bom. Enrolei-me na toalha e saí do banheiro. Vi um vestido preto de festa, uma meia fina preta, jaqueta de couro laranja, e uma sapatilha preta com a ponta dourada. – Que roupa é essa?

– A roupa que você vai usar!

– Porque motivo eu vou com uma roupa de festa pra casa?

– Ah, fica quieta e senta aqui logo! – Ela disse apontando para uma cadeira preta de rodinhas, que estava de frente para sua penteadeira com um grande espelho. Ela secou o meu cabelo, depois fez um pouco de babyliss e soltou os cachos com um pente. Ficou um encaracolado super natural. Meu cabelo já era encaracolado mesmo. Ela só o ajudou a tomar forma. Depois pegou uma fina mecha e prendeu no lado com dois grampinhos. Sorriu para o espelho e depois começou a fazer a maquiagem em mim. Passou rápido um pó pelo meu rosto no qual resmungou ser de “porcelana” e por isso não precisava de nada, e depois começou nos meus olhos. Ficou um tempão neles. Era tão delicada. Eu já estava impaciente. Por fim passou um blush cor de pêssego no meu rosto e um batom com gloss. – Ficou perfeito! – Disse com um sorriso largo. Olhei no espelho.

– Uau! – Falei. Os meus olhos estavam incríveis. Parecia um arco-íris. – Que lindo Tiff!

– Ok, agora coloca a roupa!

– Tudo bem... Mas ainda não entendi o porquê e...

– Coloca logo! – Ela me cortou. Suspirei. Hoje todos queriam me mandar? Terminei de colocar a roupa. Ela me passou um colar dourado de rosa e um par de brincos. – Me deixa pintar suas unhas! – Ela falou me puxando para sentar na cama. Tirou o esmalte antigo, depois limpou a unha e por fim pintou-as de uma cor preta brilhosa. – Prontinho! Agora é só esperar secar! – Falou levantando-se e guardando as coisas. Levantei-me também. Olhei-me no espelho. Eu estava linda. Mas para aonde iria?

– Para onde vamos?

– Deixa de ser curiosa! Agora vai logo que o Seth deve estar te esperando!

– Tá bom! – Falei mostrando a língua e saindo. Ele estava sentado na sala com Quil e Claire. Seth tinha trocado de roupa. Estava com uma calça jeans escura, camisa branca e jaqueta de couro preta. Estava muito bonito. Ri silenciosamente. Ele se levantou e me olhou. Demorou um pouco demais. Ok aquilo já estava estranho.

– Está linda Sarah! – Claire disse sorridente.

– Obrigada! – Respondi timidamente.

– Realmente muito bonita! – Quil completou. – Não é Seth? – Disse divertido.

– Sim! – Foi à única coisa que disse. Sorria bobo. Balançou a cabeça e virou-se. – É... Já vamos indo. Tchau gente!

– Então tá... Tchau! – Falei confusa.

– Tchau queridos! – Claire disse. Quil acenou com a cabeça.

– Aonde nós vamos? – Perguntei quando já estávamos fora de casa.

– Vamos voltar pra praia?

– Tá fora?!Eu não vou sujar a sapatilha!

– Eu sei... – Falou rindo. – Vamos pro penhasco.

–Vai me jogar lá de cima? – Perguntei divertida enquanto entrávamos no carro.

– Hoje não. Talvez outro dia... – Me respondeu no mesmo tom de voz, e depois ligou o carro. Encostei minha cabeça no vidro e fiquei pensando nas possibilidades da onde estar indo. Com certeza o Seth só queria matar tempo indo ao penhasco...

– Ei vai ficar dentro do carro? – Seth perguntou já fora do carro ao lado da minha porta que estava aberta. Fiquei pensando demais.

– Não... – Falei saindo. Caminhamos um pouco em meio às árvores e então chegamos. Sentamos lado a lado naquela grande pedra. Ficamos em silêncio por algum tempo.

– Sarah você já se imaginou daqui á alguns anos? – Seth quebrou o silêncio.

– Como assim? – Perguntei lhe olhando.

– Sei lá. Como você acha que vai estar fisicamente. O que acha que vai fazer. Quais serão os amigos que ainda vão estar ao seu lado. Aonde vamos estar morando no momento. Se irá estar namorando...

– Não sei Seth... – Falei voltando a minha atenção ao mar. – Porque a pergunta?

– Não sei também... Acho que pra mim é meio sem expectativa. Eu vou estar assim. Igual á hoje. Provavelmente fazendo as mesmas coisas. Pode ser assim por muito tempo pra mim. Eu vou sempre estar ao lado da minha irmã, e ela vai ficar sempre se transformando para nunca envelhecer, para assim poder passar o resto da existência ao lado do Nathan. Mas eu sinto falta de crescer. De mudar... Sei lá. Por isso te perguntei – Explicou-me. Permaneci em silêncio. Não sabia o que dizer.

– Acho que daqui á alguns anos eu espero não estar em outra cidade que não seja Seattle, o que provavelmente vai acontecer... Espero ainda estar convivendo com a Katie, e com a Tiff. Espero ter feito novos amigos e não ter me esquecido dos antigos. Espero já saber o que quero fazer algum dia, tipo a faculdade que quero fazer. Espero que você ainda me chame de pequena... – Ele riu.

– Eu vou sempre te chamar assim. Fiz uma promessa!

– E espero ter encontrado um amor... – Eu disse baixinho. Ele ficou encarando longe sem dizer nada. Não gostava daquele silêncio. Apesar de aquele lugar ser tranquilo e combinar com silêncio, agora eu queria escutar a voz de Seth.

– Ei, aonde nós vamos? – Falei a primeira coisa que veio na minha cabeça. Ele soltou uma risada e me encarou.

– Você não cansa mesmo né? Espera mais um pouquinho... – Disse e depois voltou a olhar pra frente. Ficamos mais um minuto em silêncio.

– Qual é o seu maior sonho Seth? – Perguntei para tentar iniciar uma conversa.

– Hum... Nunca perder alguém que amo. – Falou sério. – E o seu? – Disse depois de um tempo.

– Acho que ter uma vida eternamente feliz. Algo meio difícil de conseguir... – Murmurei. “Eterno”. Essa palavra não existia de verdade pra mim até saber que minha família nunca vai morrer. O bom era que eu nunca iria precisar vê-los partir. Não iria sentir essa dor. Porém eu algum dia iria partir. Aquilo fez meio coração apertar. Senti um arrepio. Seth percebeu e me puxou pra perto dele.

– Tá com frio? – Me perguntou. Concordei com a cabeça. Não queria explicar. Depois de algum tempo escutamos o barulho de mensagem no celular do Seth. Ele olhou o visor. – Hora de irmos! – Falou sorrindo.

– Aonde? – Perguntei. Ele não me respondeu. Só me puxou pela mão. Fomos por todo o caminho em silêncio. Paramos em frente a minha casa. Estava tudo escuro.

– Pra casa! – Falou então. Depois riu. Minha casa? Ah fala sério! Que graça isso podia ter? Ele estacionou o carro dentro da garagem e depois subimos as escadas juntos. Ele parou em frente à porta.

– Não vai abrir? – Perguntei entediada.

– Abre você! A casa é sua, a festa é sua!

– Festa? – Perguntei confusa.

POV Seth

– Vamos pra casa da Tiff. – Falei á ela.

– O que vamos fazer lá? – Me perguntou inocente. “Te arrumar para a festa!” Pensei.

– Você acha que vou te levar pra casa assim? – Eu disse olhando sugestivamente para a sua roupa molhada. Percebi que sua camiseta estava transparente... “Comporte-se Seth ela é só uma criança!” Uma criança que está crescendo e ganhando curvas rápido demais... “Para!” Percebi que ela corou com o meu olhar. Ótimo! Deixar ela constrangida é uma ótima maneira do Edward não escutar seus pensamentos, contar para a Rosalie e ela nunca mais te confiar o poder de sair sozinho com a Sarah. Peguei meu casaco e coloquei nela.

– Obrigada. – Ela murmurou. Paramos no caminho ao carro para pegar o seu casaco molhado e meu tênis. Não conversamos no caminho, só cantamos a música que estava tocando. Logo chegamos à casa do Quil

– Até que fim! – Tifanny disse assim que descemos do carro. Ela não sabia disfarçar não?

– Porque até que fim? – Sarah perguntou. É claro que ela percebeu!

– Vocês demoraram! – Tiff disse olhando a Sarah dos pés a cabeça. – Seth o que você fez com ela? – Revirei os olhos e percebi que Sarah deu uma risadinha.

– Joguei do penhasco! – Falei entrando em casa – Tem comida? To com fome! – Perguntei alto. – Oi Claire! – Falei quando a vi saindo da cozinha.

– Oi Seth! Tud... Não senta assim molhado no meu sofáaa! – Ela disse me empurrando assim que eu ia sentar.

– Ah tá bom! – Falei fazendo de conta que estava magoado. Ela revirou os olhos.

– E aí Seth! – Quil disse entrando na sala.

– E aí Quil! – Falei dando lhe um abraço de “camarada”.

– Seth vai tomar banho e trocar de roupa! Alice trouxe a sua roupa junto com a da Sarah! – Claire disse. Eu concordei e fui pro quarto deles. A roupa estava em cima da cama. A peguei-a e entrei no banheiro. Tomei um banho e me vesti. Depois voltei pra sala. Senti um cheirinho de café e bolo.

– Huum... Que cheiro bom! – Eu disse indo pra cozinha.

– Pode comer! Fiz pra vocês! – Claire disse. Eu e Quil comemos e depois fomos pra sala. Ficamos vendo TV e conversando por um bom tempo. Mais que demora! Então escutei a porta se abrindo. Sarah saiu de lá com um vestido preto curto, o mais curto que já tinha a visto usar, apesar de usar meia fina por baixo. “Mente poluída!” Gritei comigo mesmo. Levantei-me e fiquei a olhando com um olhar de bobo. Ela estava bem maquiada. Rosalie não a deixava usar muito maquiagem. Eu concordava, pra que ela precisava de maquiagem se já era bonita por natureza? Mas a maquiagem só acentuou seu belo rosto. Minha pequena estava linda.

– Está linda Sarah! – Claire disse sorridente.

– Obrigada! – Ela respondeu timidamente.

– Realmente muito bonita! – Quil completou. – Não é Seth? – Disse divertido.

– Sim! – Foi à única coisa que disse consegui dizer. Depois eu matava o Quil, agora queria a admirá-la. Espera aí? O que eu estava fazendo? Balancei a cabeça para tentar me comportar melhor. Virei-me. – É... Já vamos indo. Tchau gente!

– Então tá... Tchau! –Sarah disse confusa.

– Tchau queridos! – Claire disse. Quil acenou com a cabeça.

– Aonde nós vamos? – Sarah perguntou quando já estávamos fora de casa.

– Vamos voltar pra praia?

– Tá fora?!Eu não vou sujar a sapatilha!

– Eu sei... – Eu disse rindo. Não pretendia sujar sua sapatilha de areia mesmo – Vamos pro penhasco.

–Vai me jogar lá de cima? – Ela perguntou divertida enquanto entrávamos no carro.

– Hoje não. Talvez outro dia... – Respondi divertido também, e depois liguei o carro. Ela encostou o rosto no vidro do carro e permaneceu em silêncio por todo o caminho. O que será que estava pensando?

– Ei vai ficar dentro do carro? – Perguntei quando chegamos. Já tinha saído e estava ao lado dela com a porta aberta.

– Não... – Ela disse saindo do carro. Caminhamos um pouco em meio às árvores e então chegamos. Sentei-me no chão e ela sentou ao meu lado. Não pude deixar de pensar em quanto tempo será que eu poderia a olhar de outro jeito. Sem me cobrar por ela ainda ser uma menina, e eu estar parecendo um pervertido. Será que ela vai entender logo que eu tive um imprinting por ela? Até agora eu não entendi como ela não percebeu. Achei até que ela já tinha percebido e não queria falar, porém Edward nos garantiu que ela ainda não ligou os fatos. Será que vamos ficar juntos algum dia? Ou...

– Sarah você já se imaginou daqui á alguns anos? – Falei de uma hora pra outra.

– Como assim? – Me perguntou confusa.

– Sei lá. Como você acha que vai estar fisicamente. O que acha que vai fazer. Quais serão os amigos que ainda vão estar ao seu lado. Aonde vamos estar morando no momento. Se irá estar namorando... – comigo ou com outro. Terminei a frase nos meus pensamentos. Algo dentro de mim não gostou na possibilidade de outro. Mas eu sabia que era possível. Rosalie me fez prometer que não interferia nisso.

– Não sei Seth... –Ela disse olhando de novo para o mar. – Porque a pergunta?

– Não sei também... Acho que pra mim é meio sem expectativa. Eu vou estar assim. Igual á hoje. Provavelmente fazendo as mesmas coisas. Pode ser assim por muito tempo pra mim. Eu vou sempre estar ao lado da minha irmã, e ela vai ficar sempre se transformando para nunca envelhecer, para assim poder passar o resto da existência ao lado do Nathan. Mas eu sinto falta de crescer. De mudar... Sei lá. Por isso te fiz a pergunta. – Expliquei. Era verdade. Se eu não tivesse tido um imprinting pela Sarah tudo seria ainda pior. Agora eu ainda tinha a possibilidade de um dia ficar junto dela. E talvez envelhecer ao seu lado... Quem sabe.

– Acho que daqui á alguns anos eu espero não estar em outra cidade que não seja Seattle, o que provavelmente vaia acontecer... Espero ainda estar convivendo com a Katie, e com a Tiff. Espero ter feito novos amigos e não ter me esquecido dos antigos. Espero já saber o que quero fazer algum dia, tipo a faculdade que quero fazer. Espero que você ainda me chame de pequena... – Eu ri com essa última parte. Ela “esperava” isso?

– Eu vou sempre te chamar assim. Fiz uma promessa! – Falei com confiança.

– E espero ter encontrado um amor... – Ela disse baixinho. “Encontrar um amor”? Ou seja, esse amor não sou eu. É claro né seu bestalhão! Ela pensa em você como o seu melhor amigo, não imagina que você teve essa droga de imprinting por ela!

– Ei, aonde nós vamos? – Falou depois de um tempo. Dei uma risada e a encarei.

– Você não cansa mesmo né? Espera mais um pouquinho... – Eu disse e depois voltei a olhar pra frente. Ficamos mais um minuto em silêncio.

– Qual é o seu maior sonho Seth? – Ela perguntou me pegando de surpresa.

– Hum... Nunca perder alguém que amo. – “Ou te perder”... Completei mentalmente de novo. E também perder minha mãe. É... A minha mãe... Isso era algo que mais me doía. Ela já estava velhinha, e apesar de ser uma mulher forte, eu sabia que a cada movimento do ponteiro ela estava mais perto de me deixar. Isso doía tanto. Eu não queria que isso acontecesse! Em um mundo normal eu deveria ser um quarentão casado, com filhos da “minha idade”, já formado á muito tempo em algo e dado orgulho pra minha mãe. Seria normal igual á todos. Porém eu ainda continuo um adolescente. E minha mãe morrendo... Não sei como vai ser sem ela. Percebi que tinha que falar algo. – E o seu? –Perguntei.

– Acho que ter uma vida eternamente feliz. Algo meio difícil de conseguir... – Ela murmurou. Isso um dia ela podia conseguir sim. Se fosse transformada em vampira. Aquilo me fez tremer. Eu não conseguia a imaginar assim. Apesar dos Cullens serem uma parte da minha família, eu não quero ver a Sarah assim. Será que a Rosalie seria capaz disso? Senti ela tremer ao meu lado.

– Tá com frio? – Perguntei a puxando para perto de mim. Ela concordou com a cabeça. Depois de algum tempo escutei o barulho de mensagem no meu celular. Olhei no visor. Já cheguei. Tudo pronto! Tifanny. – Hora de irmos! – Falei sorrindo.

– Aonde? – Perguntou-me. Eu não respondi. Só a puxei pela mão em direção ao carro. Ela não falou nada enquanto íamos. Eu também não falei. Paramos em frente a nossa casa. Estava tudo apagado como o combinado. Sorri.

– Pra casa! – Falei então. Depois ri. Estacionei o carro dentro da garagem e depois subimos as escadas juntos. Parei em frente à porta. Ela é quem tinha que abrir.

– Não vai abrir? – Ela me perguntou com cara de tédio. Fala sério! Ela ainda não tinha percebido?

– Abre você! A casa é sua, a festa é sua! – Falei sorrindo.

– Festa? – Me perguntou confusa. Essa loirinha era lenta hein?!


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Notas finais do capítulo

E então alguém aqui merece review? Espero que sim pq se não eu não vou postar o próximo, e olha q acho q esse vai ser bom... u.u
Esse é bem Sareth néh? kkkkkkkkk' O que acharam do nome a criei pra eles? Podem shippar de outro jeito, daí me fala.
O Seth safeeedenho néh? kkkkkkkk'
Acho q todos já entenderam oq vai acontecer né? Então preparem-se pra festaaa *-------* Ebaa FESTEEENHA NA CASA DOS CULLENS kkkkkkk' sqn :c
Beijokaas