Saranghea escrita por meganallard, k-popfanclub


Capítulo 2
O embaixador honorário Jung Ji-Hoon


Notas iniciais do capítulo

Bom, chegou a hora de postar mais um capítulo, não? :P Agora sim isso começa a ficar interessante, hehe. Espero que gostem!
Beijos da tia Meg.



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Acordei com o barulho do despertador, indicando que já estava na hora de me arrumar e ir para o café da manhã, encontrar o restante da equipe. No primeiro dia em Seul, nós visitaríamos o exército e entrevistaríamos alguns contatos. Estava um pouco frio, então decidi colocar a minha bota peludinha favorita, por cima de uma meia calça preta, e cobrir o shorts jeans e a blusa de manga comprida básica com um lenço rosa choque e um casaco Chanel preto.

Depois de tomar meu costumeiro café da manhã com direito a muita glicose, acompanhada do resto da equipe e de Jazzie, nos dirigimos então até a base principal do exército. O local ficava um pouco isolado da cidade e, apesar de não muito grande, era muito bonito! Perguntando a alguns dos jovens com quem cruzávamos no caminho, acabamos conseguindo chegar até o chefe da base, com quem a equipe havia mantido o contato e marcado as entrevistas.

O senhor Park JaeBam foi muito simpático e estava não só respondendo atenciosamente a todas as perguntas e explicando muito bem a história, como também arrumando várias outras fontes importantes. Em um dos momentos em que ele conversava comigo e com Jazzie, enquanto a equipe entrevistava um jovem cadete, acabei desviando a minha atenção para os rapazes conversando um pouco atrás de JaeBam.

Haviam três homens fardados conversando em coreano e a uma velocidade que eu não conseguia acompanhar, mas o que me chamara a atenção porém, não havia sido a conversa e sim um dos três homens. Bi Rain estava a alguns metros de distância de mim, completamente acessível e, o melhor e mais inacreditável de tudo, era que ele também me encarava. Sua atenção já havia saído daquela conversa a algum tempo, praticamente ao mesmo que eu ou talvez até um pouco antes.

Nós dois ficamos ali, trocando olhares durante algum tempo, até que ele resolveu se despedir dos outros dois com quem conversava e... "ELE TÁ VINDO PRA CÁ?" Eu me desesperei mentalmente com a cena que assistia, pensando em mil hipóteses por segundo para tentar descobrir como deveria agir a cada uma delas. Então, enquanto ainda surtava internamente, ele se aproximou e cutucou Park JaeBam, com aquele sorriso encantador em seu rosto.

JaeBam, assim que o viu, sorriu e o apresentou como o "embaixador honorário Jung Ji-Hoon", dizendo que ele assumiria como o nosso assistente a partir dali, já que ele tinha algumas coisas para resolver. Ainda comentou que não precisávamos nos preocupar, pois estaríamos em ótimas mãos (braços, tórax, abdômen, pernas, coxas, e... Melhor parar por aqui, né?) e poderíamos contar totalmente com Ji-Hoon. E eu só queria surtar, gritar, me jogar no chão, agarrá-lo e fugir dali para qualquer lugar bem longe da civilização.

Ele passou o resto do dia me torturando com aquele mesmo sorriso, sendo extremamente prestativo e atencioso. E Jazzie, que já havia notado nossas trocas de olhares e sorrisos intensas, me atormentava para que tomasse uma atitude. Sério, o que ela imaginava que eu iria fazer? Arrastá-lo para o banheiro e rasgar todas nossas roupas? E ela ainda respondeu que sim, quando lhe fiz essa pergunta! (Ok, a gente abafa o detalhe de que era exatamente isso que eu queria fazer, mas ainda tinha sanidade o suficiente em mim para que isso não acontecesse).

Quando chegou a hora de irmos embora e eu fui me despedir de Ji-Hoon, que fez questão de nos acompanhar até a vã da equipe, ficamos nos encarando, até que um dos dois tomasse alguma atitude. E quem o fez primeiro, foi ele, que me reverenciou e disse, ainda sorridente, "annyeonghi gaseyo" - o que, em sua cultura, era uma despedida educada. Já eu, que resolvi agir conforme mandava o meu surto de coragem momentâneo, me aproximei, abraçando Rain, e depositei um beijo - que para mim foi o mais rápido do século - em seu rosto. Ele sorriu com a minha atitude e, para a minha alegria, resolveu prolongar um pouco mais a despedida, devolvendo o beijo, que veio acompanhado de um "no problem" em meu ouvido, como resposta ao "thank you" que eu havia lhe falado.

Eu não queria ter que sair dos seus braços jamais, mas precisava ir embora e a equipe inteira já me esperava dentro da vã, apenas Jazzie ainda estava do lado de fora, nos observando. Me virei para deixá-lo e dei alguns passos, porém parei no meio do caminho quando lembrei do papel que Jazzie havia me feito escrever durante o dia, com o meu número e um "Me ligue!". Procurei o recado em minha bolsa e voltei até Ji-Hoon, que me olhou, confuso. Coloquei o pedaço de papel amassado em sua mão e disse:

"Estou hospedada no Hilton e... Eu aceito jantar mais tarde!"

Antes que você pergunte: Não, eu não tenho a mínima idéia do que deu em mim! Mas acho que eu não poderia suportar ter que viver com a dor de ter encontrado o homem da minha vida, passado tanto tempo com ele e, no final, me despedido com um beijo no rosto e só. Mesmo porque, nós havíamos passado a tarde inteira trocando olhares e, pelo menos na minha terra, isso significa muito mais do que apenas educação né, vamos combinar.

Para a infelicidade do meu psiquiatra, Rain pegou o papel, sorriu e disse:

"Te encontro lá as 9!"

É. Isso aí. Nem foi uma pergunta!

Quando eu retornei a nossa vã, não pude deixar de rir com a expressão que Jazzie fazia. Mais um pouco e ela teria aberto uma cratera no chão, com o próprio queixo. Como já era de se imaginar, ela não me largou nem por um segundo depois disso. Me fez repetir tudo o que nós dissemos um milhão de vezes e ainda fez questão de se enfiar no meu quarto antes mesmo que eu pudesse entrar nele. Ela ficou lá comigo até que eu saísse novamente, para encontrar o Ji-Hoon, que me aguardava no saguão principal.

***

Assim que me viu, ele abriu o seu famoso e encantador sorriso, fazendo com que os meus pés criassem vida própria até o local onde ele estava, já que eu tinha certeza que não conseguia mais enviar comando algum à eles. Bi estava absolutamente adorável, com uma roupa bem casual. Daquele tipo que você nunca imaginaria que um famoso fosse usar para um jantar romântico! “Ainda bem que não segui os conselhos daquela maluca e não apareci vestida como a rainha da Inglaterra”, pensei, assim que lembrei de como Jazzie queria que eu fosse e achava que ele estaria.

Me aproximei e ele me ofereceu a sua mão, de novo, se reverenciando (preciso dizer o quanto isso era fofo e me dava vontade de agarrá-lo?). Eu apenas sorri, meio (completamente) desconcertada (vai me dizer que você não estaria?), e entreguei minha mão à dele. Ele me levou até o seu carro - que ele mesmo estava dirigindo e eu deveria ter tirado uma foto disso para mostrar a Jazzie mais tarde - e abriu a porta para que eu entrasse, todo galanteador.



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