My Last Memory!NewYork escrita por Porcelain


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Demorei demais, né? Desculpem ;__;
Obrigado à minha beta lindíssima MareMichiyo ♥
O capítulo ficou grandinho e bastante emocionante. Recomendo que leiam com calma e tentando imaginar a cena, ok? Pobre Lola...
Que tal irmos pro capítulo, agora? Boa leitura! o/



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A garota loira caminhou até as duas Maids, que já se preparavam para ir embora. Luisa revirou os olhos.

— Se você está procurando um cabaré, saiba que é ali naquela esquina e...

— Não, eu só queria avisar uma coisa. – Mitsuki deu ênfase à palavra “avisar”, olhando fixamente nos olhos castanhos de Lola.

— Pode avisar aí mesmo, não precisa se aproximar tanto. – Luisa se direcionou à frente de Lola, como se estivesse protegendo a mesma.

— Calada, projeto de arco-íris falhado. – Ela disse. Luisa deu uma risadinha de deboche. Lola olhava com medo para Mitsuki. Ainda se lembrava do dia em que a loira apontou uma arma para sua cabeça. – Lolinha, eu vim aqui para acertarmos umas contas.

— Contas? O Joseph saiu, que tal você sentar e esperar ele vol... – Luisa não pode terminar de falar, e Mitsuki deu uma rasteira na mesma, fazendo-a cair no chão. A loira se levantou do chão e posicionou seu pé na barriga de Luisa.

— Para de gracinhas se não quiser ser a próxima. – Ela pigarreou. Lola olhava para ela assustada.

— Você tá louca se vai achar que vou deixar você encostar um dedo na Lola. – Luisa se levantou e retirou o chicote de seu bolso, dado uma chicotada com força no chão fazendo um barulho ecoar por todo o Maid Café.

— Não briguem! Aqui não é o lugar certo pra isso! – Lola intervia.

— Ah, cala a boca. – Mitsuki empurrou Lola violentamente, fazendo-a cair no chão de costas e dar um pequeno gemido.

— NÃO FAÇA ISSO! – Luisa chicoteou as costas de Mitsuki com força, fazendo um grande estalo chegar aos ouvidos das três. Mitsuki caiu de joelhos no chão e mordeu os lábios, tentando controlar a dor.

— Vadia. – Então a loira se levantou e empurrou Luisa por cima de uma mesa, puxando seus cabelos coloridos com força, enquanto a morena dava fortes tapas em seu rosto.

— PAREM COM ISSO! – Lola gritava, se levantado do chão. – PAREM!

Não adiantava. O rosto de Mitsuki estava vermelho, assim como o de Luisa. Os estalos de tapas eram os únicos sons altos o suficiente para se ouvir da outra rua. Luisa então flexionou seus joelhos e chutou a barriga de Mitsuki com força, fazendo-a bater as costas em uma mesa e cair no chão, junto com a mesa.

— Ninguém nunca me bate no rosto. – Luisa disse, tirando uma mecha de cabelo na frente de seus olhos.

— Quer saber? Cansei de brincar. – A loira puxou uma faca de dentro do decote de seu vestido, segurando no cabo fortemente. Luisa ofegou, pulando de cima da mesa e se distanciando um pouco de Mitsuki.

— O impressionante é que você sempre encontra um lugar pra guardar essas facas imundas. – A morena disse.

— É, verdade. Acho que agora vou guardar essa faca dentro da sua cabeça. O cérebro nem deve ocupar tanto espaço assim. – E então Mitsuki avançou sobre Luisa, caindo por cima da mesma. A garota de cabelos coloridos segurava o pulso de Mitsuki, que se esforçava ao máximo para lhe dar uma facada.

— PAREM! POR FAVOR, PAREM! – Lola gritou, empurrando Mitsuki e fazendo-a sair de cima de Luisa, que se levantou rapidamente.

— SUA LOUCA, VÁ EMBORA DAQUI! – Luisa gritou, chutando Mitsuki. A loira puxou-a pelo pé e fincou a faca em sua coxa, com força. Luisa deu um grito agudo e sentiu seu corpo inteiro se contorcer. O sorriso de Mitsuki era arrepiante e insano. A morena caiu no chão ao mesmo tempo em que a loira se levantou e retirou a faca.

— POR QUE FEZ ISSO? – Lola se ajoelhou perto de Luisa, que chorava de dor. O corte profundo de sua coxa estava sangrando em uma grande velocidade, fazendo o líquido vermelho escorrer por toda a perna da garota.

— Calada. Agora você vai sentir o sabor do meu veneno. – Mitsuki disse, dando um tapa no rosto de Lola forte o suficiente para derrubá-la. Lola gemeu de dor.

— SUA PUTA, NÃO FAÇA ISSO! – Luisa puxou Mitsuki pelo braço. A loira, por sua vez, deu um leve golpe na nuca de Luisa fazendo-a ficar inconsciente e tombar para o lado, sua coxa sangrando mais e mais.

— Por que você está fazendo isso? Nós nunca fizemos nenhum mal a você... – Lola murmurou, com suas lágrimas escorrendo por sua face.

— Não venha bancar a coitadinha. – Mitsuki disse, ajoelhando-se na frente de Lola e apertando o pescoço da morena fortemente. Seu semblante era sério, e seus olhos heterocromáticos praticamente devoravam o corpo da garota. Não dava para explicar o prazer de Mitsuki ao contemplar o olhar de pânico de Lola, que estava se preparando para gritar. – Prometo que não vou demorar, é só você colaborar.

— ME LARGA! – Lola fincou suas unhas no braço de Mitsuki com força, praticamente rasgando o braço da loira. A maior largou o pescoço da morena e recolheu seu braço, que começara a sangrar.

— Não posso ser boazinha com você agora, desgraçada. – Então pegou um copo que estava em cima da mesa. O copo possuía uma espécie de suco congelado e triturado no liquidificador, ou simplesmente uma raspadinha. Novamente, retirou um pequeno pacote de papel de dentro de seu decote e abriu-o, despejando um pouco de sal grosso dentro do copo. Chacoalhou-o até perceber que o sal havia se misturado com os pedaços de gelo. – Você vai se arrepender amargamente disso.

A loira, então, despejou com força a raspadinha no rosto de Lola, jogando o copo no chão e pisando em cima do mesmo. Lola pousou suas mãos em seu rosto e começou a gritar e chorar, caída no chão. A morena podia sentir seus olhos serem queimados. Segundos depois, Joseph abriu as portas de vidro e se deparou com Luisa desmaiada e com a perna ensanguentada, e com Lola chorando escandalosamente e se contorcendo no chão, com as mãos no rosto. Também não pode deixar de reparar em uma loira usando um vestido vermelho justo e curto, segurando uma faca ensanguentada com um sorriso de psicopata.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Ele gritou, ajoelhando-se ao lado de Lola. – QUEM É VOCÊ? O QUE FEZ COM ELAS?

— Eu só fiz o que elas mereciam. – E então Mitsuki saiu do Maid Café, ainda segurando a faca que pingava sangue por todo o percurso. Joseph retirou o celular do bolso e discou um número bem rápido.

— A-Alô? Eu preciso de duas ambulâncias, urgente.

´

— Senhor Colferstreet? – Uma enfermeira entrou no quarto do hospital. Guii acordou, estava cochilando levemente. Já estava com grandes olheiras, de tanto em que insistia se manter acordado para receber a notícia mais importante do dia.

— Sim? – Ele coçou os olhos, sentando na cama. A enfermeira se aproximou do garoto com um pequeno sorriso no rosto.

— Você levou alta, já pode ir pra casa.

Guii deu de ombros.

— Até que enfim. Eu estava esperando por isso. – Ele disse, se levantando da cama. A mulher sorriu constrangida.

— Enfim, a pessoa responsável por você deixou essas roupas para você usar até chegar em casa. Quer que liguemos para a – A mulher checou a prancheta rapidamente – “Sophie” para vir te buscar ou prefere que peçamos um táxi para te levar pra casa?

— Um táxi, ela deve estar ocupada agora. – O garoto ia acrescentar “bebendo chás” no final da frase, mas preferiu se calar. Ele observou as roupas no braço da enfermeira e não pode deixar de sussurrar um “que porra é essa” quando notou que havia um enorme moletom preto, uma calça jeans escura e uma bota laranja que o garoto raramente usava.

Obviamente o moletom era de Gee. E obviamente ele devia ter tirado-o no hospital mesmo, na hora em que pediram uma roupa para a hora do paciente receber alta. Provavelmente Sophie estava muito ocupada para ir a casa apenas para pegar uma calça jeans e a primeira bota que visse pela frente.

Guii suspirou e foi até o banheiro, retirando a espécie de “avental com aberturas laterais” em que usara desde que chegou ao hospital, tirando-a apenas para tomar banho. Puxou o moletom e vestiu-o sentindo o repugnante cheio de suor que estava impregnado nele. Vestiu sua calça e logo após calçou as botas, tomando o máximo de cuidado com o pé que ainda estava se recuperando.

— Por favor, me acompanhe até a saída. – Disse a enfermeira, assim que o garoto saiu do banheiro. A mulher pegou sua prancheta e começou a lê-la. – O médico me deixou instruções para que eu te informasse como você deve cuidar do pé para ter uma recuperação plena.

Guii revirou os olhos.

— Não tome muito sol, o pé poderá se ressecar rapidamente. E passe muito creme para mantê-lo hidratado. Não use calçados por muito tempo, a pele danificada precisa de bastante ar.

O garoto foi ignorando a mesma até chegar na porta do hospital, onde um táxi esperava-os. Antes de sair, Guii recebeu todos os seus documentos e os raios-X que foram precisos tirar.

— Aonde vai? – O motorista perguntou, assim que Guii entrou.

— Upper West Side, no Residential Soft Nights. – O garoto disse, adorando pronunciar as palavras com um sotaque britânico. O motorista lançou um olhar impressionado pelo retrovisor, na qual Guii fingiu não ter notado. Alguns minutos depois, o mesmo parou na frente de um extenso condomínio que era rodeado por um portão dourado, e havia diversos e enormes prédios brancos por detrás do mesmo. Antes de descer do táxi, Guii pagou o motorista com alguns dólares que tinha escondido justamente naquela calça, e suspirou aliviado vendo que havia sobrado um pouco do dinheiro.

— ADIVINHEM QUEM VOLTOU! – O garoto disse, abrindo a porta do apartamento e abrindo os braços o máximo que podia para chamar atenção.

— Ah, é só você. – Meiko fitou Guii e voltou sua atenção ao livro que lia.

— Como assim, “é só você”? Não sentiram minha falta? – Ele se apoiou no braço do sofá com olhos pidões, exatamente como faz quando pede chocolate para algum desconhecido.

— Claro que sentimos. – Meiko disse sarcástica, com um meio sorriso que com certeza segurava uma risada. O garoto então percebeu que Lucky e Gee jogavam videogame.

— Gee, você poderia me explicar por que deixou esse moletom fedido no hospital para EU vestir? – Ele disse, se colocando na frente da TV, obrigando aos dois pausarem o jogo. Lucky suspirou e Gee revirou os olhos. O mesmo estava usando apenas uma bermuda, enquanto Lucky usava uma bermuda e uma regata branca.

— Quando a moça pediu umas roupas pra você usar, eu dei meu moletom por que eu não queria que a Sophie fosse pra casa por pouca coisa. – Ele disse, passando a mão no cabelo.

— Mas ela teve que ir mesmo assim, pra buscar a calça e a bota. – Guii disse, irritado. Gee deu de ombros. – E por que esse troço fede tanto?

— Eu uso esse “troço” pra fazer caminhada com a Meiko, de manhã. – Gee disse impaciente. – Pode sair da frente agora? Eu estava quase destruindo a nave zumbi do Lucky.

Guii se envergonhou, sentindo que Gee percebeu um tom de esnobismo em sua voz. Mas o garoto não era esnobe, esse era apenas o seu jeito.

— Não estava não! – O garoto se pronunciou. Guii foi até o seu quarto e se deparou com Fluffy dormindo em cima de sua jaqueta. O gato abriu os olhos lentamente, exibindo a cor mais púrpura que poderia existir. Levantou-se e saltou até os braços de Guii.

— Pelo menos alguém sentiu minha falta. – O garoto ironizou, acariciando o gato preto. Andou até a cozinha, onde Sophie, Pierre (ainda com o braço quebrado) e Gegaito jantavam.

— Guii! Finalmente você saiu daquele hospital! – A morena se levantou e correu em direção do garoto, abraçando-o.

— Talvez agora você aprenda a não entrar em labirintos com loiras que parecem ser simpáticas. – Pierre disse, enquanto comia pedaços de seu bife fatiados por Sophie, já que o maior não conseguiria com o braço quebrado. Guii revirou os olhos, assim como Gegaito que entendeu como uma indireta.

— Ok, mudando de assunto, – Guii foi até o armário e de lá retirou cinco tabletes de chocolates por trás de uma parede falsa, recolocando-a novamente para esconder os outros chocolates que sobraram. – Como tá indo o musical da Broadway?

Pierre largou o talher que segurava e começou a mastigar sua carne silenciosamente, com a expressão pensativa.

— Não sei, acho que vou cancelar. Não vou encontrar alguém que consiga decorar as falas e saiba cantar pra substituir a Mitsuki. – O maior disse, com um tom um pouco desapontado. Guii e Sophie se sentaram rapidamente, com os olhos esbugalhados.

— VOCÊ NÃO PODE CANCELAR! – Os dois disseram em uníssono.

— Você deu duro pra montar todo o roteiro e escolher os atores! Além de escrever as músicas... Tudo! – Guii disse praticamente desesperado. – Sem falar no duro que EU dei pra fazer aquelas roupas! Não é tão fácil assim tirar medidas, fazer moldes e costurar praticamente a noite toda!

— E o que você me sugere, garoto-do-moletom-suado? – O moreno perguntou com sarcasmo, fitando o garoto de olhos verdes com irritação.

— Eu fico no lugar dela. – Sophie disse, levantando o dedo. Meiko se aproximou da cozinha e retirou uma tigela do armário, enchendo-a de rámen e se sentando à mesa. Tirou dois hashis do bolso e começou a comer.

— Você sabe cantar? E você vai querer fazer o papel de uma vilã? – Meiko perguntou, tentando disfarçar o tom de sarcasmo enquanto arqueava uma das sobrancelhas sem retirar os olhos de seu macarrão.

— Não canto assim tão bem, mas... – Sophie corou. – Quando eu era pequena, minha avó me enchia de cursos para me manter ocupada. Eu fiz... – A garota olhou para cima e começou a contar nos dedos –... Aulas de balé, aulas de canto, aulas de piano, aulas de francês, aulas de italiano, aulas de etiqueta e aulas de literatura, já que ela queria que eu fosse uma dama “culta”. Sem falar que eu tinha aulas com um professor particular, e sempre tinha que tirar nota máxima em todas as matérias.

Todos fitaram Sophie incrédulos.

— Enfim. – Pierre disse, quebrando o silêncio. – Você vai precisar fazer uma audição, claro. Eu já ia apelar em colocar o Guii com uma peruca e um vestido para atuar no lugar da Mitsuki.

— Mas era isso que ele queria. – Meiko assoprou seu macarrão e abocanhou-o. Guii deu um tapa de leve nos braços da garota.

— E o seu livro, Gegaito? – Sophie perguntou, pegando sua salada com um garfo. – Como está indo?

— Está na fase de edição e correção. E ainda estão providenciando capas, em que irão escolher a melhor e a que mais combinar com o contexto. – O loiro respondeu, levantando-se da mesa e empurrando sua cadeira. – Mas não deve demorar muito.

— Não se esqueça de que eu quero um exemplar. – Guii disse, erguendo um dedo. Gegaito assentiu e foi até a sala.

— Ele deve ser tão desocupado que gastou maior parte do tempo pra escrever um livro que provavelmente só o Guii irá ler. – Meiko disse com desdém. Sophie deu de ombros, quando o telefone tocou.

— Eu atendo. – A garota se levantou e tirou o telefone do gancho, levando-o até sua orelha. – Alô? Sim, eu mesma. O-O quê? EU... EU JÁ ESTOU INDO.

— O que foi? – Pierre perguntou, levantando-se da mesa aparentemente preocupado.

— A Lola... – Sophie estava em pânico. – Ela está no hospital.

´

O tráfego de Nova York aumentava cada vez mais. Havia quilômetros e quilômetros de carros enfileirados e as buzinas ensurdecedoras poderiam enlouquecer qualquer desavisado que passasse por perto daquela avenida. Mas os carros não eram obstáculos nenhum para Meiko. A garota acelerava sua moto, enquanto Pierre se segurava na garupa. A morena ziguezagueava por entre os carros em uma grande velocidade. Não muito atrás, Gegaito dirigia seu carro, eventualmente observando a expressão de medo estampada no rosto de Sophie, que sentava no banco do passageiro. Gee estava no banco de trás, com uma inquietude aflorando em seu peito. Sua vontade era de arrancar o teto do carro e correr até o hospital, sem se importar se estaria longe demais. O garoto loiro fitou o GPS, procurando algum atalho, já que seria completamente irracional ir em direção à avenida congestionada.

Meiko parou sua moto em frente ao hospital, descendo de cima da mesma, junto com Pierre. Os dois praticamente correram até a recepção.

— ONDE ESTÁ A LOLA? – Pierre gritou.

— Se acalme, senhor... Como é o nome int...

— LOLA AIZAWA. ONDE ELA ESTÁ? – O maior bateu as mãos no balcão, com força. Meiko puxou-o pelo braço, antes que o mesmo fosse capaz de agredir a recepcionista.

— Q-Quarto 204. – A recepcionista disse, com um pouco de medo. Pierre correu pelo corredor, e Meiko seguia-o. Abriu a porta com violência, e observou Lola acordar lentamente.

A morena se sentou na cama, e abriu seu olho esquerdo. Seu olho direito estava coberto por uma atadura, e se podia notar que o outro olho da garota tremia.

— Que bom que vocês vieram... Eu estou com medo. – Lola disse. Meiko se aproximou da garota sentindo seus olhos se enxerem de lágrimas. Segurou a mão dela suavemente.

— Eu prometo que nada vai acontecer com você. – Ela sussurrou, tentando esboçar um sorriso no rosto.

Pierre bufava e sentia seu coração disparar.

— QUEM FEZ ISSO COM VOCÊ?

— A Mitsuki... Ela também deu uma facada na Sádica-chan, e eu espero que ela se recupere logo... – Lola se virou para o lado e fitou Luisa, que ainda estava desacordada em cima de sua cama, que era ao lado da de Lola. Pierre não disse nada, apenas saiu do quarto com raiva. Meiko fitou Lola por uma última vez e foi atrás do maior. No corredor, encontrou Sophie, junto com Gee e Gegaito. As duas se entreolharam, e Sophie sentiu uma agonia quando notou que Meiko estava quase chorando.

A morena entrou no quarto, e fitou Lola. Como uma pancada, Sophie se lembrou da boneca de porcelana que era parecida com Lola, na loja de Mitsuki. Ela também estava com uma atadura exatamente no mesmo olho, seu olho descoberto era num tom idêntico ao de Lola e seus cabelos curtos possuíam o mesmo volume e brilho. Aquilo deixou Sophie completamente desamparada.

— Sophie-chan, você veio... – Lola sorriu tristemente. Um pequeno sorriso que podia destruir o coração da pessoa mais fria que pudesse existir. Sophie sentiu seu mundo desabar quando viu Lola naquele estado. Ela estava incrédula, e seus olhos já estavam transbordando das lágrimas que pingavam sem parar no chão.

— Lola... – Gee puxou Sophie para um abraço, passando seus braços pelo pequeno corpo da garota. Sophie afundou seu rosto no ombro de Gee e apertava com força suas costas. Ela soluçava e fungava diversas vezes. – Por que fazem isso? POR QUÊ? O QUE NÓS FIZEMOS DE ERRADO?

Lola fitava os dois, sentindo um nó em sua garganta. Gee acariciava os cabelos da Sophie, sem dizer uma palavra, mas olhava preocupado para Lola rapidamente.

— Que mundo injusto. EU TENHO... EU TENHO NOJO DESSAS PESSOAS. – Sophie gritava.

— Calma, Sophie-chan! Eu estou bem! Não chora, por favor... – Lola balbuciou, querendo chorar também. Sophie soltou o corpo de Gee e secou suas lágrimas com um lencinho que tinha dentro de sua bolsa. Aproximou-se da garota, com as mãos trêmulas. Acariciou o rosto de Lola suavemente.

— Você vai ficar bem. Eu não vou deixar que nada de mal aconteça com você. – Sophie murmurava, fitando o olho castanho de Lola que estava descoberto. Lola sentia um conforto indescritível quando fitava os olhos azuis turquesas de Sophie, pareciam que eles podiam absorver qualquer tipo de medo e angústia que lhe perturbavam. O olho de Lola tentava se fechar lentamente, mas a garota sempre despertava antes que o mesmo o fizesse.

— Sophie-chan, você pode voltar aqui amanhã de manhã? Eu estou com tanto sono... – Lola coçou o olho.

— Não. Eu nem vou voltar pra casa, ficarei aqui com você. – Sophie sorriu docemente. Lola retribuiu o sorriso e dormiu, lentamente. – Gee, obrigado pelo abraço.

— Ah, de nada... – O maior coçou a cabeça, envergonhado. – Vou ver onde a Meiko está.

Sophie assentiu, e Gee saiu do quarto.

´

— PRA ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI? – Meiko gritou, quando Pierre girava a chave no contato da moto.

— Vou matar a Mitsuki. – Ele vociferou. A morena se aproximou e puxou a chave violentamente.

— Não vai. – Ela disse.

— O QUÊ? Então você quer que ela machuque mais alguém pra fazer alguma coisa? – O moreno perguntou, notavelmente rude e ríspido.

— Não, Pierre. Ela já sabe que se fizer mais alguma coisa com alguém, é como se estivesse se suicidando. – Um arrepio percorreu as costas do maior quando teve a impressão de ver chamas flamejantes queimarem por dentro dos olhos vermelhos de Meiko.

´

Gee atravessava o corredor quando sentiu seu celular vibrar em seu bolso. Puxou-o e fitou o visor, que estava iluminado. Havia uma mensagem nova de Toneide. Ela ainda estava na casa de Louis e provavelmente nem sabia que Lola estava no hospital. Ele abriu a mensagem e começou a lê-la:

Gee, eu estou apavorada. Eu estava assistindo um filme de terror na casa do Louis, com a Ângela e o Luka, e, do nada, nós ouvimos um grito. A gente correu pra fora pra ver o que era, e tinha uma mulher morta na calçada, e um homem de preto correndo pra longe. Eu estou tremendo. O Louis está me levando pra casa agora e vários policiais estão buscando pistas de quem foi que matou a mulher.

O moreno fitou a mensagem, perplexo.

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Notas finais do capítulo

Curiosidades #1~
@ Na história original, Mitsuki resolve ser cúmplice de Gegaito e tenta ajudá-lo à matar Sophie. Porém, ela é morta por Meiko em um concurso de damas em que Guii fora obrigado à se vestir como uma para servir como isca (já que Sophie estava fraca, Lola não sabia andar de salto e provavelmente Toneide cairía no meio da passarela).
@ Lola Aizawa e Lola Bucksworth possuem esses sobrenomes por causa de uma personagem de um mangá japonês chamado Mew Mew Tokyo. Na versão japonês, seu nome é Mint Aizawa. Na versão americada, seu nome mudou para Corina Bucksworth.
@ Guii é míope e usa lentes transparente.
@ Lola possui mais cinco irmãs, e o apelido de cada uma é Lala, Lele, Lili, Lolo e Lulu. Os pais de Lola lhe deram esse nome justamente para combinar com o apelido das outras.
@ Na história original, Toneide acaba ganhando um anjo caído chamado Patch, que lhe protege sempre que a mesma precisa e nutre alguns sentimentos por ela. Meiko sempre o odiou, pois por causa dele seria mais difícil matar a ruiva.
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Gostaram do capítulo? O próximo está cheio de coisas que vão mudar a história daqui pra frente :3
E sim, a fanfic acaba de entrar para a sua reta final :/
MAS, LEMBREM-SE, AINDA VAI TER A SEGUNDA TEMPORADA! *------*
Não se esqueçam do review! ^^