O fim da tarde é tão agradável. Fresquinha. Diferente de Forks que é sempre fria e muito úmida.

Meus olhos estão fechados, estou com minha calça e com uma leve blusa de alça, aproveitando pra absorver os últimos raios de sol.

Mesmo tendo leves nuvens nessa região, o tempo ainda é agradável.

Sinto dedos quentes caminhar por meu braço até meu ombro me fazendo cócegas. Abro os olhos e vejo Edward sorrindo pra mim.

- Deite-se ao meu lado. –peço me ajeitando e dando espaço pra ele se deitar.

- Sabe que você esta um pouco vermelha. – ele deita ao meu lado, sussurrando em meu ouvido. Ele parece tão amoroso nessas ultimas semanas.

- Deixa. – dou de ombros fechando os olhos – Estou feliz por estar aqui... Com você.

Então ficamos em silêncio, apreciando somente o tempo quente e o som da natureza. O som das aves que tinham ninhos ali perto, do riacho que havia em algum lugar dali, dos esquilos com suas nozes.

- Bella. – me encolhi com o toque gélido, mas que me fez abrir os olhos e ver que tudo que era de um dourado maravilhoso, que era uma imagem bela, perfeita, agora é escuro e parecido com uma cena de filme de terror. O campo iluminado somente pela lua que esta no céu...

- Lua? – faço essa pergunta ficando sentada rapidamente. Derrubando sem querer Edward.

Olho para o céu, Edward não é importante agora. Acredito que esteja bem, não o machuquei.

Que céu.

Meus olhos estavam brilhando, brilhando que nem o céu que estava cheio, muito cheio de estrelas. Estrelas cintilantes que da vontade de cata-las e tê-las para mim.

- Lindo, não é? – Edward já esta ao meu lado novamente, mas colocando em minhas mãos um leve casaco, porque realmente a brisa ali agora é gélida.

- É maravilhoso. – pareço uma criança vendo algum truque de mágica e ficando impressionada com o que vejo. Nunca tinha visto tantas estrelas em toda minha vida. Parece que elas estão dançando ali, dando um show particular pra mim. Um show especial.

Estou tão encantada que percebo que estou de boca aberta, fazendo Edward rir.

Dou de ombros empurrando ele com meu braço.

É quando nós dois vimos uma estrela cadente.

- Faça um pedido! – grito apertando os olhos e fazendo um pedido.

Não penso duas vezes, meu pedido foi feito.

“Desejo que Edward encontre uma pessoa na qual cuide dele do mesmo jeito que ele sempre cuidou de mim”. Respiro fundo e abro os olhos vendo que ele ainda está de olhos fechados.

Então ele abre os olhos, olhando para o céu e logo pra mim.

- O que desejou? – estou curiosa demais.

- Primeiro você! – ele fala sorrindo.

- Desejei conseguir terminar meu poema. – minto.

- Ótimo. – ele dá aquela levantada com uma sobrancelha – Desejei que de alguma forma você se cure e fique bem, que não tenha que morrer.

Eu sei o quanto ele está sendo verdadeiro. Por isso fico seria e fico encarando aqueles olhos convidativos, que também me olha do mesmo jeito. Ele é sincero comigo. Mas eu sei que pedidos não se realizam quando contamo-lo pra alguém antes de ter acontecido. Mordo os lábios. Ele me ama. Ama-me tanto a ponto de desejar o meu bem.

Chego tão próximo dele que posso sentir seu halito quente e com cheiro de hortelã. Meus lábios roçam nos dele e sinto meu coração quicar dentro de mim.

Seus braços me envolvem. Agora eu sei por que ele queria que eu encontrasse um amor.

Puxo seu corpo pra mais perto do meu. Seu calor é incrível, me esquenta cada vez mais. Tiro sua blusa. Eu sempre olhando em seus olhos enquanto ele retira minha blusa também. Sua mão desliza por todo meu corpo. Quando me vejo, estou sentada em colo, com as pernas cruzando sua cintura. Ele passa as mãos em minhas costas enquanto acaricio seu rosto e vejo que uma lagrima sai de seus olhos.

- Não chore. – beijo seus olhos.

- Desculpe. – ele fecha os olhos me abraçando, beijando todo meu pescoço. Agarro seu cabelo. A sensação de seus lábios em minha pele é tão boa.

Sua mão acaricia minha cintura. Fico arrepiada com a brisa que toca minha pele nua.

Delicadamente ele me deita. É apenas eu, Edward e o vasto céu cintilante.

Entrego-me a ele, de corpo e alma. Sinto então que ele é mais que um amigo pra mim. Quando seus lábios estão nos meus e ele apenas diz “amo-te” e volta a me beijar retirando o restante de minha roupa.