A Corrida Às Górgonas escrita por Walber Florencio


Capítulo 7
V. Iara / Walber


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal este capítulo estará sob o ponto de vista de Iara e de Walber. Espero q gostem!



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Iara

Iara acompanhou o grupo até o prédio. Ali, Walber e os outros falam sobre os deuses gregos e que Iara deve ser uma semideusa.

- Estão me dizendo que Deus existe? Disso eu já sabia!

- Não! Deus com D maiúsculo são sabemos! – diz Noah.

- É Iara, não vamos partir para o metafísico, – fala Walber – estamos falando das lendas da Grécia Antiga.

Iara quis saber por que ninguém mais viu Alécto. Cibele explica que existe uma proteção para a mente humana, a Névoa.

- Tá legal! Se os deuses, no plural, realmente existem, onde eles vivem?

- No Olimpo? – arrisca Walber.

- Bem, o Olimpo é uma denominação por causa da tradição... – explica Tuca – Na verdade os deuses atualmente vivem em Nova York, no Empire State.

- É! – concorda Cibele – No 600° andar!

- O que? Esse andar nem existe. – diz Walber.

- Você acha? – pergunto Noah – Mais uma vez é a Névoa. São os tronos dos doze olimpianos que estão no 600° andar. Os quartos, moradas, templos, e sei lá mais o que estão mais abaixo.

- Está nos dizendo que os deuses vivem em luxuosas suítes no meio de Manhattan? – pergunta Iara.

- Alguns não tão luxuosos assim... – comenta Tuca – Mas é mais ou menos isso.

- Galera, - fala Ian, um garoto alto e forte, careca e com uma tatuagem de inscrições gregas na cabeça, que se aproximava deles – eu não queria estragar o momento, mas temos que tratar da profecia de Junno.

- Quem é Junno? – quer saber Iara – E que profecia é essa?

- Eu, você e mais alguns semideuses devem ir ao submundo e buscar a cabeça da Medusa. – fala Walber.

- Isso a tempo de salvar o mundo de algo que nem sabemos o que é! – completa Cibele.

- O que quer dizer isso na sua cabeça? – pergunta Iara, olhando as tatuagens na cabeça de Ian.

- “Filho de Bóreas”, o deus do vento norte.

- Agora estou curioso. – fala Walber – Quem será o pai olimpiano de Iara?

- Tenho para mim que é mãe... – diz Iara – Aquela velha monstruosa disse que veio me buscar a serviço de sua patrona... Minha mãe.

- Sério? – quer saber Noah – Sua mãe deve ser uma das deusas noturnas então. É a elas que as fúrias servem... Talvez você seja filha de Hécate, Nêmesis ou até mesmo Perséfone.

- Ei, – chama a atenção Ian – não podemos perder o foco... Quem serão os semideuses da missão?

- É verdade! – concorda Noah.

De repente, Iara fica tonta e desmaia. Uma luz azulada gira em torno dela. Walber tenta ajudá-la, mas Noah o detém. Surge um símbolo estranho sobre ela. Quando a menina acorda o símbolo se desfaz. Tuca e Walber a levanta. Cibele sorri e diz:

- Parabéns! Você é filha de Hécate!

Walber

Quando se é um semideus, os sonhos não são simplesmente sonhos, e sim revelações. Walber descobriu isso em sua primeira noite de sono.

Estava num lugar estranho. Parecia um enorme ferro-velho. Dúzias de carros velhos empilhados, aparelhos enferrujados, toneladas de sucata. A sucata se estendia até onde a vista alcançava, para onde quer que olhe. Caminhou por montes de geladeiras, tv’s, veículos, objetos das mais diversas épocas, peças de computadores, carruagens romanas, cavalos de metal, escudos, espadas... todo o tipo de velharia. Passou por centenas de ratinhos de bronze, que se moviam irrequietos de um lado ao outro.

Foi quando encontrou um local amplo, embora com várias mesas cobertas de instrumentos de medição, e projetos de autômatos e máquinas jamais vistas, em notebooks.

Viu uma pessoa trabalhando, martelando algo que parecia um imenso motor. Era um velho, corcunda, longo cabelo e barbas grisalhos com manchas ocasionais de graxa. Mãos inchadas de tanto martelar. Estava próximo a uma fornalha quente e barulhenta. Apesar de tudo, parecia disposto.

- Estou cansado de ouvir que Atena é a mais sábia. – ele resmungava – Não aguento mais isso. Chega! Vou mostrar que a mecânica supera a sabedoria. Bando de ingratos... já não basta todos os veículos, todas as armas que fiz para eles? E agora eles veem me questionar.

Nesse momento um raio cai perto do velho, que parece não se surpreender.

- Pai? – fala o velho.

- Hefesto! – respondeu um homem de meia-idade, elegante, de terno cinza, barba rala, cabelo grisalho, bem penteado, olhos tempestuosos. Era Zeus – Não acha que deve desistir de competir com Atena? Sabe que vai perder.

- Pare com isso, pai! Como ousa duvidar de mim? Fui eu quem forjou o raio-mestre, fui arquiteto do Olimpo atual...

- Basta! – irritou-se Zeus – Você não é tão bom... A própria Atena já me mostrou um projeto mais tentador para o Olimpo. E em relação ao raio-mestre meros humanos já tentaram explicá-lo.

Nesse momento, Hefesto retirou do fogo uma espada ardente, e atacou Zeus. Porém, manco e com as mãos doídas, não teve chances. Seu pai toma-lhe a espada e lhe derruba.

- Não seja estúpido! Na próxima posso não ter mais piedade, velho asqueroso.

- Eu vou vencer essa disputa! – afirma Hefesto, se levantando – E vou provar que sou melhor que a sua favorita!

Zeus vai embora, transformando-se num raio assim como chegou.

Walber acorda. Já amanhecera.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Adorei escrever esse sonho do Walber. Reviews, por favor...



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