Stand By Me escrita por jooanak


Capítulo 6
Summer nights


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos novos leitores, espero que todos estejam gostando da fanfic; está sendo muito bom escrevê-la. Se possível, comentem, opinem, pois são vocês que me motivam a continuar escrevendo. Boa leitura! :) ♥



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1 mês depois...

 

— Bom dia flor do dia!

— Oi?

— Falta um mês para a colheita, achei que devíamos comemorar! – Cato me beijou.

— Que emocionante! – falei em tom de debocho.

— Vamos lá... finja que adorou a ideia e venha comigo, Clove. 

— Cato, eu preciso me trocar, caso você não tenha percebido, eu ainda estou de pijama.

— Ok, se troque.

— Cato...

— Oi?

— Você poderia sair do meu quarto para eu me trocar? - franzi o cenho.

— Você tem certeza que eu tenho que sair Clove? - ele me lançou um sorriso malicioso.

— CATO!

— Já estou saindo...

Coloquei uma das minhas dezenas calças de moletom e uma blusa qualquer. Penteei o cabelo e fiz um rabo de cavalo.

"Você está linda Clove", eu repetia a mim mesma.

Desci as escadas e encontrei um delicioso café da manhã preparado pela minha mãe.

— Você obrigou minha mãe a fazer um super café da manhã para comemorar o um mês da colheita?

Ele negou.

— Você vem comer ou não? - Cato perguntou com a boca cheia.

— Não é educado falar com a boca cheia, Cato.

— Foda-se.

Me sentei na mesa e não comi quase nada, diferente de Cato que parecia estar se deliciando com o café. Depois do café, Cato tampou meus olhos com uma venda e segurou minha mão.

— Para onde vamos?

— Oras Clove, não seja idiota. Se eu te contar, não vai ser uma surpresa.

— Babaca - sussurrei.

Caminhamos por algum tempo e não estava sendo legal, pois eu estava esbarrando em todo tronco de árvore ou pedra que havia pelo caminho,

— Amor, você podia me avisar quando tem algo na frente. Meu pé já deve estar roxo de tanto esbarrar em troncos e pedras. – falei mau-humorada.

— É que é muito engraçado ver você caindo Clove.

Dei um soco no seu estômago, mas como Cato era grande e forte, provavelmente nem fez diferença alguma. Caminhamos por mais um longo tempo até Cato dizer que eu poderia tirar a venda. E quando eu tirei... não havia nada.

— Ahn, Cato.. não que eu esteja querendo ser chata, mas o que supostamente deveria ter aqui?

— Exatamente o que tem aqui.

— Ah, hm.. e o que é?

— Pera..

Cato foi até atrás de uma árvore e demorou um tempo para voltar, achei suspeito, porém, continuei quieta, quando ele voltou, havia um embrulho em suas mãos e me entregou. Eu abri o embrulho e encontrei uma faca onde havia escrito "Minha Pequena." A faca era linda e tinha uma lâmina muito afiada, era perfeita para mim.

— Sabe Clove... os Jogos Vorazes irão acontecer daqui a um mês e caso eu ou você formos escolhidos, você poderá lembrar de mim toda vez que usar essa faca...

Pulei no pescoço de Cato abraçando-o, e ele me abraçou.

— Obrigado Cato, eu amei!!!!

Quando ele me pôs no chão, nossos olhares se encontraram e Cato me beijou carinhosamente.

— Hoje é fim de semana Clove, então temos duas opções

— E quais são?

— A primeira é passar o dia inteiro treinando na academia.

— Tentador.

— A segunda é passar o dia fazendo algo na sua casa já que sua mãe está fora.

— Mais tentador ainda, porém, eu tenho outra ideia...

— Qual?

— Podemos passar a manhã na academia e a tarde na minha casa, o que você acha?

— Fechou.

— Fechou?

— É, tipo, concordo.

— Ai Cato, acho que você tá assistindo muito desenho animado.

— Se liga Clove.

— Poupe-me.

Fomos em direção ao Centro, e na metade do caminho, Cato me agarrou, fazendo eu ficar imobilizada.

— Cato?

Ele foi apertando mais e percebi que ele queria um duelo. Agarrei suas mãos, e deslizei para baixo, correndo na direção oposta, quando estava há cerca de 1 km de onde estávamos não consegui mais ouvir os passos de Cato. Ele estava por perto, eu tinha certeza. Olhei para as árvores, mesmo sabendo que Cato era grande demais para estar nelas. Fiquei esperando um ataque surpresa, mas depois de dez minutos, não havia sinal de Cato, o que era estranho. Saí de onde eu estava e voltei para lá.

— Cato? Cato você tá ai?

Ninguém respondeu.

— Cato? Cadê você?

Nada.

— Cato, isso não é engraçado.

Comecei a ficar realmente preocupada. Onde ele havia se metido? Quando de repente, Cato saiu de trás de uma árvore e veio em minha direção, ele me agarrou e eu tentei me soltar de seus braços, porém, ambos caímos e ficamos rindo.

— Você é muito babaca, eu fiquei preocupada.

— Você é muito preocupada, eu fiquei babaca. - Cato deu uma gargalhada.

— Não teve graça - eu falei em um tom sério, mas não pude conter e comecei a rir.

Rolei para perto dele, e ele deu um beijo na minha testa.

— Você ficou preocupada pequena?

— Talvez.

— Hm.

Ficamos ali por algum tempo, deitados, apenas admirando o céu em silêncio total. Alguns tordos pousaram nos galhos das árvores, e Cato deu um risinho. Olhei para ele com dúvida

— São tordos Clove.

— E dai?

— Olhe a aprenda.

Cato começou a assobiar uma canção e os tordos imitaram sua canção, nenhuma nota fora do tom.

— É mágico. - eu exclamei.

Continuamos o nosso caminho em direção da academia onde passamos a manhã treinando. Como sempre, havia pouca gente nos fins de semana, mas pelo menos tinha gente. Eu estava treinando arco e flecha quando Cato me convidou para uma luta corpo-a-corpo e eu como a dama que era, não pude recusar o convite. Estávamos lutando, eu com minha faca e ele com sua espada, porém, no meio da luta, Cato tropeçou no tablado; a cena havia sido tão anormal que eu comecei a rir dele. Obcecado por vingança, ele me puxou e eu cai junto, ficamos rindo no chão. Enquanto Brutus e Enobaria nos encaravam.

 

— Devemos contar para eles, Enobaria? - Brutus falou.

— Ainda não. Eles estão feliz, deixe-os aproveitarem o tempo que eles tem.

— Quanto antes, melhor.

— Eu sei. Mas vamos adiar essa notícia por um dia ou dois, mas hoje não.

Brutus assentiu.



Passava do meio dia quando Cato e eu decidimos ir embora, fizemos um almoço baseado em ovos fritos e miojo. Assim que terminamos o almoço nos sentamos na frente da TV e ficamos assistindo um filme muito chato. Estava na metade do filme quando percebi que Cato havia pego no sono, eu não podia perder a oportunidade, então o empurrei para baixo do sofá.

— CLOVE.

— Ops, não te vi ai.

— Eu vou te pegar!

— Não mesmo.

Sai em disparada pela minha casa e Cato veio atrás, subi as escadas correndo, e mesmo ele sendo mais rápido eu estava na frente. Consegui entrar no quarto, mas não tive tempo de trancar a porta, logo, me joguei na frente dela, impedindo que ele entrasse, entretanto, Cato havia colocado seu pé entre a porta. Eu estava em desvantagem porque Cato era bem mais forte que eu; quando já não tinha mais forças, parei de forçar a porta e me joguei para a frente, Cato entrou e eu me joguei em cima da cama. Ele foi se aproximando cada vez mais até chegar há poucos centímetros de mim, ele impulsionou seu rosto contra o meu e me beijou. Eu o abracei e ficamos rolando pela cama, nossos beijos se tornavam mais quentes, mas eu não podia deixar que aquilo que ele queria que acontecesse, realmente acontecesse.

— Cato, não - eu falava entre um e outro beijo.

Ele continuou me beijando e dando pequenas mordidas no meu pescoço e em minhas orelhas, eu queria me afastar dele, mas não conseguia. "Se concentre Clove"

— Cato, hoje não.

Ele foi parando de me beijar lentamente.

— Porque?

— Porque eu não quero ser um relacionamento de uma noite e depois deixar tudo o que temos acabar.

— O que a gente tem não vai acabar pequena.

— Mas mesmo assim Cato.. por favor.

— Tá.

Ele me soltou e foi para baixo. É mais do que óbvio que ele havia ficado bravo. Eu bufei e o segui. Ele estava saindo de casa.

— Cato, para de ser idiota e volta aqui agora.

— O que? - ele falou em um tom seco.

Ele estava dois degraus abaixo de mim, então eu estava com a sua altura.

— Cato, eu não acredito que você...

Ele fez cara feia.

— Cato. Você vai agora mesmo me abraçar, ou eu enfio a minha faca no seu traseiro, eu juro que eu não to brincando.

Ele riu.

— Vem cá pequena. - Cato me envolveu em um abraço de urso. - Me desculpa.

— Isso depende...

— Depende do que?

— Do quando você me demonstrar que me ama.

Cato olhou para os lados e depois me pegou no colo. Ele girava comigo e eu gritava pois sabia que ninguém ouviria... Ainda comigo no colo, ele subiu as escadas e me jogou na minha cama, depois deitou do meu lado e começou a me fazer cócegas. Eu odiava cócegas.

— CATO, PARA - eu gritei enquanto ria. - PARA, POR FAVOR, POR FAVOR.

Mas Cato não parou ao invés disso, ele me beijou enquanto fazia cócegas, "acidentalmente" eu mordi seu lábio. Ele me encarou e depois voltou a fazer cócegas, até eu cair no chão.

— Ai Cato.

— Vingança.

— Babaca.

— Ei, Clove, você se importa se eu tomar banho no seu chuveiro?

— Ahn, não, a vontade.

Eu olhei confusa, enquanto Cato foi tomar banho, eu fiquei na minha cama lendo um livro, porém, eu não podia prever o que estava por vir, quando Cato saiu do banho, ele estava apenas com uma toalha na cintura. Tentei impedir que meu olhar virasse em sua direção, mas era impossível. Seu peitoral molhado, todos aqueles músculos, seu abdômen totalmente definido, o cabelo molhado e aquele sorriso sexy. Uma onda quente passou por mim.

Eu respirei e inspirei quando o vi naquele estado, porém, quando Cato abaixou para pegar a camisa, sua toalha caiu, e pude ver sua bunda. Arregalei os olhos e em seguida coloquei minhas mãos na frente dos olhos e pude ouvir sua risada. Quando ele voltou, estava totalmente vestido e cheiroso. Ele deitou em meu colo.

— Você fez aquilo de propósito né?

— O que?

— TUDO. O banho, a toalha no chão...

— Talvez.

— Você é um pervertido!

— Geralmente me dizem isso.

— Quer dormir aqui hoje a noite?

— Depende.

— Depende do que?

— O que eu vou ganhar com isso?

— Olha você ganha uma cama para dormir.

— Aceito.

Ambos rimos e ficamos ali conversando sobre "A Colheita" que aconteceria em breve quando ouvimos minha mãe bater a porta, saímos do nosso ninho e fomos vê-la. Cato jantou conosco e ele e minha mãe conversaram entusiasmadamente durante toda a noite. 

— Mãe, o Cato pode dormir aqui hoje a noite?

Sem ao menos pensar, minha mãe deu um sorriso.

— Isso é um sim? - eu perguntei.

— É. - ela sorriu.

Ajudamos ela a tirar da mesa e ficamos assistindo TV. A TV não era tão grande como a de Cato, pois ele é de uma família realmente rica do nosso distrito e eu e minha mãe somos considerada de uma família de classe média, mas Cato não se importava muito. Eram quase 22h30 quando o filme acabou e fomos para o quarto. Eu coloquei meu pijama e fiquei esperando Cato chegar, porém, tomei um susto quando ele chegou.

— Você se importa se eu dormir apenas com a parte de baixo do pijama? Não gosto de dormir com a de cima..

— Se você não tiver segundas intenções...

Ele piscou.

Cato pulou para debaixo das cobertas e me abraçou. Como era noite de verão, eu tinha ido dormir com pijama curto, então senti o peitoral gelado de Cato e suas pernas engatadas as minhas. Cato ainda tinha esperanças para aquela noite e começou a me beijar fervorosamente, assim que notei, virei para o lado contrário e senti seus lábios beijando meu pescoço. Isso me causou um arrepio.

— Merda, Cato.

— Desculpa.

Me afastei dele na cama, mas ele me puxou de volta e começou a brincar com meus cabelos.

— Cato, você não é virgem. Eu sou. Eu só... só espera um pouco, tá? Por mim...

Ele ficou pensativo.

— Só se você me beijar.

— E se eu não te beijar? – eu ri.

— Ai você não vai dormir a noite.

Me virei de frente para Cato e lentamente o beijei. Não foi apenas mais um dos nossos beijos, foi um beijo diferente, mais delicado, era quente e delicado e amoroso. Quando finalmente nos separamos, eu fiquei encarando  aqueles olhos maravilhosos que ele tinha.

— Eu te amo. - sussurrei.

— Eu também te amo, pequena.

Ele me deu um abraço e dei uma mordida no meu nariz, o que me deixou vermelha. Virei para o lado contrário e senti os braços de Cato me enroscarem em um abraço e eu segurei suas mãos. Antes de pegar no sono, ouvi Cato sussurrando:

— Boa noite minha princesa.


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