Litoral Dos Mortos escrita por Renan


Capítulo 5
Encontro com o demônio




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Um zumbi vinha pelo meio da rua, fazendo aquele gemido que só um morto-vivo sabe fazer, quando foi acertado em cheio, fazendo seu corpo se repartir em dois, suas tripas ficaram presas ao para-choque, e em meio aos risos Sabrina ligou o limpador pra tirar o sangue do para-brisas do carro.

– Vamos parar de brincar com essas criaturinhas adoraveis, me digam qual é a saida mais proxima daqui. - falou Sabrina.

– Eu acho que é...

– Não podemos ir ainda - Ale interrompeu Samuel - Por favor, eu não posso ir sem minha namorada, ela me ligou..havia essas coisas lá...

– Não podemos perder tempo Ale, você nem sabe se ela esta viva. -falou Sabrina.

– Então para o carro, e eu vou sozinho. - retrucou Ale.

– Não Ale, você não pode... - falou Sara

– Sara, eu vou, é minha namorada...

– Tá bom, sem chororo no meu carro, as lagrimas podem estragar o estofado. Onde que ela mora? - Disse Sabrina

– É aqui perto, continua reto e...- o carro brecou bruscamente, Ale bateu a cara no banco da frente.

Logo a frente a rua estava enfestada de zumbis.

– Não dar pra atropela todos né, mesmo com um carro deste tamanho. - disse Sabrina.

Sabrina deu ré na longa rua, e virou a direita na primeira rua que cruzava a que estava. Luzes vermelha e azul eram vistas ao longe. "A Policia", exclamou Samuel. Sabrina acelerou, passou pelo carro de policia devagar. Estava com o vidro quebrado, havia sangue no capô, e um policia dentro, tombado sobre o volante. Parou mais frente e desceu. Bruno, e Samuel com o machado, vieram logo atrás.

– Será que ele tá morto? - perguntou Samuel.

– Acho que não, senão ele estaria andando como os outros. - Falou Sabrina.

Chegou perto da porta que estava entreaberta, abriu-a completamente, cutucou o homem, nada aconteceu. Em seguida tomou seu pusso. Olhou para os garotos e fez um aceno de negativo com a cabeça. Viu que ele tinha uma arma, mas estava do lado de sua cintura que estava voltada pra dentro do carro. Esticou o braço pra alcançar a arma, olhando fixamente para o rosto, focando principalmete a boca do policia. Conseguiu pegar a arma com a ponta dos dedos, mas ela escorregou e cai no assoalho do carro, debaixo do pedal da embreagem.

Merda!- exclamou com raiva.

– Sabrina, deixa que eu pego, é perigoso - disse Bruno.

– Só existe perigo pra gente burra - respondeu Sabrina.

Puxou o defunto pra fora do carro e jogou-o ao chão, um pouco longe do carro.

– Samuel, arranque a cabeça desse bosta. - Pegou a arma no chão do carro e deu um risinho irônico pra Bruno.

– É sempre bom ter uma garota esperta assim como você pra eventuais infestações zumbis. - disse Bruno, os dois riram.

– É Sabrina né? Escutei o professor falar lá na facul. Me chamo Bruno.

– Sim, é Sabrina, estavamos sem tempo pra apresentações, e creio que ainda estamos, Bruno.- Sabrina deu as costas pro dois garotos,

Bruno olhou pra trás e viu que Samuel já havia feito o serviço, a cabeça do policial já estava separada do corpo.

– Quatro balas, que merda se fa com malditas quatro balas. - Sabrina disse nervosa quando entrou no carro. - Precisamos abastecer e depois vamos a casa da sua Julieta, ok Romeu.

– É Alexandre. -disse Ale. - E a Julieta chama Fernanda. Essa aqui é Sara e o Bieber ali é Bruno - todos riram.

– Sou Samuel, e essa...

– Sabrina, é meu nome.

Chegaram em um posto de gasolina, Samuel desceu do carro e pegou a bomba, começou a encher o tanque. Bruno com o machado em mãos junto de Ale entraram na lojinha de conveniência do posto. As garotas ficaram no carro. A loja estava escura, então pegaram algumas coisas que estavam próximas a luz da porta.

– Merda! Olha lá estão vindo pra cá - Gritou Samuel, havia varios zumbis vindo em direção a eles, Sabrina buzinou pros garotos virem logo.

– Que buzinação é essa? - Perguntou Bruno.

– Eu acho que ferrou, olha lá, zumbis, vamos. - disse Ale.

– Vamos, só deixa em pegar umas coca-cola - disse Bruno, abrindo a porta do freezer, enquanto pegava um zumbi saiu de trás do balcão da loja, e agarrou-lhe, Bruno deixou o machado cair, e começou a desperir socos na criatura, que estava por cima dele tentando abocanhar seu rosto, o zumbi lhe apertava o pescoço, bruno estava ficando sem ar, quando Ale deu uma machada que arrancou o braço do morto fora, com o impacto o desmorto caiu de costas ao chão, Ale deu outro golpe, agora bem no meio de seu rosto, sangue jorrou. O braço do bicho ainda estava presso a garganta de Bruno.

– Você que viu a coisa feia de perto, eu aposto que ele ficou bem pior agora. - disse Ale.

– Acredite, se ele tivesse vivo te agradeceria pela plastica facial, o cara era mais feio que o Ronaldinho Gaucho - disse Bruno, os dois cairam na risada

– Olha esse braço, dara um bom coçador de costas, ou um bom jeito de não sujar a mão enquanto homenageia alguma garota. - novamente os dois riram. Suas risadas foram enterrompidas por mais buzinas, ao olharem pra fora viram que o posto estava cheio de zumbis.

– E agora, como saimos daqui? - Perguntou Bruno.

– Usando um metodo bem peculiar de cirurgia facial - E Ale saiu da loja a frente, desferindo machadas nos zumbis, desferiu um golpe na barriga de um que as tripas cairam pra fora, um outro tentou lhe morder, Ale abaixou e cortou a perna esquerda do zumbi, e em seguida a direita. Mas havia muitos. Vendo aquilo Sabrina saiu do carro com a arma em punho pra ajudar, mas era realmente muitos, recuou, subiu no capo do capo, alguns zumbis lhe agarraram a perna, saiu deles e subiu na capota. Ale foi agarrado pelas costas, e a boca do zumbi estava próxima a seu pescoço, quando escutou um tiro, e o morto caira no chão com um buraco na cabeça, olhou para Sabrina e fez um sinal de jóia com a mão. Varios mortos ia em direção a bruno, que apenas os golpeiava com socos e pontapés, Ale tentou ir ajuda-lo, mas estava cercado, tentando sair dos que estava em sua volta, outro tiro, e também uma pequena explosão. Sabrina acertara uma das bombas do posto, alguns zumbis agoram pegava fogo, bruno conseguiu se ir pra um lugar relativamente mais seguro, Ale continuava golpeiando os mortos, mas agora tinha os que estavam envoltos a fogo, era impossivel acerta-los sem se queimar, um tentou agarra-lo com a mão, mas o fogo fez com que seu braço caisse.

– Samuel, dirige esse negocio até lá, não há tempo de eu descer daqui - falou Sabrina

– Eu não sei dirigir. - respondeu Samuel.

– Mas eu sei - Sara pulou para o bando da frente, deu partida no carro.

– Se segura ai cima Sabrina. -cantou pneu, deu a volta na estrutura do posto, atropelando os zumbis, sangue espirrava no para-brisa, uma perna pegando fogo parou em cima do capo, Samuel abriu a porta direita trasseira, derrubando assim um zumbi. Sara brecou perto aos garotos, a perna caiu do capo, entraram rapidamente detro do veiculo, Sabrina pulou de cima e também entrou.

–Chips, chocolate e Coca-cola, sério, foi por isso esse sufoco todo. - falou nervosa Sabrina.

– Na verdade foi só pela Coca-cola. - respondeu Bruno rindo.

Andaram mais uns quarteirões, estes estavam livres dos mortos, e chegaram na casa de Fernanda. Ale nem esperou o carro parar, e desceu do veiculo, quando Sara parou o carro, os outros desceram, ela ficou.

– Não vai entrar? - Perguntou Sabrina à Sara

– Não quero ver o qeu tem lá dentro.

– Entendo, é o medo de encontrar a garota morta.

"O medo é encontrar ela viva", pensou Sara.Nem deu tempo de Sabrina adentrar a casa, Ale já vinha com Fernanda nos braços.

– Ela tá bem? - perguntou Sabrina à Ale.

– Sim, ela tá viva.- Não foi isso que ti perguntei.

– Ela não foi mordida, se é isso que quer saber. A casa tá limpa, sem nenhum bicho, estamos cansado, é melhor dorminos esta noite aqui e amanha procuramos a ajuda.

– De acordo, eu preciso de um banho e roupas limpas.

Após o banho e a troca de roupas Fernanda pois se a contar a historia de como conseguiu se manter viva, todos escutavam, todos menos Sara que estava isolada em um canto da casa. Já se passava das duas da manha e foram todos dormir. Sara olhava pra fora da janela, quando um vulto a assustou. Era Fernanda.

– Sarinha, vivemos tempos muito dificeis não? - Fernanda deu uma sarcastica risada - Antes de eu ir dormir com o meu Ale, meu, tá, te alerto que do jeito que vão as coisas a qualquer momento você pode ser estraçalhada por esses monstros, uma morte terrivel, comida por zumbis - Fernanda tinha um enorme ar de riso - Ou é desse jeito que eu vou fazer parecer.


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Notas finais do capítulo

E agora teremos Fernanda somando a turma. Mas talvez ela não seja uma adição tão boa assim. Particularmente gosto da personagem, só não sei se vcs vão gostar também kkkk. Continuem lendo, abraços.



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