Shifts escrita por jéssica r


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

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✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ OH MY GOD, IT'S SNOWING IN SHIFTS, merry xmas everyone ♥ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺



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Glimmer

Ele me puxou pelo braço. Se Marvel achava que só por ser o quarterback iria me tratar dessa forma ele estava errado. Já fazia um tempo que guardávamos tudo aquilo da bobinha, mas eu já esta cheia.

– ESTÁ FICANDO MALUCA GLIMMER? FUMOU UMA DROGA? – Ele gritou.

– EM PRIMEIRO LUGAR, ABAIXA O TOM COMIGO. E SEGUNDO, VOCÊ SABE QUE JÁ PAREI MIMADO.

– NÃO ME PARECE. E NÃO ME CHAME ASSIM, NEM DE MARVY.

– EU CHAMO QUEM EU QUISER E COMO QUISER, ENTENDEU?

– Não, não entendi – Se aproximando Marvel sussurrou – você nunca muda, não é drogadinha?

– Para.

Ninguém me chama assim á tempos. Não aguento mais ouvir essa palavra. E se isso acontece, eu explodo. Marvel sabe disso e de meu fraco. Então por que estava fazendo aquilo? Cutucando a ferida, será que mereço tanto?

Me controlo ao máximo. Não queria chorar, não na frente de Marvel pelo menos. Não faço nada com ele, apenas me acalmo e vejo Cato correndo.

– Merda – Marvel murmura e corre até o amigo.

Não os sigo, sabia que aquilo acabaria em encrenca e por hoje já bastava.

Caminho até meu armário e nesse meio tempo o sinal toca. Tinha Física agora, com o professor Beetee e suas contas maçantes.

Quando chego em meu armário vejo um velho agachado e limpando o chão. O pano em suas mãos estava vermelho. Droga, era o sangue de Mark. Só podia ser.

Pego meus livros no armário e corro até a sala. Não foi nada legal ver as pessoas me encarando. Tento me controlar ao máximo porque sei como sou, sempre explodo fácil.

Na sala um grupos de garotas cochicham em minha direção. Era mais fácil falar na cara, não?

“Até acho que ela apanhou.”

“Bem feito, aquela vagaba!”

Uma loira oxigenada murmurou. Ai passou dos limites, ela iria ver. Só larguei seu cabelo quando Beetee nos separou e seu rabo de cavalo estava cheio de nós. Vagaba é sua mãe!

Sento-me afastada de todos. Já estava cheia da plateia. Beetee começou a aula meio nervoso. Talvez porque deveria nos mandar a direção, mas ele não era daquilo. Alguns minutos se passam e ele volta com a chata Física.

Entre as vidraças encaro a lado de fora. Está chovendo e parece meio frio. O dia está triste, como eu. É difícil me ver assim, porém Mark e Marvel e Cato o surrando não saia da cabeça.

Pelas vidraças encaro o lado de fora. O dia está triste como eu. Está chovendo e me parece frio. É meio difícil me ver assim, mas Mark e os garotos o surrando não saem de minha cabeça.

Porém, pensei melhor. Por que estava preocupada com Mark? Foi tudo á força e o quão longe ele iria? Tentei parar de pensar, mas aquilo me frustrava. Os garotos acham o que, que sou só uma bonequinha inflável?

Tá não sou a santa, mas não merecem isso. Ou mereço? Eu pelo menos não acho. Não depois do que passei, do que superei, do que mudei. As pessoas só deviam me seguir, tornar exemplo talvez.

Largo o transe e escuto um baque. A sala estava em silêncio então o barulho não vinha dali. Olho para fora e lá estavam os dois. Clove e Marvel que jogavam pedrinhas na janela.

Encharcados os dois gritavam para que eu descesse. Eu ri da cena e mande que se acalmassem. Devia passar por Beetee e ai descer.

– Professor Beetee – Ergo a mão e pergunto – poço ir ao banheiro. Coisa de mulher, sabe?

– Vá Glimmer, mas rápido.

– Tá e obrigada.

Me compreendendo Beetee acena a cabeça. Até que para um velho, ele é ligeiro. Geralmente professores antigos não são assim. São só chatos e velhos.

Corro rápido até o estacionamento tentando não fazer barulho. Os encontro no carro de Marvel e me sento no lado de trás. O que eles tramavam? Alguém podia me contar, por favor?

– Eai falso casal. O que rola?

– “O que rola” Glimmer, é que nós vamos atrás do Cato – A caipira fala antipática.

– É. Basicamente isso – Marvel concorda.

– E vocês querem que eu vá junto? É isso? Partiu então.

Marvel me dá meio sorriso e parte o carro. Nós dois já sabíamos onde Cato estava, ou pelo menos tínhamos ideia. Já Clove, apenas fazia cara de confusa mas não se pronunciara o caminho inteiro.

– Ô garota, tas esperando o que mesmo? – Grito a Clove desligada quando chegamos. Ela ia se mexer não ou nunca?

– E ... e ... eu ... entrar ... a ... ai? N ... un ... nunca – Gaguejou.

– Ah você vai sim. Com chuva, sem, mas você vai. E você vai trazer o único garoto que gosta de você até aqui. Depois de seu pai e Marvel, mas não conta muito.

– EI – Marvel protesta.

– Ok desculpa. Agora você pode ir, por favor?

– Tá.

– Vai garota, vai minha filha.

Clove sai do carro e pulo até seu lugar. Ela estava apavorada e não era pouco. Acho que muito até era pouco, se você entende.

Sentia pena de Clove, mas já estava enjoada de entrar ali. Sempre que Cato tinha recaídas ele ia até ali. Marvel e eu o buscavamos e posso até lembrar da primeira vez, onde sentíamos tanto medo quanto Clove.

– QUAL É O NÚMERO? – Ela gritou já encharcada.

– 708 CLOVE! – Marvel a responde gritando. Clove acena com a cabeça e sai correndo protegendo o corpo da chuva.

– Ela consegue?

– Sim, sim. Ela consegue com certeza.

– E se ela não conseguir Glimmer? Quer dizer, ele é o Cato, mas é o nosso melhor amigo.

Marvel me parecia desesperado. Até algum tempo atrás eu não conhecia esse seu lado sensível. Mas sabe, sensível de uma forma boa. De uma forma que ninguém era. Ele realmente ligava para nós.

– Ei Marvel, olha para mim – E peguei sua mão – ela vai conseguir. Eu prometo.

– Tá.

Igual criança, Marvel enxugou as lágrimas. Cato era importante para ele, para todos nós. Deitei minha cabeça em seu colo. Ele se ajeitou na cadeira e logo mexeu em meu cabelo.

– Sério, tens que para com essas promessas.

– Elas são minhas ou suas garoto? Eita mimadinho chato.

– Tá, desculpa se só quero seu melhor. E bem que a gente poderia parar com esses apelidos. Marvy, coisa mais gay.

– O meu? Está falando sério?

– Sim, o seu. Já o meu é passado.

– Uhum. É isso que a sua psicóloga fala toda terça? Porque não é isso que vejo.

– Não sei do que você está falando – Falo já sentindo minha garganta secar.

– Drogas, meias, madrugadas, apenas você. Isso não te refresca a cabeça Glimmer?

– Não.

– Você não pode se esconder para sempre Glimmer, não de mim. Achei que as garotas gostavam de desabafar.

– Com outras, não com você.

– Gays não são como garotas? – Sorrio e Marvel também. Como ele fazia aquilo?

Suas mãos alisam minhas pernas. Qual estranho acharia que ele queria algo, porém eu sei exatamente o que era. Não era por sexo, nem por gana, e só por minha proteção.

Porém, fecho meus olhos. Não conseguiria encarar aquilo, não retroceder meses sofridos de tentativas. Tentativas que quando eu abrisse os olhos não seriam mais apenas fantasmas, mas sim vida real.

Respirei fundo até que senti lágrimas em minhas bochechas e então desisti. Devia encarar. Eu era Glimmer, a garota que em menos de dois anos dominou uma escola ou aquela criança fraca, sem ninguém?

Quando abri os olhos, já molhados o suficiente vi a mão de Marvel esticada. Ele estava certo, eu devia parar com as promessas, já que só ali quebrei milhares. Os cigarros estavam sob a palma da mão de Marvel.

Eu sempre os guardava ali, dentro de meus calçados. Quando eu estava estressada os fumava as escondidas. Não eram um nem dois, eram todos de uma vez só de uma forma rápida e impecável. Minha mãe, meus amigos, todos me ajudaram e alertaram. Eu fiz minhas promessas, mas á três meses já as quebrava.

Tentei trancar as lágrimas, porém foi inútil. Me sentei ao colo de Marvel e apertada pus a cabeça em seu peito. Ele ainda encarava suas mãos, mas não havia um pingo de raiva em seu rosto. Ele não era como todos, não me julgava. Ao contrário, cada vez mais queria me entender.

– Queres sair daqui? Sabe, meus pais estão no trabalho e não tem ninguém em casa.

– Uhum.

– E a Clove se vira, olha até parou de chover.

Balançando a cabeça, saio do colo de Marvel. Que se danassem Cato, Clove, colégio, mundo. Eu estava com problemas e queria um pouco de atenção. Então se era Marvel que me daria, tudo bem.

Algum tempo depois estávamos estacionados em seu jardim, logo quando limpei meus olhos já estávamos eu seu quarto. Ele não mudara muito, continuava bonito e bagunçado, mas era o que lembrava da infância. Até tinha o gravador.

– E as fitas? Onde estão? – Perguntei ainda soluçando.

– Ali atrás. Todas.

– Até a ... – Não precisei ir até o final, quando vi Marvel já a estendia para mim.

Uns quatro anos atrás, nós gravamos a primeira fita cassete. Marvel ganhara o tocador da família e nós fomos logo criar a fita. Eu tinha dez, Marvel também e Cato onze anos. Nós não éramos estranhos, ou viciados, ou ignorantes, ou chorávamos por causa de mortos.

Coloquei a fita e ela começou a tocar. As músicas eram animadas, bem do jeito que criança de onze anos escuta. Elas eram tão familiares que me bateu uma vontade maluca de dançar.

– Anda Marvel – Eu o puxei até o meio do quarto.

Marvel segurou minha cintura e eu seu pescoço. Coloquei minha cabeça em seu peito e pude ouvir seu coração. Ele estava nervoso, talvez por estar preocupado com tantas coisas e não consegui não me sentir um pouco culpada por isso.

Nós balançamos por um tempo. Foi quieto, mas foi bom. Se você já fez isso alguma vez, sabe do que estou falando. É tão diferente de qualquer coisa. Tão quieto e simples, mas te passa tanta segurança.

– As próximas são suas – Ele falou quando o tocador fez um barulho.

E realmente eram. Eram músicas de natal, pelo menos a maioria das quais me lembrava. “Merry Christmas Darling”, “Santa Claus is Coming To Town”, “Christmas Wrapping”, “Santa Baby”, “Do They Know For Christmas”, “All I Want For Christmas Is You”, “Jingle Bell Rock” e por fim “The Frist Noel”.

– Você gostava mesmo de músicas de Natal – Marvel falou quando as músicas terminaram.

– É.

– Quer que eu coloque de novo?

– Uhum – Murmurei.

Marvel foi até sua escrivaninha e ligou o tocador de novo. As músicas começaram a tocar e ele foi até a janela. Pela fresta da cortina olhou o lado de fora. A chuva já havia parado e a água escorria pela vidraça.

Alguns raios de sol batiam no rosto de Marvel e o iluminava de uma forma bonita. Eu nunca o tinha notado, na verdade eu nem prestava muita atenção nele. Ele sempre fora meu amigos e nunca pensei em algo além.

Tirando aquela vez com Cato, nós três não pensamos em nada. Mas seria bom ter alguém que amo ao meu lado, principalmente alguém que me conhecia. E Marvel prometera, não especificamente, mas me prometera ajudar.

– Tudo bem Glimmer? – Ele falou virando pra mim.

– É acho que sim.

– Olha você quer comer? Já passou do meio dia. E você também deixou suas coisas na escola não foi? Tem que ir buscar. Tudo bem eu levo você de carro. – Falou checando o relógio no pulso.

– Marvel por que você nunca ...

– Nunca o que Glimmer?

– Sabe, nunca se aproximou?

– Como assim? Nós somos amigos a um tempão lembra?

– Sim, mas você sabe – Falei olhando para meu corpo – sabe.

– Nem força Glimmer. Anda vamos comer.

– Marvel espera – Falei pegando em sua mão.

– Hum?

– Nem agradecer eu posso? Cadê seus modos?

– Tudo bem, mas rápido estou cheio de fome.

Foi ai que inclinei meus pés e o beijei. Pude sentir Marvel estufar o peito e murmurar algumas coisas, mas não desisti. Ele cedeu e pude sentir sua mão em meu pescoço. Marvel se encostou na porta e a trancou.

Sorri com o movimento porque nós estávamos sozinhos e aquilo não era necessário. Prendi minhas pernas em seu quadril e com firmeza ele me segurou. Os beijos voltaram e me segurei em seu pescoço. Pude sentir Marvel sorrir e sorri também.

Ele me botou em sua cama e beijou seu pescoço. Seus beijos eram doces e tão suaves que eu poderia ficar o dia inteiro assim, só naquilo. Com os olhos fechados toquei em sua barriga e puxei sua blusa. Quando abri os olhos ele já a tirava.

– Você quer transar? – O perguntei quando beijava meu peito.

– E você quer?

Nenhum garoto antes dele nunca havia me perguntado nada, apenas faziam e quando eu via já havia “me usado”. Marvel não era assim, ele me respeitava e depois de tantos anos foi ali que notei o quanto ele já havia feito por mim.

Toquei sua barriga e o encarei. Onde aquele Marvel estava escondido à tanto tempo? O encarando não consegui não deixar escapar um sorriso. Ele sorriu de volta e sussurrei um “sim”.

Pus uma de minhas mãos em sua bochecha e Marvel a acariciou com o rosto. Ele a beijou a palma da mão e depois eu a soltei. Ele soltou os sapatos e eu fiz o mesmo. Nós nos arrastamos até a ponta da cama entre os beijos.

Pude sentir Marvel acariciar meu quadril. Ele era bom naquilo. Uma hora quando beijava minha barriga, olhou para cima e soltamos uma gargalhada. Talvez por que algum tempo atrás estávamos brincando em um jardim e não daquela forma.

Marvel acariciou sorrindo meu rosto e deslizou a outra mão até a minha mão. Ele entrelaçou seus dedos nos meus, e por Deus, aquela era a melhor parte. Com Marvel foi melhor do que com qualquer outro, eu prometo para você.

Clove

– CATO! CATO! CATO! ALGUÉM, POR FAVOR! – Eu gritava encharcada no meio daquele lugar horroroso.

Marvel e Glimmer haviam me deixado apenas na entrada, com três números e uma chuva horrenda. Eu já estava caminhando perdida já fazia duas horas. Minha roupa estava toda molhada, o vento não cessava e eu estava com muito frio.

Com os braços cerrados na barriga eu corria contra o vendo. Parecia que quanto mais eu corria, mais longe eu já estava do número 708. Eu estava cansada, não tinha companhia nenhuma e ainda morria de fome.

Não almocei por causa do incidente com Glimmer e também não tomara café porque estava atrasada. Minha barriga estava roncando, mas eu lutava para continuar a caminhar.

Quando minhas pernas já estavam bambas o suficiente e eu não me aguentava mais em pé, cai ao meio da lama. Eu chorava muito e só queria um pouco de ajuda. A chuva caia cada vez mais forte junto das minhas lágrimas.

Meu cabelo estava totalmente ensebado de água e era a única coisa que me “aquecia”, já que não podia mais contar com minhas roupas. Eu tentei gritas mais um pouco, mas minha voz também sumira.

Olhei para frente e parecia ver uma luz. Uma garotinha pulava com as mãos dadas com uma mulher que segurava um guarda-chuva. A garotinha era pequenina, mas pulava com suas botas de chuva nas poças. A mãe apenas sorria.

Gritei para as duas, mas nenhuma reação. Quando as olhei melhor entre meus fios de cabelo notei que elas nunca me ouviriam. Eram eu e minha mãe, caminhando e pulando poças em Ohio.

“Eu estou ficando louca” pensei comigo mesma enquanto balançava a cabeça. Elas nunca sumiam, mas se afastavam. Eu gritei mais uma vez e “mamãe” se virou. Ela apontou para um lado e virou para o mesmo.

Eu criei forças não sei de onde e cambaleando as segui. Não sei onde me levavam, mas tropeçando eu continuava a sua estreita. Os números das lapides iam diminuindo, 2278, 1159 e depois de algum tempo de caminhada avistei 708.

Cato estava lá e desesperada eu corri até ele. Tropecei em algo e cai perto dele. Ele dormia com a cabeça encostada na lapide e estava todo encharcado.

Tirei o capuz de sua cabeça e quando beijei desesperada sua testa ele estava em chamas. Peguei meu telefone no bolso de meu suéter e disquei o número de Marvel. Ele não atendia e a febre de Cato parecia aumentar a cada instante.

– Alô? – Marvel falou na linha.

– Marvel, pelo amor de Deus ... eu ... é o Cato ... Marvel ...

– Respira Clove, fala devagar!

É o Cato, Marvel. Eu achei ele, mas ele não está bem. Não acorda de jeito nenhum. Marvel pelo amor de Deus chama alguém. Uma ambulância.

– É o Cato – Ele falou com alguém fora da linha – A Clove achou ele e ela disse que ele não está bem.

– Tá Clove eu vou ligar para o meu pai. Não sai daí, não deixa ele sozinho. A Glimmer tá ligando para o hospital onde meu pai trabalha, não sai daí de jeito nenhum – E desligou o telefone.

Fiquei encarando Cato por um bom tempo. Eu chorava muito e sempre que eu o tocava ele parecia não se mexer cada vez mais. Eu pedi para meu pai, eu pedi para minha mãe, eu pedi para Deus e para qualquer um que pudesse trazer ele de volta para mim.

– Cato se você estiver ai – Falei a procura de alguma reação – O Marvel já esta vindo com ajuda. Mas você tem que se ajudar, você tem que aguentar. Por mim tudo bem? Por nós. Aguenta.

E peguei em sua mão com força o suficiente para nunca mais soltá-la, nunca mais.


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Notas finais do capítulo

~xoranu só isso tenho a dizer. não gosto de ver meus bbs tristes :(
E FELIZ NATAL, FELIZ ANO NOVO, FELIZ 32ºc NA RUA, FELIZ NEVE ✺
Sou, respiro, amo natal então esse foi meu presente pra vcs (capítulo maior pros meus lerdinhos) ♥
As dúvidas tirem com reviews e dps voltem para a resposta né pfvr
Beijos de feliz ano novo, façam mandingas, usem branco, pulem ondinhas e feliz natal atrasado ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ ✺ (uhul mais neve)
p.s (leiam o p.s tbm, rejeição é falta de respeito, kd o de vocês?) ISSO AQUI N É FIFTY SHADES OF GREY, ONDE A PUTARIA ROLA E A MUIÉ NEM DESCREVE. EU VOU DESCREVER DPS OKAY PERVERTIDOS?
(ó eu xingando os pervertidos, como se eu não fosse)
(ó eu xingando 50 tons de cinza, como se eu fosse muito famosa e fodas pra xingar qualquer um tsc tsc)