My Last Memory!NewYork escrita por Porcelain


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi gente >< Demorei pra escrever? -q
Eu espero que gostem desse capítulo, eu realmente adorei ele *-*
Obrigado à MareMichiyo por ter betado o capítulo ♥
E então, vamos à história?



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Toneide entrou no apartamento junto com Meiko e com Lucky. O lugar estava vazio. A ruiva suspirou e foi em direção ao seu quarto. A morena a seguiu e deitou em sua cama (já que as duas dormiam no mesmo quarto). Lucky se jogou no sofá e ligou a televisão, colocando em algum programa que fosse apresentado por garotas bonitas.

— Calma Toneide, isso não é o fim do mundo. – Meiko disse, cobrindo o rosto com as costas de sua mão. – O Gee nem vai se importar tanto.

— Mas eu me importo. – A ruiva disse, com o tom de voz firme. Seus olhos ainda estavam lacrimejando, mas a mesma se esforçava para que as lágrimas não caíssem novamente. – E mesmo que ele não se importe, eu ainda preciso contar isso a ele.

— Tá, tá. Você que sabe. – A morena se sentou na cama e deu de ombros. – Vou ali comer alguma coisa.

Meiko se levantou de sua cama, deixando Toneide sozinha. Alguns minutos depois, Sophie chegou junta de Pierre, Gegaito e Gee.

— Olhe se não é a princesa Gegaistiana e seus três cúmplices. – Meiko disse provocativa. Gegaito fitou-a irritado.

— Olha se não é a garota que sempre repara em mim, mesmo quando a melhor amiga dela acaba de chegar do hospital. – Ele deu de ombros e entrou na cozinha. Meiko riu.

— Que otário.

— E então, como o Guii está? – Lucky perguntou, apoiando os pés na mesa de centro e tirando-as dali assim que Sophie deu um tapa de leve nos mesmos.

— Ah, o médico disse que ele está melhorando. – Sophie desabotoou os três últimos botões de sua jaqueta branca e pendurou-a no cabideiro que ficava ao lado da porta. Algumas semanas depois de que Guii tinha entrado na Saint Barbra School, ele resolveu ajudar Sophie a mudar de estilo. De princesa Lolita delicada para uma mistura de Preppy com Romantic.

— Até que enfim. Eu preciso de alguém pra implorar pro Pierre fazer bolo até ele fizer. Se nós pedirmos ele não faz! – Lucky fez uma voz chorosa. Meiko e Pierre reviraram os olhos e a garota cruzou os braços.

— E o que foi isso, Pierre? – Meiko perguntou, apontando para o gesso do maior. – Quebrou o braço fazendo algum bolo?

— Não, a Mitsuki derrubou um contrapeso em cima de mim e eu quebrei o braço. – Pierre respondeu, com sua voz grave. Sentou-se no sofá e abriu as pernas, tomando o controle das mãos de Lucky e mudando para um canal de esportes.

— Ei! – Lucky disse, irritado.

— Eu não vou perder a final do campeonato pra assistir monstros que ficam em uma bola de brinquedo e lutam entre si. – Ele disse com a aparência entediada.

— Mas eles iam batalhar pra ver qual treinador ia ganhar a insígnia! – Lucky implorou, porém Pierre ignorou-o.

— A FINAL DO CAMPIONATO ERA HOJE? – Gee perguntou surpreso. – Não posso perder!

Meiko e Sophie reviraram os olhos.

— Gee... – Toneide saiu do quarto empurrando sua cadeira de rodas, seu rosto ainda estava vermelho e seus olhos, um pouco inchados. – Preciso falar com você...

— Ah, então pode fal...

— A sós. – A ruiva interrompeu-o.

— Precisa ser mesmo agora? – Ele perguntou, com um tom de voz choroso. Meiko fuzilou-o com os olhos, como se estivesse mandando mentalmente para que o mesmo levantasse aquela bunda preguiçosa e fizesse o que a ruiva estava pedindo. Gee suspirou e se levantou do sofá, colocando as mãos nos bolsos e fitando a garota. – Vamos.

Os dois saíram do apartamento, e o moreno seguiu Toneide até a cobertura do prédio, na qual lhes permitiam ter uma bela vista de Manhattan. Gee caminhou até o centro da cobertura e colocou as mãos no bolso, com um olhar tedioso.

— O que houve?

— Você pode achar besteira, idiotice... – Toneide olhou para baixo, constrangida e sentindo novamente um sufoco subir-lhe a garganta. – Assim como você tem uma promessa, de que a Meiko será a única mulher na sua vida e de que nunca vai abandoná-la, eu também tinha uma.

— Tá, mas... O que isso tem a ver?

— Eu quebrei minha promessa. Uma promessa de quatro anos. – A ruiva levantou o queixo e fitou os olhos vermelhos de Gee profundamente, com um olhar firme. – Eu prometi que nunca iria me envolver com outra pessoa que não fosse você. Que nunca ia beijar ninguém nem ter outro tipo de relação... E hoje, a promessa foi quebrada.

Toneide tentava continuar com o olhar firme, mas sabia que não iria aguentar por muito tempo. Ela sentia seus olhos se enxerem de lágrimas e não queria que Gee percebesse isso. Seu peito se tornava apertado a cada instante que se passava.

— O Patch me beijou. E eu queria que você soubesse, não ia ser justo eu prometer uma coisa de tanto tempo sem te dizer o motivo da promessa ser quebrada. Eu estou me sentindo muito mal, Gee. Por favor, tente não piorar as coisas. – A garota esticou a manga de seu moletom e cobriu seus olhos com ele, soluçando a medida de que suas lágrimas saíam. Gee olhava para ela com a aparência confusa, e ao mesmo tempo podia-se notar um pouco de preocupação no seu olhar.

— Não tem problema. – Ele se ajoelhou à frente da ruiva e colocou sua mão por cima da mão da mesma. – Você não precisa ficar prometendo essas coisas, Toneide. Você é livre pra se envolver com quem você quiser, eu não tenho nada a ver com isso.

— Você não entende? – Toneide retirou a manga da frente de seus olhos, exibindo seus orbes azuis escuros que ainda estavam lubrificadas. Seus olhos estavam envoltos a um tom avermelhado, indicando que a mesma havia chorado tudo o que podia. – Eu não quero me envolver com mais ninguém que não for você! Eu já te disse isso e não canso de dizer, mas você nunca entende! NUNCA!

Gee a fitou perplexo, com os olhos esbugalhados.

— Por mais que eu diga que te amo, que não quero mais ninguém que não for você, você acha isso normal e ignora! Você tá tão acostumado com isso que não dá importância. Isso dói, Gee. DÓI TANTO. DÓI SABER QUE SUA IRMÃ QUE NEM SE IMPORTA COM VOCÊ É MAIS IMPORTANTE QUE EU. – Toneide gritou, apoiando o rosto em suas mãos e soluçando. Seus braços estavam trêmulos, assim como seus lábios que estavam entreabertos.

Gee aproximou-se da garota e a abraçou.

— Só pelo fato de que a Meiko é importante pra mim, não significa que eu não te ache importante também. – Ele sussurrou próximo ao ouvido da garota. – Você é legal, Toneide. Eu gosto de saber que você tem todo esse amor por mim. Aliás, fico muito grato por isso. Sempre que eu preciso, você está lá. Não precisa ficar se machucando com promessas que nós dois nem sabemos se terá como cumprir.

A ruiva não disse nada. Apenas passou seus braços ao redor do corpo de Gee e pôs seu rosto em seu ombro, sentindo o cheiro forte do maior invadir suas narinas, e seu corpo quente se juntar ao seu. Os dois ficaram parados, se abraçando por alguns minutos, sentindo a brisa gelada do topo do prédio chocar-se em seus corpos.

 ´

Chase soltou o corpo de Nicholas e cobriu o rosto, envergonhado. O loiro se apoiou na pia, com o semblante confuso. Os dois estavam com o rosto coberto por um rubor, e não sabiam o que dizer.

— Que vergonha. – Chase murmurou. Nicholas fitou-o, com um pequeno sorriso esboçado em seus lábios.

— Nunca ia passar isso pela minha cabeça, sério. – O garoto riu, divertindo-se com a expressão de constrangimento do garoto de cabelos roxos. – Meu melhor amigo é gay! E ainda por cima é apaixonado por mim!

— Não é engraçado! Não é pra você rir! – Chase vociferou, irritado. – Eu quase me mato de vergonha pra falar essas coisas e você acha graça?

— Desculpa, foi mal. – O loiro se recompôs e puxou uma cadeira, sentando-se. – Eu só fiquei surpreso com essa declaração. Ninguém nunca se declarou pra mim antes.

— Tá, e aí? Não vai me dizer nada? – Chase bateu as mãos na mesa, aproximando seu rosto ao de Nicholas.

— Chase... Não acho que essa é a hora certa para...

— Nicholas, eu estou te implorando. Não me faça te beijar e me declarar por nada. – O garoto pediu.

— Chase! Eu não consigo... Quer dizer, não é que eu... – Nicholas passou a mão no rosto. – Não consigo explicar.

— Apenas diga.

— Eu gosto de outra pessoa.

 ´

— O que aconteceu? – Brandon se levantou de sua poltrona e jogou o jornal em cima da mesa de centro. Mitsuki entrou no apartamento do garoto com o pescoço enfaixado, e havia uma grande mancha de sangue nas ataduras.

— Levei uma facada no pescoço. – Mitsuki disse, com um tom de voz inofensivo. Seu olhar transmitia medo e tristeza. Ela sentou-se no sofá ao lado da poltrona e Brandon se ajoelhou à sua frente.

— Quem fez isso? – O moreno perguntou, tocando levemente as ataduras. Mitsuki contraiu seu corpo, sentindo um pouco de dor. Assim, Brandon retirou seu dedo de cima do ferimento.

— O Pierre. Aquele cozinheiro quieto que agora quer fazer uma peça na Broadway. Eu estava ensaiando pra peça e do nada ele jogou uma faca no meu pescoço. – Mitsuki mordeu o lábio inferior como se estivesse segurando as lágrimas. Sua voz estava mais fina do que o normal para fingir fragilidade.

— Eu sabia que isso não era uma boa ideia. – Brandon se levantou do chão e foi em direção à porta. – Ele vai ver.

— Aonde você vai, Brandon? – A loira se levantou do sofá e foi em direção ao mesmo, que abria a porta.

— Acertar umas contas com um certo cozinheiro.

— Não! Você não precisa fazer isso! – A garota insistiu. Podia não estar em um palco, mas Mitsuki realmente sabia como atuar convincentemente.

— Eu vou. – Brandon sacudiu o braço fazendo Mitsuki largá-lo. O mesmo desceu algumas escadas, com a loira ainda implorando para o mesmo não cometer uma besteira durante o percurso inteiro. O maior parou na frente do apartamento e abriu a porta, indo diretamente à cozinha onde Pierre fritava frango para o jantar de Meiko, Gee e Lucky.

Pierre nem teve tempo de perceber a presença do garoto e já fora atingido por um soco na barriga.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Sophie foi até a cozinha e observou Pierre se levantando do chão, com Brandon ofegante e Mitsuki com um sorriso perverso olhando para a garota.

— ESSE IDIOTA DEU UMA FACADA NO PESCOÇO DA MITSUKI! – Brandon vociferou, puxando Pierre pela gola da camiseta. O maior simplesmente deu um soco no rosto de Brandon fazendo-o cair no chão e cuspir um pouco de sangue.

— Ninguém me dá um soco sem levar um mais forte em troca. – Ele disse, voltando a fritar o frango como se nada tivesse acontecido. Mitsuki ajudava o namorado a se levantar, continuando a fazer a pose de garota inocente e inofensiva. O garoto socou as costas de Pierre, fazendo o mesmo debruçar-se para frente e derrubando um pouco de óleo na pia.

— BRANDON, NÃO FAÇA ISSO! – Sophie gritava. Mitsuki ria baixinho observando o desespero da garota.

— Você está me irritando. – Pierre puxou Brandon pela gola da camiseta e prensou-o contra a geladeira.

— LUCKY, MEIKO, FAÇAM ALGUMA COISA! – A morena gritava, e não demorou muito para os dois chegarem à cozinha.

— O que essa vadia está fazendo aqui? – Meiko apontou para Mitsuki, que apenas fitava os grandes seios da garota e ignorava totalmente a briga. Lucky entrou ao meio da briga, levando um soco acidental de Pierre no braço.

— Lucky, saia da frente se não quiser levar uns socos também. – Pierre disse, subindo as mangas de sua camiseta.

— Parem de brigar, não é assim que se resolvem as coisas! Devemos primeiro arranjar revólveres e talvez facas, e aí sim vocês podem começar uma briga descent...

— Cala essa boca se não quiser brigar COMIGO. – Meiko disse, puxando Lucky pelo braço e ficando entre Pierre e Brandon, ambos ofegantes. – Só estou avisando, se não aquietarem esses fogos no rabo, eu serei obrigada à golpear vocês com golpes que deixam as pessoas inconscientes. E nem queiram saber o que eu faço quando as pessoas estão inconscientes.

Pierre fitou Brandon com raiva, como se estivesse ameaçando-o com a mente. O garoto bufou e foi até Mitsuki, puxando-a pelo pulso e parando na frente da porta.

— Me desculpa Sophie. Só peça para os seus criados não darem facadas em pessoas que não fazem mal algum. – Brandon disse em um tom de irritação, saindo do apartamento segundos depois. Mitsuki não pode deixar de mandar beijos antes de sair.

— Ele pode ser bonitinho, mas é muito tonto em não perceber que a Mitsuki não é a santa que ele pensa ser. Ok, ela faz bonequinhas de porcelana bonitinhas. Isso não prova nada. – Meiko deu de ombros. – Hum, esse frango frito tá com um cheiro tão bom...

— Vá pra sala, eu não acabei ainda. – Pierre disse, desabotoando alguns botões de sua camiseta para sentir menos calor, depois de uma pequena dose de adrenalina correr pelo seu sangue.

— Tá. – Meiko murmurou, irritada. – Aliás, cadê o Gee e a Toneide? Não existe nada mais perigoso do que uma vadia paraplégica que pode se fingir de inocente com uma cadeira de rodas verde-limão.

— Voltei... Por que o Brandon estava tão zangado e a Mitsuki estava com uma cara estilo Lola-sofredora? – Gee perguntou, com uma caixa de pizza nas mãos.

— Não importa, só passa essa pizza pra cá. – Meiko mandou, estendendo os braços para receber a pizza. Gee deu de ombros e entregou a pizza para a garota, sentando ao lado dela e pegando um pedaço. – Quer, Soph-chan?

— Ah, não. Obrigada. – A garota balançou a palma da mão em sinal negativo. – Vou esperar pelo jantar, senão não conseguirei comer tudo.

— Gee, pra onde a Toneide foi? – Lucky perguntou, pegando um pedaço de pizza e arrancando um pedaço da mesma com os dentes.

— Eu não sei. Ela só recebeu uma mensagem no celular e disse que precisava sair. Como ela não me deve satisfações, nem perguntei pra onde ela ia. – Gee deu de ombros e passou os braços por cima do sofá. Meiko deu um meio sorriso, que significava “ele está aprendendo comigo”.

 ´

Toneide adentrou os corredores da Vogue, envergonhada com os milhares de olhares que pairavam sobre si. “Então é por isso que ela parou de vir?”, “Coitada, virou cadeirante”, “Perdeu um dos empregos mais desejados do mundo, que pena”, eram alguns dos comentários que ecoavam por onde a ruiva passava.

— Diga pra Lexie que a reunião foi adiada para a próxima semana. Desmarque todos os compromissos que eu tiver para amanhã, irei à estreia de uma nova grife de moda em Milão e preciso dos detalhes para criar uma matéria sobre ela. E óbvio que você irá comigo. Também avise à Karen para refazer a matéria sobre os tons de maquiagem que inovarão no próximo outono, eu achei muito extenso e cansativo de ler. – Anne dizia rapidamente à Louis, que anotava tudo em sua agenda da Vogue. – Olha quem encontramos aqui.

O tom de sarcasmo de Anne produziu vários xingamentos e ofensas que pipocavam dentro da mente de Toneide.

— Boa tarde, Srª Anne. Desculpe-me por vir sem avisar, eu pensei que o Louis estava voltando para casa e pensei que ele ainda estava na sua sala. Eu irei esperá-lo lá fora, com licença. – Toneide virou sua cadeira de rodas, preparando-se para voltar, quando ouviu Annie dizer algo novamente.

— Por acaso você está usando uma boina de Marc Jacobs com uma bota Chanel? – A mulher perguntou, fazendo Toneide parar e virar sua cadeira de rodas novamente.

— Sim... Estou me vestindo inadequadamente? – Toneide perguntou, agradecendo Sophie mentalmente pela aula de vocabulário que lhe deu assim que foi aceita como aspirante à modelo da Vogue.

— Não. De maneira alguma. Só estou tentando entender como você conseguiu misturar as estampas chamativas da boina, o moletom bege simples que deve ter sido comprado em algum brechó de Nova York – Toneide olhou para o lado, irritada. –, a calça preta com alguns spikes e a bota simples da Chanel. – Annie pousou o dedo indicador no queixo. – Como uma aspirante à modelo conseguiu criar um look Rock Chick usando cores claras, Louis?

— Devo ter sido um bom supervisor enquanto a explicava o uso das roupas e como combinar as cores... – Louis inventou, perguntando a si mesmo como Toneide havia conseguido essa proeza. A ruiva apenas observava os dois conversarem como se estivesse entendendo alguma coisa.

 ´

— Então, aonde vamos? – Toneide perguntou, enquanto Louis empurrava sua cadeira de rodas.

— Na minha casa. Eu, a Ângela e o Luka estarão lá. Eu recebi uma mensagem do Patch dizendo que você estava chateada, então eu pensei que não teria nada melhor do que fazer uma reuniãozinha com direito a sorvete, filmes e guerras de travesseiro. – O ruivo disse, com um sorriso de satisfação na face.

— Espera... O Luka? Que chantagem você fez pra ele ir? – Toneide perguntou surpresa, sentindo seu rosto ruborizar aos poucos.

— Ah, eu só disse que se ele fosse eu ia aumentar o salário dele. – Louis riu. – Coitado, eu devo ser um ótimo mentiroso. – Agora, falando sério, como você conseguiu montar esse look fodabuloso?

— Bom... – Toneide pousou o dedo indicador no queixo e fitou o céu estrelado que cobria todo o Central Park. – Quando eu comecei a trabalhar na Vogue, o Guii pegou minhas roupas curtas e transparentes e jogou todas elas em uma caixa. Aí ele chegou em casa com várias roupas novas pra mim... Eu só peguei essas por que eu achei que ficaria legal colocar todo o destaque na boina e... Viu só o que eu aprendi contigo?

— Hm... Quem é Guii? É um cara alto, musculoso, com um sorriso sedutor, olhos claros...? – Louis suspirava com o rosto ruborizado. Toneide gargalhou.

— Não, ele é só um amigo meu que começou o ensino médio agora. Ele sabe bastante coisa de roupas e é o oposto do que você disse. Ah, tirando a parte dos olhos claros. – A ruiva disse enquanto arrumava sua boina. Louis reclamou.

— Você acabou de me broxar, sabia? – Louis murmurou. Os dois continuaram a seguir o caminho por alguns minutos, até pararem em uma grande mansão em um dos bairros mais nobres e silenciosos de Manhattan.

— Nossa, seu salário como assistente pessoal e coeditor-chefe da revista deve ser bem alto. – Toneide disse surpresa. A mansão era branca, possuía uma piscina logo na entrada e era cercada por um portão dourado e um muro com grandes rochas em tons avermelhados. Era cheia de janelas e uma grande porta de madeira com alguns detalhes cravados na mesma. Louis abriu sua bolsa com estampa de zebra e retirou de lá um molho de chaves, puxando uma chave no mesmo tom do portão e abrindo-o com ela.

— Vão entrar ou não? – Louis perguntou, à Luka e Ângela que vinham na direção oposta. Ângela estava com um grande sorriso no rosto, enquanto Luka olhava para os lados com desinteresse.

— TONEIDE, COMO VOCÊ ESTÁ? – Ângela se debruçou para frente e abraçou a ruiva fortemente. – Ainda nessa cadeira de rodas fashion?

— Fazer o quê... – A ruiva suspirou e deu um meio sorriso. – O Patch tá bravo comigo?

— Não, ele só tá preocupado... Ele disse que você saiu sem dizer nada. – Ângela respondeu, adentrando na mansão. Luka passou por Toneide sem dizer uma palavra. Louis trancou o portão e empurrou Toneide até a entrada da mansão, abrindo as grandes portas de madeira e passando pelas mesmas.

O interior da mansão era extremamente luxuoso. De início podia-se ver a grande sala de estar, que possuía um longo sofá de couro branco e uma TV de plasma de última geração embutida na parede. O piso era de vidro e era bem espesso, podendo-se ver um espelho no fundo do mesmo. Havia uma cozinha americana com um balcão revestido por umas pedrinhas avermelhadas, do mesmo jeito do muro do lado externo da mansão. O armário da cozinha possuía um tom de bege e logo após a cozinha havia uma escadaria que levava para o andar posterior. Sem falar nos vários corredores do primeiro andar, que levavam para outros cômodos.

— Me esperem aqui, vou trocar essas roupas. – Louis puxou seu lenço do pescoço e pendurou sua bolsa no cabideiro do lado do sofá, subindo na escadaria logo depois. Toneide olhava para tudo admirada.

— O Louis deve fazer isso com todas, né? – A ruiva perguntou.

— Não... Pra falar a verdade, você é a primeira modelo que ele convida pra ir a mansão dele. Ele não vai com a cara das aspirantes à modelo, mas parece que ele gostou de você! – Ângela disse, balançando os cachos do seu cabelo. Luka estava sentado no outro sofá, com os braços cruzados. Toneide olhava desconfiada para o mesmo.

´

— Até amanhã! – Helena acenou e saiu do Maid Café, seguida de Arya e Paul. Lola, Luisa e Bucks terminavam a limpeza da cozinha.

— Odeio esses dias em que as limpezas sobram pra nós. – A maior disse, borrifando um produto de limpeza sobre a parede e passando um pano por cima logo depois.

— Só eu percebi que a Helena e o Paul estão mais próximos? – Luisa perguntou, em um tom choroso. – Pelo visto, nós três vamos ficar pra titia.

— Vocês três vírgula, eu tenho namorado. – Bucks jogou o pano na pia e puxou uma cadeira, sentando-se e dando um longo suspiro carregado de preguiça.

— Uuui! E será que eu poderia saber quem é o coitado? – Luisa ironizou, enquanto passava o pano de chão.

— Eu não quero ficar pra titia! Deve ter alguém que goste de mim. Eu não sou tão chata, sou, sádica-chan? – Lola perguntou, tirando seu avental de Maid.

— Não é, Lola! – Luisa abraçou-a com o rosto ruborizado. – Você é mais fofa do que um gatinho filhote dentro de um cupcake cheio de glitter!

— Sério? – Os olhos de Lola se iluminaram e a garota logo pode sentir uma vontade de comer um cupcake.

— Então, eu já vou indo. – Bucks retirou seu avental de Maid e abriu o zíper do vestido, descendo-o até o final de suas pernas e retirando suas roupas de dentro de sua bolsa.

— EH! NÃO SE VISTA NA FRENTE DA PEQUENA LOLA! – Luisa disse, tampando os olhos da garota e observando o quanto o corpo de Bucks era definido. – Eu queria ter um corpo assim... – Murmurou.

— Qual o problema de ela ver? Todas nós não somos mulheres? – A maior perguntou, vestindo sua camiseta e logo após colocando um short. Sentou-se em uma cadeira e retirou a grande meia-arrastão que cobria praticamente sua perna inteira e os saltos pretos de seus pés e logo após calçou sua bota. – Até mais, babacas.

— Até mais, Bucks-chan! – Lola disse, retirando as mãos de Luisa de seus olhos.

— MEU NOME É LOLA BUCKSWORTH, E NÃO “DÓLARES”! – Ela disse, antes de sair. Luisa riu.

— Que irritadinha... Deve ser da idade.

— Então garotas, estão terminando a limpeza? – Joseph perguntou, saindo de dentro do escritório e arrumando sua cartola verde. Todos os dias o mesmo aparecia com um terno e uma cartola diferente. Joseph possuía um visual extravagante e divertido, e a pequena estrela na sua bochecha apenas reforçava mais essa ideia. Muitos podiam compará-lo com um palhaço de circo, mas ele não se importava. Afinal, enquanto falavam isso, ele contava quantas joias preciosas cabiam dentro de seu escritório.

— Estamos terminando sim, Joseph-kun! – Lola disse, enquanto terminava de secar a louça. O moreno que possuía uma grande mecha vermelha no cabelo puxou uma maleta de dentro do armário e fitou as duas.

— Vou precisar sair rapidinho. Posso deixar o Maid Café sozinho com vocês? – Ele perguntou como se estivesse implorando.

— Fica frio, chefinho. Vamos tomar conta. – Luisa disse com um sorriso de satisfação. Joseph saiu e fechou a porta dupla de vidro, fazendo um sorriso malicioso surgir no rosto da morena. – Calma, não vou estuprar você.

— Ah, que alívio! – Lola riu junto com a garota de cabelos coloridos. Logo puderam ouvir a porta se abrindo novamente. Quando foram olhar quem era, lá estava Mitsuki, desfilando com um vestido vermelho e curto com um salto absurdamente alto. A loira ainda estava com as ataduras envolvidas em seu pescoço.

— E aí, vadias?

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Notas finais do capítulo

Para os fãs do Guii, Sophie e Meiko, tenho boas notícias pra vocês no próximo capítulo :3
O que acharam do capítulo? Eu adoro o Louis, acho ele muito divo *u*
E eu também gosto do Brandon, e não achei ruim ele ter ido brigar com o Pierre... Ele só estava defendendo a namorada puta dele que ele acha ser uma santinha, só isso C: #BrandonAcordaPraVida
Eu quero parar de passar a imagem de "Toneide Coitadinha" para as pessoas. Não esperem ver a ruiva chorando por aí toda hora, ela é totalmente diferente disso. Foi só um momento de fraqueza, todos nós temos isso.
Quem é o namorado da Bucks? E o que será do musical do Pierre sem alguém pra interpretar o papel da Mitsuki? O que acontecerá na festinha na casa do Louis? Tudo isso e um pouco mais no próximo capítulo, seus leitores divônicos ♥