Sweet Danger escrita por Hellen Keller, Mel Borges


Capítulo 7
Capítulo 7 - Mais confusa e decidida que nunca


Notas iniciais do capítulo

Dez seculos depois estou aqui. Espero que não tenham me abandonado!



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   - Moça – me chamou – Porque você tem uma foto do meu tio Dimitri?

   Fiquei sem fala e sem raciocínio. Senti Matt e Tyler se aproximarem de mim. Olhei pra eles e expliquei:    - Ela disse que o moço da foto é tio dela.    Eles ficaram tão sem reação quanto eu. Matt pegou a fotos da minha mão, abaixou para fica da altura da menina.    - Mocinha, qual o seu nome?    Ela balançou a cabeça: - Não posso dizer!    - Por quê?    - Porque não! – disse ela balançando a cabeça novamente.    - Tudo bem!  Você conhece essa mulher? – perguntou Matt mostrando-lhe a foto de minha mãe.     Ela fez que sim com a cabeça e eu me abaixei pra falar com ela.    - É muito importante pra mim, muito mesmo, queria muito que me dissesse onde a viu.    Ela balançou a cabeça: não!    - Por favor! – pedi    Ela fez a mesma coisa.    - Estão te incomodando Anne? – alguém chegou numa velocidade sobrenatural atrás da menina. Eu levantei meus olhos para ver quem era e tomei um susto. Era ninguém menos que Demitri Fleton.     Levantei-me ainda chocada, é ele, tenho certeza. O mesmo cara da foto e que eu vi no enterro da minha mãe. Meu cérebro congelou. Eu não conseguia dizer nada, e dizer o que?

   Ele carinhosamente se abaixou e pegou a menina no colo com grande facilidade. Ele a abraçou.

   - Ninguém vai te fazer nenhum mal meu amor, não se preocupe. - Foi o que ele disse a menina. Só depois é que olhou pra nós.

   - Tyler Lookeod, Caroline Forbes, Matt Donovan. È um prazer conhecê oficialmente, sou Demitri Fleton.

   - Como nós conhece? - perguntei.

   - Não seria eu a perguntar por que tens uma foto minha?

   - De onde conhece minha mãe? - perguntei novamente ao invés de responder.

   Ele sorriu. O sorriso mais misterioso que já vi. Quem é Damon e seus sorrisos perto daquilo.

   Antes que ele pudesse responder, uma figura se aproximou de nós numa velocidade vampiresca e se colocou do lado de Demitri e olhou pra nós.

   - São eles.  - só então vi quem era, Era o tal de Nicolas alguma coisa, o loiro que encontramos naquela casa mal assombrada.

   - Fiquei sabendo da desavença de vocês, não é todo dia que Nicolas deixa meus convidados escaparem assim.

  - Essa... Essa idiota... - começou dizer dando um passo até mim. - Quem pensa que é pra me atingir com verbana...

   Tyler e Matt no mesmo momento se aproximaram mais de mim e deram um passo na frente, prontos a me defender de qualquer coisa, mas, não foi preciso. Demitri levantou o braço impedindo que Nicolas fosse até mim.

   - Calminha Nicolas... Tudo tem seu tempo.

   - Caroline... As respostas pra tudo que procura está onde menos espera!

   - Ótimo... Agora ele fala em enigmas - disse Tyler 

   - Representa algum perigo a nós Demitri? - perguntei

   - Acreditará no que eu responder?

   - Claro que não! - foi Tyler que respondeu.

   - Sendo assim, de que adianta minha resposta.

   - Eu só quero entender o que aconteceu com a minha mãe. - disse

   - Pouco posso ajuda-la, mas, entendo o quão doloroso é a perda de alguém que amamos, por isso, farei o que for possível. Venham comigo e lhes direi o que eu puder.

   - Porque devemos segui-lo? Quem garante que não irá nos matar? - perguntou Matt

   - Eu garanto - disse Demitri

   - E porque acha que confiaremos em você? - desta vez foi Tyler quem perguntou.

   - Porque a duvida mata. Querem tanto saber quem eu sou e o que sei que não importa o risco que isso apresente vocês virão comigo. A mente, tanto humana quanto a vampira e as demais são falhas e imperfeitas.

   - Ahhh Mas não iremos mesmo. - disse Matt

   Só então resolvi me pronunciar:

   - Eu irei com você - disse. Matt e Tyler olharam super surpresos para mim, enquanto Demitri sorriu confiante.

   - Car? O que ta fazendo? - perguntou Tyler.

   Olhei pra ele e tentei sorri. 

   - Não importa o quão idiota e arriscada pareça essa atitude, eu jurei fazer alguma coisa e se esse é um passo, não importa.

   - Então eu vou com você - disse ele sorrindo e pegando minhas mãos.

   - Você sabe perfeitamente o que eu acho, mas, se quiser ir, a decisão é sua. - cansei de tentar protegê-lo, tudo que faço é arrumar encrenca com eles e os machucar, a partir de agora, se querem ir, vou agradecê-los.

    Tyler fez que sim com a cabeça, olhei pra Matt ele também fez que sim. Então, olhei pra Demitri e disse: - Então vamos!

   Ele se virou e começou a andar com a menina em seu colo e Nicolas a seu lado, nós apenas fomos atrás deles.

   Ele nos guiou até o fim da praça onde tinha um carro, um Audi TT preto pra ser exato. Pelo que tudo indica a maior preocupação com certeza não é não chamar atenção, não com um carro desses.

   Demitri abriu a porta de trás pra nós, enquanto Nicolas entrava a frente do lado do passageiro. Nós entramos, Demitri deu a volta e entrou no lado do motorista, colocou a menina que estava quase adormecida no colo de Nicolas.

   Eu não conseguia ver o caminho que fazíamos devido aos vidros extremamente escuros, mas, não demorou muito para que parássemos. Demitri desceu e abriu a porta pra nós, só então vi onde estávamos, e o cumulo da ironia é que estávamos naquela casa assombrada.

   Ele foi caminhando até a porta, se é que aquela entrada podia ser chamada de porta, e nós fomos em silencio atrás dele. Ele entrou num quartinho embaixo da escada, esses que parecem deposito de bagunça. E de fato era, só havia cadeiras velhas e quebradas. Ele foi num canto do quartinho, se abaixou e puxou uma corda que estava no chão. No mesmo instante a parede se mexeu, ela se abriu como se abre um portão, e pude ver somente um túnel escuro. Demitri começou a entrar e ascenderam as luzes.

   Era um túnel antigo, parecia ter sido feito há muito tempo, devia ter uns 10 metros indo reto, logo em seguida tinha uma escada em espiral que descia. Enquanto fazíamos o caminho ficávamos em silencio. Ao descer as escadas vi outro túnel só que desta vez este era mais cumprido, havia portas nas laterais e no final era possível ver uma enorme porta de madeira rústica.

   Pouco antes de chegarmos à porta Demitri parou, pediu que esperássemos um segundo. Pegou a menina no colo de Nicolas e abriu a porta a direita. O pouco que vi do interior do cômodo é que era um quarto rosa, bem decorado e bonito. Ele rapidamente saiu. Fiquei com muita vontade de perguntar algo sobre a menina, muito estranho o carinho com que ele e o outro a tratam, mas, contive minha curiosidade e não falei nada. Continuamos andando até a porta ele a abriu. Era uma sala enorme toda em azulejos brancos bem limpos, tinha uma mesa da mesma madeira rústica que era feita a porta bem no meio da sala, devia possuir em médio umas 20 cadeiras em volta dela. No enorme salão possuía moveis pequenos e bem planejados, como escrivaninhas, prateleiras, cadeiras. Possui vários quadros de muito bom gosto e ao fundo da sala uma enorme estante com muitos livros, bem mais que eu poderia contar.

   Ele caminhou até a ponta da mesa e se sentou na cadeira que lá estava Nicolas somente ficou em pé um pouco atrás dele.

   - Sentem-se. - pediu mostrando-nos as cadeiras - E vamos conversar.

   Então sentamos Tyler, Eu e Matt.

   - O que quer saber Caroline? - me perguntou ele.

   - De onde conhece a minha mãe?

   - Primeiramente... O quanto conhece sua mãe Caroline? - me perguntou ele meio duvidoso

   - Não entendi a pergunta... - disse confusa

   - O quão sabe das recentes atividades de sua mãe?

   Eu não estava entendendo nada, e ele percebeu.

   - Eu não sei vem a seus conhecimentos, mas, sua mãe não era exatamente o estilo de... Mãe exemplar.

   - O que esta dizendo? - perguntei - Como pode ofender minha mãe?

   - Pelo que vejo você não sabe é nada. Vou começar do inicio. Eu sou Demitri Henri Fleton, tenho 415 anos, sim sou um vampiro. Esse local foi construído na guerra pra proteger os grandes políticos, mas, não foi terminado a tempo: a guerra terminou e esse lugar foi esquecido. Vivo aqui a mais ou menos 80 anos, no mundo lá em cima sou um negociante de peças raras como quadros e relíquias. Este é Nicolas Cristoffer Mongroff, eu o transformei 116 anos atrás e desde então é um grande amigo. Quanto à garota: não vem ao caso.  Conheci sua mãe alguns meses atrás quando ela veio até mim buscando uma pedra muito rara, ela não era uma compradora qualquer, ela sabia de alguma forma quem eu era...

   - O que ela queria? - perguntei depressa.

   - Uma pedra muito rara, conhecida como Vermilian Diamonds. 

   - Sou adepta de diamantes e pedras preciosas, mas desta... Nunca ouvi falar. - disse

   - Entendo, não e uma pedra que nenhum humano tenha conhecimento, sua mãe só a conhece porque descobriu através de outro vampiro, mas, não vem ao caso. Essa pedra não é uma relíquia qualquer, ela tem no mínimo 700 anos e foi criada por uma das bruxas originais, ou seja, é uma pedra mágica, pra entenderem a selenita, pedra que da força a transformação dos lobisomens é uma ramificação distante desta pedra. Toda pedra mágica que se tem conhecimento tem parentesco com essa.

   - E qual o seu poder? - perguntei apressada.

   - Ela tem o poder de destruir uma geração inteira, seja ela de lobisomens, vampiros ou qualquer ser sobrenatural.

   - Porque minha mãe iria querer um objeto como esse? - perguntei muito confusa.

   - Não é obvio? - ele perguntou - ou ela te odiava ou queria te proteger. Creio que irá preferir acreditar na segunda opção.

   - Proteger de quem?

   - Blake - ele riu ao pronunciar - entenderá o motivo da risada. Seu nome é Flinis Jason, ele é conhecido por ser o maior caçador de seres sobrenaturais. Por isso se autonomeia: Blake*. Não creio que ele tinha interesse em você, mas, acho que sua mãe queria se precaver.

   - Será que foi ele quem a matou? - perguntei com um misto de confusão e irritação.

   - Não creio - disse ele - Blake tem assuntos mais importantes, ele vive numa eterna caçada por Klaus Mikaelson, o primeiro vampiro, o original. Não creio que ele se preocuparia com sua mãe, desde que...

   - Desde que... - o incentivei a continuar

   - Desde que ela não estivesse perto de achar.

   - Mas, se ela estivesse perto - comecei um raciocínio - Seria bom pra ele não? Era somente ele roubar a pedra dela... - então parei, e percebi, pode ter sido isso a causa da morte da minha mãe.

   - Não creio que seja ele, Sua mãe não estava nem perto da pedra, fora que estive na cena do crime, muito sangue, não faz o estilo de Blake e tive informação que ele está em Londres.

   - Como sabe que ela não estava perto? - desta vez foi Tyler que perguntou.

   - Eu sou um...  Intermediário. Como informante de localizações e etc... Tinha participação nos lucros, ou seja, na pedra.

   Meu sangue ferveu, me levantei da cadeira.

   - Então é isso. Você queria a pedra pra se proteger e usou minha mãe como peão, a usou para achar a pedra, fazer todo o trabalho sujo. Seu...

   Tyler se levantou e me puxou para que eu virasse e o olhasse.

   - Car...car... calma. 

   - Esse... Esse... Como pode - comecei a tremer e a chorar ao lembrar de minha mãe.

   Tyler me puxou e me abraçou. Eu não conseguia me acalmar, só conseguia chorar. Tyler ficou me abraçando algum tempo, até que consegui me controlar. Sentei-me e olhei pra Demitri.

   - Eu a quero, a pedra a quero. Onde esta? - pedi determinada.

 

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Notas finais do capítulo

Agora a aventura começa! Reviews não matam e me fazem tão bem...



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