Cavaleiro De Cristal escrita por LBeyond


Capítulo 4
O Julgamento


Notas iniciais do capítulo

Mais uma parte CSI da historia!
Digam adeus, porque esse é o ultimo by CSI!
Mas não fiquem tristes tem mais coisa ai pra frente.
E pra quem reclamava da tristeza... Animem-se!
Nesse capitulo coisas boas acontecem.
Mas é a só a calmaria antes da tempestade! KKKKK!!!
E nesse capitulo deu a Loka no narrador!
E nas notas finais comentários dele!
Beijos! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/263972/chapter/4

Imediatamente, Orlando mandou fazer o teste do bafômetro nos dois adolescentes que estavam lá e correu para a sala de descanso dos investigadores procurando por Cinde.

- Cinde! Cinde! – entrou correndo e chamando por ela.

- O que foi Orlando? – disse parecendo preocupada.

- Eu achei uma pista que pode ajudar no caso. – ofegou.

- O que? – disse esperançosa.

- Vem aqui na sala do Mille. – e os dois foram em direção a sala dos computadores.

- Mille, preciso de você! – disse Orlando ao entrar.

- No que precisar detetive. – respondeu se empurrando e girando em sua cadeira na direção deles.

- Abre de novo aquele vídeo do interrogatório de Micha e Joshua Clarent. Nesses tempos aqui. – ele entregou um papel com a hora em que cada frase foi dita: começo e fim – E passa todos os quatro seguidos.

- Me dá 7 minutos. – disse Mille, mas ele terminou antes disso – Pronto.

- Pode dar play.

“...Detetive Orlando, aqueles adolescentes estavam bêbados de mais pro meu gosto ... eu e micha estamos ou não falando a verdade ... saber como ver cabe a você decidir ... lembre-se de buscar a verdade!”

Orlando olhou para Cinde que estava boquiaberta com um olhar de “entendeu?”.

- Como você conseguiu isso. Quer dizer, achar isso... – disse sem entender direito aquela situação - Eu olhei esse depoimento umas três vezes e não vi isso!

- Eu olhei esse vídeo mais de trinta vezes, decorei tudo o que ele diz, escrevi três vezes a mão todo o dialogo. – Cinde o olhava com uma cara de “não acredito!” ainda boquiaberta e sem palavras - E toda vez que ele ia falar uma dessas frases ele me chamava, eu acho que essa mensagem era só pra mim. – disse com um olhar de um menino esperançoso que há muito tempo tinha se perdido.

- Orlando eu... – começou pausadamente procurando as palavras certas - Eu não te vejo assim faz muito tempo e... – ouviram uma batida na porta.

- Detetive Orlando – disse um outro investigador pondo a cara para dentro da sala, era um jovem homem, alto e cabelo castanho escuro com mechas loiras, de rosto harmonioso e aparência gentil e moderna -, o teste do bafômetro dos garotos saíram. – disse ele que antes tinha só a cara pra dentro da sala, agora estava com metade do corpo dentro.

- E? – disse Orlando indicando para que continuasse.

- Todos negativos. – disse com um charme, que qualquer garota cairia.

- Obrigada Élan.

- Sem problema. – antes de lançar um olhar para Cinde e sair da sala. Assim se tornou inevitável ela ficar vermelha.

- Droga! – bateu na mesa - Eu devia. Eu devia saber!

- O que? – disse Cinde se recuperando do olhar de Élan - Que o garoto tinha mentido?

- Não que quase um dia depois não ia mais haver vestígios de álcool neles.

- É mesmo. – disse pensativa - E agora? Como vamos saber se o garoto fala a verdade?

- A cabana! – disse esperançoso - No meio da floresta. Temos que ir lá!

- E eu vou ficar aqui! – disse Mille enquanto os dois saiam pela porta principal do laboratório (Sim! O laboratório tem uma entrada lateral!) - Não que alguém se importe. – disse tristonho para si mesmo vendo-se sozinho na sala novamente e soltou um longo suspiro.

Foram na viatura da policia até a cabana no meio da floresta. Foi uma longa viagem até lá (Na verdade é uma longa viagem ate lá! Cerca de uma hora e meia quase duas em uma velocidade considerável), isso deu tempo para que Orlando pensasse em tudo o Joshua dissera.

Aquelas palavras ainda martelavam em sua mente, ainda lhe perturbavam, mas agora a única diferença é que essas palavras começavam a fazer mais sentido, mas continuavam sem uma explicação sensata.

Chegaram a uma estrada de terra batida por dentro da floresta que levava a o único lugar que já foi habitado tão dentro da floresta. Ninguém morava lá a anos, mesmo sendo do lado oposta da trilha dos cavalos selvagens, ainda sim era perigoso.

Diziam que a floresta, a noite era assombrada por fantasmas dos que viveram lá no passado.

Bobagem!

Mas de certo modo, a floresta a noite inspirava medo até no mais corajoso.

Estacionara o carro na frente do deveria ser a varanda e a porta da frente da casa, mas estava tão destruído que aquilo nem mais podia ser chamado de casa, nem que fosse casa destruída ou cabana abandonada.

- Credo! O que esses adolescentes tinham na cabeça pra ficar num lugar desses? – disse olhando a casa (do que deveria ser) de cima a baixo – Nem os mortos iriam quer morar num lugar desses.

- Concordo. – disse olhando a casa – Seja o que for que aqueles adolescentes faziam aqui... Boa coisa não devia ser.

Cinde andou até os escombros do tal lugar que deveria ser a porta da frente, empurrando os escombros das paredes caídas, ela acabou se aranhando toda naquela pequena passagem caindo aos pedaços.

- Credo! Credo! Credo! – reclamava ela – Até rato aqui deve ter.

- O caso da familia Fiori, dose anos atrás, o filho mais novo de um casal italiano sem querer pôs fogo na casa e saio para passear na noite, matando os pais e a avó que dormiam tranquilamente, o garoto tinha 5 anos, bem agora ele tem 17 e se culpa até hoje por isso.

- Como você chegou ai mais rápido que eu? – perguntou Cinde que ainda estava no meio do caminho destruído.

- Usei a entrada reconstruída da lateral. Na pericia dizem que só um cômodo não foi atingindo, o quarto do garoto que ficava do outro lado do foco inicial do fogo. Deve ser esse cômodo. – disse olhando o cômodo – Esses adolescentes fizeram uma mudança e tanto aqui! – exclamou Orlando admirando o lugar.

- Por que você não me falou? – reclamou Cinde.

- Do caso Fiori?

- Não da entrada.

- Pensei que sabia disso. Você não veio aqui da primeira vez?

- Não quem veio foi o Élan. Você podia ter me poupado um belo de um trabalho, muitos arranhões e... Uhg! – gemeu ela, seu gemido de reclamo havia se fundindo com o barulho de vidro.

- O que foi? – perguntou preocupado.

- Pisei em algo! – ela se abaixou e pegou com uma de suas luvas algo do chão – é uma garrafa de cerveja. – ela olhou por volta – Tem em todo lugar. Aqui, ali e... – ela se abaixou novamente e se levantou com um saquinho nas mãos – Orlando! Não acredito! Aqui tem drogas!

- E “Lá vai ter bebidas, e umas coisas que vai deixar a gente ligadão, umas paradas lá de cheirar, vai ser o maior barato”. – disse Orlando com um ar pensativo.

- O que?

- Foi o que Joshua disse que ouviu GB e Dustin conversando. Bebidas e, as drogas devem ser as coisas de cheirar.

- Se essas garrafas e esses saquinhos tiverem o DNA e as digitais dos garotos então...

- Joshua estava dizendo a verdade! E os garotos não são tão inocentes assim. – olhou em volta estendendo os braços para cima indicando o ambiente - Alguma coisa deve ter acontecido aqui para resultar no que aconteceu. – Cinde tinha terminado de embalar as evidencias e tinha saído do lado destruído da casa e entrado no cômodo bom.

- Mas o que aconteceu aqui? – perguntou ela confusa.

- Cinde! – exclamou.

- O que?

- Nos nunca vamos saber o que aconteceu aqui porque não terminamos de pegar os depoimentos das crianças!

Os dois se entreolharam por um momento e como se tivessem levado um choque, saíram às presas para o carro.

Cinde entrou no banco do passageiro e deixou que Orlando dirigisse dessa vez.

Voltaram correndo, mais rápido que vieram, para a delegacia a fim de terminar o que haviam começado.

Cinde estendeu a mão no telefone e já estava discando um numero quando Orlando interviu.

- O que está fazendo?

- Ligando pro Mille o pro Élan.

- Pra que?

- Pro Mille pra ele preparar a gravação dos adolescentes e pro Élan pra ele preparar as crianças e a sala de interrogatório 2.

- Ah, ta bom.

Quando Cinde e Orlando chegaram à delegacia, Micha já havia chegado com o Sr. e a Sra. Clarent acompanhando-a.

- Cinde eu quero que você... – começou a dizer Orlando quando foi interrompido pela Sra. Clarent.

- Detetive Orlando, por que a minha filha tem que passar por isso de novo? Ela já não fez isso antes? Por que então de novo?

- Cinde vá na frente que eu te encontro depois.

- Ta. – disse Cinde e saiu.

- Sra. Clarent – começou Orlando -, tente entender, da ultima vez ouve uma interrupção e agora nos precisamos terminar de pegar o depoimento de Micha e de Joshua, isso é crucial para a investigação.

- Não está claro já Joshua fez isso e ele tem que ser punido, não há mais nada para minha filha disser. – continuou ela, Orlando olhou para a menina que olhava para o chão, desconfortável, empresada contra o corpo da mãe.

Orlando deu um grande suspiro, fechou os olhos por um momento pensativo e finalmente disse.

- Se isso ajudar vocês podem acompanhar Micha no interrogatório. - os pais acenaram que “sim” com a cabeça – Me acompanhem, por favor. – o “por favor” de Orlando soou com um tom de desgosto, ele não queria eles lá.

Eles foram andando os quatro até o corredor onde ficava a sala de interrogatório, Cinde estava na porta da sala 2 olhando a procura de Orlando, quando o viu foi ao seu encontro dizendo:

- Orlando a sala está pronta e o menino já está... – ele a interrompeu.

- Por favor, Sr. e Sra. Clarent entrem e aguardem um momento, por favor. – disse Orlando parecendo pouco à-vontade, quando eles entraram, ele fechou a porta e ficou do lado de forra com Cinde.

- O que foi? – perguntou preocupada Cinde.

- Cancele esse plano, não chame o menino. Fui colocado por eles em uma situação em que tive que os deixar ficarem para o interrogatório da menina. Não tive escolha! É direito deles, e pelo que eles disseram ainda pouco sobre o menino, pegar o depoimento do menino e da menina juntos com a presença deles, seria um grande erro! Erro que eu não estou disposto a cometer.

- Tudo bem. Quer que eu entre junto?

- É, ajudaria a aliviar a pressão. – os dois entraram na sala, Orlando se sentou na cadeira de frente para os três e começou o interrogatório. - Micha deve estar sendo muito difícil para você, eu lhe entendo. Mas você tem que nos contar tudo. Pra onde eles foram depois que lhe botaram no porta-malas?

A menina balançou a cabeça que não e afundou na cadeira.

- Que isso filha diga o que aconteceu ao detetive e... Espera, você disse porta-malas? O que aconteceu? – se desesperou a mãe. Micha apontou com o seu pequeno dedo indicador para Cinde, fazendo gesto para que ela se aproximasse. Cinde andou até a menina e se agachou ao lado da cadeira, a menina colocou as duas mãos em forma de concha na boca e cochichou algo no ouvido de Cinde. Cinde fez que “sim” com a cabeça se levantou, andou em direção ao policial que estava perto da porta e sussurrou algo para ele e ele saiu da sala, Cinde andou de volta em direção a mesa e voltando a palavra novamente aos pais da menina  disse:

- Sr. e Sra. Clarent, Micha quer que vocês saiam da sala de interrogatório, para que ela possa continuar seu depoimento.

- O que? Mas porque filha? – disse o Sr. Clarent confuso olhando em direção a Micha, que so se encolheu na cadeira e cobriu o rosto com suas pequenas e pálidas mãos – Tudo bem filha se é o que você quer. – disse ele em um tom de pai compreensivo.

O Sr. Clarent conseguiu entender de primeira o desconforto da filha, mas a mãe maluca (Ai!), digo... Sra. Clarent ficou doidona (Ai!), quero dizer... um tanto relutante diante a situação e cabeça dura do jeito que é (Ai, ai, ai! Ta bom entendi!), quis dizer... persistente do jeito que é, se negou a sair e deixar a filha no interrogatório sozinha novamente, não depois do jeito que ela voltou do ultimo, que para quem não lembra: debulhando-se em lagrimas.

O Sr. Clarent conseguiu convencer a esposa a deixar a menina, e saíram os dois da sala. O Sr. Clarent abraçando a esposa que limpava as lagrimas com um lencinho e entre os soluços dizia:

- Por que ela não quer agente por perto? Ela devia nos querer perto dela a todo instante! Isso deve ser bem coisa daquele Joshua! Aquele desgraçado... – e tornava a chorar.

Joshua tinha chegado acompanhado com o policial que havia deixado aquela sala a pouco instantes. Joshua olhava triste para a figura dos pais virando andando pelo corredor.

Ele tinha ouvido tudo!

Ele entrou na sala e logo avistou Micha encolhida na cadeira, mas assim que ela viu o irmão deu um salto e foi correndo abraçá-lo.

-Oi Micha! É bom te ver de novo! – ele lançou um olhar indiferente para Orlando e disse – Olá! Detetive Orlando. – disse seu nome pausadamente.

- Olá, Joshua! – respondeu no mesmo tom – Fique sabendo que eu peguei sua mensagem secreta!

- Que mensagem, detetive? – disse se sentando na cadeira em frente ao detetive – Não me lembro de ter deixado nenhum bilhetinho e nenhum mapinha das pistas para você. – disse sarcástico e para completar acrescentou um risinho mais sarcástico ainda.

- Engraçadinho! – retrucou Orlando. Joshua respondeu com um riso sarcástico, meio focado e mais auditivo que o primeiro.

- Então Micha – começou Cinde interrompendo a guerra silenciosa de olhares entre Orlando e Joshua - , conte-nos o que aconteceu depois que te puseram no porta malas do carro.

- Eles nos levaram para uma cabana quase toda destruída. – respondeu Micha.

- Seria essa cabana aqui? – Cinde lhe mostrou uma foto da cabana.

- É essa mesma. – respondeu animada.

- E o que aconteceu lá? – perguntou curiosa ela.

- Eles iam pra dentro da cabana e iam deixar a gente lá mesmo so que o Dustin voltou e disse que não iria deixar a gente lá por que éramos irmãos dele. Ai ele nos levou pra dentro da cabana. Lá eles tinham uns pozinhos que eles ficavam cheirando, e eles bebiam umas coisas que a garrafa parece com a da cerveja que o papai toma no domingo. – respondeu tão rápido como uma criança de sua idade faria quando lhe perguntasse uma pergunta ensaiada.

- E depois? – Cinde instigou a menina a continuar, e logo percebeu que a guerra de olhares ainda continuava, mas escolheu não dar muita importância a isso e continuar ouvindo Micha.

- Foi quando o GB pediu pra que o Dustin me levasse até ele, mas eu não queria e o Joshua tentou me puxar de volta, mas o Dustin o empurrou e... Joshua só estava me defendendo, eu juro!

- Tudo bem! Eu acredito em você. Por favor, continue. – disse tentando tranquiliza-la, pois estava quase vendo a cena do choro se repetir de novo. Micha respirou fundo e continuou mais calma, mas não aliviada

- Depois disso eu só vi muito sangue, então Joshua me levou para a floresta e o Cristian apareceu e nos levou pro bando dele. – ela suspirou fundo novamente e completou - Só.

- Obrigada Micha. Você e seu irmão já podem ir pra casa.

- O Joshua não quer ir pra casa! – disse Micha rapidamente.

- Por que?

- Mamãe brigou com ele. Ele que ir pra casa da Tia Lílian.

- Mas seus pais são os responsáveis de vocês.

- Não tem como dar um jeito? – perguntou Joshua com um tom que Orlando nunca tinha o ouvido falar: de desespero.

- Vou ver o que eu posso fazer. – assim Micha deu um abraso no detetive Orlando.

- Obrigada, detetive Orlando. – disse mais uma vez com um tom que surpreendeu novamente Orlando: o de gratidão.

No dia do Julgamento...

...Havia muita gente entre elas o Sr. e a Sra. Clarent, os pais de GB, detetive Orlando, a Tia Lílian e junto dela Shelly que ficou sabendo do Julgamento por Micha e foi lá dar apoio a Joshua.

Shelly ficou perto da sala onde Joshua estava e ficou lá esperando para lhe dar um abraço de boa sorte antes de ele entrar. Ela vestia um vestidinho florido em tons claros e um bolerinho branco de crochê, usava também uma sapatilha branca e uma meia rosa clara de laçinhos. Ela andava de um lado para outro, nervosa e ansiosa, até que ele apareceu trajando um terno preto e uma camisa social também preta, uma gravata vermelha e sapatos sociais pretos, parecia de luto.

Ao ver Joshua, Shelly correu para ele e lhe deu um abraço apertado que ele retribuiu timidamente com um ar mórbido.

- Boa sorte, eu sei que você não é culpado, mas boa sorte. – Joshua não a olhava nos olhos e estava com uma cara de como se estivesse com receio de algo então Shelly perguntou - O que foi Joshua? Está tudo bem?

- Tenho medo de que me culpem por algo que fiz pra defender minha irmã. – disse tão preocupado quanto ela, mas tentando, falhamente, não transparecer isso.

- Não se preocupe eu sei que você vai ser inocentado disso, como você disse você só estava defendendo Micha.

- E se eles não acreditarem.

- Eu vou continuar sempre ao seu lado. – Shelly segurou na mão de Joshua.

- Joshua, venha. – disse Lílian chamando Joshua, o julgamento estava para começar.

- Bem já está na hora. – e assim Joshua se despediu de Shelly, Joshua se virou e viu que Shelly ainda segurava sua mão e continuou andando enquanto Shelly continuou no mesmo lugar ate as suas mãos se separarem, quando Joshua se virou para olhar uma ultima vez para Shelly antes de entrar ele a viu entrar com os pais de Shelly a levarem para dentro do tribunal para assistir o julgamento de Joshua.

Lá foi o mesmo ritual de juramento: eu juro solenemente só disser a verdade e nada alem da verdade e bla, bla, bla.

A primeira coisa que aconteceu de interessante foi chamaram os dois outros adolescentes da banda de Dustin para depor:

- O que aconteceu naquela tarde de sexta-feira durante a “festinha” que vocês davam? – perguntou o advogado de acusação.

- Bem, nos chamamos o Dustin para a festa/reunião de banda que nos íamos fazer na cabana, só que os irmãos dele se esconderam no porta-malas do carro do GB e eles meio que entraram de penetra na nossa festa/reunião. Só que ai o Joshua surto e tentou matar todos nos com uma barra de ferro. – disse o colega de banda de Dustin, o K+.

- Os pais de Dustin sabiam dessa festa?

- Não.

- Por que?

- Porque os pais de Dustin, segundo ele, queriam ter um feriado em familia e não iam o deixar ir à festa.

- Sem mais perguntas meritíssimo.

- Eu gostaria de fazer algumas perguntas à testemunha, meritíssimo. – disse o advogado de defesa de Joshua.

- Prossiga. – disse o Juiz.

- É verdade que nessa festa havia drogas e bebidas alcoólicas?

- Não.

- Serio? Não é o que diz o relatório da criminalista. Meritíssimo, foi encontrado saches de Maconha e Cocaína, alem de varias garfas de cerveja, a maioria delas vazias, e todos os elementos citados anteriormente tem as digitais e o DNA de Kaio Maisk, conhecido como K+; Dustin Clarent; Fernando Frendes, conhecido como FF; e o falecido e único maior de idade do grupo: Gabriel Bruno, conhecido como GB. Como você explica isso? – K+ tremeu, tremeu, olhou para todos os lados e não respondeu – Sem mais perguntas Meritíssimo.

- A próxima testemunha é Micha Clarent. – anunciou o policial.

- Bem Micha, porque você e Joshua foram à festa de Dustin na Cabana abandonada? – disse o advogado de acusação.

- Só falo se o Joshua estiver aqui comigo!

- Bem minha querida isso está fora de questão. – disse o Juiz.

- Tudo bem Micha eu estou aqui. – disse Joshua por mente à ela.

- Tudo bem. – respondeu mentalmente a ele - Tínhamos ido ver o Cristian e ele nos pediu para que seguíssemos o Dustin. – respondeu ao advogado.

- Criança, esclareça-se. Quem é Cristian?

- É um cavalo selvagem.

- E ele... – disse o advogado reprimindo o riso - ...fala?

- Bem sim e não, ele fala só comigo e com o Joshua.

- Só com vocês dois? – disse tentando agora reprimir um ataque de risos e tentando manter a seriedade.

- Acho que sim.

- Então ta. O que aconteceu quando vocês seguiram o Dustin.

- Nos tentamos seguir ele e quando eles nos viram nos jogaram no porta-malas do carro dizendo que nos iríamos atrapalhar a diversão deles. Quando nos chegamos à cabana eles iam nos deixar no porta-malas do carro, mas Dustin nos tirou de lá dizendo que nos ainda éramos irmão dele, e nos levou par dentro da cabana. Lá tinha uns pozinhos que eles ficavam cheirando umas bebidas parecidas com as cervejas de domingo que o papai bebia. Foi quando um dos meninos começou a me olhar de um jeito estranho que estava me assustando, e ele chamou o Dustin e mandou ele me levar para perto dele, mas o Joshua não queria que me levassem e eu também não, Joshua tentou me puxar de volta, mas o Dustin o empurrou, e ele tentando me defender fez algo que deixou muito sangue no chão, ele não queria que eu visse aquilo e me puxou para fora, nos coremos par floresta e Cristian apareceu como se já estivese nos esperando então ele nos levou para o bando dos cavalos selvagens. Foi isso. – Micha falou tão rápido que eles se impressionaram.

- Sem mais perguntas meritíssimo.

- A próxima testemunha, o réu Joshua Clarent. – anunciou o Policial novamente.

- Joshua. Você tem algo a discordar ou a acrescentar na versão dos fatos contada por Micha, ou eu posso disser que tudo o que ela falou é verdade? – disse o advogado de acusação.

- Sim eu tenho algo a acrescentar. Os pozinhos mencionados pela minha irmã eram mesmo Cocaína e Maconha, aqueles adolescentes estavam extremamente bêbados e drogados. E sim tudo que Micha falou é verdade.

- Até mesmo o cavalo falante?

- Sim até mesmo o cavalo, mas ele não fala! Ele pratica telepatia. O cavalo tem nome é Cristian.

- Então você admite ter matado Gabriel Bruno, ou como era conhecido, GB?

- Sim eu admito.

- Admite ter tentado matar Dustin Clarent o seu irmão?

- Sim.

- E eu poderia perguntar o porque?

- Para defender minha irmã do GB. Pelo o que eu havia visto nos olhos dele as intenções dele com a Micha não eram boas.

- Como você poderia saber disso?

- O que um bêbado e drogado de 19 anos de idade iria querer com uma criança de cinco anos de idade? – Joshua disse isso de tal forma que fez com que o advogado ficasse com cara de besta, não sei se era porque o que Joshua havia dito era tão logicamente obvio ou se era porque o que ele pensou de obvio era assustadoramente horrível o que poderia ter acontecido com Micha se Joshua não tivesse feito aquilo.

- Sem mais perguntas Meritíssimo.

O tempo que passou enquanto o júri decidia o destino de Joshua, passava de forma cruciante, cada segundo passava cada vez difícil. Bem, pensando pelo lado positivo, o pior que podia acontecer era Joshua ir parar no corredor da morte.

O que de pior podia acontecer?

Mas... felizmente nada disso aconteceu.

- Joshua Clarent, você foi declarado Inocente diante desse tribunal. Seu crime foi considerado em legitima defesa de alguém que não estava em condições de se defender. Pode ir para casa. – bem foi mais ou menos isso que eles disseram, o discurso foi muito longo e eu não tive saco pra decorar.

Micha correu para Joshua e o abraçou.

- Vamos Joshua vamos pra casa. – disse Micha dando lhe mais um abraço.

- Parabéns Joshua. – disse Shelly lhe abraçando - Sei que não é seu aniversario – brincou -, mas parabéns! Eu não disse que tudo ia dar certo!

- Hei, Joshua. – disse detetive Orlando – eu fiz o que eu prometi para Micha vi o que era possível fazer para que a sua guarda passar para a sua tia Lílian, mas isso so pode acontecer se seus pais morrerem, ou se eles resolverem passar a sua guarda. Sinto muito.

- Tudo bem, eu sei que você fez tudo o que podia. – respondeu Joshua triste.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Narrador=
Para quem não entendeu meus Ais...
Não se pode mais falar o que pensa nos dias atuais!
Porque se não Ele vem com cascudos na cabeça!
AINDA TÁ DOENDO!!!
Ai, ai!
(escreve escreve escreve)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cavaleiro De Cristal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.