Cinzenta escrita por Cinzenta


Capítulo 2
Sorte ou Azar?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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-Então, o que você vai pedir? - Perguntou ela normalmente.

Senti que deveria fugir dali o mais depressa possível, armei um plano na minha mente e falei como se nada tivesse acontecido:

-Um hambúrguer, por favor, e uma coca.

Assim que ela entrou na cozinha, eu sai em disparada para a porta, que estava longe de mim. Eu sabia que seja quem ela fosse, iria me perseguir, e eu precisava despistá-la.

As pessoas me encaravam, talvez pelo jeito que eu tinha saído da lanchonete, ou pelas roupas que eu estava vestindo, olhei para baixo enquanto corria e vi uma jaqueta preta de couro, calça jeans pretas e uma blusa regata, sem falar no anel que Perséfone me dera, e uma cruz preta que estava no meu pescoço.  Não tinha parado de correr em nenhum minuto.

Segui pela rua da lanchonete e do cemitério até encontrar um táxi. Eu entrei nele e pensei em um aeroporto, pois assim, seria mais fácil ir para Long Island.”Má idéia”, pensei,” Eu acho melhor não provocá-lo mais uma vez”, pensei. Um esboço de lembrança surgiu na minha mente, eu não fazia idéia da onde eu tirei o rosto de um velho barbudo e carrancudo, mas estava lá ele na minha memória.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, o motorista me olhou nos olhos e espantado falou .

-Não esta me reconhecendo?

-Ah, acho que não, quem é você?

Notei que ele tinha vários olhos (sim, mais do que dois) pelo corpo.

-Sou Argos, Acampamento Meio Sangue, vim buscar você, Quíron me mandou aqui.

-Quíron? Quem é Quíron?

-Ah, você vai ver quando chegarmos lá. Ouvi dizer que teve amnésia, acho que assim que você chegar lá, vamos resolver esse pequeno problema. Talvez Apolo ou algum de seus filhos possam...

Ele deveria estar de brincadeira, certo? Por que alguém iria mandar um motorista de Long Island até Los Angeles? Eu deveria ser realmente importante ou estavam me sequestrando.

Além do mais, todo mundo já sabia da minha amnésia, Será que Perséfone dera com a língua nos dentes? Será que eu era  mesmo uma pessoa importante, ou uma arma importante?  Com certeza não. Se fosse, por que Perséfone falou que eu estava em perigo? Poderia ser um daqueles sonhos, em que a gente sente que estamos vivendo, mas na verdade estamos dormindo. Logo descartei essa ideia, porque um sonho não poderia ser tão realista assim.

-Bem, então vamos. Mas antes, eu preciso encontrar duas pessoas.

-Pessoas? Que pessoas?

Contei à ele sobre Alexandre, Sofia e Perséfone também.

-E onde estão eles? É claro que sei quem é a rainha do submundo, mas isso está estranho.

-Boa Pergunta.

Seguimos viagem em silêncio, até que quando estávamos saindo de Los Angeles, alguma coisa caiu em cima do nosso carro.

Parecia ser um humano, ou não.

Descemos do carro e então vimos era um menino alto loiro de olhos castanhos, e eu juro que era um dos meninos mais bonitos que eu já vira na vida. Bem, talvez não na vida, já que não lembrava nada sobre a minha. Era tão bonito, que acho que não dava para ficar mais.

Então reparamos o que estava em cima dele, um animal extremamente feio e nojento, não para mim pelo menos, tinha asas horripilantes e dentes afiados.

Quando os dois perceberam a nossa presença, o animal/monstro me olhou nos olhos e fez uma reverência, eu o encarei por alguns minutos, friamente, e ela falou com uma voz cavernosa.

-Senhora, que prazer em vê-la. Sirvo ao seu pai, mas sou sua serva também.

O garoto me encarou como se eu fosse louca. Agora eu notei que ele tinha olhos na cor mel, e um machucado infeccionado na perna, já que ele vestia shorts. Retiro o que eu disse, ficou mais bonito ainda sob a luz do Sol. Ele deveria ter a mesma idade que eu: catorze anos.

-E o que você está fazendo aqui? – Perguntei à Fúria. Que era aquele estranho animal que estava a poucos momentos, atacando o menino bonito.

-Estou em serviço, seu pai me pediu para trazer esse garoto até você, e disse que você saberia o resto.

-Mais alguma coisa que eu deva saber?

-Ele disse alguma coisa que viagens pelas sombras costumam gastar menos tempo que avião, embora eu não tenha entendido.

De repente, me lembrei do que ela estava falando, sobre viajar pelas sombras.

-Senhora, minha missão foi concluída, posso ir ou a Senhora precisa de mais alguma coisa?

-Não obrigada, Fúria, Qual é o seu nome?

-Acidália, senhorita.

-Muito bem Acidália, volte para o Mundo Inferiror, e diga ao meu pai que eu concordo sobre as sombras.

Ela desapareceu em um piscar de olhos.

-Como você fez isso? Qual é o seu nome? – perguntou o garoto.

-Isso o que?

-Quando você olhou para ela, foi como se ela fosse sua servente, foi muito estranho.

-Ah, eu não sei, pareceu que era o que eu tinha que fazer.

-Mas, eu estava lutando com ela a mais de dois dias.

-Andrômeda.

-Ah?

-Meu nome é Andrômeda.

-Prazer, Alexandre, filho de Apolo.

-Apolo? Você quer dizer Apolo mesmo? Tipo o deus do Sol?

-Aham. Das artes em geral e da medicina

-Mas como assim?

-Você deve ser nova no ramo- ele riu da própria piada, eu também ri - os deuses gregos existem. Sou um semideus. Estava te procurando, Andrômeda. 


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Notas finais do capítulo

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