Saranghea escrita por meganallard, k-popfanclub


Capítulo 3
Primeira noite em Seul


Notas iniciais do capítulo

YAAAAAY! Mais um capítulo ^^ Espero que gostem! :P Se encontrarem algum erro, já sabem: Favor avisar por review! hehehe
Ah e, não sei se conseguirei postar domingo que vem também, mas farei o máximo possível!
Beijos da tia Meg!



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Ao contrário de como você provavelmente imagina que deveria ser um encontro com o pop star Rain, ele me levou para a cidade e nós passeamos pelas ruas, enquanto ele me mostrava e me contava sobre a história de lugares incríveis. Depois, fomos jantar em um daqueles restaurantes pequenos, simples e bem tradicionais de centro da cidade. Ji-Hoon me fez provar um monte de coisas que eu jamais provaria caso estivesse sozinha, mas ele estava tão empolgado em me mostrar toda a sua cultura, que eu não tive coragem de negar. E até confesso que era bem melhor do que eu esperava que fosse!


Para terminar a noite encantadora, Bi disse que queria me levar a um lugar especial. Chegando lá, pude reconhecer o rio Cheonggyecheon, que estava absolutamente lindo, com todas as suas luzes acesas, um músico se apresentando e algumas outras pessoas passeando pelo local. Era muito mais incrível do que eu jamais havia pensado que fosse! E ficava ainda mais perfeito ao lado de Ji-Hoon, que agora tinha suas duas mãos em minha cintura, enquanto me guiava até algum banco mais reservado.


– Preciso dizer que já vim aqui várias e várias vezes. Acho esse lugar incrível, desde a sua reforma.


– É realmente lindo – eu ainda sorria encantada com o lugar.


Senti o olhar dele sobre mim e virei meu rosto para encará-lo, mesmo que um pouco tímida. Rain sorriu. Sim, aquele sorriso! E foi neste momento que eu decidi desviar o olhar.


– Espero que esteja gostando de Seul! – ele decidiu começar uma conversa.


– Eu estou! Aqui é lindo! E você está sendo um ótimo guia turístico. – Agora eu já o encarava novamente, um pouco mais corajosa, sorrindo.


– Está sendo um prazer! – sorriu. – Aliás, quanto tempo vocês ficarão aqui?


– Ainda temos quatro semanas! O que, ao meu ver, é até pouco para aprender sobre uma cultura tão diferente e incrível assim... – gesticulei apontando para as pessoas que passeavam logo mais a frente. Ele ainda me observava, fixo.


– Hm... Não sei se JaeBam chegou a comentar com vocês mas, eu estou deixando o exército. Acredito que posso encontrar tempo para ajudá-las!


Voltei novamente o meu rosto para ele, animada. Ele estava realmente sendo muito atencioso!


– Imagina! Você deve ter muito trabalho para colocar em ordem e... – Contrariei por educação, torcendo para que ele não me escutasse e dissesse que não havia problemas. Não só porque eu o queria ver de novo (claro, uma grande parte era por esse motivo), mas seria realmente difícil conseguir aprender sobre anos de uma história, em 4 semanas, e ainda com uma equipe inteirinha de ocidentais. Eu era provavelmente a que mais sabia sobre a Coréia! E era, aliás, por este motivo que estava ali.


– Não tente negar! Já está decidido. Eu faço questão de ajudá-las! Será um prazer enorme, e, aliás, já faz um bom tempo que não trabalho tão de perto com moda.


– Não sei como te agradecer... – disse, com sinceridade.


– Eu tenho uma ideia! Que tal aceitando repetir disso mais vezes? Fazia tempo que não me divertia assim, com uma boa companhia. - sugeriu, brincando com aquele sorriso torturante nos lábios.


E eu quase suspirei. Era muito difícil conseguir controlar todas emoções que ele me causava. Dessa vez, consegui disfarçar (ou não) com uma risada tímida.


– Justo! Parece que temos um acordo. – fingi um ar sério, estendendo a minha mão direita para ele. Ele a apertou, em um cumprimento, e então nós dois rimos.


– Já te falei bastante sobre a minha história hoje. Porque não mudamos um pouco e você me fala sobre a sua?


– Hm... – respondi pensativa, imaginando qual dentre as mil coisas sobre mim eu deveria citar primeiro. Não pretendia assustá-lo já no primeiro encontro! Talvez não seria muito bom revelar algumas coisas... – Certo. Por onde devo começar?


– Você é britânica?


Eu ri alto com a pergunta. Não que nunca tivessem me perguntado isso antes! Aliás, justamente porque me perguntavam isso com bastante frequência, que eu ri. Ainda não tinha me acostumado com isso. Mas, claro, meu inglês é perceptivelmente não-britânico. E também tem o fato de que eu nem se quer me pareço com uma britânica. Nem na aparência e menos ainda quando se trata de jeitos e manias. Ele ainda me encarava curioso, talvez se perguntando se tinha feito algo errado, então decidi explicar.


– Não. É tão óbvio assim? – perguntei já sabendo o que esperar como resposta.


– Bom, não... É que, dá para perceber que você é diferente.


– Diferente? - sim, eu queria saber até onde ele chegaria. Ele riu.


– É, diferente. Bom, você sabe, no jeito e... Na aparência.


– Certo! Vamos ver se você é bom com isso, então. De onde acha que eu sou?


– Hm... E ganho algum prêmio caso acerte? - perguntou, sorrindo brincalhão.


– Ok! Vamos tornar isso interessante: Você tem direito a quatro perguntas, que eu só posso responder com sim ou não, e três chances. Caso acerte, eu deixo você escolher o prêmio. – disse com um falso ar sério, entrando na brincadeira.


– Fechado! – piscou para mim – Européia?


– Não. – balancei a cabeça negativamente.


– De alguma parte da América?


– Sim!


– Inglês é sua língua nativa?


Eu ri, sabendo que ele estava chegando perto.


– Não!


Ele sorriu.


– Espanhol?


– Também não! Droga, essa foi fácil... – Ele ria divertido.


– Brasileira?! - tinha um certo tom surpreso em sua voz, o que me deixou curiosa.


– É. Surpreso?


– Um pouco... Não tinha pensado nessa opção, para ser sincero. Mas faz bastante sentido!


– E quais eram suas primeiras opções?


– Americana, – ele disse primeiro, me fazendo torcer o nariz. – porque seu inglês não é totalmente britânico. E as outras eram algo como espanhola, mexicana ou italiana...


– E isso eu imagino que seja por causa do meu nome.


– Também! Mas eu reparei que você fala algumas palavras em espanhol de vez em quando, então pensei que essa pudesse ser a sua primeira língua. E italiana, não sei! Foi algo que passou pela minha cabeça. - Eu ri.


– Ah, sim! É apenas uma mania... Espanhol foi a segunda língua que eu aprendi, embora não fale mais tão bem. E eu tenho descendência espanhola e italiana, talvez isso explique algo.


– Ah! Sabia! – ele brincou.


– Certo, você ganhou. O que quer como prêmio?


– Hm... Ainda estou pensando nisso. Quando descobrir, eu te falo. – respondeu sorridente, estendendo seu braço e me oferecendo sua mão. – Vamos?


– Para onde agora? – perguntei, segurando sua mão enquanto ele levantava e me guiava para algum lugar.


– Você verá! Enquanto isso... Me fale mais! Você ainda mora no Brasil?


Enquanto caminhávamos, Ji-Hoon me fez contar sobre uma boa parte da minha vida, sobre como eu havia aprendido coreano - o que me obrigou a contar sobre a minha grande paixão pelo kpop e, consecutivamente, por seu trabalho. Mas posso dizer que ele ficou ainda mais feliz por saber disso! Ele era realmente muito fofo, educado e completamente encantador! Depois de algum tempo caminhando, pude reconhecer o lugar para o qual ele me levava. A famosa ponte Banpo. Não consegui conter a minha alegria por isso, afinal, aquele era um lugar que sempre quis conhecer.


OMG! Não acredito que finalmente estou vendo isso de perto! – disse extasiada, enquanto me desvencilhava de sua mão e andava apressada, quase saltitando, em direção à beira do rio, em um local bem próximo à ponte, que jorrava água iluminada por luzes coloridas.


Ele riu com a cena e logo me alcançou, se colocando atrás de mim e segurando em minha cintura.


– Isso é lindo! – disse, enquanto era invadida por uma loucura momentânea, causada pela sensação mágica que dominava o local.


Resolvi escalar o corrimão de segurança na intenção de subir nele, o que fez Bi se assustar. Certo, provavelmente ele não estava acostumado com pessoas suicidas. Não que eu quisesse me matar! Claro que não! Na verdade, eu quase sempre me deixo levar pelas sensações do momento e também não costumo pensar em quão louca uma atitude possa parecer. Posso dizer até que não costumo pensar muito antes de tomar alguma atitude...


– Dany... – ele falou, preocupado, tentando entender o que acontecia.


Eu apenas ri e pedi para que ele me ajudasse, antes de me apoiar em seu ombro e finalmente conseguir me equilibrar em cima do lugar.


Wow!


Agora era ele quem ria, enquanto me dava apoio com seus braços, segurando uma de minhas mãos e minha cintura.


– Tenho quase certeza de que isso é proibido, sabia?


– Tudo bem! Eu tenho o embaixador honorário Jung Ji-Hoon para me ajudar. também ri.


Ficamos assim por mais um tempo, até que eu decidi descer e ele me ajudou. Sentei ainda no corrimão, dessa vez virada para ele, que mantinha um de seus braços enlaçados em minha cintura. Com a mão livre, Bi colocou uma mecha do meu cabelo para trás de minha orelha e pousou seu polegar delicadamente em minha bochecha, acariciando-a e me fazendo fechar os olhos, apreciando aquela deliciosa sensação. Aquilo era diferente de tudo que já havia sentido. Eu gostava de sua companhia, me sentia segura com ela, mas, ao mesmo tempo, me sentia livre. Como se eu pudesse fazer tudo o que quisesse, por mais insano que fosse, pois ele estaria ali para me apoiar.


Sua voz rouca soou de repente, muito mais próxima do que eu imaginava, me despertando dos devaneios.


– Acho que já decidi meu prêmio...



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