Past Vs Future escrita por letycia


Capítulo 55
Capítulo 55 - Laoviah




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Capitulo 55

Laoviah

Tinha-se passado quase duas semanas que estava com a minha família recém descoberta. Estava a adorar conhece-los, ouvir histórias dos seus antepassados, ver fotografias deles. E consegui ver a semelhança de William com o meu irmão, principalmente quando estes eram pequenos. Conseguia rever David em William o que tornava ainda mais difícil a futura separação que se teria que realizar nas nossas vidas.

Mais cedo ou mais tarde eles iriam aperceber-se que eu não era humana, e tal não podia acontecer.

Era contra a única regra existente no meu mundo.

Angel tinha razão sempre que falava nisso, e apesar de nunca lho dizer, sabia que ele tinha razão. Teríamos que partir o quanto antes. Antes que ficássemos demasiado ligados pelos laços que nos uniam. O que ele não sabia é que passou a ser difícil desde o dia em que William teve aquela espécie de monólogo comigo na praia.

Algo nos tinha unido aí. Queria acreditar que, talvez, tenha sido um empurrãozinho do meu irmão para eu proteger a sua família. Para tomar conta deles.

-Voltas comigo para o Canadá? – questionou-me William enquanto terminava de preparar a sua mala.

Inalei o ar que me rodeava, em busca de forças para lhe dizer que teria que partir.

O olhar de William era profundo, como se buscasse pelos meus pensamentos mais profundos.

-Não. – disse por fim. Aquelas palavras transmitiam a tristeza da minha voz. – Tenho que voltar para aquela que é a minha família.

“Seja qual for essa família” ecoou na minha cabeça.

-Entendo. – anuiu William, continuando a transportar as suas roupas dobradas para dentro da mala. – Quando vais? – perguntou após uma pausa.

-Ainda hoje.

Não poderia adiar mais aquilo, só iria custar mais. A mim e a eles.

William olhou-me surpreso com aquela revelação. Parecia não acreditar que fosse assim tão repentina a minha partida.

-Caroline, o teu telefone. – disse Angel entrando no quarto para me entregar o aparelho que tocava.

O nome de Bella aparecia no ecrã.

Era estranho, ela nunca me ligaria, a menos que o assunto fosse sério.

O meu olhar cruzou-se com Angel, que encolheu os ombros. Os olhos dele também transmitiam surpresa e preocupação.

Pedi licença a William e afastei-me para atender.

-Bella?

-Caroline, ainda bem. Não sabia mais a quem ligar. A Alice disse que seria melhor não te ligar, pois ainda não há motivos de alarme. Mas eu estou assustada e com um mau pressentimento quanto a isto. Além disso, o Edward não atende as chamadas a ninguém. – Bella disse tudo aquilo de rajada, no entanto ainda não conseguia compreender aquilo que tanto a assustava.

Quanto a Edward, de facto ele não estava a atender o telefone a ninguém. Desde que soube que eu tinha encontrado os descendentes de William e fornecido algumas ajudas de coisas que tinha descoberto em Illinois sobre o David, nunca mais tinha ligado. Nem tão pouco estava contactável para mim ou Angel.

Até agora, tinha suposto que não queria falar connosco. Que talvez tivesse tomado a decisão de voltar para a sua família.

Apercebi-me, agora, que isso não tinha acontecido.

-Bella, calma! Conta-me o que se passa. – pedi a Bella tentando, no entanto, esconder a minha preocupação.

-Os Volturi dirigem-se para aqui. Estão atrás de nós.

Se o meu coração batesse, teria, com certeza, falhado um batimento ao som daquelas palavras.

O que queriam eles dos Cullen. Em Portugal tinha ficado claro que eles queriam destituir o Aro do cargo do “grande mestre” e reconstruir uns novos Volturi. Então porque iriam eles atrás dos Cullen?

Não fazia sentido.

-Que Volturi estão a caminho daí? Quando está previsto eles chegarem? – já não conseguia esconder a preocupação que sentia.

-A Alice não conseguiu ver todos, muitos estavam com a cara escondida por causa dos carapuços, apenas reconheceu o Jayden e alguns guardas. Está previsto chegarem aqui na próxima lua cheia, ou seja, daqui a uma semana.

-Chegarei aí o mais tardar depois de amanhã. Não te preocupes. Continua a tentar contactar o Edward. -  instruí eu a Bella e desliguei.

Os Volturi raramente apanhavam aviões ou transportes, principalmente se era um grande grupo. Temiam descontrolar-se perto dos humanos, chamando, assim, à atenção de outros humanos sobre a nossa existência.

Isso estava a nosso favor. Conseguíamos organizar-nos rapidamente para aquele encontro.

Após nos termos despedido de William e da sua família, Angel e eu dirigimo-nos ao hotel.

-Mas o que eles querem? A Alice não conseguiu ver? – questionava Angel após o ter posto ocorrente do telefonema de Bella.

-Não, acho que essa decisão ainda não foi tomada. O certo é que eles estão um pouco assustados. Temos que ir para lá.

Angel concordou.

Voltei a tentar ligar para Edward, que mais uma vez foi para o voice mail. Desta vez deixei mensagem a contar o que se passava, e que ele devia imediatamente se juntar a nós em Forks.

-A Jane também não atende. – disse Angel furioso. – Se alguma coisa acontecer desta vez, juro que não a perdoo.

Sabia que ele estava a mentir, ele acabava sempre a perdoa-la. Eles amavam-se.

A caminho do aeroporto, Angel voltou a ficar deveras estranho, como ia acontecendo nos últimos dias. Sempre desconfiado. Olhava constantemente por cima do ombro como se estivesse a ser seguido.

-Angel, o que se passa? Estás assim à dias. Conta-me. – tentei eu novamente. E mais uma vez obtive a mesma resposta.

-Nada. Apenas coisas da minha cabeça.

Em contrapartida, quando o táxi nos deixou em frente ao aeroporto, Angel ficou hirto. Alguma coisa se passava e era grave, caso contrário ele não ficaria assim.

-Angel o que se passa? – perguntava eu olhando para ele, mas com todos os sentidos em alerta para o que se passava á minha volta. A minha guarda aumentou como se estivesse a preparar-me para uma luta.

Angel não me respondia, nem saia do seu transe.

Segui o seu olhar e não vi nada.

Voltei a tentar captar a sua atenção, mas este continuava tenso e sem mover um único músculo.

O meu telemóvel tocou, era Edward.

-Edward, finalmente. – disse eu mal atendi o telemóvel. No entanto, sem nunca tirar os olhos de Angel.

-Caroline, onde estás? – perguntavam-me do outro lado  do telemóvel.

-Estou no aeroporto, pronta a apanhar o avião para me dirigir a Forks. Chego por volta das 18h de amanhã.

-Já sabes o que eles querem? – perguntou Edward agora preocupado.

-Não Edward. O Angel tentou falar com a Jane, ela não atende. – ouvia Edward a repreender-se por não ter atendido o telemóvel a ninguém e não estar preparado mais cedo.

Angel começou a relaxar quando ouviu Jane, mas ainda continuava alerta.

-Calma Edward. Não tens culpa de nada. Ninguém ia adivinhar que eles iam ter com a tua família. Aliás, não deve acontecer nada. Eles sabem o quanto isso me iria enfurecer.

E depois do que tinha acontecido da última vez que estive no castelo, não me parece que gostassem de repetir a proeza. Sabendo que desta vez iria, provavelmente, ser pior.

Logo depois de ter desligado de Edward, centrei toda a minha atenção em Angel.

Continuei a tentar falar com ele, mas ele não me respondia.

Laoviah

Escutei na brisa. Não entendi o seu significado, mas aparentemente Angel compreendeu, pois ficou hirto novamente, mas desta vez muito assustado. Parecia que o que mais temia nos últimos dias se acabava por concretizar.

Laoviah

Voltei a escutar, desta vez de uma forma mais nítida. Parecia um chamamento.

O vento por cima de nós parecia agora mais intenso.

A maioria dos humanos ali perto começava a agasalhar-se melhor, com o objectivo de se proteger do frio.

O rosto de Angel apresentava pânico quando olhou para mim.

-Angel? – perguntei, agora assustada também. Nunca vira Angel ficar assim.

Laoviah

Voltamos a ouvir. A voz parecia cada vez mais perto. Mas não conseguia sentir ninguém, nem ver ninguém.

Usava todos os meus poderes para detectar o que quer que fosse. Não sentia nenhum formigueiro, o que me possibilitou saber que ninguém usava um poder para se esconder de mim.

Foi quando decidi fazer algo que odiava fazer. Teria que ouvir os pensamentos de Angel.

Quando a ideia me ocorreu, algo branco começa a cair do céu na nossa direcção. Era de um branco demasiado intenso, ao ponto de me ferir os olhos.

Pousou na mão de Angel, e apesar do esforço que fiz para conseguir olhar, era uma pena.

Quando me apercebi do que repousava na mão de Angel, ouvi o único pensamento que ocupava a mente deste. Anjos!

Em pânico olhei para Angel que apenas me disse.

-Foge Caroline. Vai para Forks, agora.

Sabia que tinha que o fazer, se fosse confrontada com a presença de um anjo poderia morrer imediatamente, ou na melhor das hipóteses, ter dores horríveis que me deixassem muito debilitada. Dores piores que aquelas que a Jane provocava. Eu mal tinha conseguido olhar para uma pena de um sem esta me ferir, o que seria olhar para um Anjo que ainda estivesse ao serviço de Deus.

Em contrapartida, não queria, de forma alguma, deixar Angel à mercê de anjos que provavelmente o odiavam por ele se ter tornado aquilo que agora era.

Porquê que não podia simplesmente ser feliz para o resto da eternindade com aqueles que gosto? Porquê que tinha que aparecer sempre algo para destruir essa felicidade? Que mal é que eu tinha feito a Deus para merecer isto?


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam a gostar....estamos mesmo na recta final da fanfic....falta poucos capitulos para terminar...por isso...aguardo pelos vossos comentarios mais sinceros...
E já agora, se quiserem ir ali acima do lado direito e escrever uma recomendação, vá eu não me importo :D
Twikisses**



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