The Game escrita por eduarda, DramioneFanClub


Capítulo 21
(2O) - Play


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Entrei na varanda que ficava no meu quarto. Tinha uma bela vista do lago, mas eu realmente não prestei atenção nela, apenas cai nas lágrimas.

Eu fui uma idiota. É claro que ele não sentia nada por mim. Sempre fora tão obvio.

“Eu aposto quantos galeões você quiser que eu consigo pegar ela primeiro” ele havia dito para Blaise, seguido de um ”essa vai ser a coisa mais fácil do mundo” pois eu não devia ser difícil assim.

Eu simplesmente não conseguia acreditar que fui capaz de me entregar a ele. De acreditar em todas as merdas que ele já me falou.

– Hermione? – Virei o rosto para a direita e vi que ele estava na varanda dele, que ficava ao lado da minha. Na luz do luar ele parecia um demônio disfarçado de anjo – Por Merlin, você está chorando? – Ele perguntou enquanto ia para a ponta da sua varanda.

Não respondi.

– Me deixe falar, por favor... – Ele falava com os olhos lacrimejando.

– NÃO – Eu gritei – NÃO, MALFOY. EU VI TUDO. VOCÊ DIZENDO QUE ME “PEGAR” SERIA A COISA MAIS FÁCIL DO MUNDO. VOCÊ APOSTANDO COM O BLAISE. VOCÊ DIZENDO TUDO, TUDO ISSO.

– Hermione...

– Granger. – Corrigi.

– Hermione... Tudo o que eu disse sobre o que sentia dês de quando você me deu aquele soco, dês de que vi você se mordendo de ciúmes pelo idiota do Weasley que só tinha olhos para a Brown, dês de que te beijei pela primeira vez, dês de que, dês de que te vi foi verdade. Eu... Amo você. Acho que é isso. Eu apenas falei aquelas coisas para o Blaise por que eu era um idiota que não admitia que te achava a garota mais perfeita desse mundo. E continuo sendo esse idiota, sendo que agora um idiota que admite ser louco por você, Hermione. Eu sou louco por você. Perdoe-me.

Olhei-o nos olhos. Malfoy derramara uma lagrima. Nunca tinha o visto chorando.

Aquele momento me lembrou de um outro... Do meu primeiro beijo. Do meu primeiro beijo e que foi com ele. O mesmo beijo do qual falei no jogo da verdade ou consequência.

Eu estava triste. Triste por Harry só se importar com Voldemort e por Ronald, o garoto por quem eu acreditava ser cegamente apaixonada, estar namorando com a Lilá. E estava sozinha, passava os meus dias inteiros na biblioteca, muitas vezes só encarando o nada.

E Malfoy fazia o mesmo. Ele ia para lá para simplesmente pensar. Praticamente ficava só nos dois na biblioteca, até um dia em que ele resolveu sentar na mesma mesa que eu estava sentada.

“Ei, saia daqui” Eu havia dito quando vi o loiro sentado a minha frente. Malfoy revirou os olhos.

“Isso é uma propriedade pública, Hermio... Granger” Ele disse se corrigindo rapidamente.

“Você ia me chamar de Hermione!” eu disse perplexa.

“Não ia”

“Ia”

“Não ia”

“Ia”

“Tá, talvez” ele admitiu.

Levantei-me e fui até uma estante pegar um novo livro e Malfoy me seguiu. Estava achando aquilo muito estranho. O livro ficava numa fileira de cima e eu subi a pequena escada que já estava ali. Ao descer com o livro eu escorreguei, caindo nos seus braços.

Malfoy me mantinha em seus braços e de repente tudo ao eu redor virou um borrão, só existia ele e mais ninguém. Percebi o quão azuis eram os seus olhos e o quanto o seu rosto era perfeitamente lindo. Sem pensar duas vezes toquei em seu cabelo e ele beijou-me em meus lábios. Era uma ligação tão forte entre a gente que cheguei a ficar tonta. Ao fim do beijo ele me colocou delicadamente no chão e deu um sorriso. Saindo dali e me deixando desnorteada.

Os dias seguintes foram iguais aos demais. Voltávamos a brigar sempre e nunca mais tocamos no assunto. Ninguém sabia e ninguém havia visto. Mas, por algum motivo, eu queria que ele tivesse dito algo após isso.

– Por que nunca mais nos falamos após... Aquele beijo? – Perguntei a ele, mudando de assunto e me tirando das minhas lembranças.

– Eu não sabia como agir. E eu era um covarde. – Ele admitiu da varanda.

– Sim. Sempre foi. – Respondi seca.

– Escute-me, Hermione. Se você não me perdoar eu vou... – Ele falava enquanto olhava ao seu redor, procurando por algo – Me matar.

Olhei para ele. Ele olhava firmemente para o lago. Estávamos a dezenas de metros dele.

– Ah, claro – Eu disse com ironia.

Malfoy subiu em cima da parte que separava a varanda e ficou sentado. Se ele se inclinasse um pouco mais para a frente ele iria cair morto. E ele estava sem a varinha.

– Saia daí, seu idiota – Eu reclamava enquanto enxugava as lágrimas.

– Só se a minha Mimi me perdoar – Ele dizia e então ficou em pé. Meu corpo inteiro gelou. Agora era só ele se mexer e...

– MALFOY – Eu gritava – SAIA, SAIA DAÍ.

– Você me perdoa? – Ele perguntou.

– Não, mas... – Eu falava.

– Então, adeus... – Ele falava de forma melodramática. Eu sai da minha varanda e logo após sai do meu quarto.

Entrei no quarto dele. Na varanda dele.

Segurei com cuidado a sua camisa e o puxei para trás, fazendo-o cair deitado para cima no chão da varanda. Subi em cima dele, de forma que fiquei sentada em cima da sua cintura. Inclinei-me e, por algum motivo estúpido, o beijei. Não havia nada comprado à sensação dos seus lábios nos meus.

Ele abriu um sorriso.

– Isso é um perdão? – Ele perguntou.

Abri um sorriso.

– Não, provavelmente nunca ou não tão cedo. Isso é apenas uma amostra de quem ira brincar com quem a partir de agora – Ao terminar de falar sorri novamente e sai dali, indo para o meu quarto.


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Notas finais do capítulo

GENTEEEEEEEEEE, OLHEM A NOSSA NOVA CAPA!!!
Não consigo olhar para ela sem rir, ai meu Merlin. O que acharam?