Past Vs Future escrita por letycia


Capítulo 12
Capítulo 12 - A primeira memória


Notas iniciais do capítulo

Como tive alguns comentarios ansiosos pelo encontro com o Edward decidi antecipar um pouquito as coisas, então hoje terão mais este capitulo...
Não tenciono colocar 2 capitulos no mesmo dia muitas vezes, a menos que ganhe mais visitas, comentarios e recomendações...eheheh...
(que feio da minha parte estar a fazer chantagem XD)
Cá vai e espero que gostem ;)



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Capitulo 12

A primeira memória

Alice pediu-me que aguardasse naquele local. Ela iria até casa e tentar falar com Edward. Assim que me deixou Angel juntou-se a mim.

- O que pensas fazer? – Perguntou-me.

Angel estava em pé, ao meu lado direito, a olhar fixamente para mim com os seus olhos pretos. Eu estava sentada em cima da pedra e olhava o horizonte. O sol estava a baixar e por isso o céu começara a assumir tons de amarelo e cor-de-laranja.

- Ainda não sei, Angel. O que sinto por ele é forte o suficiente para fazer o meu corpo reagir, mas Alice disse-me que Carlisle tinha a certeza que ele não tinha noiva na altura. – Baixei o olhar para as minhas mãos.

- Queres que fique contigo? - Olhei para ele.

- Não. De certeza que não corro qualquer perigo. Podes regressar a Volterra e dizer a Aro que a missão na Escócia está feita.

- E se ele me perguntar por ti? – Aproximou-se um pouco mais.

- Não o deve fazer. Mas tenho a certeza que inventarás uma boa desculpa. – Sorri ligeiramente, um sorriso que não me chegou aos olhos.

Angel beijou-me a face e assim se despediu. Desapareceu dois segundos depois.

Estava sozinha, no meio de uma floresta desconhecida à espera de um homem que talvez tivesse conhecido à um século atrás. Sentia-me nervosa, mas seria do encontro que poderia vir a ter ou pelo facto de estar, realmente, sozinha. Há quanto tempo não estava sozinha? Desde que me lembro. Angel sempre esteve ao meu lado. Eu sabia que ele não se importava, que a minha companhia lhe agradava, mas sabia dos seus sentimentos por Jane. Afinal, fora por causa dela que tinha sido condenado a perder as asas. Tinha a certeza que se lhe dessem a escolher, preferiria ficar no castelo com ela. Ninguém sabia dos seus encontros fortuitos, apenas eu.

Pensei que ao ficar sem ele me iria sentir sozinha, abandonada, fraca, mas isso não estava a acontecer. Estava nervosa, é um facto, mas sentia-me bem, confiante e tinha plena consciência dos meus poderes acumulados que poderia utilizar caso alguma coisa de errado se passasse. Estava preparada.

Meia hora depois ouvi passos a correrem na minha direcção. Ainda vinham longe mas tive a certeza de serem duas pessoas a correr e não apenas uma. Saltei da pedra, ficando de pé ao seu lado e virei todo o meu corpo na direcção do som que se aproximava a cada segundo. Do meio das árvores apareceu Alice com Edward atrás de si.  Este, quando se apercebeu da minha presença, ficou paralisado lançando-me um olhar surpreendido.

Pensei que Alice lhe tinha falado sobre mim, que o tinha preparado, no entanto, a sua face tudo mostrava, menos preparação.

-Tu?! – Ele parecia confuso, surpreso e cauteloso enquanto se dirigia a mim. – Foi o Aro que te mandou para verificares se tínhamos pisado novamente o risco? Ou se a Rennesme tinha atacado alguém?

Agora era eu quem estava confusa. Abri a boca, mas aquela segurança que eu sentia à momentos atrás tinha-se desvanecido, o simples timbre da sua voz, melodioso, foi o suficiente para o meu estômago se contorcer, as minhas pernas tremer e como abri a boca, tão rápido a fechei. Não consegui proferir nenhuma palavra, nem um suspiro sequer. Olhei para Alice, era suposto ela ajudar-me a perceber quem eu era, não que ele me matasse.

-Mas tu és louca, Alice. – Ele olhava para Alice, bem mais baixa que ele. Parecia furioso com ela. - Tudo bem que ela não fez mal à Rennesme, mas imagina que isso teria acontecido. Tu não conseguiste vislumbrar a visão completa e ela é uma Volturi.

Tenho que admitir que quando ele pronunciou as palavras “ela é uma Volturi” me tinha magoado, nunca ouvi ninguém ter tanto desdém por um Volturi. Ele tinha, parecia até que os odiava. Não entendia o porquê, nós tentávamos manter a paz entre os vampiros e humanos, para que nada se descontrolasse. Se não fossemos nós provavelmente a humanidade já tinha sido destruído pelos vampiros.

Mas a forma como ele proferiu aquelas palavras, com tanta amargura, fez-me pela primeira vez sentir vergonha daquilo que eu era.

-Eu não vim aqui para fazer mal a ninguém. – Apressei-me a dizer. Como desejava agora que Alice o tivesse realmente preparado. Mas porquê que ela não lhe contou? Não era o que ela supostamente iria fazer?

-Eu sei. Ela já me mostrou tudo agora – Apontava o dedo para Alice, ao qual esta lhe colocou a língua de fora e cruzou os braços. – Não sei como te posso ajudar. – Sentia um formigueiro no corpo, ele estava a tentar ler a minha mente. Sabia que ele não iria conseguir ouvir nada, ou o pouco que ouvisse não o iria ajudar muito. As minhas interferências estavam no auge, não que sentisse medo dele, mas o meu instinto de protecção fizeram que tal acontecesse.

«Eu também a conheço. Eu sinto que a conheço, mas o que era ela para mim?», uma coisa era certa, ele também me conhecia, isso era bom sinal. Mas continuava na estaca zero, ele não me iria ajudar, ele também não sabia de onde.

-Aparentemente conhecemo-nos de Illinois, na nossa vida humana. – Continuava ele a falar e o formigueiro continuava a aumentar. Agora ele movimentava-se de um lado para o outro - Também foste transformada em 1918, certo? Sabes o dia e o mês? – Não me recordava disso, teria que perguntar a Angel e posteriormente contar-lhe, talvez isso ajudasse em algo.

– Desculpa, não te consigo ouvir, terás que me responder se queres que te ajude. – «Detesto quando isto acontece. Parece que não tenho rede em lado nenhum». Não consegui evitar e um sorriso apareceu no meu rosto. Por isso é que ele não parava quieto, estava a tentar apanhar “rede” para ouvir os meus pensamentos.

-Desculpa. Sim, fui transformada em 1918 em Illinois. O dia e mês não me recordo, posso tentar saber. E podes ficar no mesmo local, isto não é por redes, é sempre assim. – Menti-lhe, eu poderia diminuir as frequências se quisesse, a verdade é que não me agradava a ideia de ter alguém a ouvir-me os pensamentos.

Edward finalmente parou, Alice estava a conter para não se rir.

«Como é que ela sabe que eu estava à procura de “rede”?» ele parecia confuso, eu apenas me limitei a olhar na direcção dele e com um sorriso apontei para a cabeça.

-Desculpa, mas não consigo evitar. Ao usares o teu poder comigo, eu depois consigo usar contigo. – Estava orgulhosa de mim própria.

«É bom sentires do teu próprio veneno» pensava aquela mulherzinha pequenina, mas que pelos vistos conhecia Edward melhor que ninguém. Ambas nos rimos, à excepção de Edward que se mostrava bastante irritado no momento.

-Vá lá Edward, não fiques assim. – Alice aproximou-se de Edward – É como tu sempre dizes, “ninguém tem culpa do poder que tem”. A Caroline não tem culpa de poder ler a tua mente e tu não leres a dela. – Disse afagando-lhe o cabelo e a sorrir. – Bem, meus queridos, tenho que ir. Vou deixar-vos conversar a sós. Aliás a minha sobrinha deve estar à minha espera.

Ambos ficamos a ver Alice se afastar. Depois de Alice desaparecer por completo dirigi-me à rocha que outrora estive sentada. Edward seguiu os meus passos sentando-se relativamente perto de mim, não falamos, apenas contemplávamos o que nos rodeava. Eu estava nervosa, ter Edward ali tão perto surtia um efeito inexplicável em mim. Edward foi o primeiro a quebrar aquele silêncio constrangedor.

-A Alice mostrou-me o que aconteceu, mas eu gostaria de ouvir de ti, e quem sabe discutirmos o que se passa e ver se chegamos a alguma conclusão juntos.

Acenei afirmativamente a Edward e voltei a relatar pela segunda vez naquele dia toda a história, inclusive a do encontro com a vampira “Lilith”. Sabia que se me fosse possível, teria corado nessa parte e o pouco que conhecia de Edward permitiu-me ver que também lhe passou pela cabeça que poderia ter sido ele o meu noivo, não foi preciso ouvir o pensamento dele, estava explicito no seu rosto.

-Edward, não estou de forma alguma aqui a dizer que sejas tu. No entanto, a Alice disse que o Carlisle nunca falou de mim, por isso o mais provável é ser outra pessoa. – Baixei a cabeça num acto irreflectido. Algo em mim morria um pouco ao pensar nestas palavras.

-Tens razão, ele nunca me falou de ti, mas terei que falar com ele acerca disso. Mas nós temos que ter uma ligação forte, não sei quanto a ti, mas eu sinto algo quando estou à tua beira. Como se o meu corpo entrasse em choque. Eu quase que consigo prever aquilo que vais fazer, como sei que de tens o habito constante de enrolar a ponta do cabelo. Como sei que quando estás nervosa estalas os dedos, que se mordes o lábio é porque queres dizer alguma coisa mas não tens coragem e que quando estás a mentir mexes na orelha. Foi o que aconteceu á pouco, quando disses-te que as tuas interferências eram sempre assim, acho que não são. Acho que as podes diminuir quando quiseres. – Ele exibia um sorriso de como que tivesse dado a resposta correcta ao professor.

-Tens razão, eu consigo diminuir as frequências, a verdade é que não me agrada que estejam a ler os meus pensamentos. Nem mesmo uma pessoa que me conhece tão bem como tu. Mesmo não sabendo como… – Retribui-lhe o sorriso. Estava a gostar de estar com Edward, fosse ele o que fosse a mim, irmão, primo, vizinho, amigo…noivo!

-Ah, tu podes ler os meus, mas eu não posso ler os teus. Não me parece justo.

-A vida não é justa meu caro! – Sorri olhando para ele, o que não esperava era encontrar aqueles olhos dourados a mirar os meus. Perdi-me no olhar dele, na pele dele, no rosto dele. Ficamos ali parados, no silêncio, apenas a admirar-nos. – Gostava mais dos teus olhos verdes.

Edward olhou para mim com os olhos esbugalhados, e eu surpreendida com aquilo que eu tinha acabado de dizer.


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Notas finais do capítulo

Bem, já sabem...
Não se esqueçam de comentar, favoritar (quem ainda não o fez) acompanhar a historia e por fim....recomendar ;)
Twikisses**