Entrei no banheiro e vi que já tinha toalhas logo na entrada. O banheiro era enorme e todo decorado com dourado e detalhes prata e de verde com detalhes vermelho, porém de uma forma que não fica exagerado. Claro, as cores da grifinoria e da sonserina. Logo a frente tinha uma banheira toda em dourado, com alguns desenhos em prata. Era tudo lindo. O saguão também era. Logo na entrada tinha um tapete vermelho com as laterais verde em formato retangular, que ia até o centro da sala e então abria em um circulo, depois chegava até o fim da sala com a forma retangular novamente. Um pouco para o lado tinha um sofá enorme e outro tapete em baixo. Uma tv grande e de tela plana (da qual eu tenho certeza que foi Malfoy que deu um jeito de traze-la a Hogwarts) e... Espera ai, “sky”? Pois é, tem um aparelho da Sky aqui. Lá em casa tem também... Mas enfim. As paredes são repletas de estantes com centenas de livros, tem apenas alguns espaços sem as estantes que são onde fica as janelas –também enormes e com um sofazinho em baixo delas- e o espaço onde fica a cozinha –americana- a cozinha é bem moderna e parece daquelas que se vê em catalogo de revistas – também acho que foi Malfoy que a modernizou-. Mas em todo, -pelo pouco que pude ver dês da hora em que cheguei – é um lugar bonito e clássico. Onde apenas tem as cores das nossas casas em todos os lugares. Só não sei por que ele não tirou as cores vermelho e dourado da grifinoria, já que ele odeia tanto...

(p/a: o fato deles não estarem juntos com a Corvinal e a Lufa-Lufa é por que os monitores das duas casas tem um outro local para seus dormitórios, banheiros e blá! Ebaaa!)

Espreguicei-me na banheira, se eu pudesse eu ficaria aqui a vida inteira. Fico pensando no que vou falar para os meninos amanhã, com certeza Ron vai odiar a ideia. Além do mais, eu também estou odiando... O Malfoy me irrita com uma profundidade que só ele consegue encontrar. Ele desperta um ódio em mim que só ele é capaz de causar. De uma forma que eu odeio, ele mexe comigo. E isso não é bom. Além do mais, ele fica com essas brincadeiras falsas de que gosta de mim, e isso é o que mais me estressa. Draco Malfoy gosta de apenas uma pessoa, e ela se chama Draco Malfoy. Essa é outra coisa que me irrita nele.

Levantei-me da banheira, me arrumei e fui para o meu quarto. Meu quarto era todo vermelho e dourado, extremamente lindo. Cama enorme e dourada com colcha vermelha e varias almofadas vermelhas. Uma janela grande na cor dourada. Cômoda, armário, escrivaninha e penteadeira também seguindo o mesmo padrão de cores. Era muito elegante e lindo, e eu tinha que admitir que era muito melhor do que o meu outro dormitório. Não prestei atenção em outros detalhes, pois eu logo peguei no sono, aliás, amanhã seria o dia em que eu tornaria a vida de Draco Malfoy um inferno. E eu faria o possível e impossível para tira-lo daqui e manda-lo para o seu dormitório da sonserina. E eu iria conseguir.

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6:00 AM

Acordei, na verdade mal dormi, mas isso não importa... Levantei-me e fui até a cozinha. Peguei um balde e joguei ovos, feijão congelado, bolo, óleo e outras coisas nele. Depois peguei o balde e fui em direção ao quarto dele.

Porta destrancada? Estranho. Entrei e percebi que o quarto era exatamente igual ao meu, só às cores que mudavam para verde e prata. Mas ele não estava na cama.

– Estranho... – Sussurrei. E no mesmo segundo eu senti algo gelado tomar conta de mim.

– Não é estranho nós dois termos tido a mesma ideia? – Ele disse rindo enquanto eu me via cheia de restos de bolo, óleo e outras coisas.

– MAL... FOY. – Eu disse o encarando cheia de ódio e correndo atrás dele com o balde. Parecíamos duas crianças, mas isso não importava.

Ele desceu a escada correndo e saiu do saguão dos monitores, indo parar nas escadas do castelo. Eu não conseguia acompanha-lo e tinha esquecido de trazer a varinha. Ele foi até a frente do lago e eu estava quase o alcançando... Quando vi duas pessoas juntas na entrada do castelo e rapidamente paralisei no lugar onde estava. As duas pessoas se beijavam, e pareciam gostar demais disso para ter sido “obrigado” a fazer o mesmo.

Lilá e Ron. Os dois.

Apenas não tive reação e continuei olhando de longe para ambos, como pode? O garoto que amei dês de sempre, o garoto que em todo baile eu esperava para que me chamasse de acompanhante, o garoto que dizia me amar de volta... Esse garoto estava beijando ela.

Senti uma mão tocar na minha cintura e ouvi a voz de Malfoy sussurrando algo como “vamos sair daqui”. Não dei ouvidos a ele e apenas sai correndo, sem direção. Talvez estivesse indo para o meu quarto, ou para o dormitório de Gina... Mas quando percebi eu mesma tinha me levado a outro lugar, o dormitório do meu melhor amigo. Apesar de não poder entrar nos dormitórios dos meninos nos outros momentos, nesse momento eu consegui entrar tranquilamente. Talvez a magia entendesse as nossas necessidades. E então abri a porta do quarto de Harry, que se assustou com o barulho, mas que a me ver chorar abriu os braços para mim.

– Mione, calma... – Ele falava tentando entender algo- O que aconteceu?

– Ele... Ele... – Eu tentava parar de chorar, mas minha estupidez não deixava.

– Quem? – Harry perguntava enquanto me abraçava.

– Lilá e... E Rony. – Falei secando as lágrimas na camiseta.

– Não, Mione. Isso é impossível! Ron te ama... A não ser que a bruxa da Lilá –olhei para ele com uma expressão de “bruxa? sério?”- tenha obrigado ele a fazer isso.

– Ele parecia estar gostando demais para ter sido obrigado. – Eu disse engolindo o choro e voltando a falar com a voz firme. Mesmo que no momento eu quisesse gritar e espernear eu não faria isso.

– Bem, ele vai te contar isso... – Harry disse me fazendo pensar.

– É isso! – Eu disse me levantando e indo até a porta – Se ele confia em mim, ou me ama de verdade, ele vai me contar isso.

– E se ele achar que é melhor não te contar? – Perguntou Harry.

– Então a minha confiança nele vai desaparecer. Ele tem até o fim do dia para me procurar e falar. – Eu disse enquanto saia do quarto dele e ia para o meu.

Mal abri a porta do quarto e já vi uma cabeleira loira dentro dele.

– Onde você estava? – Perguntou Malfoy sentado na borda da minha cama.

– O que você está fazendo no meu quarto? – Eu perguntei o olhando desconfiada.

– Eu te perguntei uma coisa... – Minha garganta se fechou, fiquei sem ar... Droga.

– Com o Harry. – Disse e voltei a ficar triste de novo.

– Você esta bem?

– Sim.

E a garganta...

– Não, não estou.

– Ele nunca te mereceu, sabia disso? – Malfoy falava com ódio – Se você quiser eu dou uma lição nele. – Ele disse rindo, eu não ri. – Escute Granger. Você merece alguém melhor.

– Ah, tipo quem? – Por que diabos eu perguntei isso?

– Hm, me deixa ver... A melhor pessoa do mundo... Eu! – Ele disse abrindo um sorriso.

Comecei a rir e ele me olhou confuso.

– O que foi? – Perguntou arqueando uma sobrancelha.

– Você? A melhor pessoa do mundo? Nunca! E eu estou cansada de você e de todas essas suas brincadeiras, Malfoy. Você faz piadinhas como se gostasse de mim, assim como faz com todas as outras garotas. Elas gostam disso, eu não. Eu gosto de compromissos, coisas sérias, coisas difíceis, e tudo isso eu encontrei no Rony. Ele não me traiu, ele apenas foi obrigado pela Lilá a fazer isso, então minha raiva está direcionada a ela. E hoje mesmo ele vai me procurar e vai me contar isso. Mas voltando ao seu caso... Eu só queria que você soubesse que, essas brincadeiras comigo me irritam, e não de um modo engraçado. Você só sabe olhar para si mesmo.

Ele ficou em silencio, e então sussurrou algo. Algo que não ouvi e que talvez nunca saiba o que foi. E então se levantou e ia saindo do meu quarto, apenas parou na porta para me olhar e falar:

– Eu tenho certeza, que ele não vai vir te falar nada. Da mesma forma que eu só olho para mim mesmo você só olha para o seu castelo, Granger. Você é tola de acreditar que um príncipe vai vir e te salvar, como nesses contos de fadas trouxa.

– O Rony sim. – Eu disse, mas a insegurança era perceptível na minha voz, e então ele fechou a porta.