She Wolf escrita por Kuroi Namida


Capítulo 17
Wounded like a little Beast




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A noite iluminada pela bela lua brilhante foi escurecendo um pouco mais, enquanto as nuvens cobriam o céu tornando-o cinza e nublado. Senti frio repentino e uma gota fina de chuva cair sobre meu rosto. Eu não sei exatamente por que fiz aquilo com Jimmy, eu o amava tanto, e era tão doloroso o que eu estava sentindo.

Não voltei para a fraternidade como deveria, e ao invés disso tomei a decisão mais idiota na minha vida. Andei até o hotel onde Wade estava hospedado. Bati a sua porta e esperei. Ele atende vestindo apenas uma calça larga, que deixava seu corpo forte a mostra. Eu estava coberta de chuva, com os cabelos molhados e com frio. Wade não disse nada a me ver, como se já me esperasse por algum motivo. Eu senti algo estranho ao vê-lo e isso me fez entrar antes que ele me convidasse. Parei em frente à cama dele, que estava desarrumada por ele estar deitado sobre ela antes de me atender.

Meus lábios tremiam de frio. Wade fecha a porta em silencio, e então sinto seus passos atrás de mim. Ele se aproxima e toca meus ombros com as mãos quentes, e suaves. Arrepio-me ao sentir o calor das mãos dele sobre minha pele fria. Tremo sentindo-as. Ele retira meu casaco molhado de cima de minhas costas, e o joga em um canto qualquer. Depois ele se aproxima de mim mais uma vez, mas dessa vez tocando minhas costas, com o próprio corpo quente. Silenciosamente Wade me envolve em seus braços como se tentasse me aquecer com o próprio corpo.

–Me deixa cuidar de voce. –ele diz ao pé do meu ouvido em voz suave-

Eu me viro ainda envolta aos braços grandes e fortes dele. Olho nos olhos de Wade ainda com meu corpo sentindo frio. Passo minhas mãos ao redor do corpo dele na intenção de me aquecer. Encosto meu rosto sobre o peito dele, e fecho os olhos.

–Não me deixa sozinha... –eu digo meio perdida-

–Nunca. –ele responde me segurando firme-

–Eu não quero dormir sozinha hoje...

–Voce vai ficar comigo...

Wade me afasta um pouco, e toca meu rosto. Ele me olha nos olhos e então se curva na minha direção. Traz seus lábios quentes para que eles se juntem aos meus ainda trêmulos. Eu sinto o gosto da sua boca tocando a minha suavemente, enquanto ele me segura firme contra o corpo grande dele. Wade me retira do chão levantando-me em seu colo, sem nenhum esforço aparente. Ele me leva até a cama desarrumada onde se junta a mim. Ele deita seu corpo pesado e forte sobre o meu, enquanto o calor dele é transferido a mim.

Já não senti mais frio, nem culpa por estar ali. Na verdade meus pensamentos foram levados pra outro lugar, como se nunca tivessem estado ali. Senti as mãos grandes de Wade percorrerem meu corpo devagar, com muito cuidado. Seus dedos desciam desde minha cintura até minhas coxas. Ele as apertou com firmeza enquanto sua língua ágil percorria cada centímetro da minha boca.

Ele conduziu seus dedos até abaixo de minha blusa levantando-a lentamente. Depois desceu seus lábios pelo meu pescoço ate chegar aos meus seios. Fechei os olhos sentindo uma sensação estranha, como se estivesse drogada demais para saber o que estava fazendo.

–Wade. –minha voz quase não sai-

Ele continua beijando meu corpo ate estar perto da minha cintura. Ele morde o canto mais curvo dela me causando um arrepio imediato. Depois com a ponta dos dedos, ele puxa devagar meu short junto a minha calcinha deslizando a língua sobre minha pele. Fecho meus olhos respirando fundo, e digo em sussurros:

–Wade...

Ele não termina de tirar minha roupa, e apenas me beija por cima delas. Ele toca minha região mais intima devagar, sem a menor pressa ou força, como se estivesse acariciando um animalzinho doméstico. Ele leva seus lábios até ela, e a beija por cima das roupas.

–Wade... –reviro os olhos sentindo uma excitação incomum-

Meus dedos ficam levemente lerdos, e moles como se meu corpo perdesse os sentidos. Wade retorna ate o topo do meu corpo, beijando minha barriga, ate estar de volta a minha boca. Seguro os cabelos dele, com força voltando a comandar meus dedos.

Sinto quando o corpo dele pesa sobre o meu, que ele estava pronto pra me violar. Senti como se meu corpo estivesse tomando o controle de mim, aos poucos. Não conseguia pensar em nada, nem dizer uma palavra se quer além do nome dele. Senti meu corpo leve quando Wade se levantou ajoelhando-se na cama me levando junto dele. Foi como ser erguida por um anjo. Meus olhos se fecharam logo depois de se revirarem dentro de suas cavidades. Não me lembro de ter feito ou visto nada alem desse momento...


...


Acordei na manhã seguinte sobre os lençóis escuros do quarto que não era o meu. Eu estava vestida, apenas com minha roupa intima, e espalhada na cama de casal. Meus olhos se abrem lentamente, enquanto vejo a luz do sol entrar por uma pequena fresta na cortina.

Levanto-me devagar sem reconhecer o lugar de imediato, apenas descubro onde estou quando vejo um objeto em particular no canto da cama. Isso me fez levantar depressa, catando minhas roupas. Visto-me e procuro por Wade mas ele parecia não estar no local. Aproveitei então para sair dali o mais rápido possível, não queria nem imaginar o que havia acontecido naquele lugar.

Sai correndo assim que abri a porta, sem olhar pra trás. Apenas parei de correr quando cheguei em um posto de conveniências, onde me dirigi ate um telefone publico nos fundos do lugar e liguei para o telefone de Bela.

–Preciso que venha me encontrar. –digo desesperada assim que ela atende-

Onde voce tá?

–No posto Hiddlestorn. Vai até meu quarto e me traga roupas, preciso de uma calça, uma blusa e um moletom com capuz...

Pra que tudo isso?

–Faz o que eu to pedindo que eu te explico depois...

Tá eu to indo...

Desligo o telefone e aguardo ate que ela chegue nos fundos mesmo do posto, pra ninguém ver meus trajes.

Bela levou mais ou menos meia hora até chegar ali, com tudo que eu pedi. Ela trouxe tudo em uma sacola, junto com tênis que eu havia esquecido de citar na lista que pedi. Ela me olha com os olhos curiosos querendo saber sem mais demora o que havia acontecendo pra eu estar naquele lugar, aquela hora da manhã e sem minhas roupas por assim dizer. Depois de me vestir no banheiro do local eu explico tudo a ela.

–Espera voce passou a noite com o Wade? –diz ela chocada- Mas e o Jimmy?

–Não fala o nome dele agora. Me sinto suja...

–Vocês... –ela não diz apenas gesticula- Não fizeram, fizeram?

–Não sei. –respondo sinceramente-

–Como assim não sabe?

–Não sei. Eu simplesmente não me lembro... –digo vestindo o moletom e cobrindo minha cabeça com o capuz-

–Como?

–Não sei Bela. Eu apaguei... –eu quase grito desesparada- Só me lembro de ter beijado-o. Eu acho que entrei em um tipo de transe... Mato ele se ele fez alguma coisa comigo que eu não faria se estivesse dominando minhas funções mentais...

–E se vocês ficaram juntos? O que vai fazer?

–Não sei. Não quero nem pensar nessa possibilidade. –começo a andar ate o interior da loja de conveniências- Jimmy e eu brigamos por uma coisa idiota. Depois disso eu fiz essa babaquice. Não acredito que eu fui atrás do Wade... –bato com força na estante de biscoitos derrubando alguns pacotes no chão-

–Calma... Voce parece transtornada...

–Se eu transei com ele, o Jimmy nunca vai me perdoar. Eu não vou... –olho pra Bela esperando que ela resolvesse meus problemas-

–Olha, se voce não se lembra, talvez seja melhor assim. Não saber talvez seja o melhor remédio...

–Pode ser, mas eu preciso ter certeza. –olho nos olhos dela-

–Olha vamos voltar pra UNI. Eu saí no meio da aula, disse que era uma emergência.

–Não eu não vou voltar. Preciso ficar um pouco sozinha ver se me lembro de alguma coisa... Eu vou com voce até um pedaço, depois volto pra fraternidade.

–Certo!

Seguimos então até nossos respectivos destinos. Bela voltou para a UNI, enquanto eu corri para meu quarto e me tranquei lá fechando todas as cortinas e me sentando no centro da cama, com os joelhos dobrados e com os braços ao redor deles, como se os abraçasse. Tentei relembrar cada passo que dei até estar na cama de Wade, querendo saber o que aconteceu entre o momento em que senti ele me erguer em seus braços ate a manhã seguinte em que acordei sozinha no hotel. Mas a maldirá memória não me deixava lembrar. Eu deveria perguntar diretamente a ele, e rezar que ele tivesse o bom senso de me dizer a verdade. Ou pelo menos mentir dizendo que não aconteceu nada, pra me poupar...




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Notas finais do capítulo

Deixem reviews bem detalhados!!!! jus ate a proxima postagem!!