Filha De... Tem Certeza?! escrita por Mrs Darcy


Capítulo 5
Uma deusa nada casta


Notas iniciais do capítulo

Er... Oi? Ainda tem alguém ai? Uma alma viva que não esteja me odiando nesse exato momento? Depois de 3 meses sem postar? Bom, se tiver, tem explicações lá em baixo...



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Pov. Amy

Por alguns segundos não consegui reagir, era demais para
minha cabeça, mesmo agora sabendo que minha família era composta por deuses.; mas aquela mulher de vinte e poucos anos era minha avó? Sinceramente, não sabia se me desculpava pelo transtorno que estava causando na família dela ou pulava no seu colo gritando. No fim optei por um meio termo e sorri, constrangida.

– Não precisa ficar assim, querida- falou rindo suavemente.- Eu sei que deve estar sendo estranho para você, mas eu juro que logo se acostumará- concluiu.

– Certo- não conseguia me impedir de ficar tímida. Eu não o era de habito, mas essa situação extrapolava os limites da normalidade.

– Acho que você quer ficar sozinha- falou.- Logo seu pai virá te ver, é só esperar aqui que vou chamá-lo.

Ela se retirou apressada. Analisando sua postura criticamente ela parecia tão desconfortável comigo quanto eu estava com ela, embora sua apatia parecesse ser por outro motivo. Como se ela não estivesse acostumada a agir de tal forma.

Besteira-desconsiderei meu pensamento. Ela é a deusa do casamento. Com certeza deve tratar assim todos os seus parentes... Eu devia é parar de
pensar tanto e relaxar.

Agora que estava sozinha pude finalmente analisar o quarto direito. Ele era maior do que qualquer um em que eu já estivera, sem dúvidas, mas se pensasse na ostentação de riqueza que tinha esse palácio a grandeza seria justificada.

Mesmo assim o lugar era absurdo. Parecia possuir poucos móveis se comparado ao seu tamanho; mas não era isso em absoluto. No centro dele tinha uma cama com um imenso dossel de cortinas azuis claras e detalhes dourados, seguindo o padrão de tudo ao seu redor.

Tinha uma porta de vidro imensa à direita que dava de frente a uma pequena vila, que não deixava de ser rica, por onde andavam diversas criaturas, que vez ou outra paravam para me cumprimentar, seja com um sorriso ou uma reverencia. Peguei-me então observando tudo isso fixamente, era tão diferente de tudo que eu conhecia, mas algo dentro de mim gostava e me fazia achar poderia me acostumar.

Suspirei e fui até a cama, deitando de forma a encarar o teto fixamente. O dia havia sido estranho. Não que eu estivesse reclamando, eu havia saído de uma casa onde era feita de escrava para uma onde parecia ser amada por todos.

Aparentemente tinha um pai maravilhoso, e uma avó amável. Era uma mudança muito grande dada minha família anterior. Mas ainda não tenho uma mãe.- pensei triste.

A deusa do amor havia sido uma decepção. Dentre todas as histórias que li, muitas eram dela. Sempre relatada como uma deusa boa, caridosa. Sempre tentando fazer o bem, por mais que às vezes não desse muito certo. Helena de Tróia era um bom exemplo. E... Admito que se fosse ser sincera, era dela que eu tinha mais medo. As piores guerras, maiores dramas, todos eram causados por essa divindade bem intencionada. Apesar de tudo, sempre gostei dela.

Se eu for sincera, devo falar que puxei muito dessa parte da família. Sempre tive facilidade em criar laços, me apegando as pessoas rapidamente, e sofria muito quando as perdia. Mas apesar de ter tido muitas paixões, nunca amei de verdade, como homem e mulher. Até porque eu era um pouco distraída, e raramente me lembrava de prestar atenção. Isso por motivo do meu défice de atenção que me fazia desligar-me rapidamente das coisas, distraindo-me com facilidade.

Mas Hefesto, meu pai, era muito mais do que já sonhei; só de pensar nas horas que passei falando com ele sobre o que sabia, ensinando, e o ouvindo me dar algumas dicas. Podiam falar o que quisessem dele, mas eu o considerava fantástico.

Ainda não sabia o que faríamos para resolver o problema com minha mãe, mas eu esperava que ele soubesse o que fazer. De repente peguei-me nervosa; e se Afrodite convencesse meu pai a me largar... Ela a ama, afinal. Apesar de eu ser sua filha isso pode não ser o suficiente. Até porque eu não quero ser a responsável pela infelicidade dele.

Pensando nisso, nem percebi quando os meses de sono atrasado me dominaram e eu dormi.

Não sei ao certo quanto tempo se passou, mas pela janela de do quarto eu podia ver que era noite. Eu estava descansada como a muito tempo não estivera, pelo acesso de trabalho e constante estresse. Estava no mesmo quarto em que Hera me deixara ontem, tão grande que eu poderia facilmente me perder ali dentro. A esquerda da cama havia quatro grandes portas; uma devia ser um banheiro, outra um closet e outra... Não faço a menor ideia!

Um suspiro alto interrompeu meus pensamentos, fazendo com que eu olhasse para todos os lados assustada. Perto da cama, sentado em um posição desconfortável e coberto por uma colcha fina, dormindo, estava meu pai. O que ele estava fazendo aqui?- perguntei-me e, a contra gosto, peguei-me sorrindo. Depois de tudo o que passou pela minha cabeça ontem, era um alivio estar errada!

Eu realmente precisava de um banho, então me dirigi para lá
e testei a porta do meio.

Era, com certeza, o maior closet que já vi em minha vida. E o mais interessante é que ele parecia ter sido feito para mim; o que era impossível já que, de acordo com meu pai, ele descobriu minha existência somente hoje. Mas era tudo fantástico! Não era nada exagerado, as roupas eram simples e praticas, além de parecerem estar organizadas por ocasião. Isso era muito estranho... Eu posso já amar meu pai, mas ele nunca conseguiria arrumar tudo desse jeito. Eu não ligava muito para moda, mas entendia bastante dela.
Haviam milhares de roupas ali, então quase não me senti culpada por pegar algumas peças.

O banheiro era na porta da esquerda, tomei um banho demorado na imensa banheira e me vesti antes de voltar para o quarto.

Após isso sento-me em minha cama e fico observando Hefesto por vários minutos. O coitado deve ter passado horas me observando, pois estava tão exausto que nem sequer se movia, mesmo depois de eu ter ligado a imensa TV de led que parecia deslocada naquele ambiente clássico.

(Itálico- reportagem da TV)

–Boa noite, deuses e semideuses! - o rosto do meu pai apareceu na tela, parecendo extremamente animado. Olhei para o mesmo, ao meu lado, com curiosidade. Estava com um mal pressentimento.– Hoje, para a estreia de nosso novo programa, teremos um grande especial. Com vocês minha adorada esposa, deusa do Amor, Afrodite!

O foco da câmera mudou, e ao lado direito da tela apareceu um logo indicando que a gravação estava acontecendo ao vivo. Reconheci o lugar como a famosa sacada de Romeu e Julieta, em Verona. Certo, mas o que tem demais ali? Meu pai não botaria isso para rodar por nada...

Bem que eu queria que ele tivesse feito isso.

A porta da varanda se abriu e um casal entrou, afoito. Trancaram tudo de modo a ficarem completamente isolado, como se tivessem medo de serem pegos; não que eles corressem esse risco, pela cor do céu faltava cerca de meia hora para amanhecer na Itália.

Mas os dois preferiram se prevenir, e a essa altura já tiravam às roupas um do outro, sem interromper o beijo por um segundo sequer. O homem usou suas mãos fortes para fechar a mulher na parede, a prensando com força fazendo com que reprimisse um gemido. Ela o empurrou somente para retirar o sutiã que ainda impedia um maior contato entre os dois. O homem, já completamente nu, voltou a beijar-lhe o corpo com volúpia animal.
O clima entre os dois pareceu esquentar subitamente, e ambos intensificaram o ato. A moça arfava sobre o corpo do amante, começando a assumir o controle, tendo logo o homem em seu controle, ofegante. Isso só serviu para incentiva-la, o que permitiu com que ele atingisse o ápice minutos antes dela.

– Afrodite!- arfou- Você é incrível. Verdadeiramente uma Deusa do Amor.

Olhei para a tela, chocada. Aquela mulher é a minha mãe?

Afrodite olhou para Ares e sorriu; parecia feliz embora uma sombra de tristeza tenha cruzado brevemente seus olhos.

– Talvez tenha valido a pena, afinal...- disse a deusa sendo interrompida por um alto barulho.

Uma rede dourada surgiu de repente, prendendo os dois, ainda nus e suados, em evidencia na varanda da romântica cidade que começara somente agora a despertar.

– E esse foi o primeiro episódio da TV Hefesto!– exclamou a voz de meu pai enquanto à imagem de Afrodite e Ares permanecia na tela, antes da câmera voltar a refletir a imagem do Deus, radiante.– Espero que tenham gostado, e os vejo na próxima!


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Notas finais do capítulo

Segue abaixo uma lista cronologica de minhas justificativas:

— Pra começar meu pai me colocou de castigo e tirou minha internet;

— meu colega de escola faleceu;

— quase rodei;

— fiquei sem internet de novo.

Agora a boa noticia!!!

Nos meus períodos sem internet eu adiantei uns 10 capítulos... EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE VIVA!!!

Agora só depende de vocês! Deixem reviews, quando esse capítulo tiver 10, eu posto, ok?