Uma Nova Vida escrita por Jana


Capítulo 25
Capítulo 24 - A verdadeira História - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie gente lindaa*---*
Ó atrasei só dois dias do q tinha falado q ia postar kkkk' (:
Boa Leitura!



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– Vou resumir essa parte. A dor da transformação é a coisa mais terrível que você pode imaginar. Eu não podia nem gritar ou me debater porque a morfina havia me paralisado. Eu senti cada membro se paralisando com o veneno. E o último foi meu coração. E então eu estava mudada. – Ela sorriu. – O meu “renascer” foi bem estranho. Eu conseguia enxergar cada detalhe da sala. Quando fui abraçar seu tio, quase o esmaguei, eu era muito forte. – Eu ri com ela. – Chegava a ser esquisita a forma como minha voz era tão bonita. E como eu conseguia captar tudo ao meu redor... Eu tinha muitas perguntas para fazer. Queria saber sobre Renesmee! Porém tinha que caçar primeiro... A sede era enorme.

Eu e Edward estávamos caçando quando eu senti o cheiro de sangue humano, e por incrível que pareça, eu fugi. Não podia matar nenhum humano. Edward ficou surpreso comigo, não deveria ser capaz de fazer isso. Afinal, eu era só uma recém-nascida! Então depois da caça nós voltamos para casa. Jacob estava nos esperando. Ele queria testar a minha reação com ele antes de eu ver a Renesmee. Não entendi direito do porquê de ele estar tentando protegê-la, porém concordei com ele. O seu cheiro era horrível, agora eu entendia o que eles diziam sobre Jake. – Olhei para o Jacob e comecei a rir. – Quando entrei na sala todos estavam em fila me bloqueando, cada pequeno movimento que eu fazia, todos já ficavam preparados para me alcançar. Então ela estava lá, nos braços de Rosalie, atrás dos outros. Ela era linda. E estava se debatendo no colo de Rose para chegar até mim. – Tia Bella sorria lembrando-se de sua primeira imagem de Renesmee – Edward contou-lhes que eu tinha conseguido parar no meio de uma caça com humanos, para que confiassem mais em mim. E então eu pude segurá-la pela primeira vez. Sua pele era tão quente quanto á de Jacob. Seus olhos eram castanho cor de chocolate, e seus cabelos cacheados eram dourados. Ela parecia ter várias semanas e não apenas dias. Subiu sua apequena mãozinha colocando-a na minha bochecha. Mostrou-me a única imagem que tinha de mim. Eu estava toda suja de sangue, horrível na mesa de cirurgia. Assustei-me a princípio, mas Edward disse que era um dom. Um lindo dom para uma linda pessoinha.

– Nessie tem um dom? – Falei sorrindo. Minha tia concordou.

– Posso mostrar o que quiser para a outra pessoa. Antigamente eu só conseguia tocando em quem queria comunicar algo, hoje eu posso mandar de longe, desde que a pessoa esteja no meu campo de visão. Quanto mais próxima eu for da pessoa, mais fácil é de mandar á distância. – Renesmee me explicou.

– Jacob quis tirar ela do meu colo, falou que eu tava indo muito bem, mas não devíamos me pressionar de mais. E enquanto ele estava olhando para ela, eu percebi o que tava acontecendo. Pedi para a Rosalie segurá-la e daí comecei a gritar com ele. Eu não tava acreditando naquilo. Ele não poderia ter tido um imprinting com o meu bebê! Já estávamos lá fora, e eu não ligava para nada que ele dizia. Ele não ia conseguir mudar a minha opinião. E então ele chamou minha filha de Nessie. Eu não podia acreditar que ele tinha apelidado ela de monstro do lago Ness! Eu pulei no pescoço dele e acabei machucando Seth, que se jogou na frente. – Olhei de olhos arregalados para o meu Seth. Coitado. Ele fez um beicinho fofo de novo. Eu ri e balancei a cabeça. – Alice e Esme nos deram uma cabana que ficava perto da casa grande. Ela era perfeita. O quarto de Renesmee, o nosso, e até o enorme closet que Alice inventou de fazer. – Ela disse revirando os olhos. Diferente da minha outra tia, ela não era muito fã de moda. Eu e tia Allie rimos. – Agora que tínhamos a mesma temperatura, às coisas eram bem mais fácil. – Ela disse de uma forma estranha. Contudo entendi o que queria dizer. – Seu pai vivia fazendo piadinhas com isso. Eu fiz então uma aposta com ele. Fizemos uma queda de braço, se eu ganhasse, ele parava de me provocar com esse assunto, se eu perdesse, ficaria ainda pior. E eu ganhei! – Ela disse com um sorriso triunfante. Eu olhei para o papai e comecei a gargalhar. Era impossível de acreditar nisso. Papai tinha o dobro do tamanho da tia Bella. Acho que os dois braços da minha tia juntos equivalia a um braço dele.

– Calma aí filha. Eu já voltei á tempo, a ser o mais forte da família, ok? – Ele falou meio bravinho. Eu ri dele.

– Posso continuar senhor metido? – Minha tia perguntou á ele.

– Haha! Não quer admitir que sua força durou pouco e que o grandalhão aqui já voltou para o primeiro lugar, é ? – Ele disse com um sorriso vitorioso. Eu ri mais ainda.

– Cala a boca Emmett! – Ela disse revirando os olhos e depois olhou de volta para mim. – Bem, ele me deixou em paz com isso. Mas antes disso acontecer, Charlie veio me visitar. Porque Jacob se transformou na frente dele, e disse que eu estava mudada, mas estava bem. – Ela revirou os olhos. – Eu tive que usar lentes de contatos castanhas e tentar me comportar mais humanamente. Charlie conheceu Renesmee e se apaixonou por ela no mesmo momento. Ele aceitou as coisas facilmente, ou melhor, meio que fechou os olhos pra isso. Não quis saber de nenhum detalhe.

Todos nós estávamos preocupados com o crescimento ligeiro de Renesmee. Ela crescia todos os dias. E temíamos que logo ela deixasse muito rapidamente de ser aquela nossa menininha. Ela também era muito, muito esperta e avançada para a sua idade. Já estávamos pensando em ir até a América do Sul, pesquisar algo parecido com Renesmee, ter informações... Quando Alice teve uma visão dos Volturi vindo por nós. – Minhas mãos tamparam a minha boca assim que escutei isso. Fiquei com medo do que poderia vir a partir de agora. – Irina veio nos visitar, com certeza para pedir desculpas pelo seu mau comportamento, e me viu caçando com Jacob e Renesmee. Ela pensou que tínhamos criado uma criança imortal e por isso foi contar para os Volturi. Ela tinha raiva de nós por ficarmos do lado dos Quileutes, não deixando ela se vingar dos lobos por terem matado Laurent. Os dois viraram parceiros quando ele foi para Denali conhecer o nosso estilo de vida, assim que não quis ajudar James á me perseguir.

– Que idiota! – Falei alto. Todos olharam pra mim. Papai riu. – Desculpa. – Sussurrei.

– Estávamos pensando em várias possibilidades. E chegamos à conclusão que se tivéssemos pessoas o suficiente ao nosso lado, talvez os Volturi parassem para nos ouvir. Para que pudéssemos mostrar á eles que Renesmee não era uma criança imortal, que ela crescia. Alice foi para longe com Jasper, para poder se concentrar e ter alguma visão, já que Renesmee estava na sala e Jacob chegando, e com isso ela não conseguia ver nada. E eles não voltaram mais. Deixaram um bilhete com Sam, no qual Alice pedia desculpa por não terem se despedido e nem dado explicações, dizia para procurarmos o maior número de amigos que conseguíssemos, e que eles procurariam por Peter e Charlotte, além de que nos amavam. – Eu estava chorando. Porque tia Alice faria isso?

– Mas... Porque eles foram... embora? – Perguntei secando minhas lágrimas.

– Não precisa chorar querida. Saiba que a Alice sempre sabe o que faz. – Tia Bella disse em um sorriso calmo. Tia Allie veio na minha direção e sentou-se ao meu lado.

– Hoje eu estou aqui, não estou? Então a história tem um final feliz. – Ela disse dando uma pequena batidinha com seu dedo na ponta do meu nariz. Depois passou seus braços ao meu redor. Eu sorri para ela.

– Ela havia escrito o bilhete em uma página de um dos meus livros. Isso me intrigou, porque ela iria escrever em um livro meu? Porque não escreveu em uma pedra, um bloco de papel roubado... Eu não sabia onde isso levaria, mas segui a trilha dela que levava até a cabana. Pedi para Edward me esperar lá fora e entrei pegando livro. Lá tinha um nome e um endereço, e a palavra “destrua” logo abaixo. Isso só podia significar que ela estava tentando me dar um recado, algo que Edward não devesse saber, já que ela estava dando ele para mim, a única pessoa que Edward não conseguia ler os pensamentos. Eu tinha que escutá-la. Queimei o livro e menti para seu tio, não contando do bilhete.

Eu e Edward ficamos em casa junto com Renesmee, para receber todos os vampiros que vinham e mostrar-lhes a Nessie. Rosalie e Emmett foram á procura dos nômades e Carlisle e Esme dos clãs. Depois que eles partiram, e Edward e Jacob estavam conversando, eu fui disfarçadamente até o computador. Não havia nenhum J. Jenks, mas havia um Jason Jenks. Um advogado. Anotei o código postal do endereço, que ficava em Seattle. Procurei pelo endereço, mas nada apareceu. Resolvi não abusar da sorte, então parei de pesquisar.

Eu não podia aguentar isso, apesar de estar temendo a minha vida, a de Edward, a do resto da minha família, eu temia a vida da minha filha mais que tudo. Eu tinha que preservar a vida dela. Foi então que percebi que devia ser isso que Alice estava fazendo. Ela estava tentando me ajudar com Renesmee. No dia seguinte tínhamos uma tarefa difícil. Os Denali estavam vindo e tínhamos que fazê-los nos escutar e ver Renesmee. No começo eles tiveram a mesma reação que Irina, acharam que ela era uma criança imortal. Mas conseguimos convencer Carmem a deixar Renesmee tocar seu rosto, e assim ela lhe mostrou que crescia. Os Denali ficariam do nosso lado. Logo todos os vampiros foram chegando. Peter e Charlotte, nos quais Alice e Jasper nos mandaram. O clã Irlandês, formado por Siobhan, Liam e Maggie. Que acreditou em nós pelo poder de Maggie, ela conseguia saber quando as pessoas estavam ou não mentindo. O clã Egípcio, que era composto por Amun e Kebi, e Tia e Benjamim. O último tinha um poder grandioso, ele podia mexer com os quatro elementos, fogo, ar, terra e água. O clã da Amazônia, no qual Alice nos mandou, e vieram apenas duas de suas integrantes, Senna e Zafrina, pois Kachiri foi com Alice para outro lugar no qual ela não disse. Zafrina tinha o poder de fazer as pessoas verem o que ela quiser. Renesmee passava muito tempo com ela por causa de suas “imagens bonitas”. Os nômades Alistair, Mary e Randall, e Garret.

– Espera. Garret? – Perguntei surpresa. Esse não era o marido de Kate?

– Sim. Lembra que dissemos que você iria entender melhor depois? Então, Kate e Garret se conheceram na nossa casa. Ele era um vampiro com uma dieta comum, porém por Kate ele virou vegetariano. Exatamente como seu tio Jasper fez por Alice. – Tia Bella me explicou. Eu sorri. – Eleazer tem o poder de descobrir o poder dos outros. Até mesmo quando humanos. E ele nos disse que eu era um escudo. Eu posso bloquear o poder daqueles que usam a mente. Mas, aqueles que não precisam disso, eu não consigo bloquear. Como por exemplo, a Alice e o Jasper.

–Entendi. Então é por isso que tio Edward nunca conseguiu ler sua mente? E nem o Aro e a Jane conseguiram usar o seu dom contra você?

– Sim. E a Zafrina, e a Kate. Ela tem o poder de dar choques em outras pessoas. Foi ela quem me deu a esperança de expandir o meu dom. Assim eu poderia proteger as pessoas que estavam ao meu lado também. Eu comecei a treinar isso. No começo Zafrina fazia ilusões para Edward e eu tentava bloqueá-las. Porém Kate achou que eu deveria de ter mais motivação, então ela começou a usar seu dom nele. Aos poucos eu conseguia resultados. Em um dia que eu estava treinando, dois vampiros apareceram lá. Os Romenos Stefan e Vladimir. Eles haviam escutado que os Volturi estavam vindo por nós, e que tínhamos juntado vampiros contra eles, então quiseram se juntar também. Eles estavam no comando de tudo, antes dos Volturi, contudo perderam para eles, e os dois foram os únicos que sobraram do seu clã, desde então buscam vingança contra Aro.

Ao todo tínhamos conseguido juntar um número de 17 vampiros, mais a nossa família de 11 -já que os Denali insistiam de serem contados como parte da família- e os lobos. Nós emprestávamos nossos carros para os visitantes iriam caçar longe da nossa região. Assim convivíamos mais pacificamente.

Charlie não podia vir nos visitar com a casa cheia de vampiros, então Renesmee, Jacob e eu fomos visitá-lo. Aproveitei para ir á procura de J. Jenks. Jacob estranhou eu ter que sair, porém pedi pra ele só controlar seus pensamentos perto de Edward. Charlie achou que eu fui fazer compras de natal, então usei mesmo essa desculpa. O local era muito ruim. Com prédios de três andares todos em um tom de cinza, sem iluminação... Qualquer um dos automóveis dos Cullens seria de extremo luxo ali. Não conseguia enxergar Alice naquele lugar. Desci do carro e um homem que estava sentado na frente do prédio me parou. Ele não era o J. , mas trabalhava para ele. Depois de uma conversa ele acabou ligando para seu chefe, que já ia mandá-lo me falar para ir embora, até que ele disse que meu sobrenome era Cullen. O homem do outro lado da linha disse gritando para falar-me para ir até o seu escritório. Soube que ele trabalhava com “papéis”. Fui até o local, que era muito amplo e bonito. O senhor suava muito, e com certeza tinha medo dos Cullens. Ou melhor, de Jasper, já que era com ele que tinha feitos negócios. J. fazia documentos falsos. Foi então que entendi o que Alice fez. Ela queria me dar à chance de proteger Renesmee, fazendo com que ela fuja caso algo desse errado. Se ela não quis que Edward soubesse, era porque não deveria ser com nós que ela teria essa oportunidade. Entendi logo com que ela poderia ter uma vida. Jacob. Então pedi duas carteiras de identidade, dois passaportes e uma carteira de motorista. Combinamos de se encontrar na semana seguinte. Eu já havia lhe dado o dinheiro, algo que eu sabia que não iria fazer falta para os Cullens. Pelo menos o meu anjo estaria seguro, poderia continuar a sua vida, mesmo que eu não fizesse parte dela. Acabei comprando um medalhão para dar de presente de natal para Renesmee. Eu tinha que ter uma prova para as minhas “compras”. E realmente queria lhe dar algo. Jacob, Renesmee, Edward e eu passamos o Natal na casa de Charlie. Com Sue, o bando de Jake, e Emily e Sam.

Quando voltamos para casa, estava acontecendo uma confusão, entre Carlisle, Amun e Benjamim. Alistar tinha partido sem dizer nada, com certeza ele achava que uma luta iria acontecer e gostava de mais do Carlisle para ficar do lado dos Volturi, para poder sobreviver. Amun queria partir também, porém Benjamim não queria ir. E esse era o motivo da confusão, ele dizia que Carlisle havia roubado Benjamim dele. Carlisle lhe disse que não estava lhe pedindo para lutar e morrer com ele, mas sim para testemunhar, depois ele poderia partir. Então foi isso que Amun disse que faria. Os romenos pensaram alto, e pesaram suas possibilidades, estavam divididos entre auto-preservação ou vingança, mas escolheram lutar contra os Volturi. Tia e Benjamim disseram que lutariam. Garrett também. Os Denali estariam do nosso lado. Peter e Charlotte, Mary e Randall disseram que ainda não tinham decidido. Jacob falou que os lobos lutariam. Maggie também estava dentro, pois sabia que a verdade estava do nosso lado. Porém Siobhan não queria que isso virasse um luta. Carlisle lhe pediu para pensar que isso não iria acontecer, ela não acreditava que esse era seu dom. Contudo concordou em tentar.

Peguei uma bolsa de couro, preta e pequena do quarto de Alice, na qual coloquei dinheiro e os documentos. Pensei que se Renesmee pudesse fugir, certamente a gente iria ter conseguido matar Demetri, então porque Alice e Jasper não poderiam viver com eles? É claro que Allie não conseguia os ver, então eu tinha que dar alguma pista. Fui até o quarto de Esme, e peguei uma folha branca de papel, escrevi nela com letras maiúscula RIO DE JANEIRO. Pelo o que achávamos, ela estava por lá mesmo, e assim poderiam procurar sobre as lendas e salvar a minha filha talvez. Pelo menos ela estaria segura ao lado dos três.

– Certo titia, qual é o dom de Demetri? – Se eles precisavam matar ele pra Renesmee poder fugir ele só podia ter um dom muito forte.

– Rastreador. Ele pode te rastrear da onde você estiver. – Ela respondeu-me – Dois dias se passaram e a neve finalmente permaneceu no chão. Arrumei Renesmee assim que ela acordou na tenda, colocando a mochila com o dinheiro, os documentos, a pista, e cartas de amor que eu havia escrito para ela, Renée e Charlie. Eu disse que lhe amava. Depois todos se colocaram em seus respectivos lugares. Benjamim e Zafrina estavam mais perto de mim, pois eu teria que protegê-los. Se preparamos para a chegada deles, que aconteceria em segundos. – Eu já estava roendo unha, de tão nervosa com a história. – Vou resumir tudo que aconteceu, porque se não ficaríamos aqui por muito mais tempo. – Ela falou sorrindo.

– Tudo bem titia, eu só quero saber se houve uma batalha ou não.

– Certo. Não houve bem uma batalha. – Suspirei de alívio. – Aro parou e só acreditou quando Renesmee tocou-o, após já ter lido os pensamentos de Edward. Eles mataram Irina por estar mentindo, e suas irmãs enlouqueceram com isso, porém conseguimos pará-las á tempo. Aro pode ver que Renesmee não era uma criança imortal, ele não tinha como negar isso, porém ele queria outro motivo para nos destruir. Tentou falar com Amun, que disse o que vira e depois partiu, depois falou com Siobhan, que novamente disse o que viu, e acrescentou que achava que Renesmee não era nenhum perigo, que conseguia conviver com os humanos normalmente. Porém era isso que Aro resolveu se apegar, dizer que ela poderia ser um perigo. Já que ninguém sabia o que ela poderia se tornar. Nessa hora meu escudo já envolvia todos os nossos amigos e aliados. Eu me esforcei para ter certeza que todos estavam seguros. Garrett então pediu para falar e Aro autorizou. Ele nos ajudou muito com seu discurso. E suas palavras fizeram com que algumas testemunhas fossem embora, e as outras ficassem confusas. E então os três anciões se reuniram para o conselho. Aro, Marcus e Caius se deram as mãos formando um triangulo. Então percebi que era esse o momento certo, tirei Renesmee das minhas costas e lhe disse o quanto á amava e depois á coloquei nas costas de Jacob. Ele e Edward estavam com uma máscara de pânico no rosto. Seu tio entendeu o que estava acontecendo, e também se despediu de Renesmee. Eu disse a Jake para correr quando eles estivessem o máximo possível distraídos, e Renesmee tinha tudo o que eles precisavam parar fugir pelo ar. Jacob estava resmungando. Eu lhe disse que ele era o único que eu confiava para cuidar de Renesmee, eu sabia que ela estaria segura, e que eu também o amava, que ele seria sempre meu melhor amigo. Ele chorou. Edward também lhe disse adeus. Assim todos começaram a se despedir um dos outros. Esme foi ficar ao lado de Carlisle, Rosalie e Emmett se beijaram, Garrett disse para Kate que se eles sobrevivessem á isso iria para qualquer lugar para ficar ao seu lado, Tia e Benjamim trocaram carinhos... E então senti uma pressão contra o meu escudo. Ele ainda estava lá sem danos. E o conselho ainda se reunia. Chelsea, que tem o poder de romper ou juntar os laços das pessoas, estava tentando ultrapassar meu escudo. Jane também começou a me atacar e depois Alec. Nenhum teve sucesso. Logo os anciões se separaram e foram votar. Caius votou em continuar, em nos atacar, ele achava que a criança e seus “criadores” deviam ser destruídos. Marcus votou não, pois a criança não demonstrava nenhum perigo. E então o que tinha que decidir era Aro. – Ok, eu estava quase tendo um infarto de tão curiosa. – E nossa heroína perfeita salvou mais uma vez o dia! – Tia Bella falou rindo. Eu olhei na hora para a Tia Alice. Ela sorriu. – Alice havia ido atrás de sua própria testemunha. Com a ajuda de Kachiri, ela encontrou outro híbrido que vivia na América do sul.

– Então Renesmee não é única?

– Não dessa forma. Existem mais híbridos. Cinco contando com ela. – Minha tia me informou. – Nahuel e sua tia Huilen, que era vampira, testemunharam contando sua história. Assim descobrimos que quando Renesmee aparentasse ter a idade adulta, ela pararia de crescer e não mudaria dessa forma nunca mais. – Eu sorri. – Com isso Aro percebeu que a única desculpa que ele tinha não era válida, e assim eles se foram, e até hoje não nos incomodaram mais. – Terminou dando de ombros.

– Ufa! Quase morri de medo agora! – Falei. E todos arregalaram os olhos pra mim. Menos o tio Eddie. Seth até chegou mais perto. Eu revirei os olhos. – Por favor, né! Eu não estou falando sério...

– Ok. Agora sou eu. – Nessie disse sentando-se no chão e me puxando para o seu colo. Eu suspirei mais não saí de lá. Tia Bella sentou no lugar onde Renesmee estava antes.

– Porque você deixa ela te pegar no colo, e eu não? – Minha mãe disse fazendo beicinho.

Eu ri. – Eu não sou mais criança pra ficar no colo. Porém a Renesmee é muito teimosa, então nem discuto mais com ela. – Eu disse dando de ombros.

– Isso é verdade! – Jacob e tio Edward disseram juntos. Foi ela quem fez biquinho agora. Rimos. Dei um beijinho no seu rosto. Ela sorriu.

– Bem, depois de exatamente sete anos, uma semana e dois dias após meu nascimento, eu parei de crescer, aparentando ter 17 anos. – Ela falou piscando seus lindos cílios. Desejei também ser híbrida, assim eu... Parei meu pensamento no meio, lembrando que tio Edward iria saber. – Jacob nunca tinha me falado explicitamente que ele havia tido um imprinting por mim, porém eu sabia, é claro. Eu juntei as peças. Como por exemplo, a mamãe ter quase o matado naquele dia. O bracelete que ele... quer dizer... an... – Renesmee se enrolou. E eu não entendi o porquê, mas não falei nada. – A forma como ele sempre ficava perto de mim. E eu já tinha escutado as lendas Quielutes. Ele já me contava várias histórias sobre os lobos... Meus pais estavam muito rigorosos depois que eu já tinha chegado à fase adulta, eu não podia sair com Jacob fora da linha de “audição” do meu pai. – Ela revirou os olhos. E Jacob deu uma risadinha.

– No meu aniversário de oito anos de nascida, ele pediu para conversar comigo. Já era de noitinha, e os convidados já tinham ido embora. Fomos caminhar na beira do lago que tinha atrás da casa onde morávamos. Estávamos conversando normalmente até que o assunto acabou. Algo estranho porque Jacob nunca ficava quieto quando estava comigo. Na verdade ele estava estranho nesses últimos dias. Então ele parou de andar, virou para ficar de frente para mim, segurou em minhas mãos olhando dentro dos meus olhos... – Os olhos dela brilhavam conforme ela me contava. Olhei para o Jake que estava com um sorriso largo no rosto. - Ele me disse que havia tido um imprinting por mim no dia em que nasci, que já enfrentou muita coisa por causa disso, porém nunca deixou de estar do meu lado me protegendo, que sempre me amou como um irmão e como um melhor amigo, contudo já fazia um pouco mais de um ano que ele me via com outros olhos, que ele me amava como um homem ama uma mulher. E que estava disposto á tudo para ficar comigo. Entretanto se eu não quisesse me prender, não sentisse o mesmo por ele, iria entender, eu era livre para fazer o que quisesse. Então eu o cortei com um beijo. Dizendo depois que nossas bocas se separaram, que tinha pensando que ele nunca iria falar isso, e que eu também já não o amava só como um irmão, que era com ele que eu sonhava todas as noites... – O sorriso dela era gigante, era tão lindo se ver. Eu dei pulinhos de alegria no seu colo. Parecia que eu estava lendo um livro e que os personagens principais finalmente tinham ficado juntos. – Jacob estava com medo de contar para meus pais, principalmente para papai, pois mamãe já havia aceitado. Todavia sabíamos que não tinha como esconder. Quando estávamos indo em direção á casa, tia Alice aparece saltitante dizendo “até que em fim”, que ela não tinha tido uma visão porque não conseguia nos ver, mas que a sua intuição dizia que nós éramos perfeitos juntos, que papai já tinha lido isso nos seus pensamentos, e que ele já tinha aceitado. Não concordava ainda, porém sabia que eu seria muito feliz ao lado de Jacob. Toda a minha família estava feliz por nós. E naquele final de semana fomos para La Push, em uma festa de comemoração pelo nosso relacionamento.

Começamos á namorar logo depois. Dois meses após isso eu comecei a me sentir muito mal, a vomitar e a dormir mais que o normal. E eu estava comendo a carne dos animais além de beber seu sangue. E então percebemos que eu estava grávida. – Arfei com isso. Como ela podia estar grávida se tinha parado de crescer? – Ninguém sabia como isso tinha acontecido. Todos pensavam que eu tinha parado de envelhecer, eu também. E meu ciclo menstrual já havia parado. Porém isso aconteceu, e como eu, o bebê crescia mais rápido que o normal, contudo foi um pouco mais lento do que a minha gestação. Foi mais fácil que a da minha mãe. Já estavam preparados para tudo, e eu também era mais forte por ser metade vampira. Tomei sangue e me alimentei de carne crua de animais por toda a gestação. Por esse motivo já sabíamos que o bebê tinha alguma parte de transmorfo também. Eu perdi bastante sangue na hora do parto, mas consegui me curar rapidamente. E de dentro de mim saiu um lindo menino. Nathan. – Meus olhos se arregalaram. Nathan era filho de Nessie? Ok, isso tava mais estranho do que eu pensava. Tio Edward riu dos meus pensamentos. – Ele era híbrido como eu. E como na sua gestação, ele crescia mais rápido do que os humanos e mais devagar do que eu. Porque tinha genes de lobo também. Ele parou de crescer quando tinha 10 anos, mas parecia ter 18. Ele parece ser mais velho que eu! – Ela falou como se isso fosse inaceitável. E depois riu.

– Certo, mãe eu sei contar a minha história sozinho, ok? – Nathan disse fazendo careta.

– Agora já estou contando! – Ela falou com autoridade, mas depois riu. Eu nunca tinha os visto dessa forma, porém agora pensando assim, era verdade. Nessie sempre teve um carinho diferente por ele. – Três anos antes dele parar de envelhecer, se transformou em lobo pela primeira vez. Estávamos caçando, Nathan, Leah, Jacob e eu, quando ele ficou bravo com Jake por ter pegado o animal maior, então acabou se transformando. Pensamos que quando ele parasse de crescer iria parar de se transformar em lobo, porém ele continua até hoje. Ok, Leah conta a sua história e do Nathan. – Renesmee disse enquanto me colocava sentada no chão, e depois se levantava e puxava Leah pela mão. Ela sentou do meu lado.

– Eu nasci em 1986. Minha mãe é a Sue, mulher de Charlie, e meu pai era Harry Clearwater. Antes de me transformar, eu namorava Sam. – Falei que tava cada vez mais estranho! Leah e Sam juntos? Eu não conseguia imaginar Leah com outra pessoa que não fosse Nathan, ou Sam sem Emily. – Nós éramos apaixonados, porém meses depois Sam se transformou em um lobisomem. Ele desapareceu por duas semanas me deixando frenética de preocupação. Minha família e eu passamos o tempo inteiro procurando-o, temendo que ele tivesse se envolvido em um acidente dentro da floresta. Quando ele finalmente retornou, e não explicou sua ausência, as pessoas começaram a achar que ele havia se envolvido com alguma coisa ruim, como drogas. Eu permaneci ao lado dele, mesmo estando frustrada pelos segredos que ele estava escondendo. Minha prima Emily Young veio me visitar, e apresentei-a á meu namorado. Sam teve um imprinting por Emily, que o forçou a terminar comigo. Isso partiu, ou melhor, esmagou o meu coração, não apenas porque eu amava Sam, mas porque Emily sempre fora como uma irmã para mim. Fui forçada a sentar e observar o amor de minha vida cortejando minha prima. Contudo, Seth e eu também nos transformamos em lobisomens. Logo após a morte do meu pai. Então eu entendi o que aconteceu com Sam, e porque ele me deixou por Emily. – Coitada de Leah! Eu estava quase chorando. Ok, eu estava mesmo muito melosa ultimamente. Era TPM só pode. Ri do meu pensamento e depois corei. Seu tio escuta tudo, seu tio escuta tudo! Repeti várias vezes para mim mesma. Entretanto ele sempre escutou o que eu pensava mesmo! Ok, isso era muito ruim. Somente meu tio sabia do meu conflito interno, ninguém mais percebeu. – Eu usava a nossa conexão mental para castigar Sam, com memórias dos meus tormentos. Assim eu fui me tornando uma pessoa amarga. Eu sempre fora a única mulher do bando. E denominada sempre a mais chata, é claro. – Ela riu de si mesma. – Me juntei á Jacob não porque eu gostava dos Cullens, já que na verdade eu sempre os odiei... – Ela deu de ombros. Eu arregalei os olhos. Era realmente estranho pensar nela odiando minha família. Á sua própria família! Ela pertence a essa família... – Contudo assim eu não ia precisar escutar os pensamentos de Sam. Depois que Jacob começou a seguir os Cullens aonde eles iam por causa de Renesmee, eu e Seth fomos obrigados á voltar para o bando de Sam.

Eu estava aqui no dia em que Nathan nasceu. Eu tinha aprendido a gostar de Renesmee, tínhamos até virado amigas. Eu e Seth estávamos caçando no momento. E voltamos correndo quando Jasper e Alice vieram nos avisar que o bebê nascera. Entrei no quarto onde Rosalie estava dando banho em Nathan, e algo surpreendente aconteceu. Eu tive um imprinting por ele. – Suspirei de alegria. Ela conseguira encontrar seu amor! - Jacob e Renesmee entenderam desde o começo, eles ficaram felizes por saberem que Nathan teria seu futuro com alguém que eles podiam ter certeza que o amaria. Nattey me mudou completamente. Com aquele menino sorridente eu aprendi a ser feliz de novo. Aproximei-me completamente dos Cullens, voltei a falar com Emily e Sam, e a tratar bem á todos. – Sorri com isso. E me segurei pra não rir do “Nattey”, esse era o apelido que Leah chamava Nathan. – E então quando ele se transformou pela primeira vez, teve um imprinting por mim também. Esperamos mais um pouco, por pedido de Renesmee. E assim que ele terminou de envelhecer nós ficamos juntos. Tínhamos nos casado quatro dias antes deles te encontrarem. Estávamos em lua-de-mel. – Concordei com a cabeça. Eles eram tão fofos juntos!

– Ok, todo mundo já contou suas histórias, não é? – Perguntei fingindo. Leah sentou-se no colo de Nathan.

– Todo mundo? E eu? – Seth perguntou fazendo um biquinho. – Eu não tenho muito que contar, mas mesmo assim... – Eu ria enquanto levantei-me para sentar em seu colo. Meu pai me olhou com cara feia. Saí do colo dele e sentei-me no colo da tia Bella que estava do seu lado.

– Fala Sethzinho! – Falei sorrindo. Ele sorriu também, fazia bastante tempo que eu não o chamava assim.

– Meus pais são os mesmo de Leah. – Falou dando de ombros. Eu dei uma risadinha. – Eu me transformei com 15 anos. E então até hoje eu tenho 15! – E depois sorriu um sorriso brilhante. Eu comecei a rir. Renesmee e Tia Bella me acompanharam.

– Só isso? Não tem mais nada pra contar? – Perguntei divertida.

– Não, minha vida não é emocionante. Eu nunca persegui vampiros com tochas de fogo, nunca fiquei com gripe espanhola, nunca pulei do penhasco para me matar, nunca tentaram me estuprar, nunca briguei com um urso quando estava na forma humana, nunca pertenci á um exército, nunca fui perseguido por um rastreador, nunca me apaixonei por uma vampira, nunca perdi um grande amor, nunca criaram um exército de vampiros para me matar, nunca me casei, nunca engravidei, nunca tive um dom, nunca tive uma mãe metade vampira, nunca fiquei chato depois que me trocaram por outro... Enfim. – Eu ria a cada coisa que ela falava. – Eu sempre fui legal, divertido, bonito...

– Para de se achar garoto! – Leah disse.

– Sempre tive uma irmã chata...

– Cala a boca! – Ela gritou. Eu ria mais ainda.

– Sempre fui “fã” do Jacob. – Ele e Jake riram. – Depois que matei Riley com Edward, fiquei muito próximo dele, e aceitei facilmente que os Cullens eram legais. Moro com eles desde que Leah teve um imprinting pelo Nathan... Acho que é isso.

– Ok. – Eu disse pulando do colo de minha tia. – Quero agradecer á todos vocês por terem confiado em mim, e me contado toda a verdade. Eu fico muito, muito feliz em saber o que vocês realmente são, sem ter nenhum segredo entre nós. Ainda tenho várias dúvidas, e estou bem curiosa quanto á elas, porém sei que irão me contar tudo isso sempre que eu perguntar. É realmente muita informação, e é bem estranho tudo isso. Mas é divertido! Principalmente por todos vocês terem histórias tão lindas! Cada um passou por tantas dificuldades, e hoje estão todos aqui! Eu tenho muito orgulho de cada um agora que sei de tudo isso! Muito, muito orgulho! Só tenho que agradecer á vocês por terem me dado a chance de pertencer á essa linda família, e dizer que meu amor por cada um de vocês não mudou, e nunca vai mudar. Vocês são a coisa mais importante pra mim! – Meus olhos estavam cheios de lágrimas. Mamãe estava soluçando. Renesmee chorando. E todos estavam com sorrisos enormes.

– Awn! Minha filha! – Mamãe disse me pegando no colo e me levantando alto. Ok, eu ia demorar em me acostumar com sua força. Papai estava nos abraçando também. Então quando percebi todos estavam em volta de nós formando um grande abraço em família. Minhas lágrimas estavam escorrendo. Não tinha como segurar... Depois de um tempo eles se soltaram, mas permaneceram em pé.

– Nós que temos que te agradecer, por ter aceitado tudo tão bem, minha querida! – Vovô falou. Eu sorri enquanto descia do colo da mamãe e corria para abraçá-lo.

– Obrigada você vovô. Se não fosse por você nenhum de nós estaríamos aqui hoje! – Ele me apertou em seus braços e depois beijou o alto da minha cabeça.

– Agora quero fazer alguns pedidos! – Falei saltitando. – Quero ver você, você, você e você se transformarem. – Disse enquanto apontava para cada lobo que tinha na sala. - Quero ver vocês correndo super rápido, brilhando no sol, quebrando e levantado coisas pesadas, jogando beisebol, caçando, que Renesmee use seu dom em mim, e também...

– Calma filha! – Papai falou me cortando. – Respire primeiro! A gente vai te mostrar todas essas coisas! – Depois ele riu.

– Menos caçar! É perigoso de mais! – Mamãe disse.

– Ok. – Dei de ombros.

– Posso fazer isso agora mesmo! – Renesmee disse. Comecei a ver uma menininha toda machucada com uma perna engessada pendurada pra cima, com aparelhos ao seu lado, deitada em uma grande cama. Ela dormia tranquilamente. E fora os machucados, ela era linda. Seus cabelos eram loiros e encaracolados, porém tinha como ver vários nós neles. Percebi que aquela menina era eu. Essa foi a primeira vez que Jacob e eu te vimos. Escutei Renesmee dizer. Foi estranho porque ela não estava falando de verdade, ela tinha falado por pensamento. A imagem estava se aproximando. Renesmee devia estar indo mais perto de mim. Então ela me deu um beijo na bochecha. E pude escutar sua voz falando: - Fica tranquila lindinha, vovô Carlisle vai cuidar muito bem de você! Tia Rose tinha razão, você é mesmo muito linda... E depois a memória acabou. Sorri e abracei Renesmee.

– Agora vamos lá fora ver os lindos lobos que nós somos? – Seth perguntou animado.

– Sim! – Gritei. Ele me pegou e me colocou em suas costas. Passei minhas pernas ao redor de sua cintura e segurei firme em seu pescoço. – Porque fizesse isso? – Perguntei pra ele. Poxa, isso era coisa de criança! Percebi que toda a minha família nos seguia. Quando chegamos no grande quintal atrás de casa, Seth me colocou no chão.

– Vamos ver um espetáculo então? – Nessie disse vindo até mim. Eu não entendi. Todos estavam em uma rodinha -igual á que times de esportes fazem para combinar jogadas- falando rápido e baixo de mais para eu ouvir.

– Ok filhinha, você vai ver tudo que pediu agora, menos o jogo de beisebol, nós brilhando no sol já que é de noite, e caçando. – Papai disse sorrindo. Então tio Edward balançou a cabeça e todos se foram. Cada um para um lado. Aconteceu uma série de coisa rapidamente. Leah, Nathan, Jacob e Seth entraram na floresta. Tio Edward correu o mais rápido possível rodeando á casa em círculos, quase nem dava para vê-lo. Só seu vulto. Tia Alice escalou graciosamente a lateral da nossa grande casa subindo até o telhado e depois pulando e caindo direitinho nos braços do tio Jasper. Ele a segurou pelos braços e começou a rodopiar muito, muito rapidamente. Vovô Carlisle pulou a piscina e depois o rio em um só salto. Papai pulou logo atrás dele e escalou uma árvore gigante, quando chegou lá no topo rachou ela no meio com um só chute, caindo calmamente do lado dela. Tia Bella e Mamãe levantaram uma pedra muito grande e começaram a jogar vôlei, como se ela fosse uma bolinha leve. E enquanto eles faziam tudo isso, vovó Esme corria por todos os lados e eu não entendi o porquê, até ela pular na minha frente com um grande buque de diferentes flores que ela acabara de colher. Todos estavam atrás dela e um piscar de olho. Eu estava de boca aberta. Escutei uma risada estranha atrás de mim, parecia mais um latido. Virei-me para ver quatro grandes lobos. O maior estava na ponta esquerda e era castanho-avermelhado. O da outra ponta era cinza e mais magro. Encostado do seu lado tinha um que era o segundo maior e tinha uma coloração marrom clara. E o do meio estava mais próximo de mim, e era cor de areia. Olhei nos olhos de cada um. Os dois do canto direito só podiam ser Leah e Nathan por estarem bem próximos. A da ponta tinha traços mais finos, era a Leah. Caminhei calmamente pra frente e me estiquei para passar a mão no peito do lobo do meio. Era macio.

– Oi Seth. – Falei. Ele sorriu um sorriso gigante, que apesar de ser de lobo eu reconheceria em qualquer lugar que era dele. Então abaixou a cabeça e me deu uma lambida no rosto. Eu limpei. – Eca! – Escutei risadas atrás de mim. – Deixa que eu faço isso, ok? – Então beijei o alto da sua cabeça. Era como beijar um cachorro. O cheiro do seu pelo era bom, apesar do dele como humano ser melhor. Abracei-o e depois o soltei e fui em direção ao maior lobo. Dei um soquinho no alto da sua pata. – E aí Jake! Ele deu um uivo engraçado. Eu ri. – Você é mais bonito como lobo sabia? – Ele revirou seus grandes olhos negros. O que ele disse tio Eddie? Pensei.

– Que é bonito de qualquer jeito. – Meu tio me respondeu.

– E chato também! – Falei. Traduz tio?

– Olha quem fala... – Tio Edward falou por Jacob. Ele olhou sério pro meu tio.

– Você é mais Jakey! – Mostrei a língua pra ele. Ele me mostrou aquela grande língua de volta.

– Minha língua é maior que a sua! – Tio Eddie disse meio sem jeito o que o Jacob pensou. Papai riu. – Jacob que coisa mais infantil! Nem parece que já é pai! – Meu tio falou.

– E mais feia também! – Retruquei. Ele estreitou os olhos. Eu estreitei também. Ficamos se encarando por um tempinho até que começamos a rir. – Seu pelo é bonito! – Eu disse e depois fui até os outros dois lobos.

– Nathan! – Falei abraçando onde alcançava no primeiro lobo depois de Seth. Eu esperava que fosse mesmo ele. Com certeza era já que ele era mais alto. Ele balançou devagar sua enorme cabeça que estava encostada e mim, de um lado para o outro, fazendo-me carinho. Ele piscou seus olhos cor de chocolate. Eu coloquei minhas mãos uma em cada lado do seu rosto e dei um beijinho no meio dos seus olhos. Depois fui até a Leah. – Você é tão fofa como loba, Leah! – Ela riu e depois apoiou sua cabeça no meu ombro direito, sem soltar o seu peso. Fechei os olhos abraçando-a. Depois ela saiu. – Agora corram, por favor? Quero ver se vocês também são rápidos! – Falei piscando os olhos de um jeito fofo. Jacob, Nathan e Leah saíram correndo na mesma hora, Nathan era o mais rápido. Ele passava até o seu pai. Percebi que Seth ainda estava aqui. – Porque não correu? – Perguntei. Todos da minha família correram para o outro lado do rio juntos com os lobos, e começaram a lutar de brincadeira. Apenas mamãe e tio Edward ficaram. Seth se abaixou até encostar sua barriga no chão, e depois deitou sua cabeça e choramingou.

– Ele quer que você suba nas suas costas. – Tio Eddie me disse.

– Subir? – Falei arregalando os olhos. O grande lobo balançou a cabeça. – Você não vai me deixar cair? – Ele negou com a cabeça. Olhei pra mamãe. Ela suspirou e depois concordou.

– Cuidado cachorro! – Falou antes de correr pra onde estava o resto da minha família.

– Quer ajuda? – Meu tio perguntou. Concordei com a cabeça. Ele me colocou gentilmente sentada nas costas de Seth. Segurei no pelo dele. Depois ele levantou-se calmamente. Eu balancei, mas não caí. Tio Edward já tinha saído também.

– Vá devagar! – Eu disse. Ele riu e depois saiu correndo devagar. No começo eu tava com medo, contudo logo me acostumei. O vento no meu rosto era maravilhoso. Ele ia cada vez mais rápido. Quando chegamos do outro lado do rio ele virou a volta e voltou em direção á casa. Ficamos dando voltas pela nossa casa e pelo meio das árvores por um bom tempo. Até que minha mãe mandou nós entrarmos em casa, porque estava muito frio para mim. Era verdade, apesar do pelo de Seth ser bem quente, o vento frio que cortou o meu rosto me fez arrepiar. Seth me levou até a escada da frente, se abaixando para eu descer. Depois ficou parado lá.

– Não vai entrar? – Perguntei. Ele deu uma risada de lobo. Claro que não. Como que um lobo daquele tamanho ia entrar em casa? Ri de mim mesma. Ele apontou com a cabeça para mata e saiu correndo pra lá. Esperei ele voltar. – Prefiro você como lobo. – Eu disse rindo quando ele chegou ao meu lado. Seth colocou a mão no coração como se o que eu tivesse dito tivesse lhe machucado. Dei uma risada. – Mentira. Eu gosto de você de qualquer jeito.

– Assim está melhor! – Ele falou sorrindo enquanto nós entrávamos em casa. Todos estavam fazendo alguma coisa, como se nada tivesse acontecido. Escutei minha barriga roncar.

– Alguém está com fome? – Vovó perguntou levantando-se do sofá. Concordei com a cabeça. Ela e tia Alice foram para a cozinha.

– Comida! – Seth disse jogando-se no sofá mais próximo dele.

– Porque você não vai tomar banho enquanto isso? – Mamãe perguntou.

–Ok. Huum... Posso já colocar o pijama?

– Pode. – Ela respondeu sorrindo. Subi as escadas lembrando-me da frequência que eu ficava de pijama á três anos atrás. Horas antes de dormir e horas depois de acordar. Eu vivia pelos colos de todos. Fechei a porta do meu quarto e corri para o banheiro. Tirei a roupa dando pulinhos por causa do frio. Meus olhos se fecharam enquanto a água quente me aquecia. Depois que terminei enrolei uma toalha em meu cabelo e outra em meu corpo. Corri de volta para o meu closet, e vesti o primeiro pijama que vi na minha frente. Tirei a toalha do meu cabelo e saí do quarto. Renesmee estava descendo as escadas. Eu gritei do topo dela.

– Tia Allie, pode vir pentear meu cabelo? – Ela saiu saltitante da porta da cozinha, enquanto Nessie entrava lá. Tia Alice devia ter visto que eu iria pedir isso, e chamou Renesmee para ajudar vovó Esme. Sentei na cama e logo ela já estava tirando os nós com uma escova. Depois passou creme e pegou um pente continuando o processo. Secou o excesso com secador e por fim passou um óleo. Eu adorava quando minha tia penteava meu cabelo. Descemos juntas as escadas. Minha avó ainda não tinha terminado então me sentei no piano ao lado do tio Edward. Ele mudou a melodia para a música que tinha feito para mim. Comecei a tocar com ele. Essa fora a primeira música que eu aprendi a tocar, e a que eu tocava melhor. Eu já estava com os olhos fechados, completamente envolvida com as notas, deixando meus dedos tocarem as teclas que eu tanto conhecia. Quando a música acabou percebi que meu tio não tocava mais, eu estava tocando sozinha, e que todos me olhavam com sorrisos. Bateram palmas para mim. Reverei os olhos e levantei-me. – A comida já está pronta? – Perguntei com um sorrisinho.

– Sim. Eu vim chamá-los. – Vovó Esme respondeu, fazendo com que Jacob, Nathan e Seth corressem para a sala de jantar. Leah foi caminhando atrás deles, e Renesmee riu e passou os braços por cima dos meus ombros me guiando para lá. Jantamos calmamente como todos os outros dias. Hoje ninguém precisou inventar uma desculpa do porque não comer. Todos estavam espalhados pelos três ambientes da sala de estar. Eu estava sentada no tapete ao lado de uma das mesinhas de centro. Nessie estava pintando as minhas unhas.

– Vocês já experimentaram comida humana? - Perguntei em um momento que não estavam conversando. Todos os vampiros da sala fizeram caretas.

– É horrível! – Papai gritou. Mamãe riu dele.

– Não concordo. – Eu disse rindo.

– Para nós comer comida humana é a mesma coisa que vocês comerem barro, por exemplo. – Tio Eddie disse. Eu fiz cara de nojo.

– Ou tomarem sangue. – Tio Jasper completou.

– Nada ver, os dois são ótimos! – Nessie disse. Todo mundo lhe olhou com reprovação. Menos Nathan. É claro que para eles os dois eram ótimos! Eles eram mestiços. Quando Renesmee terminou de pintar as minhas unhas, eu me aconcheguei no sofá, no meio de papai e mamãe. Ele passou o braço ao redor de mim e beijou minha testa, sem tirar os olhos da TV. Ela parou de ler e começou a acariciar meus cabelos.

– Não está na hora de você dormir, não? – Minha mãe falou depois de um tempo. – Foram muitas emoções por um dia. E amanhã você tem aula mocinha!

– Tudo bem... – Eu disse sem muita vontade, mas levantei-me. Abracei meu pai. – Boa noite pai.

– Boa noite amorzinho. – Ele respondeu. Renesmee deu um beijinho em mim quando eu passei por ela.

– Boa noite família! – Falei antes de subir. Era muito cansativo dar um abraço em todos. Quando eu era menor sempre fazia isso. Além de amar os abraços e beijinhos deles, eu perdia mais tempo até dormir. – Boa noite mãe. – Falei enquanto ia abraçá-la, mas ela desviou e pegou na minha mão.

– Vou subir contigo. – Ela disse. Revirei os olhos.

– Filha, quero que você saiba que estou muito feliz com você por ter aceitado tudo tão bem. E por não precisarmos mais ficar mentindo para ti. Porém também estou um pouco preocupada por ter te envolvido nesse mundo... – Mamãe começou a dizer quando eu já tinha deitado.

– Não se culpe mãezinha. Sua intenção foi a das melhores. Você me salvou.

Ela sorriu. – Amo você! – Falou me beijando na testa.

– Eu também te amo. – Respondi. Quando ela estava chegando à porta eu chamei sua atenção. – Mãe, estou com muito frio. Esse edredom não está adiantando muita coisa.

– Quer que eu ligue o aquecedor? – Ela perguntou meio preocupada.

– Não. Er... hum... Eu acho que tenho um aquecedor particular. – Falei sorrindo sem jeito. Olhou-me com cara de brava. Porém fiquei sorrindo um sorriso fofo e irresistível.

– Certo. – Bufou. – Vou chamar o Seth. Mas ele vai ficar aqui só até você pegar no sono. – Disse isso saindo da porta. Depois de um tempo Seth entrou no meu quarto. Comecei a rir.

– O que foi? – Ele perguntou quando já estava próximo a minha cama. Dei de ombros.

– Essa sua calça é meio engraçada. – Falei apontando para a sua calça de pijama.

– Foi a Leah que me deu. E acho melhor você parar de rir, por que se não eu te deixo aqui passando frio.

–Tudo bem. – Eu disse fazendo beicinho e levantando o edredom para ele deitar do meu lado. Ele deitou de barriga para cima e eu puxei seu braço e deitei por cima dele, virando as costas para ele. E se aconchegando lá. Comecei a brincar com seus dedos que estavam na minha mão. – Seth. Posso te pedir uma coisa?

– Pode, é claro. – Ele respondeu baixinho.

– Promete que não vai rir de mim? – Respondi no mesmo tom.

– Prometo pequena.

– Huum... Você conta uma história pra mim? – Ele deu uma risada baixinha. – Você disse que não ia rir de mim! – Falei fazendo biquinho.

– Desculpa. Pensei que era algo mais sério e você me pede para ler uma história! Você ainda é mesmo uma menininha fofa, né?

– Não sou não! Eu queria uma história de lobo...

– Tudo bem, eu conto para você. “Minha” menininha fofa. – Ele deu ênfase à palavra minha. Eu sorri. Realmente queria que Seth fosse sempre meu. Entretanto eu sabia que logo ele ia encontrar alguma garota e teria um imprinting por ela. Fiquei triste com isso. Nenhuma garota seria boa suficiente para ele. Concentrei-me na história que ele me contava e tentei esquecer que um dia ele não seria só meu, porque agora, nesse momento tudo que eu via era ele, “meu”, só meu melhor amigo.

( http://www.polyvore.com/pijamas_night_gt_ter%C3%A7a_quarta/set?id=65036366 )


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Notas finais do capítulo

E então??
O começo do primeiro parágrafo já estava no capítulo anterior, mas era necessário pra vcs intenderem néh, é a continuação.
Mereço reviews?? E recomendação quem sabe??
Vou tentar postar logo, não vou prometer nadar ...
O que acharam da história da Nessie e do Jake, e do Nathan e da Leah?? Quando será q a Sarah vai perceber q Seth teve imprinting por ela?
Acho tão fofa essa parte da Sarinhah e do Sethzinho *--*
Beijooos amorees :33