Xeque-Mate! escrita por Queen of Hearts


Capítulo 10
O Xadrez e o Pocky


Notas iniciais do capítulo

Capítulo pequeno. Era para mim tê-lo postado mais cedo, porém fiquei doente e não tive condições.
Mas ainda assim, espero que gostem!



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Pov Rose Weasley

O tempo estava calmo àquela hora da manhã, contudo, não se podia falar o mesmo do teto sobre nossas cabeças. A decoração feita para parecer o céu em todo o salão principal era vista como uma enorme tempestade, parecendo querer desabar sobre todos. Porém aquilo não era apenas um truque de magia, a maior preocupação era o porquê disso está acontecendo.

Eu estava na mesa da grifinória e parecia que era a única preocupada com o ambiente no salão, talvez pelo fato de não suportar raios e relâmpagos. James havia me obrigado a ficar lá, acompanhada de Lílian que parecia extremamente desconfortável ao ter que ficar frente a frente com meu irmão. A desculpa de James para tudo isso era devido à falta de união na família, mas sabia que isso era insegurança em relação aos níveis incrivelmente exaustivos de magia (N.I.E.Ms).

Os instrutores do ministério já haviam chegado, e um de seus testes iria começar em poucos minutos. Olhar para ele me lembrava que só tinha mais um ano ali e meu primo iria sair naquele mesmo ano. O vendo engolir agora quase toda a comida da mesa, dei um sorriso e baguncei seus cabelos por mais que fosse ele quem fizesse isso.

James iria fazer falta, pensei.

Olhei para a mesa sonserina e vi Alvo nos encarando do outro lado, observei também o restante de nossos primos e percebi que nenhum parecia querer olhar para nós. Dominique que estava ao lado de Lílian, largou a comida e saiu porta a fora. Roxanne foi atrás dela. James observou as duas saindo e diminuiu a velocidade com que comia, pouco tempo depois chegou sua hora de ir. Notei que vários outros alunos do sétimo ano também pareciam nervosos, mas assim como James, seguiram um senhor de meia-idade com roupa de instrutor.

Após sua ida, fui até os jardins treinar um feitiço que Flitwick havia passado, mas fui surpreendida por alguém que me puxou pelo braço e que me levou para algum lugar desconhecido. Sabendo quem era não fiz muito esforço, mas torcia para que ele não olhasse para trás. Ainda estava confusa e aquela situação era nova para mim. Entretanto ele parecia decidido, fazendo seu aperto se tornar mais forte.

— Por aqui — disse quando chegamos à biblioteca.

Percebi que estávamos indo em direção a última ala da biblioteca, não havia muitas pessoas que iam lá e me questionei do porquê Malfoy estar me levando para um lugar como aquele. No sentamos na última mesa e ele abriu um livro em minha frente, apontando para um ponto no mesmo. Abaixei os olhos para o livro e li onde ele apontava.

Estava escrito duas palavras, Benjamin Brooke, e o parágrafo acabava justamente nesta linha. Voltei a olhar para Malfoy e pensei que já tivesse visto esse nome em algum lugar, mas primeiro gostaria de saber do que se tratava aquilo. Não iria ajudá-lo em algo desconhecido tão fácil assim. Malfoy percebeu onde eu queria chegar e comentou:

— Quero que descubra quem é ele.

— E qual o significado disso? — perguntei.

— É um segredo, Weasley — respondeu e o senti passar um dedo por minha bochecha.

— Não posso ajudar senão me contar do que se trata isso — rebati, retirando sua mão do meu rosto.

— É algo relacionado a alguém que conheço. Isso é o máximo que precisa saber.

Abaixei os olhos para o livro novamente e li o parágrafo que continha o nome. Falava de um de seus ancestrais, esse havia se tornado grande amigo de Benjamin e foram considerados pela história bruxa os mais ricos da época, o que não se entendia era a origem de toda a riqueza enquanto os dois quando mais jovens não passavam de simples aurores. O termino do parágrafo narrava a morte do ancestral de Malfoy devido a uma doença e da lamentação de Benjamin por um grande amigo.

Quando terminei de ler o parágrafo, arrastei os dedos por ainda algumas páginas e não acreditei que aquilo contava toda a origem dos Malfoys. Porém o livro foi arrancado de mim e o único Malfoy que ainda não estava descrito naquele livro, me fitou.

— Se quiser saber mais, vai ter que jogar para descobrir, Weasley — o ouvi dizer e percebi uma caixa de palitos de chocolate entre seus dedos.

Observei-o por um momento e notei algo que antes não tinha percebido. Aquele livro era o mesmo que Malfoy andava arrastando com ele nos últimos dias. O que gostaria de saber era o porquê de tudo aquilo, mas ele não iria falar tão fácil. Estava tentando me provocar e ironicamente, precisava da minha ajuda.

Suspirei.

— Por que está fazendo isso? — perguntei novamente, por mais nervosa e confusa que eu estivesse.

— Já lhe disse o porquê.

— Não, não disse. Se for assim, então não poderei ajudá-l...

— Se me ajudar, conto o motivo da briga aquele dia.

Olhei para ele, incrédula. Malfoy havia virado de costas para mim e seus ombros pareciam extremamente tensos. A lembrança daquele dia ainda me causava calafrios e contar sobre isso devia lhe causar grande insegurança. Contudo, admitia que gostaria de saber quem lhe fez isso e qual o significado dos hematomas que o garoto parecia sempre carregar. Mas ao contrário do que eu queria, tentei fazer algo por ele.

Dirigi-me até uma estante e trouxe três grandes livros de lá, sabia que estava sendo observada, mas não havia necessidade de responder suas dúvidas. No entanto, não seria tão bondosa ao ponto de me tornar seu anjo da guarda e tive que devolver o veneno.

— Não vá sorrindo tanto Malfoy, você ainda está me devendo e vou cobrá-lo — falei.

Escutei sua risada.

— Do que está rin... — comecei.

Não pude terminar. Havia agora um pocky de chocolate em minha boca e era Malfoy quem segurava a outra ponta. Recordava-me agora daquele jogo e me amaldiçoei por não ter pegado a caixa de palitos quando tive chance. Observando-o morder um pedaço do chocolate entrei em pânico, o que me fez morder o outro pedaço. Vendo o que tinha feito, me arrependi e vi seu sorriso aumentar.

— Se chegar até o final do palito, Weasley — o ouvi dizer — deixo que leia o livro sobre minha família. Mas somente se chegar até o final.

Senti meus batimentos se tornarem rápidos e percebi que eu realmente era uma horrível rata de biblioteca. Seu rosto estava agora a centímetros do meu e se tornava cada vez mais difícil continuar com aquilo. Quando chegou a minha vez, mordi o menor pedaço que conseguir e ouvi Malfoy reclamar.

— Assim não vale.

— Cale-se! — grunhi. — Em primeiro lugar, a culpa é sua por isso está acontecendo.

— Mesmo assim, não estou vendo você soltar o palito — falou e eu me calei.
Irritado, ele mordeu o pocky de chocolate mais uma vez levando consigo uma boa parte do mesmo. Como era vingativo!

— Ei! — reclamei.
Meu rosto provavelmente deveria estar da cor dos meus cabelos, mas não soltei o pocky. Notei que ele estava se divertindo e lembrei-me do dia anterior, o que foi uma péssima ideia já que meu estado deve ter piorado. Porém tinha chegado na sua vez, e fechei os olhos por impulso. Mais da metade do palito já não existe, pensei. Felizmente ele não se mexeu, e algo que eu jamais esperaria aconteceu nesse espaço de tempo.

Crack!

Abrir os olhos instantaneamente. Malfoy havia partido o pocky em dois e havia apenas metade do palito em minha boca enquanto o próprio saboreava a outra metade. Não tive coragem de olhá-lo, mas não consegui ficar sem perguntar:

— Por que quebrou o palito?

— Você não queria isso, não é?

Fiquei calada, mas agradecida. Escutei um barulho sobre a mesa e vi o livro que tanto me chamara atenção nos últimos dias a minha frente.

— Aí está — sorriu. — Não sei se isso vai te fazer ter uma visão pior ou melhor da minha família, mas se quer tanto ler, leia.

— E quanto a Benjamin Brooke?

— Deixo isso com você — respondeu.

— Ok.

~~XXX~~

— Rose, olhe! — chamou Lílian. — O que achou? — perguntou, colocando uma revista na frente do meu rosto onde havia a imagem de um vestido.

— Hum... Bonito, Lílian — respondi sem muito interesse.

Estávamos nos jardins de Hogwarts juntas com James. Seus testes haviam acabado e resolvemos comemorar o bom desempenho do meu primo, mesmo que os resultados só fossem sair durante as férias. No entanto, Lílian parecia um tanto hesitante a ter que dialogar com meu irmão. Dessa maneira, fui escolhida como distração para que ela não tivesse que ficar a sós com Hugo, uma vez que os dois sempre costumavam ficar grudados.

Daqui a uma semana, iríamos voltar para casa. James não viria mais a Hogwarts e seria minha vez de passar por toda a pressão dos N.I.E.Ms, mas não era com isso que estava preocupada.

Naquele ano, várias coisas se tornaram diferentes desde que cheguei a Hogwarts e por algum motivo me sentia incomodada com isso. Alvo e Morgan agora possuíam uma rixa, surpreendendo um grande número de pessoas; Malfoy havia se aproximado de mim me fazendo passar por novas experiências e por último, ainda não acreditava que talvez, o clube de xadrez pudesse ser fechado graças a Elliot Bennett.

Pensando assim, percebi que antes de sair dali e voltar somente algum tempo depois, pudesse resolver alguma coisa de toda essa desordem. Assim Henry Brown surgiu a minha frente. Seu rosto estava inexpressivo e notei que todos haviam parado de conversar ao ver o garoto em minha frente. Não pude deixar de sorrir ao vê-lo ali e minha resposta foi imediata a sua pergunta:

— Podemos conversar?

— Claro.


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Notas finais do capítulo

Para começar, espero que tenham gostado do capítulo.
Finalzinho inesperado, mas é justamente essa a intenção. Agora o que acharam da cena Rose/Scorpius? Gente, tinha visto essa brincadeira do pocky algumas vezes, filmes e animes possuem muito isso, mas nunca pensei em fazer uma cena assim. Então me veio essa ideia e fui na primeira fonte de pesquisa que achei: google u.u
Bom, pesquisei mais para saber o nome do jogo, uma vez que "pocky" é apenas um palito de chocolate de origem japonesa. Entretanto não achei o nome e assim, passei a chamar de pocky mesmo. Foi bem interessante escrever esse capítulo e mesmo sendo o menor que eu escrevi até agora, vai ser de grande utilidade para os próximos.
Agradeço a todos pelos reviews anteriores e até o próximo capítulo.



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