Estranho Encontro escrita por Isabella Cullen


Capítulo 3
Capítulo 3 Felicidade


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas BOM DOMINGOOOOOOOOOOO !
Para quem ainda não está acostumado eu posto quase todos os dias! Quando estou enrolada isso as vezes fica em um dia sim ou não, então por isso a fic não fica muito tempo desatualizada. Bom... BOA LEITURA!!!!!!!!!!



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Depois de um  almoço tranqüilo e cheios de brincadeiras levei Charlotte pra o quarto, crianças precisam dormir uma hora pelo menos de tarde. Ajuda na concentração e em outras funções importantes. Coloquei uma camisola linda, desfiz a trança com muito cuidado e penteei os cabelos, era linda e quando ela fechou os olhos eu fiquei admirando ela dormir. Nunca em dois anos me apeguei tanto a uma criança, era todos especiais, mas Charlotte tinha me envolvido. Me cativado de uma maneira única.  Lembrei de verificar os e-mails e outras coisas, mas não queria sair de perto dela então eu trouxe um pasta de arquivos para o quarto, meu computador pequeno e também meu gravador e o celular. Não tinha verificado nada desde que cheguei. Tinha umas palestras marcadas, precisava ir, minha mãe mandou mil mensagens e ameaçou colocar o FBI atrás de mim, isso era prioridade e tinha Jacob. Ele também estava preocupado. Resolvi ligar para minha mãe.

- Oi mãe.

- Isabella onde você está? Sabe como fiquei? Paris?

- Mãe,eu estou bem e estou no pais.

- O advogado de Michael este aqui, ele falou que vocês precisam conversar.

O buraco abriu, eu estava tão bem, mas foi só falar nisso e minhas lágrimas caírem feito cachoeira.

- Mãe diga que passo lá assim que der.

- Mas filha dois anos...

Desliguei. Não agüentava mais falar. Respirei fundo sentada naquele quarto lindo, olhei a decoração de novo e chorei. Um choro contido e abafado. Não podia ficar daquele jeito, os e-mails seriam mais fáceis. Respondi meus orientadores, mandei uma parte da pesquisa que fiz em Paris e confirmei duas palestras na Seattle University, essa seria a parte fácil da vida.  Olhei o relógio e Charlotte não acordaria agora, tinha meia hora para rever alguns casos. Eram antigos, mas queria analisá-los outra vez com calma e fiz algumas anotações num bloco, depois pesquisei um pouco nos livros que tinha trago sobre Charlotte, fiquei vagando entre trauma... será? Insegurança? A criança precisa de segurança e estabilidade para isso desenvolver funções básicas. Tinha a questão da independia ela definitivamente foi deixada de lado em algum ponto. Coloquei ela como um caso, mesmo não sendo, e fiz anotações.

- Temos um escritório aqui na parte de cima também. – a voz dele cortou o silencio. Levantei os olhos e meu coração acelerou.

- Hum... é que....

- Tenho dois escritórios, um era de Tânia. Pode usar. Não precisa ficar desconfortável no chão.

Sr.Solitário sendo prestativo? Não entendi qual era dele.

- Vou ficar aqui, Charlotte pode acordar e eu não estou desconfortável Sr. Cullen, pelo contrário, escritórios me deixam sem inspiração. – ri para uma lembrança distante de Michael tentando me fazer um escritório alternativo.

- O que é engraçado? – ele estava com seus olhos verdes me encarando e os braços cruzados, aquilo era sexy.

- Meu ex-marido... uma vez ele tentou fazer um escritório alternativo, algo sem cara de escritório para mim... bom, deu certo... trabalhei minha tese lá... – a casa, a lembrança da casa.

- Se separou a pouco tempo?

- Sou viúva Sr. Cullen.

Não agüentava mais falar disso, ia começar a chorar de novo. Ele percebeu, acho que só viúvos se entendem uma hora dessa. Ele olhou com compaixão e não com pena como a maioria e nos olhamos sondando a dor de cada um. Ele também sofria, mas tenho certeza que sua dor era por um motivo diferente, ele não amava Tânia, era diferente... uma dor diferente.

- Quer alguma coisa Sr. Cullen?

Ele saiu de alguma lembrança.

- Queria um contrato maior se fosse possível, cinco meses não são nada.

- Sr. Cullen...

- Ela nunca se comunicou com ninguém. Ela não sorria. Como fez isso?

- Tratei ela como uma menina normal, o senhor realmente deveria fazer o mesmo e ficar mais perto dela. Ela é muito insegura, por isso não fala.

Merda falei demais. Ele me olhou assustado e depois tomou uma postura séria.

- E a senhora em menos de vinte quatro horas diagnosticou ela?

Ele não ia me rebaixar.

- Coisa estranha não? O senhor com tantos anos não ficar perto dela e nem perceber coisas óbvias na sua filha.

- Olha como fala comigo!

- Não está satisfeito? Me demita.

Recolhi o que pude do chão e fui para o meu quarto, deixando um homem furioso atrás de mim. Quem ele pensava que era? Que fosse para a casa do caramba! Deitei na cama e pensei em Michael, o advogado dele deveria estar querendo resolver a situação dos imóveis. Tinha que dar um jeito naquilo. Fui tirada dos meus pensamentos por Charlotte. Seus olhos ainda com sono, sorri com aquela linda imagem.

- Vamos tomar um banho e ir para o jardim? Tenho uma surpresa.

E depois de banho e um outro vestido azul lindo a levei para o jardim e deitamos na grama, eu estava de vestido também e lemos O pequeno príncipe. Ela sorria com minha atuação e mudança de voz e eu ria com o som de sua risada. Ela era linda quando sorria e eu queria aquele sorriso mais vezes, corremos pelo jardim e eu senti falta de um cachorro, seria legal ter um. Será que ela era alérgica? E cansada e toda suja me vi olhando para ela deitada na grama e percebi que eu estava feliz, como nunca em dois anos eu consegui ser. Procurei o Sr. Cullen pela casa e não encontrei, deveria estar trancado e amargurado naquele escritório. Tomamos banho juntas na banheira do meu quarto e rimos mais e descemos para o jantar, Edward estava chegando de carro com alguém. O que era aquilo? Ai MEU Deus...

- Charlotte! – a baixinha gritou e ela largou minha mão e abraçou Alice. Ela ainda não tinha me visto. Isso ia ser estranho. Ela finalmente encarou meus olhos.

- Bella? – ela disse soltando Charlotte. – O que está fazendo aqui?

- Oi Alice!

- Vocês se conhecem? – Disse Edward com Charlotte no colo, ela abraçava o pai com muita ternura.

- Não estava em Paris? Por que não me avisou que chegou? Jasper está louco atrás de você!

- Voltei e comecei a  trabalhar aqui.

- É a psicóloga de Charlotte?

- Não, babá.

Ela olhou para Edward.

- Ela é a nova babá de Charlotte? Isabella Swam Macfiel?

- Alice pode parar.

- Como vocês se conhecem? – ele perguntou sério.

- Isabella é uma das maiores psicólogas do pais Edward, ela é autora dos livros mais famosos de psicologia da atualidade. E eu te garanto que a universidade de Seattle já deve estar querendo palestras para o semestre.

Alice chata! Só que Edward não pareceu abalado com a noticia, era como se já soubesse aliás. Levantou uma sobrancelha e voltou sua postura.

- Vou dar janta para Charlotte e deixar vocÊs a vontade. Venha Charlotte.

E sai para a cozinha.

EDWARD

- Então vocÊ conhece Bella? – Alice me perguntou na sala enquanto eu pegava uma bebida para ela.

- Não sabia quem era ela até ligar novamente para Tânia, estranhei o currículo dela.

Servi um drink para Alice e me sentei do lado dela, Bella não iria voltar com Charlotte até eu chamar poderia falar com Alice tranquilamente.

- Como a conheceu?

- Eu fui a psicóloga dela depois do acidente.

- Que acidente?

- Um motorista bêbado matou o filho e o marido dela. Isso foi a dois anos atrás.

- Ela se tratou com você?

- Na verdade eu tentei, ela depois do que aconteceu aceitou esse emprego e não a vi mais. Só tinha notícias por Jasper.

- Onde Jasper entra nessa história?

- Ele é o advogado dela e tenta administrar os bens dela, mas é difícil, ela some por meses e quando volta tem problemas em aceitar que ela é dona daquilo tudo.

- Tudo o que?

- Uma empresa de manufaturaração. É a segunda maior do país. Era de Michael, Bella não faz a mínima da fortuna que herdou.

- Por isso o carro.

- Os carros, ela é apaixonada por carros. Na garagem da casa dela ela e Michael tinham um verdadeiro museu de carros antigos e modelos raros e modernos.

- Alice quantos anos o filho dela tinha?

- Na época quatro.

- Charlotte tem a idade dele hoje.

- Bella fez alguma coisa?

- Não, só que Charlotte...

- O que aconteceu?

- Charlotte reage a ela, ri... elas conversam!

- Ela falou?

- Não, Bella olha e responde, é como se não precisasse de palavras.

Alice pensou e me olhou triste.

- E não precisa Edward, o filho dela era autista. Bella não precisa de palavras para entender nada.

Confesso que por essa eu não esperava , Isabella estava me saindo uma pessoa mais linda por dentro do que for fora e eu já estava encantado com sua presença e sua alegria com Charlotte. O dia apesar de cheio de telefonemas e trabalho foi inundado com os risos delas no jardim, podia fechar os olhos e me deleitar com a alegria que vinha delas, por várias vezes as vigiei e era agradável, tive vontade de me juntar, mas para quê exatamente? Fazer o que exatamente? Tinha sido um dia cansativo e eu precisava muito descansar, Alice ia dormir aqui hoje. Jasper estava em Bagdá a trabalho, algum negócio de Bella e depois minha mãe chegaria pela manhã. Ia ser interessante ver o que dona Esme iria falar de Bella e sorri com as possibilidades. Ela conseguia ser mais intuitiva que Alice.


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Notas finais do capítulo

Pessoas lindas.. deixa eu esclarecer antes que vocês me matem ou até mesmo achem que sou maluca. Existem vários tipos de autismo e níveis diferentes da doença, no caso do filho da Bella não era um caso assim tão grave, mas ela mesma vai explicar isso para vocês mais tarde numa conversa com Edward então NÃO ACHEM QUE A HISTÓRIA ESTÁ MAL CONTADA! Pesquisem sobre autismo e descobrirão que tem vários tipos de niveis.
BOM DOMINGO E COMENTEM!