Sonhos Reais escrita por Kagome_


Capítulo 3
Capítulo 3




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- O quê? Kagome você ficou louca? Tudo bem, eu sei que você não muitas idéias certas na cabeça, mas isso já é demais.

 

Foi assim que a Rin recebeu a minha idéia. Estávamos indo para a escola. Eu fiquei um pouco decepcionada que a Rin pensava assim de mim. Tudo bem que eu e a Sango éramos as mais malucas de nós três, mas não era pra tanto. Eu, já sei porque a Rin se comportou desse jeito. Porque ela é toda certinha. Nunca faria uma coisa dessas que eu estou pensando. Chegando ao portão da escola, avistei Sango e eu e Rin fomos na direção dela. Tinha contado tudo pra ela pelo telefone, mas ela não tinha entendido muito bem a minha idéia. Então eu novamente expliquei aquilo tudo. Para minha surpresa, ela me apoiou.

 

- Isso mesmo Kagome. Você tem que correr atrás daquilo que você acha que é certo. Se você acha que esse é o melhor jeito para você descobrir todo o seu passado, vá em frente e seja feliz. Pode contar comigo pra qualquer ajuda.

 

- Cara, será que só é que acordei certa hoje? Porque vocês duas estão completamente malucas. A Kagome, por estar planejando algo que é meramente impossível. E a Sango por estar apoiando essa idéia.

 

- Não é impossível não Rin. A Kagome já tem tudo em mãos. Só falta ela querer que isso ocorra. Não acho nada errado ela pensar desse jeito. Se eu estivesse no lugar dela, também pensaria assim.

 

Para minha felicidade, o sinal bateu. Não que eu goste das aulas, é que eu não queria discutir com as minhas amigas por causa de um problema só meu.

 

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Parece que o assunto morreu durante a aula. Aquela manhã tinha passado tão devagar. Acho que esse assunto me deixou e deixou as minhas amigas meio que distantes. Bom, agora que eu parei para pensar. Se eu realmente fizer isso, minha vida vai mudar muito. Poxa, o meu plano era o seguinte. Eu iria pegar aquele endereço na carta da minha mãe, e iria até lá. Quem sabe eu não encontre aquela que me deu a luz, e que nem ligou pra mim? Vocês devem estar me achando uma doida por ir atrás de uma mulher, por mais que seja a minha mãe, que nem ligou pra mim, e provavelmente, nem liga até hoje. Mas é que eu sempre tive vontade de conhecê-la melhor. Eu sempre queria desejar feliz dia das mães, mas eu não podia, porque eu não tinha uma ao meu lado. Tinha o meu pai é claro, e ele valia pelos dois. Mas a mãe tem um significado tão grande na vida dos filhos e eu não sabia até hoje esse significado. Eu tinha que tentar. Eu teria que largar minha casa, a escola, meu emprego, meus amigos. E essa era a parte que eu mais odiava. Ter que abandonar meus amigos, ou melhor, minhas amigas. Anos e anos de amizade, aí eu vou e PLUF...acabo com isso. Mas elas precisam entender. Vai doer mais em mim do que nelas.

 

Na volta pra casa, eu chamei as meninas para conversarmos melhor. Elas aceitaram, e todas nós fomos para a casa da Sango. Eu só trabalho de noite, então teria um bom tempo para a conversa. Chegando lá, fomos direto para o quarto dela. Parece que nem a mãe e nem o irmão estavam em casa.

 

- Kagome, como você está planejando deixar toda a sua vida pra trás? Como planeja deixar tudo isso daqui? – assim disse a Sango quando abriu a porta do quarto e todas nós nos sentamos.

 

- Eu não sei Sango. Vou largar a escola, o meu emprego, comprar um carro e seguir o que o meu coração estiver planejando pra mim.

 

- Kagome, eu estou concordando com a Rin. Você não pode deixar a escola. Estamos no último ano. O seu emprego não é lá essas coisas, mas você não pode simplesmente largá-lo e o mais importante, como pretende comprar um carro?

 

- Eu sei. Eu vou trancar o ano. A respeito do emprego, eu acho outro quando tudo isso acabar e o carro. Meu pai deixou umas economias de urgência pra mim. Acho que comprar um carro agora é o que pode se chamar de urgência.

 

- Kagome, a Sango está certa. Não faça isso. Tudo bem tem todos esses problemas, mas e agente? Nós sempre ficamos juntas, nunca nos largamos, sei que estou pensando um pouco só em mim, mas como vamos ficar eu e a Sango? Sem você a nossa vida de alunas vai perder a graça. Você sempre dá alegria a tudo.

 

- Rin, você acha que eu não estou triste por ter que deixar todo o meu passado aqui, inclusive vocês? Mas é uma decisão minha, vocês tem que respeitar. Eu não vou morar lá. Só vou conversar um pouco com ela, saber como foi a vida dela nesse tempo, depois eu volto. Eu não vou me mudar daqui.

 

- Você está dizendo isso agora. E se sua mãe quiser que você more lá? Ou pior, se ela nem te receber, hein?

 

- Eu não vou morar lá, nem se ela me pedir. E, mesmo se ela não me receber eu tenho que correr todos os riscos. Sango, você não está parecendo aquela amiga que estava me apoiando hoje cedo.

 

- Desculpe Kagome, mas eu não queria ter dito isso. Sei lá, saiu da minha boca. Eu tinha que tentar alguma coisa pra você ficar.

- Sango, você esta sendo um pouco egoísta em não deixar eu fazer aquilo que eu sempre quis. Vocês sabem que é o meu sonho encontrar a minha mãe. Poxa, vocês podiam pelo menos me apoiar. Que tal se vocês fossem comigo? Seria tipo, uma viagem, férias. Já pensou, 3 amigas na estrada, curtindo a vida sem se preocupar com nada?

 

- Kagome, agora você pirou mesmo. Por mais que eu queira ir, minha mãe nunca vai deixar. – disse a Rin – Até parece que ela vai deixar três adolescentes, por mais que sejam vocês e eu, viajarem sozinhas, sem nem saber o que vai ocorrer na próxima curva da estrada.

 

- Idem da Rin, Kagome. Eu vou te apoiar na sua decisão, mas não posso fazer parte nela.

 

- Ok, eu entendo.Acho que peguei um pouco pesado pensando nisso. Acho que verdadeiras amigas como nós, deviam enfrentar tudo e todos, mas pelo visto me enganei. Eu vou embora. Vou deixar tudo preparado para minha viagem. Depois de amanhã coloco meu pé na estrada, sem saber de nada, mas pelo menos, eu vou ter minha próprias decisões. Não vou precisar consultar ninguém.

 

E assim eu deixei a casa da Sango. Um POUCO REVOLTADA. Ué? Elas mesmo não disseram que passariam tudo por causa de mim? Pelo visto, elas repensaram bem. Agora eu não tenho que pensar nelas. Vou para a lanchonete, me demitir, trancar a escola, comprar um carro e pegar a estrada.

 

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A Sango me ligou no outro dia. Como eu já tinha trancado a escola, não precisei ir hoje. Me pediu desculpa por qualquer coisa e me disse que sempre estaria comigo. Tão sempre que ela resolveu ir comigo nessa viagem. Isso mesmo.

 

- Eu pensei bastante no que você disse Kagome. Tenho que ter as minhas próprias decisões. Falei com a minha mãe, ela entrou em pânico, mas respeitou minha decisão. Estou tão animada que mal posso esperar. Já comecei a arrumar as malas. Quando vamos?

 

Eu mal conseguia segurar o telefone. Ela estava maluca? Eu disse aquilo num momento de raiva, o que eu me arrependo muito. Eu briguei com elas. Melhor esquecer. E parece que a Sango estava fazendo aquilo muito bem. Parece que eu nem tinha dito tudo aquilo pra elas ontem.

 

- Sango o que eu disse ontem, não era pra levar a sério. Tipo, eu não quero atrapalhar a vida de vocês. Isso é problema meu e eu tenho que resolver isso.

 

- Kagome me faz um favor? Cala a boca e me escuta! Eu nem ligo pra isso. Agora que você me chamou, nem adianta chorar porque eu vou. Quando vamos comprar o carro?

 

- Sango, eu te adoro!

 

- Eu sei. Bom, quando vamos comprar o carro?

 

- E a Rin? Você não pode deixar ela aqui sozinha, ela...

 

- Kagome, a Rin sabe se virar muito bem aqui sozinha. E eu acho que ela vai pensar muito bem sobre a sua proposta, pode confiar.

 

E depois de muita conversa, desliguei o telefone. Não dava pra acreditar. A doida da Sango iria comigo!


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