Litoral Dos Mortos escrita por Renan


Capítulo 6
Mortos são Terriveis, Vivos são cruéis.


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo tem pouco terror ja aviso, ele é mais suspense e meio drama.



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Sara levantou de madrugada, não conseguia dormir naquela casa. Foi descalça até sala, sem acender nenhuma luz, olhou pela janela, havia dois ou três desmortos andando pela rua, a janela estava entreaberta e um vento gelado levantou sua camisola. Era tudo silencioso. Foi a cozinha, pegou um copo d’agua gelada, apenas molhou seus lábios e jogou o resto fora. Tinha pensamentos sombrios, não saberia se queria continuar a viver, ou se jogar ao primeiro zumbi que visse. Chegou a ir varias vezes até a porta, mas não tinha coragem de sair, sua mente estava confusa. Voltou ao quarto, passou pelo corredor apenas iluminado com o luar, fechou devagar a porta, uma escuridão invadiu o quarto do mesmo jeito que sentimentos frios invadiu seu coração, deitou em sua cama e se cubriu até a cabeça. 

Subitamente a luz se acendeu, mas não havia escutado o barulho da porta se abrir, que estaria ali. Descobriu a cabeça para ver e se ergueu rapidamente, sentando a cama, só que mais rápido ainda foi o movimento de ser jogada para trás, alguém lhe tapava a boca e a mandava ficar quieta.. Acalmou-se, e desferiu um golpe no corpo da pessoa, com as mãos a empurrou da cama e se levantou, puxaram seu pé, caiu ao chão, agora poderia ver que era, Fernanda. Talvez queria a matar, porque não deixar então, seria melhor morrer, mas seus pensamentos mudou novamente, chutou a cara de Fernanda e a xingou, se levantou do chão, mas a moça fora ágil, empurrando sua cabeça violentamente contra o armário, sangue escorreu dos supercílio esquerdo, Sara começou a dar cotoveladas, mas apenas há acertava de leve, Fernanda a jogou a chão de costas, sentou em cima dela segurando as pernas de Sara com as suas pernas, e com as mãos segurou os braços dela. Sara parecia fraca, não tinha forças pra se reerguer. 

- O que quer? – perguntou Sara.

- Você... – Fernanda abaixou-se, e encostou de leve sua boca na de Sara , que virou o rosto pro lado, enquanto ela beijava seu pescoço e acariciava seu seio direito, Sara estava imóvel, e Fernanda foi descendo a mão por sua barriga até chegar ao meio das pernas, passou de leve dois dedos por cima da calcinha de Sara, com a outra mão virou o rosto dela para si e lambeu seus lábios, Sara deu leve abertura na boca e Fernanda aproveitou o momento para colocar a língua em sua boca ao mesmo tempo que a introduzira os dois dedos lá embaixo. Mordeu-lhe o lábio e disse – quero você... – Deu uma risada sacana - . .. Morta!

Com uma faca que estava pressa a cintura tentou acertar Sara no rosto, ela desvio e a faca se prendeu ao chão, empurrou Fernanda para trás, ela caiu sentada e Sara a esbofeteou no rosto, e em seguida a deitou no chão e desferiu vários socos em seu rosto com uma violência sem tamanho, suas mãos já estavam sujas com  o sangue de Fernanda, daria mais um soco se não fosse os braços que a pegavam pela cintura e puxava pra longe da garota que ficou estendida ao chão. 

- O que deu em você Sara! - berrou Ale se ajoelhando perto de Fernanda.

- Ela tentou me matar...com aquela faca... - disse Fernanda.

Ale olhou pra Sara com olhar de ódio, e ela via um sorriso na boca de Fernanda, mesmo esta estando irreconhecível com seu rosto semi-desfigurado dos socos que levou, sabia destinguir um sorriso,mesmo um cheio de sangue. Chegaram Bruno e Sabrina, ninguém havia falado nada mas imaginara o que eles pensavam atráves dos seus rostos de reprovação dados a ela. Se encheu de raiva. 

- Essa biscate tá mentindo, ela que tentou me matar, eu só me defendi. - disse em tom nervoso. 

- Cala a boca Sara, olha o que você fez com minha namorada, não tente se defender. Você é pior que as criaturas que estão lá fora. - disse Ale. 

Sem responder nada e com lagrimas escorrendo dos olhos Sara saiu do quarto. 

- Onde você vai Sara? - perguntou Bruno. 

- Pra um lugar bem longe onde essa puta não tente me matar. E as pessoas acreditem na verdade - respondeu secamente.

Passou pelo corredor, chegou até a sala, parou por um instante, mas não olhou pra trás. E saiu da casa batento fortemente a porta.  A rua estava vazia, na escuridão. Andou um bom tempo não saberia dizer quanto, viu um zumbi comendo a carcaça de uma mulher. Não desvio, continuo indo em direção ao morto. Ele parou de comer o defunto ao chão e olhou pra ela, se levantou e começou vir até Sara. "Por que não?" .Pensou ela, não poderia haver um destino pior que permanecer viva naquelas situações. Ficou ali parada, esperando a morte chegar, quando escutou gritos, virou pra trás, era Bruno e Sabrina que vieram atrás dela. Deu um passo pra trás, não sabia exatamente o porque mas agora queria viver. Mas parou novamente quando escutou barulhos de motor. Um tiro foi dado, e o zumbi caiu ao chão. Viu a frente um carro e algumas motos, pararam ao lado. Um rapaz forte e moreno desceu de uma das motos com uma metralhadora. Reparou que só havia homens naquele grupo, e todos estavam bem armados. 

- Loirinha e bem gostosa, é disso que estamos precisando. - disse o moço moreno, e passou a mão em seus cabelos e cheirou. - E também é cheirosa. - disse rindo e os outros cairam também na risada. 

- Ela esta com a gente - disse Bruno. 

- E o que a bichinha vai fazer com uma mulher dessa? - disse o rapaz. - Na verdade não precisa de nenhuma, nós vamos ficar com as duas. 

- Vai ficar com nenhuma - disse Sabrina lhe apontando a arma. Os homens gargalharam, o rapaz pegou Sara pelo braço apontando a arma arma pra sua cabeça, e os outros todos miravam na direção de Bruno e Sabrina. O rapaz jogou Sara dentro do carro e montou na moto. 

- Vou poupa-los porque você é uma garota e você é um viado, isso seria preconceito. - o rapaz acelerou a moto para cima dos dois, Sabrina saltou para trás e Bruno caiu ao chão. Os veiculos passaram por eles, havia duas motos atrás do carro e Sabrina atirou, um homem que estava só em uma das motos levou um tiro nas costas, caiu ao chão pra um lado e a moto para o outro. Parecem que não escutaram o que aconteceu ou não deram importância ao companheiro , os homens seguiram caminho sem voltar pra trás. 

Chegaram perto ao homem caido que gritavam de dor. 

- E agora o que faremos? - perguntou Bruno. 

- Eles podem estar em mais, mas nós vamos resgatar Sara, e ele vai nos ajudar. 

- Vou ajudar porra nenhuma  -disse o homem. 

- Ele ajudará Bruno, ou lhe cortamos o pau. 


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Notas finais do capítulo

Eu disse que a Fernanda iria movimentar essa trama, no proximo capitulo vai ter ainda mais um novo personagem.



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