My Last Memory!NewYork escrita por Porcelain


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Espero que gostem desse capítulo ^^



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12.

Guii aproximou-se do labirinto esverdeado com Mitsuki. No início, havia uma porta que estava fechada. A loira recostou-se sobre a porta e fitou Guii.

— Os temas são: Música, séries e filmes, animes, curiosidades gerais e moda. Dependendo do tema que você escolher, as perguntas estarão dentro de um envelope com o nome do tema na frente. Se você acertar, continua e vai respondendo outras perguntas que estarão em outros envelopes. – Mitsuki explicou impaciente. – Qual tema você escolhe?

— Não sei... Música? – Guii deu de ombros. Ele, apesar de sempre se vestir bem e saber diferenciar milhares de grifes, acha que seria um pouco difícil responder as perguntas de moda. Mitsuki afastou-se da porta e a abriu. O moreno, assim, adentrou o labirinto. Depois de algum tempo andando e procurando novos caminhos, encontrou um pedestal que estava com cinco envelopes em cima. O garoto pegou o de “música” e retirou o primeiro papel com uma pergunta. – “Carly Rae Jepsen tem 26 anos?”.

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Assim que Guii leu a última pergunta, apertou o botão “não” no painel. Passou por todas as “fases” sem errar uma pergunta. Já estava começando a imaginar se o labirinto tinha um final. Um gás sonífero foi liberado por pequenos buracos na parede, espalhando-se pelo ar. O garoto tampou suas narinas e apoiou as costas na parede, tentando manter-se acordado. Suas pernas estavam flexionadas para frente, indicando a força que o sonífero manifestava em seu corpo. Seu esforço fora inútil, depois de alguns segundos suas pernas dobraram-se e o garoto tombou para o lado, em um sono profundo. O gás parou de ser liberado e Mitsuki entrou no labirinto, passando por todas as portas que estavam abertas até ver o garoto encolhido no chão, inofensivo como um pequeno coelho. Independente do botão que apertasse na última "fase" do labirinto, o gás seria liberado de qualquer forma.

— Que babaca. – A loira disse rindo, retirando uma corda de sua bolsa e amarrando as mãos, braços, pernas e joelhos do garoto. Depois, retirou uma garrafa plástica de álcool. – Será que essa menininha indefesa vai conseguir sair?

Mitsuki abriu a garrafa e despejou bastante do líquido no pé de Guii que há alguns tempos havia melhorado da torção. Jogou nas paredes, nos envelopes e espalhou bastante no chão, fazendo uma trilha de álcool até o lado de fora do labirinto. Retirou um fósforo do bolso e acendeu-o, jogando-o no chão atingindo o álcool. Rapidamente uma trilha de fogo penetrou no labirinto, causando um incêndio em poucos segundos. Por dentro, o pé de Guii era protegido pela bota do garoto, que estava queimando rapidamente.

 .

— Eu disse que ganhava de você, idiota. – Mel falou, com um sorriso ao ver que teve 80 pontos carimbados em sua ficha.

— Grande merda, só sabe fazer isso mesmo... – Joe deu de ombros.

— Você é boa, Mel. – Chase disse, com um sorriso no rosto.

— Obrigado, garoto beterraba, não é muito comum eu ter fãs, mas... – A morena disse com um sorriso no rosto. Apesar de usar roupas simples e ter um estilo diferente, Mel era uma garota muito bonita. Seus cabelos eram castanhos e extremamente lisos, e iam até o seu busto. Sempre estava com uma touca preta que escondia sua testa, e suas mãos se aqueciam por dentro dos bolsos de seu moletom. Os olhos dela eram castanhos escuros, e apesar disso tinham um brilho inconfundível.

— Mel, você escovou os dentes hoje? – Brenda provocou. – Estou sentindo um cheiro de fumaça, provavelmente veio da sua boca.

— Ou talvez veio desse seu cabelo chapinhado. O que é bem mais provável. – Mel rebateu.

— A fumaça está vindo dali. – Nicholas apontou para o céu, e notou que várias pessoas corriam em direção ao labirinto.

— Aliás, cadê o Guii? – Chase perguntou, virando o rosto para todos os lados na tentativa de encontrar o garoto. – Não acredito que ignoramos ele...

— Tomara que seja ele que esteja queimando. – Nathan disse revirando os olhos.

— Vamos logo ver o que aconteceu! – Chase disse, puxando Nicholas pelo braço. Mel, Brenda e Nathan não ficaram para trás e correram logo após os dois. Chegaram ao labirinto, onde alguns policiais desamarravam um senhor e lhe retiravam uma mordaça.

— UMA GAROTA LOIRA... ELA VEIO AQUI E ME DOPOU! QUANDO EU ACORDEI ESTAVA ASSIM... – Ele tentava se explicar.

— Gegaito, por acaso foi você? – Meiko perguntou ao loiro, que revirou os olhos impaciente.

— Não é hora de piadas! Se alguém estiver lá dentro?! – Sophie disse preocupada.

— Ué, se alguém estiver lá dento esse alguém vai morrer queimado. Não é óbvio? – Meiko deu de ombros.

— Está muito quente aqui! – Lola resmungou, retirando seu casaco e abanando-se com a mão.

— Estamos na frente de um incêndio e você queria que estivesse frio? – Pierre respondeu impaciente, levando um tapa de Meiko segundos depois.

Guii abriu os olhos. Tudo o que podia enxergar era uma fumaça, fazendo-o tossir. Notou que seu pé estava ensanguentado, e sem pensar duas vezes retirou seu casaco e tentou apagar o fogo de seu pé com ele. Estava difícil de respirar. O garoto levantou-se do chão com dificuldade e tentou correr já que as cordas já haviam sido queimadas, sentindo uma dor insuportável no seu pé. Não demorou muito tempo e caiu no chão.

— Por favor... Alguém... – Guii sussurrou e então desmaiou sem conseguir respirar.

— ENCONTRAMOS ALGUÉM! – Disse um bombeiro. Vários outros surgiram com enormes mangueiras, tentando apagar o fogo. As labaredas de fogo já estavam em um nível tão alto que já conseguiam alcançar o céu. Um dos bombeiros pegou Guii nos braços e correu o mais rápido possível para fora do labirinto, encontrando no caminho outros bombeiros com mangueiras que esguichavam água nas paredes na tentativa de amenizar o fogo.

— Leve ele para o hospital. – Pediu o bombeiro. Guii deitou-se em uma maca que fora colocada dentro de uma ambulância que estava por perto.

— Nós vamos com ele. – Nicholas falou. Chase assentiu e os dois entraram na ambulância.

— E eu vou ficar aqui com essas coisas? – Mel arqueou a sobrancelha e apontou para Nathan e Brenda.

— Fica fria, não queremos aparecer em público contigo. – Brenda arrumou seus cabelos e saiu andando com Nathan, que ria.

— Tomara que ele morra de uma vez. – O garoto disse com uma risada sádica. Brenda também não conseguia esconder o sorriso de satisfação que estava estampado em seu rosto. Os dois rapidamente sumiram no meio da multidão. A esta hora, Mitsuki já deveria ter ido embora. Mel colocou as mãos no bolso e saiu caminhado.

— Tinha que ser o Guii. – Meiko pousou a mão no rosto em sinal de irritação.

— Você também foi para o hospital. – Toneide pigarreou. No grupo de amigos, a ruiva era a mais próxima de Guii. Mas nem tanto à ponto de chorar horrores e sair correndo atrás da ambulância.

— Não importa. O Guii é mesmo um irresponsável em ir em um brinquedo que nem dá pra ver o lado de fora. Se algum estuprador quisesse, era só entrar e encurralar aquele idiota em alguma parede fechada. – Meiko deu de ombros.

— Acha mesmo que alguém iria querer estuprar o Guii? Tipo... Ele é o Guii. – Gee disse com as sobrancelhas arqueadas. Meiko deu de ombros.

— Vamos ficar aqui sem fazer nada? – Sophie perguntou preocupada.

— Não sei, por acaso você sabe fazer alguma macumba de cura? – A morena perguntou irônica. Sophie fitou-a com raiva. – Ou devemos ver se a fadinha do Gegaito sabe fazer algum encantamento?

— Ou talvez você deva calar a boca. Isso iria ajudar bastante. – O loiro deu de ombros e andou em direção à multidão, deixando Meiko, Lola, Sophie, Pierre, Lucky, Gee e Toneide.

— Ele deve estar de TPM de novo. – Meiko riu.

— Será que o Guii-chan vai ficar bem? – Lola perguntou, abraçando seu urso de 2 metros que Meiko lhe dera quando ganhou nos jogos. Guii não sabia, mas o tempo acabou antes mesmo de ele entrar no labirinto. Meiko queria o amplificador, mas com o dinheiro que conseguiu com a banda seria fácil comprar algum.

— Eu espero que sim. – Sophie disse.

 .

Assim que Guii abriu os olhos, a primeira coisa que viu foram os olhos de Chase e Nicholas olhando para si. A claridade daquela sala estava irritando seus olhos, que se apertavam para poder reconhecer onde estava.

— Até que enfim. – Nicholas disse.

— Já está melhor? – Chase perguntou, com um sorriso preocupado.

— Parece que estou melhor? – Guii disse irritado. Tentou sentar-se, mas suas costas doeram ao sentir a almofada contra uma queimadura. – Aquela vadia tentou me matar.

— Quem? A Brenda? – O loiro perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Não. Uma tal de Mitsuki. Não sei se vocês conhecem ela. Ela fingiu ser minha amiga pra me queimar lá.

— Que horror. – Chase falou. – Espero que você se recupere logo.

— Obrigado. – Guii fitou os olhos verdes de Chase, tentando passar alguma emoção confortante. Nicholas percebeu que um médico entrara e colocou um raio-X sobre uma espécie de quadro de luz, iluminando-o. Na imagem, havia o esqueleto de um pé.

— Guilherme? – Ele perguntou. Guii assentiu, fazendo-o se aproximar. – Seu pé estava melhorando da torção, mas depois das queimaduras de 1º e 2º grau, seu pé vai demorar ainda mais pra se recuperar completamente.

O moreno fitou-o como se estivesse querendo dizer que aquilo era óbvio.

— Você teve uma pequena fratura no Processo lateral calcâneo – ele, com uma pequena vareta, apontou no raio-X. – quando caiu. Nós colocamos um gel que alivia as coceiras e irritações da pele devido as queimaduras e depois enfaixamos para a fratura se recuperar com o tempo.

— Vai demorar muito para meu pé melhorar? – Guii perguntou áspero, ignorando tudo o que o médico lhe dissera.

— Provavelmente, irá melhorar de 3 a 5 semanas. – Ele disse. – Depois iremos trocar as ataduras e ver se está melhorando como previsto.

— Ah, que ótimo. – O garoto disse sarcástico, e então o médico saiu. – Meu pé nem está tão ruim assim, eu só preciso de muletas e pronto. Não quero ficar deitado aqui, quero fazer alguma coisa!

— Mas você não pode agora. Mal saiu de um incêndio com o pé queimado e já quer sair sambando na Sapucaí? – Nicholas arqueou uma das sobrancelhas com o tom de voz irritado.

— Eu não disse nada em sambar. – Guii virou o rosto. – Será que eu poderia, pelo menos, desenhar aqui?

— Bom... Qualquer coisa... – Chase colocou a mão no bolso e retirou um bloco de notas e uma caneta. – Você pode desenhar aqui.

O bloco de notas era do tamanho exato da mão de Guii, e isso o incomodou um pouco.

— Obrigado, de novo.

 .

Mitsuki entrou no teatro. Os atores e atrizes experimentavam seus figurinos animados. A loira forçou um sorriso e subiu ao palco.

— Oi! – Ela disse. – Já estão experimentando os figurinos?

— Acho que vou precisar de uma camiseta maior... – Daisuke falou, notando que dava para ver seu umbigo. – Droga, tenho que parar de crescer.

— Sua roupa está ali. – Pierre apontou para um cabideiro na qual havia um único vestido. Ele era azul escuro com algumas fitas vermelhas. Mitsuki olhou alguns instantes para o corpo de Pierre e logo depois entrou no camarim para se vestir.

— Como ficou? – Ela estava com os cabelos trançados para o lado com um elástico decorado no mesmo tom do vestido.

— Ficou bem em você. – Pierre disse seco e voltou aos outros atores. A garota fitou-o com antipatia.

— Não tem problema, sua hora também está chegando. – Ela riu, sentindo uma faca no bolso.

 .

— Terminem logo isso, vocês conversam mais do que trabalham. – Bucksworth mandou, enquanto secava alguns pires que foram lavados por Helena.

— Tá muito abusadinha pra alguém que mal completou um mês de trabalho. – Arya pigarreou.

— E você tá muito reclamona para alguém que mal sabe varrer um chão. – A mulher rebateu, com antipatia. Arya sorriu sarcástica enquanto girava uma faca nos dedos.

— Cuidado com o que você fala. ACIDENTALMENTE eu posso lançar uma faca no meio da sua testa. – A morena rebateu novamente.

— Ah, não teria problema. Eu pegaria a faca antes que ela chegasse a dois centímetros do meu rosto.

Helena e Luisa pararam de paparicar Paul quando notaram que as duas maids estavam quase se atacando. Lola olhava desanimada para a mesa que limpava.

— Podem ir se acalmando aí. – Luisa disse. – NÓS SOMOS MAIDS, DEVEMOS SEMPRE AGRADAR UNS AOS OUTROS COM SORRISOS NO ROSTO E ROUPAS FOFÍSSIMAS!

— Não se intrometa. – Lola Bucksworth pigarreou. A garota de cabelos pseudo-coloridos calou-se, espantada.

— Por que estão brigando? – Lola perguntou baixinho. Arya arqueou uma sobrancelha como se com aquelas simples palavras Lola tivessem a provocado.

— Por que estão se intrometendo? – Arya disse. – Não posso conversar particularmente com essa folgadinha aí?

— Folgada? Enquanto estou aqui secando a louça, você está ouvindo músicas no iPod.

— E você deveria fazer seu serviço sem dizer um pio. Que eu saiba, meu chefe é o Joseph e não você.

— E por algum acaso eu disse que era sua chefe? Eu só mandei vocês fazerem algo que preste. Não tenho culpa se você achou que eu falei particularmente com você. – Bucksworth ajeitou seu cabelo e entrou para os fundos do Maid Café.

— Detesto essa mulher. – Helena falou, agarrada ao braço do Paul.

— Peguem leve. Só ignorem o que ela diz. – Paul falou.

— Não é certo brigar...

— Lola, se você for querer dar uma lição de moral, desculpe, mas prefiro enfiar uma faca nos meus olhos e depois na minha garganta. – Arya tirou seu avental e sentou-se na mesa da frente, virada de costas.

— OLÁ, EX-COLEGAS DE TRABALHO! – Mitsuki entrou, com os braços abertos. – Arya, você continua fofa como sempre!

— EU NÃO SOU FOFA, QUE COISA! – A morena disse, magoada.

— Helena! Já está namorando? – Ela arqueou os olhos e aproximou-se de Paul.

— Ele não é meu namorado... – A garota corou e largou rapidamente o braço do maior. Mitsuki colocou os braços em volta do pescoço de Paul e aproximou-se de seu rosto, na ponta dos pés. Mordeu de leve seu pescoço e sussurrou algo em seu ouvido. Paul sorriu maliciosamente.

— Luisa, eu já mandei você pintar o cabelo de outra cor. Parece que um unicórnio vomitou na sua cabeça. Ou parece que o Nyan Cat defecou em cima de você. – Mitsuki cruzou os braços e então notou Lola limpando uma mesa com um pano, na mesa escondida por um pouco de sombra. A loira deu passos lentos até ela com um sorriso sádico no rosto. – Você é a famosa Lola de quem tanto escuto falar?

— Você deve estar me confundindo... A Lola de quem você diz está lá dentro. – Lola terminou de limpar e dirigiu-se à cozinha do Maid, que era o segundo cômodo do prédio. Mitsuki atravessou a porta atrás da morena.

— Espera, você não é a Lola irritante e chata?

— Arya-san me chama disso o tempo todo, então provavelmente sou. – Mitsuki fitou bem o rosto dela, e percebeu que ela não estava sorrindo como antes. Mitsuki estava presente quando Joseph perguntou se Lola gostaria de trabalhar lá. Aquela expressão vazia estava a irritando mais do que se estivesse sorrindo e falando sobre arco-íris.

— Por que está com essa cara de sonsa?

— Guii-chan está no hospital e faz algum tempo que eu e Sophie-chan não fazemos algo juntas... Meiko-san está ocupada demais com a banda e o Pierre-san também. Gee-kun vive com a Meiko-san então não podemos passar as tardes montando quebra-cabeças e... – Lola parou de falar quando notou que Mitsuki dormia em pé.

— Ah. – Mitsuki acordou. – Você é realmente muito chata.

Lola olhou entristecida para o chão. Qualquer um que tivesse o hábito de ver a garota sorrindo sentiria seu coração despedaçado ao olhá-la nesse momento.

— Bom... – Lola sorriu à Mitsuki. – Não tem problema! Algum dia todos nós ficaremos juntos de novo.

— Eu não contaria muito com isso. – Mitsuki tirou um revólver do bolso e girou-o entre seus dedos e sorriu maliciosa para Lola. Apontou a arma na testa da morena, que engoliu em seco e sentiu suas pernas fraquejarem. Mitsuki riu e guardou novamente o revólver em seu bolso e saiu da cozinha, batendo com força a porta.

— Já vai? – Helena perguntou à Mitsuki enquanto varria o chão. O Maid Café já estava se preparando pra fechar. Paul se encontrava com o terno aberto e com a gravata frouxa em seu pescoço, fazendo Luisa ter pensamentos eróticos com o moreno.

— Tenho que estudar o roteiro de uma peça que vou fazer. – Mitsuki mentiu, com um sorriso falso no rosto. – Até mais.

Antes de sair, a loira e Paul trocaram olhares como se estivessem conversando telepaticamente. Helena e Luisa perceberam e viraram os olhos, tentando não demonstrar suas irritações. No mesmo instante que Mitsuki sai, Meiko entra no Maid Café. Era impossível não notar a beleza da morena. Longos cabelos negros com mechas vermelhas que reforçavam ainda mais a aparência rebelde da garota. A pele pálida e os lábios carnudos e vermelhos chamavam a atenção de todos. Os olhos vermelhos como fogo – que muitos achavam que eram lentes – fitavam o lugar com desinteresse. Mas, para todos, o principal eram os grandes seios de Meiko que eram como sua marca registrada. Ela detestava chamar atenção por um “detalhe” tão estúpido.

Ela vestia uma jaqueta preta, com uma camiseta cinza desbotada e um short jeans. Também calçava uma bota que ia até o meio de suas panturrilhas.

— Você é aquela cantora do Blood Demon! – Arya disse com brilho nos olhos. – Cara, a música de vocês é muito foda. Vocês têm talento! E, olha só esses seios!

— PARA DE REPARAR NISSO! – Meiko abraçou os seios como uma forma de escondê-los. Luisa e Arya tiveram hemorragias nasais. – Desculpa. Só não gosto que reparem logo NISSO. Eu quero que me reconheçam pela música, e não pelos meus seios.

— Meiko! – Paul aproximou-se da garota e a abraçou fortemente. – Tudo bem?

— Ah, tudo. – A morena corou. – A Lola está? Eu tenho que levar ela pra casa.

— Eu acho que ela está lá dentro. Mas, então, como vai a banda? – Paul puxou uma cadeira e sentou-se, abrindo ligeiramente as pernas. Meiko sentou-se também e os dois começaram a conversar. Helena olhava para Meiko com antipatia.

— Ela é tão linda! – Luisa disse, com as bochechas coradas e olhos brilhando.

— Sim! Eu tenho algumas músicas demo aqui no meu iPod. Olha. – Arya aproximou-se da garota e mostrou uma playlist apenas com músicas da Blood Demon.

— MEIKO-CHAN! – Lola saiu de dentro da cozinha e a abraçou com força. Paul revirou os olhos pela súbita interrupção da conversa. – VOCÊ VAI ME LEVAR PRA CASA?

— Vou, o Pierre está fazendo o jantar e o preguiçoso do Lucky não quis vir. – Meiko levantou-se da cadeira e empurrou-a no lugar onde estava. Imagens eróticas do Lucky começaram a povoar a mente de Luisa assim que escutou o nome. – Já vamos, até mais.

— Ah, até mais Meiko. – Paul deu um meio sorriso fazendo a garota corar ao máximo.

— ATÉ AMANHÃ, PESSOAL! – Lola acenou e saiu da loja.

— Até, Lola-chan! – Luisa gritou. Helena entrou à cozinha sem falar nada, aparentemente irritada.

 .

— Que moto bonita! É sua, Meiko-chan? – Lola perguntou com os olhos brilhando. A moto era esportiva e as cores vermelho e preto predominavam na lataria. Os pneus eram largos e o painel continha uma iluminação esverdeada.

— É. Eu já estava cansada de andar de metrô. As estações fedem. – Meiko disse, subindo na moto. Colocou um capacete e logo após Lola sentou-se na garupa. – Segure-se bem.

A menor assentiu e abraçou Meiko com força. Apertando um botão, Meiko deu a partida e acelerou a moto. Enquanto isso, no hospital, Guii já havia terminado de desenhar no bloco de notas inteiro.

— Como é tristinho te ver aí com cara de tédio... – Mitsuki aproximou-se da maca de Guii.

— O que você tá fazendo aqui, sua vadia? – O garoto pigarreou. – Vá embora.

— Esse não é o modo correto de receber visitas. – Ela disse. Retirou o revólver do bolso e o apontou na testa do garoto. – Escute bem o que eu vou falar e seja uma boa garotinha sem dizer um pio.

— Você é idiota. – Assim que Guii terminou de falar, levou um forte tapa no rosto.

— EU MANDEI VOCÊ FICAR QUIETO. – Ela gritou. Guii pousou sua mão à bochecha vermelha e fitou-a perplexo. – Você deve achar que eu sou a assassina. Eu tenho talento para ser uma, entretanto, não sou eu que ando cometendo esses homicídios em Nova York. Eu sou uma simples cúmplice cumprindo uma ordem do verdadeiro assassino.

Guii ouvia tudo atento, sentindo seu corpo inteiro gelar. A arma ainda estava apontada em sua testa.

— Eu não estou tentando matar seus amigos. Isso é apenas um aviso. Se eu quisesse mesmo matar, vocês não teriam nenhuma alternativa de conseguir escapar. – A loira disse. – Mas eu estou começando a achar que o que estou fazendo é errado.

— ACHAR? – O garoto arqueou uma das sobrancelhas e levou outro tapa depois.

— Calado. Eu vou parar com os avisos contanto que você faça algo pra mim. – Os olhos da garota pareciam devorar o corpo de Guii, o típico olhar de uma psicopata prestes a matar sua vítima. – E se você recusar, eu vou te matar aqui e agora.

Guii engoliu em seco.

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Notas finais do capítulo

"Na noite anterior, um senhor chamado Fujikama foi assassinado perto do seu local de trabalho. Ele era conhecido por exportar chás do Japão e vendê-los em uma pequena loja em uma das ruas mais humildes de Nova York, atraindo vários clientes para provar suas variedades de chás. A causa da morte pode ter sido um golpe forte em sua cabeça, segundo as análises feitas no corpo da vítima. Parece que os assassinatos de Nova York ainda estão longe de terminar."
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Gostaram do capítulo? O que vocês acham que a Mitsuki vai pedir? QUEM ACERTAR GANHA UM DOCE o/
Já sabem quem é o assassino? Sim, O assassinO. Não é uma mulher (acho que isso é bem óbvio, provavelmente vocês não suspeitaram de nenhuma).
No próximo capítulo terá um pouco da história de personagens novos, como Lola Bucksworth e do Joseph. Mas claro, não pode faltar ação e as filhadaputagens da Mitsuki -v-