Quando ele percebeu que eu estava ali, parou. Olhou-me por alguns segundos, e foi se dirigindo até a árvore. Começou correndo, mas quando foi se aproximando foi parando a corrida e continuou andando. Sou rosto parecia preocupado, mas estava tentando esconder isso. Sem sucesso.

–Oi Jen. Como você esta?

–Oi Robert, vou bem, e você? –falei tentando esconder tudo que havia acontecido lá em casa.

– Vou bem, até. Escuta, você não viu meu irmãozinho por aqui não? – sua voz estava falhando, ele era muito ruim em esconder isso.

– Não, não o vi. Mas por quê? O que aconteceu? – só faltava isso, aquele era um dia ruim.

– Eu estava com ele quando estava fazendo as entregas do armazém, perto daqui, mas quando me dei conta, ele havia sumido.

– Então eu vou procurá-lo com você está bem? – precisava sair, e também estava preocupada, o irmãozinho do Robert, Harry, só tinha 5 anos, era muito pequeno.

– Sim, claro. Quanto mais gente pra ajudar melhor. Vamos ir pelo bosque aqui perto. Você conhece melhor a região por aqui, então não vai ter perigo de nos perdemos.

–Ok, vamos. – disse me dirigindo ao bosque o mais rápido possível. Robert veio atrás apressado. Apesar de que na escola ele parecer o cara que não liga pra nada. Ele parecia bem assustado.

Estávamos quase passando da cerca quando vi Margaret mordendo alguma coisa. Ela tinha o costume de comer tudo o que vê pela frente. Fui até ver o que ela estava mastigando e vi que era algo brilhante. Deixei Robert ir à frente para arrancar aquela coisa dela, ela com certeza iria engolir aquilo. Quando tirei aquele objeto vi que era um anel, muito bonito, prata, com uma pedra violeta no meio. Dentro estava escrito : “Titanium” e então o coloquei no dedo. Havia servido muito bem, como se fosse feito especialmente para meu dedo. Estava perdido por ai, não sabia de quem era, então fiquei com ele. Se encontrasse o dono, devolveria.

Voltei para onde Robert estava e entramos no bosque. O bosque estava escuro, com um ar de mistério, e uma brisa fria soprando. Fomos seguindo, fiquei feliz por ter levado comigo meu arco, caso alguma coisa aparecesse do nada, poderia me defender. As árvores pareciam maiores, imponentes, estava tudo diferente, e o bosque era um lugar que eu mais ia. Como mudou de um dia para o outro?

Chegamos numa árvore bem no meio do caminho. Nunca tinha reparado nela, parecia que ela nunca estivera lá. Ficamos parados, olhando para ela como bobos, quando Robert me cutucou:

– Ei, aquele é o sapato do meu irmão! Eu tenho certeza!!! Ele deve ter subido essa árvore então!

Antes de pensarmos qualquer coisa, dois vultos apareceram na nossa frente, nos fazendo cair no chão...