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(...) “Apenas uma atração”, perdi as contas de quantas vezes repeti aquilo na minha cabeça até ir dormir, mas afinal, era isso que era.

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O QUE ACONTECEU ANTES DESSE “IR DORMIR”...

Hermione POV:

Inventei que estava com dor de cabeça e que iria dormir, –graças a Merlin Draco, Gina e Lilá não me perguntaram se era verdade- apenas para fugir das perguntas que os três estavam fazendo a mim, Harry e Rony. Lilá não parava de fazer perguntas inadequadas para Rony, –coisa que estava me deixando aos nervos- Gina perguntando tudo sobre o passado de Harry –e fazendo nenhuma descoberta grandiosa, apenas que ele lava a cabeça com shampoo de bebê por ter medo de ficar cego com o normal- e Draco atacando Rony e Harry. E claro, a mim.

Fui com Gina até o saguão da Grifinoria conversando sobre o que Draco deveria estar perguntando aos meninos agora. Eu e ela já iriamos dormir – Ela no seu dormitório e eu no meu que é dividido com a Lilá, além desse dormitório eu tinha outro que era dividido com o Malfoy, já que éramos os monitores das duas casas. Mas eu nunca nem entrei lá, nem morta que dividiria um espaço com ele.

Porém, na hora que tentei entrar no quarto...

– Estranho – Murmurei. Era como se tivesse uma barreira na porta, na qual eu não conseguia passar. Tentei de novo. E de novo. Nada.

Fui atrás de Gina, que tranquilamente conseguiu entrar no quarto.

– Viu? – Disse ela dando uma voltinha- Não tem nada de mais, você está louca, Hermione.

– Mas eu não consigo passar! Veja – Eu disse a ela tentando entrar mais uma vez. Sem sucesso.

– Espera – Ela disse indo atrás de mim. – ENTRÁ, HERMIONE! – Gina disse me empurrando para frente. A sensação era de alguém me empurrando numa parede.

– PARA, GINA – Eu gritava.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH- Ela falava enquanto me chutava para dentro e eu quase morria sufocada – É, não da. – Disse ela enquanto me soltava e eu caia no chão.

– É, obrigada mesmo! – Eu disse enquanto me levantava. – E agora?

– Bem, ou você dorme no meu dormitório...

– Sim...?

– Ou com o Malfoy. Escolha o Malfoy, por favor! Será mais divertido!- Ela disse rindo.

– Nunca que o escolheria. Vamos lá. – Disse a seguindo. Mas chegando lá aconteceu a mesma coisa.

– Esse feitiço – Eu disse depois de tentar entrar umas quinze vezes- Parece ser o mesmo que foi usado na sala quando ficamos presos. Só eu vi a porta fechada, lembra? Talvez tenha algo de errado comigo, talvez alguém tenha colocado esse feitiço para mim, entende? Como se quisesse me controlar para onde devo ficar... Além do mais isso está tudo muito estranho.

– Entendo – Gina disse de dentro do quarto – Por que não dorme com os meninos?

– Isso soou estranho... – Eu disse enquanto ela ria- Mas garotas não podem entrar nos dormitórios dos garotos em Hogwarts e vice-versa.

– E todos os outros quartos estão fechados... Bem... A sua única opção é o Malfoy. – Ela disse.

– Não. Dê-me uns travesseiros e lençóis que eu durmo no saguão mesmo. - E então, quando Gina me deu os lençóis...

– MAS PUTA QUE PARIU! – Eu gritava, não estava acreditando nisso...

– Mantenha a classe, colega. – Ela disse e me fez ficar mais furiosa. - Calma, Mione.... – Gina falava...

Draco POV:

– Então... Testa rachada. – Eu falava me divertindo – Hm... Qual a sua saga de livros preferida? – Perguntei para o Potter.

– Sério, livros? Você está dando em cima de mim? – Ele falava com nojo.

– Merlin que me livre! Por quê?

– Isso é coisa que namorados fazem...

– Não sou gay, e acho que se fosse não escolheria um nanico como você. – Respondi quase cuspindo na cara dele.

– Então pensou no assunto de que tipo de garoto seria seu tipo? Awn, que coisa suspeita mais fofa! – Ele falava rindo e começando a ficar com falta de ar.

– Bem, não sou eu que disse “fofa”... Mas você não me respondeu. – Disse sorrindo ao ver a cor da pele dele ficar esverdeada

– Crepúsculo – Disse ele pegando ar. Eu, Lilá e Ronald – que também estavam sentados na grama perto do lago- começamos a rir.

– Cara, é serio? – O Weasley perguntou.

– Sim, por quê?

– Eu não sei... Mas acho que se existisse uma saga falando da gente essa saga seria a maior rival de Crepúsculo... – Dizia Lilá.

– Por quê? Crepúsculo é bom... – Potter insistia.

– Por que eu sou muito mais interessante que um vampiro que brilha... – Eu disse. – Os fãs da saga “Draco Malfoy” iriam me amar.

– Eu aposto que o nome da saga seria “Harry Potter” – Disse o Weasley

– Nunca que uma saga teria o meu nome! – Disse o Potter

– Por isso que seria o meu. – Disse encerrando.

– Para ser sincera, todos nós somos mais interessantes que eles. – Disse Lilá.

– Bem, talvez... – Dizia Potter.

– Sabe quem me lembra o Edward? – Perguntei – O Cedrico! Cara, parece que depois que Voldemort o matou ele reencarnou no corpo daquele vampiro...

– Que Cedrico descanse em paz... – Disse Potter

– Está descansando sim! A grana que ganhou com esses filmes da para viver tranquilo. E como ele conseguiu ter uma bebê humana-vampira que tem tipo visões? – Perguntei enquanto pegava um pouco de grama do chão e as soltava.

– EU AINDA NÃO TINHA VISTO AMANHECER PARTE DOIS, VALEU MESMO- Weasley gritava, quase que surtando.

– Você também vê, então? –Perguntou Potter animado com o seu amiguinho.

– Vocês vão se casar, sério. Isso é estranho... – Disse enquanto me levantava e o Potter começava a falar pro Weasley que amava a “Gina fofinha” tanto como se tivesse sofrido um tal de “impriting” por ela...

Comecei a subir as escadas com destino ao meu dormitório quando eu vejo uma garota com cabelos castanhos claros –arriscaria dizer que as vezes parecia um loiro escuro- e de um cacheado bonito – e não tão armado quanto era no primeiro ano- com uma cara invocada e me olhando furiosa enquanto vinha ao meu encontro.

Hermione POV.

~

– Calma, Mione... – Gina falava...

~

– Como assim “calma”? Olha, você me da um lençol e ele volta para a sua cama! É o destino querendo que eu me ferre. – Eu falava alto demais.

– Espera ai, me deixa tentar de novo. Toma – Ela jogou um travesseiro para mim, eu consegui pegar ele, mas depois de dois segundos ele voltava voando para o lugar de onde ela tinha pegado.

– Malfoy vai ter que dormir no dormitório da casa dele e me deixar ficar no dormitório dos monitores. – Eu disse enquanto saia de lá para procura-lo e Gina vinha atrás de mim.

– Sabe Mi, eu não quero ser pessimista... Mas nunca que ele iria fazer isso! – Gina falava enquanto andava um pouco rápida demais para me acompanhar.

O encontrei subindo as escadas. Desci alguns degraus até ficar de frente com ele.

– Então, precisamos conversar. – Eu disse.

– Sim?

– Meu dormitório está trancado apenas para mim. Os dormitórios das garotas também. Quando eu tento pegar uma coberta de qualquer lugar eu também não consigo, então, tudo indica que alguém quer que eu fique no meu dormitório dos monitores. Você poderia sair de lá e dormir no seu da Sonserina? Pense bem! Você estará sozinho, ninguém na sua casa estará lá... Já imaginou como pode ser legal? – Falei tentando parecer convincente.

– Isso é sério? – Ele disse rindo

– Sim. – Eu disse. Ele esperou para ver se eu estava mentindo e viu que era verdade.

– Bem, não. – Ele disse sorrindo.

– COMO ASSIM, “NÃO”? – Eu gritava agora.

– Boa sorte ai. – Gina disse enquanto saia de perto. Na verdade ela saiu correndo.

– ESCUTA AQUI SEU FUINHA – Eu dizia –um pouco alto demais- enquanto pegava a minha varinha e apontava para a garganta dele – VOCÊ VAI SAIR DE LÁ, APENAS POR ESSES QUINZE DIAS E DEPOIS VAI VOLTAR.

– Não. – Disse ele calmamente, sem nem se dar ao trabalho de tirar a varinha do bolso.

– NÃO? – Eu perguntei enquanto avançava dois passos, deixando ele preso na parede apenas com a minha varinha na sua garganta – VOCÊ SABIA QUE EU POSSO MATAR VOCÊ AGORA, SE EU QUISER?

– Você quer? – Ele perguntou me olhando e esperando a minha reação, afinal, ele tinha feito uma pergunta.

– No momento, sim. – Eu disse por fim. Ele sorriu. Eu levantei um pouco mais a varinha, cheia de ódio.

– Mas você não vai. – E dizendo isso eu vi que estava sem nenhuma razão. Abaixei a varinha e fui descendo as escadas. – Te vejo lá, então? – Disse ele rindo enquanto eu me virei e joguei um feitiço que era para ser na cara dele. Sendo que por azar ele se abaixou e acabou atingindo um espelho.

(...)

02:26 AM e eu estava deitada no saguão da grifinória, sem cobertas nem nada. Apenas morrendo de calor. Tomei banho sete vezes e mesmo assim continuava, já que tinha uma massa escura à cima de mim, e dela vinha toda essa quentura, sem exagerar, mas estava algo como 45 graus.

(...)

Eram agora 3:45 AM e o calor estava mais forte, eu estava pingando de suor quando me levantei e fui fazer o que estavam me obrigando a ser feito. Bater na porta do loiro aguado. Minutos e minutos se passaram até que alguém abriu a porta.

– Mas, o que, você... – Pausa para o Malfoy bocejar- Está fazendo aqui? – Ele perguntava tentando abrir os olhos, ou pelo menos era o que parecia já que estava tudo tão escuro que eu não via mais nada.

– Bem, alguém está fazendo de tudo para que eu fique aqui, não é? Então, eu vim. E vou fazer você sair daqui. – Disse sorrindo.

– Ah, e é claro que não vai conseguir. – Disse ele sorrindo, eu acho.

– Tudo bem. – Disse entrando e tentando achar onde ligava as luzes – Por que está tudo escuro aqui? – Perguntei quando finalmente as achei.

– Não sei... – Ele disse e então liguei as luzes.

– MALFOY!– Gritei enquanto me virava e cobria os olhos – PELO AMOR QUE VOCÊ TEM A MERLIN, PONHA UMA CALÇA, SEU IDIOTA!

–... Lembrei. – Disse ele rindo. – Ah, é por que eu sempre fico aqui sozinho, não vejo motivo para usar. E eu gosto de me sentir um Tarzan. Sabe, aquele carinha das histórias trouxa?

– MAS AGORA VOCÊ VAI USAR! TARZAN? ATÉ O TARZAN USA UMA TUNGA – Disse enquanto esperava um pouco – Pronto?

– Pronto!

Arrisquei olhar de novo, e era verdade ele estava com uma calça jeans agora. Porém sem blusa. Qual o problema de usar uma blusa? Só fica querendo mostrar o abdômen que ninguém quer ver.

– Custa tanto assim usar uma blusa? – Disse o olhando com nojo.

– O que é bonito tem de ser mostrado. Isso se aplica ao meu dom de não usar calças também. – Ele disse sorrindo.

– Você é nojento.

– E você toma banho de roupas. – Ele disse se referindo ao fato de eu estar toda molhada graças à massa de ar. E como eu tinha previsto, a massa sumiu no instante em que entrei aqui. Irônico, não?

– Não tomo banho de roupas, é por esse motivo que vim para cá. Aliás, onde fica o banheiro? – Perguntei

– Suba as escadas, primeira porta a esquerda.

– Espera... Tem quantos banheiros? – Perguntei temendo a resposta.

– Apenas um. – Ele disse e abriu um sorriso.

– Ah, que ótimo! – Disse cheia de ironia.

– Também acho ótimo. – Ele disse sorrindo.

– Já falei que você é nojento?

– Apenas duas vezes hoje. E ainda nem é de dia... – Ele disse olhando para a janela com uma expressão dramática. – Mas, sabe... A gente podia tomar banhos juntos! Economiza um absurdo de água, sabia disso? Ah, vamos, Granger! Salve o planeta!

– Vou fingir que não ouvi essa só por que estou cansada demais. E tchau, então. Boa noite. – Disse indo em direção às escadas que estavam cheias de almofadas. Também não entendi o porquê delas estarem ali.

– Ah, Granger? – Ele perguntou me fazendo o olhar de cima da escada.

– Sim. – Disse me virando para ele.

– Bem, tem certeza que não quer ajuda? Você não consegue lavar as suas costas, tenho certeza disso! Veja bem, eu posso ser útil. Tanto nisso quanto no resto... – Ele disse sorrindo com uma cara de canalha.

– E pela terceira vez na madrugada: Você é nojento, Malfoy – Disse enquanto jogava as almofadas na cara da pessoa que mais odeio no mundo. Até que elas estarem na escada foi algo útil.