Tyler levou alta já atarde, e tudo esta bem, ou parece bem. Posso não demonstrar, mas me sinto um pouco, quer dizer muito culpada pelo que aconteceu, não quero que aconteça de novo, não posso me dar a esse luxo.

   Avistei Matt saindo do hospital junto com Ty que parecia muito bem. Ninguém jamais diria que tomou um tiro. Eu os esperava no carro, para irmos embora... Sim, eles ainda não sabiam desta parte.

   - Caroline, meu amor estou pronto outra dessas – Tyler disse sorrindo, com cara de brincalhão.

   - Car estive pensando, poderíamos voltar na casa e verificar novamente, perguntar pras pessoas na cidade se reconhece o cara da foto ou até sua e outras informações sobre a casa e aquelas pessoas – Matt argumentava enquanto ele e Tyler entravam no carro – O que acha Car? Tem um hotel aqui perto podemos descansar e fazer isso amanha bem cedo.

   Fiquei calada, pois já havia decidido, íamos SIM embora. Matt me olhou esperando alguma aprovação, mas ele não iria querer ouvir a minha opinião, coloquei o sinto calada e esperei ele fazerem o mesmo.

   - Vamos embora! – disse sem pensar duas vezes.

   - Caroline.

   - Pelo amor de deus Caroline – Tyler interreompeu Matt – Não vamos a lugar nenhum, vamos ficar e resolver tudo isso, eu sabia, sabia que isso aconteceria você iria se sentir culpada e blá, Mas não Car, Não vamos embora. Vamos ficar e chutar alguns traseiros vampirescos porque eu to irado com aquele vampisbichinha, e se você não se lembra eu estou aqui por que quero e você não vai me tirar esse direito.

   - não adianta Tyler, eu já decidi, vamos embora!

   - Concordo com o Tyler, não podemos voltar sem nada, temos que segui em frente, o que aconteceu com Tyler não foi culpa sua e sim culpa da burrice extrema que ele carrega nesse corpo – Disse Matt olhando pra Tyler cujo levantou a sobrancelha e concordou... Até as palavras burrice extrema aparecer.

   - Matt, nós vamos embora agora.

   Todos calaram, liguei o carro e escutei abrindo a porta, Tyler saiu do carro, o que?! Isso não.

   - Tyleeeeer, vamos embora!

   - Daqui eu não saio – ele falou sorrindo e cruzando os braços – quer ir embora? Vá sozinha, eu fico!

   - É, eu também – Matt também saiu do carro, isso só pode ser brincadeira.

   - Tyler e Matt, por favor – implorei.

   - Estou em protesto – disse Tyler virando o rosto.

   - Eles são muitos e muito fortes, não temos chance.

   - Apenas porque temos Matt no time?  Ele pode até ser um pouco, como se diz, totalmente humano, ‘’sem poderes especiais’’, porem ele é um humano espertinho, não que eu não continue o achando inútil – Matt olhou pra Tyler o censurando – Ta parei, isso foi só pra pagar a burrice extrema. Eles podem até serem muitos ou até muito fortes, isso não me intimida nem um pouco, porem temos que ser inteligentes!

   - Concordo Car! – Matt disse – não com boa parte, a inicial, mas, concordo. Podemos ir pelas beradas, sem ganância.

   - Exatamente, só pra constar concordo com tudo que eu disse – ele riu – Serio, não temos que pular direto pro chefão o tal de Demitri, primeiro temos que conhecer o campo inimigo, pra depois atacar.

   Fazia sentido, e realmente vou tentar. Mas, se acontecer de novo me prometo que não vou ficar. Olhei pros dois e me dei por vencida.

   - Tá! E o que fazemos agora? – Já me arrependi.

   - Vamos nos acomodar, comer e descansar para amanha começarmos a procurar – Matt estava realmente feliz em ficar.

   Liguei novamente o carro, e dirigimos rumo ao hotel, rimos, brincamos e falamos bobeiras. Esses momentos eu queria que durasse a eternidade. Avistamos Royal Motel pegamos algumas coisas no bagageiro, como meu lanchinho que trouxe de casa. Entramos e pegamos um quarto com três camas, caramba, seria estranho dividir apenas um quarto com meu ex-namorado e meu melhor amigo. Quando abri a porta 06, era lindo e aconchegante, inesperado por ser um hotel de estrada, Matt escolheu a cama da janela e Tyler a do centro. Ai meu Deus fiquei com a do meio. Todos ficaram calados, um clima estranho no ar, sobraria pra mim é claro.

   - Então quem é o primeiro a tomar banho? – Eu disse na esperança de começar a argumentar caso começassem a discutir, mas não, os dois se olharam e deram de ombros.

   - Tanto faz – Matt disse.

   - Por mim também – disse Tyler.

   - Então vou eu – dei um pulinho, sorri e peguei a toalha. Direcionei-me ao banheiro tranquei a porta e esqueci do mundo.

    Meu medo de abrir aquela porta era de que os dois estivessem se matando. Suspirei, fechei os olhos de uma vez e abri a porta. Surpresa, estavam super interagindo, lógico vendo jogo de Baseball, com garrafas de cerveja na mão. Olharam pra mim e sorriram os dois, sorrisos angelicais lindos e brancos.

   - Vou tomar banho, talvez até lá os Yakes tenha virado o jogo – Matt levantou e se dirigiu ao banheiro.

   - Vai sonhando Matt, os Lakers sempre ganham. – Ele pegou a toalha e jogou pra Matt num gesto surpreendentemente amigável.

   - Valeu cara – agradecido Matt foi pro banheiro.

   Ele tomou banho, depois Tyler, pediram o jantar e enquanto comiam eu tomei meu jantar  “meu suquinho’’”.

   Logo em seguida fomos deitar, o dia foi grande e cansativo. Já estávamos deitados, tudo escuro. Eu estava aliviada, estava tudo bem com Tyler, e entre ele e Matt.

   - Ei Car! – Me chamou Tyler.

   - O que foi Tyler?

    - Se tiver com medo, ou quiser companhia é só pular pra minha cama, cabe nos dois aqui, ok? – disse ele rindo.

   - Cala a boca Tyler, vai dormir!

   Amanheceu Tyler e Matt já estavam de pé e prontos para sairmos, olhei no relógio, já eram 11:25. Eu dormir muito, não é possível.

   - Boa Tarde, Bela adormecia!

   - Tyler! – sorri pra ele me espreguiçando.

   - Bom dia Car, Vamos levantando. Temos muito pra fazer.

   - Com certeza Matt – sorri pra ele.

   Levantei arrumei um vestido floral, leve, pois iríamos andar muito. Encontrei-os no saguão do hotel, tinha ido comer.

   - Preparados?

   - Sempre! – respondeu Tyler

   Matt apenas fez que sim com a cabeça,

   Então fomos para o centro da cidade com a foto da minha mãe e de Demitri na mão.

   Entramos em tudo que se chamasse bar, hotel, lojas e sempre ouvíamos a mesma coisa:

   - Não, não conheço.

   - Moça, olhe bem a foto é importante.

   - não, não conheço.

   Estávamos exaustos demais para continuar, sentamos os três na praça central da cidade. Eu olhava decepcionada s fotos em minha mão quando uma brisa forte as tiraram da minha mão.

   - Ops voou!

   - O que Car? – Os dois perguntaram.

   - A Foto – respondi me levantando para ir atrás da foto. Ela voou poucos metros, vi uma menininha se abaixou para pega-la. Cheguei bem perto e quando ela levantou me assustei. Era uma menina meiga, porém medonha. Vestia um vestido mais parecido com um pijama, branco, todo sujo de terra. Tinha os cabelos loiros e levemente encaracolados, mal cuidados. Ela era pálida e de semblante medonho.

   Ela me entregou a foto e eu agradeci.

   - Moça – me chamou – Porque você tem uma foto do meu tio Dimitri?