Past Vs Future escrita por letycia


Capítulo 56
Capítulo 56 - Sentir...




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Capítulo 56

Sentir…

–Não! Não te posso deixar aqui. – disse eu determinada a ficar. – Não te vou abandonar.

–Caroline, sai daqui agora! – Angel continuava tenso e a sua voz transmitia pânico.

–NÃO! – insisti.

Olhei para cima, para desafiar o ser que se encontrava em cima de nós a lançar rajadas de vento. Angel precipitou-se para a minha frente, agarrando-me de ambos os lados do rosto.

–Não estás a perceber. Não é permitido que seres como vampiros olhem para algo tão puro. Simplesmente não consegues. No momento em que ele aparecer tu vais simplesmente desintegrar-te. Não importa se sejas boa ou má. És uma vampira, para eles chega. – o olhar de Angel estava carregado de dor.

Devia estar a ser difícil para ele voltar a escolher o lado dos vampiros face aos seus irmãos.

Laoviah!

Voltamos novamente a ouvir, desta vez a voz parecia ainda mais perto.

–Por favor Caroline! Vai-te embora, eu não te quero perder. És a minha melhor amiga. – Angel entrelaçou os seus longos braços à volta da minha cintura.

Senti o meu mundo abalar quando o nosso abraço se intensificou. Atrevo-me mesmo a dizer que me sentia enjoada, caso isso fosse possível.

Foi aí que me apercebi, já não me encontrava no beco do lado exterior do aeroporto. Estava algures dentro de um aeroporto com a passagem já no bolso e pronta a embarcar.

Olhei em volta, mas não me era possível ver Angel em parte alguma.

Olhei para as placas com indicações no aeroporto, que para além de inglês, estavam também em espanhol.

A verdade caiu sobre mim! Eu estava num aeroporto em Espanha. Angel tinha-me teletransportado para aqui. Isso era algo que ele nunca tinha feito, que eu sempre pensei ser impossível ele fazer.

Vasculhei o meu telemóvel na mochila e digitei o número dele, e para meu desespero ele não me atendia.

Comecei a entrar em pânico.

Não encontrava Angel no aeroporto e não sabia o que lhe tinha acontecido.

O telemóvel, que se encontrava na minha mão, começa a tremer, e mesmo sem olhar para o visor atendi.

–Angel? – chamei.

–Caroline? O que se passa? – Era a voz de Edward.

Queria chorar ao ouvi-lo do outro lado. Desejava tanto poder ter alguém que me abraçasse agora, que me acalmasse.

–Eu não sei. – disse a custo – O Angel… - não consegui proferir mais nenhuma palavra.

Eu não sabia o que tinha acontecido a Angel. Porquê que ele me levou para ali?

–Tu estás bem? – ouvi-o dizer.

Não conseguia responder. Fisicamente estava óptima, no entanto, a minha mente ainda estava com Angel. Estava com medo do que estaria a acontecer naquele momento, e ele ali sozinho.

–Caroline, por favor fala comigo! O Jasper ligou-me. A Alice teve uma visão contigo e de repente começou a berrar de dores e agora diz estar cega. Por favor diz-me o que se passou.

–Oh meu Deus. Ela está bem? – apressei-me a perguntar.

Alice não podia estar cega. Ela não esteve em contacto com nenhum deles. Aliás, eu não tinha lá ficado, como é que ela poderá ter visto um?

–Acho que sim. Segundo o que eles disseram, ela teve uma visão contigo e com o Angel. Acho que vocês estavam apavorados e depois ela começou a gritar de dores. Segundo o Carlisle a falta de visão dela deve ser temporária. Mas não tem certezas, pois nunca isto foi presenteado num vampiro.

O que fui eu fazer? Ela teve aquela visão provavelmente porque eu tinha decidido ficar. Ela viu as coisas como se o Angel não tivesse agido e me tirasse dali. A Alice ficou assim por minha causa.

–Oh Edward! Peço desculpa. – lamentei – Ela não devia ter visto aquilo. Ela não devia estar a tomar conta de mim.

–Tu sabes o que lhe aconteceu?

–Acho que sim. Eles vieram atrás do Angel. Não sei porquê, nem o Angel parece saber. Acho que eles já o andam a vigiar à algum tempo e agora decidiram aparecer. Não sei o que lhe vai acontecer Edward, e tenho medo. A Alice não podia ver, nós não os podemos ver.

–Mas eles quem Caroline? Quem é que não podemos ver? Quem anda atrás do Angel? – a voz de Edward rondava a preocupação e a exaltação.

–Os anjos. São eles que andam atrás do Angel. Foi um deles que a Alice viu. Mas como foi numa visão ela não morreu. Se o Angel não me tivesse teletransportado para Espanha eu iria ficar frente a frente a um.

–Oh meu Deus. – disse Edward calmamente, como se absorvesse todas as minhas palavras. – Tu estás bem?

–Sim. Mas não sei o que fazer. Não sei como está o Angel, ele não atende o telemóvel.

–Tem calma. A que horas tens avião? – perguntou Edward. Conseguia “ouvir” a sua cabeça a trabalhar.

Tirei o bilhete do bolso e olhei para o local onde indicava a hora de embarque.

–Daqui a 3 horas. – disse depois de fazer os cálculos, comparando com o grande relógio suspenso numa das paredes do aeroporto.

–Então, fico à tua espera no Luxemburgo. Chego daqui a uma hora lá para fazer escala, e como é óbvio temos que arranjar um hotel para “dormir” por causa do sol.

Concordei com ele. Iria saber bem ter alguém comigo para me apoiar.

Em contrapartida, parte de mim ainda queria voltar para Inglaterra e saber o que teria acontecido a Angel.

Estava agora a desembarcar no Luxemburgo, faltava algumas horas para o amanhecer.

Como seria de esperar, Edward estava sentado num banco à minha espera.

Corri na sua direcção e fui envolvida por um forte abraço. Soube muito bem não estar sozinha.

–Ele já atendeu? – perguntou Edward preocupado.

Abanei a cabeça em sinal de negação.

Não proferimos nem mais uma palavra até ao hotel.

Edward manteve sempre um braço em redor dos meus ombros e a minha cabeça repousava no seu corpo.

Quando chegamos já tínhamos dois quartos de hotel reservados.

Edward deixou-me à porta do meu, antes de se dirigir para o seu. Foi a primeira vez que nos afastamos desde que o tinha reencontrado no aeroporto.

A suite que me era destinada era enorme, em tons pastel. A cama no centro do quarto parecia ser deveras confortável. No entanto, a banheira foi a que mais apelou por mim.

Segundos depois já toda a minha roupa estava depositada no chão e eu encontrava-me debaixo de água.

A casa de banho estava inundada pelo vapor da água, provavelmente por esta estar excessivamente quente. Mas era algo que eu gostava, de sentir o quente na minha pele.

Há muito que não me sentia verdadeiramente quente.

Ao fim de algum tempo, regressei ao meu quarto e retirei da mochila outra muda de roupa e o telemóvel. Após estar vestida e devidamente penteada, tentei mais uma vez contactar Angel. E mais uma vez, não obtive resposta.

Ainda com o cabelo a pingar, bati no quarto de Edward.

–Não me apetece ficar sozinha. – disse mal ele abriu a porta.

Os seus braços abriram-se em forma de convite. Aceitei e entrelacei-me nele.

–O Angel ainda não atendeu? – perguntou-me Edward. Tristemente respondi-lhe que não.

Estava preocupada, e ele sabia disso. Não tinha forças para manter a minha guarda em alta e com isso esconder aquilo que sentia.

Sabia tão bem estar ali nos braços dele. Sentia-me protegida e feliz por ele estar ali comigo.

Queria que ele me abraçasse, que afugentasse o mundo até que fossemos só nós os dois.

Subitamente e inconscientemente, os nossos lábios aproximaram-se e uniram-se num só beijo.

Sabia que aquilo era errado, e que devíamos parar. No entanto, eu necessitava dele, necessitava de sentir o seu amor, de o sentir comigo, de sentir o seu calor.

Por isso, quando fui invadida por aqueles pensamentos e aquela onda de prazer, intensifiquei o beijo. Edward tomou-me o rosto nas mãos, aprofundando assim, o nosso beijo.

A minha vontade era devorar Edward, mas contive-me. Queria desfrutar de cada momento com ele. Afinal de contas, foi muito tempo de espera e queria dar-lhe a oportunidade de ele parar se o deseja-se.

O perfume e o sabor de Edward inebriava-me, só sabia que tinha de ter mais dele.

Retirei-lhe a camisola pela cabeça, Edward não apresentou qualquer resistência. Consegui percorrer os músculos tensos do seu torso. Edward repetiu o meu processo, retirando-me também a camisola que tinha vestido minutos antes.

–Tens a certeza? – perguntei-lhe a medo, mas invadida pelo desejo que ele me provocava.

–Sim. – disse sorrindo antes de me dar um beijo profundamente apaixonado enquanto me desapertava o sutiã.

O resto da nossa roupa desapareceu rapidamente e Edward encaminhou-nos para a cama, enquanto as minhas pernas estavam enroladas à sua cintura.

Deitou-me suavemente na cama, e sobre mim, Edward, uniu-nos num só. Cerrei os dentes enquanto apreciava Edward a fazer amor comigo. Busquei pelos seus lábios e beijei-o ferozmente. Adorava a intimidade de o abraçar assim. Ele era incrível.

Estava quase na hora de partir e ainda jazia na cama ao lado de Edward.

Amava-o e ele amava-me a mim. Sempre tinha sido assim. Desde a nossa adolescência.

Ele era a minha alma gémea.

No entanto ele era casado, e tinha uma filha. O que torna o que tínhamos feito errado.

A culpa começou a apoderar-se de mim.

–Caroline. – disse Edward inclinando-se para mim e mexendo-me numa madeixa de cabelo. – Eu e a Bella estamos separados. Não judicialmente, mas sabes que sim. Não há nada errado.

–Eu sei, mas mesmo assim. Tu ainda a amas, e vocês passaram por muito para ficarem juntos.

–Sim. Mas amo-te à mais tempo a ti e é uma coisa muito mais forte. Afinal de contas, sobreviveu este tempo todo. – disse sorrindo.

–Não tomes nenhuma decisão precipitada Edward. Não destruas a tua família se ainda a amas. – disse docemente beijando-lhe a ponta do nariz.

Ele sabia que me custou dizer aquilo. Afinal de contas eu amava-o.

No entanto Edward nada disse, apenas concordou comigo. Aproveitamos o resto do tempo, como um casal apaixonado.

Já que o mal estava feito, decidi aproveitar o resto do tempinho. Mesmo sabendo que talvez depois fosse pior vê-lo partir.

Passado algumas horas, aterramos no aeroporto de Seatle.

Edward ainda não tinha largado a minha mão desde que saímos do hotel. Como seria agora perto de todos os Cullen, principalmente de Bella?

Será que ele já tinha tomado alguma decisão?

Ao longe conseguimos avistar a Rosalie e o Emmett. Eles pareciam preocupados e sempre a olhar por cima do ombro, como se temessem que algum Volturi aparecesse.

Apesar dos meus esforços para falar com Jayden, Jane, Alec, e outros, nenhum atendeu as minhas chamadas.

Jane ainda não sabia o que tinha acontecido a Angel, e não sabia sequer como lhe contar quando estivesse com ela.

Quando já estávamos perto dos Cullen, Edward estava com o braço em redor do meu ombro. Senti o olhar de Rosalie e Emmett sobre esse simples toque. Isso fez-me sentir desconfortável.

–Como está a Alice? – perguntou Edward quando nos aproximamos.

–Bem. – disse Emmett tirando finalmente o olhar de onde se encontrava o braço de Edward. – A visão voltou hoje de manhã. Mas ela não consegue explicar o que aconteceu. Nem o que viu. Só diz que doeu muito.

–O Angel? – perguntou Rosalie olhando em volta à procura do meu melhor amigo. – Pensei que ele também viesse com vocês.

–O que a Alice viu, ou melhor, o que feriu a visão da Alice na visão foi um Anjo. Eles vieram atrás do Angel. Não sabemos o que aconteceu. – respondeu Edward apertando-me mais contra si, para impedir que eu entrasse em colapso depois de relembrar Angel.

Rosalie voltou a incidir o seu olhar sobre o abraço de Edward.


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