My Last Memory!NewYork escrita por Porcelain


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou enorme e eu adorei ele :3
Vão ser tocadas cinco músicas.
Paradise City - Guns N' Roses/Cantada por: Paul
Goin' Down - The Pretty Reckless/Cantada por: Meiko
Monochrome no Kiss - Sid/Cantada por: Gegaito
4 Minutes - Justin Timberlake feat. Madonna/Cantada por: Gee e Lola.
Broken - Seether feat. Amy Lee/Cantada por: Toneide e Patch.
O capítulo está bem divertido e tenho certeza que vocês vão gostar. Não se esqueçam do review! Boa leitura :3



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11.

Passaram-se algumas semanas. Mitsuki fingia que era uma inocente estudante no colegial de Guii, assim como fingia que era uma excepcional atriz na peça de Pierre. Lola Bucksworth era uma excepcional Maid. Na frente dos clientes, era dócil e inocente. Porém, quando os mesmos não estavam mais, era quieta e séria. Lola ainda se sentia ameaçada por poder perder o emprego a qualquer momento. Precisava demonstrar que poderia proteger o Maid de futuros furtos ou outra situação de risco. Meiko já havia levado alta. Seus cortes cicatrizaram e o pulso quebrado estava recuperando-se por baixo das faixas. Já Toneide, apesar de não conseguir andar ainda, pôde voltar para casa em uma cadeira de rodas. Guii passava os dias tentando convencendo todos de participar da Feira de Atividades.

— Vamos! Vai ser divertido! – Guii implorava de joelhos na frente de todos.

— Não podemos ir, somos famosos agora. – Lucky disse, com um sorriso aparentemente esnobe.

— Acho que ninguém da minha escola sabe quem são vocês. – O moreno revirou os olhos. Lucky bufou e cruzou os braços, irritado. – Vai ser legal, que coisa!

— Se nós irmos, você cala essa matraca? – Meiko fuzilou-o com os olhos.

— SIM! CALO SIM! – Guii fechou a boca como se um zíper tivesse passado pelos seus lábios. Sophie voltou da cozinha com uma bandeja cheia de sanduíches e suco. Ela tinha um equilíbrio perfeito, sem derramar sequer uma gota de suco de dentro dos copos.

— Ah, como eu adoro sábados... – A morena sentou-se à frente da mesa de centro, onde pegou um pequeno sanduíche de pão integral e um suco de morango. Logo após, todos pegaram um sanduíche e um copo de suco, respectivamente.

— Espera aí, não foi você que fez os sanduíches, né? – Toneide perguntou aflita, antes de experimentar. Sophie revirou os olhos e assentiu.

— O Pierre que os fez.

— A comida do Pierre-kun é tão boa... – Lola disse, com as bochechas coradas enquanto mordia seu sanduíche com geleia de amora.

— Eu sei. – Pierre sorriu gloriosamente, levando uma cotovelada de Sophie. – Quer dizer, obrigado.

— QUAL MÚSICA SERÁ QUE EU CANTO NO KARAOKÊ? – Guii andava de um lado pro outro, e só parou quando Gee colocou o pé na frente fazendo o garoto cair no chão. – Há, há. Muito engraçadinho.

— Eu já tava ficando tonto com você andando pela sala inteira.

— Não vou poder fazer nada nessa feira, com essa cadeira de rodas idiota. – Toneide resmungou, bebendo seu suco light rapidamente. Gee fitou-a por uma fração de segundos, e depois desviou o olhar com desinteresse. Desde o dia da briga, os dois ignoram um ao outro. Ou melhor, não totalmente, já que uma vez ou outra eles se observavam quando um dos dois não prestava atenção.

— Eu vou fazer de tudo pra ganhar o urso! – Lola dizia empolgada, rodopiando seu vestido rosa que, pela primeira vez em muito tempo, cobria mais partes do seu corpo.

— E eu vou ganhar o cachecol. – Guii sorriu desafiadoramente à Lola.

— Ai ai, ingênuos. – Meiko lixou as unhas com um sorriso maléfico no rosto. – Não é novidade pra ninguém que eu vou ganhar o amplificador.

— Eu que vou ganhar o amplificador! – Gee e Lucky disseram ao mesmo tempo, depois se fitaram com raiva.

— Eu só irei pra me divertir, mesmo. – Sophie deu de ombros. – Mas duvido que eu consiga fazer alguma coisa.

— É, eu também. – Toneide concordou, levando uma almofadada de Meiko. – EI! ESSA DOEU.

— Essa era a intenção. E você, Gegaito? Também vai querer o ursinho? – Meiko sorriu maliciosa, olhando cautelosamente para o loiro. Gegaito mantinha seus olhos (na qual, um era vermelho e o outro, cor de vinho) no livro em que estava lendo.

— Não. Deixe o urso para a Lola. – O garoto virou a página lentamente. Aquela calma e tranquilidade que Gegaito tinha deixavam Meiko fora do sério. A garota tinha vontade de rasgar o livro na frente dele e esfregar as páginas no seu rosto. Respirou fundo, tentando pensar o que Sophie faria naquela hora. Fitou a morena, que bebia o suco e aparentemente estava preocupada com alguma coisa.

— Ei, Sophie. – Meiko a chamou. – Tá com algum problema?

— Ah, não... Eu só queria saber onde a minha mãe está. – A garota olhou pra cima, pensativa. – Eu deveria ter aproveitado pra perguntar isso à Mitsuki.

— Você também conhece uma Mitsuki? – Guii perguntou, com a boca toda suja de chocolate. – Eu conheci uma no colégio.

— Eu conheci uma Mitsu, não devem ser a mesma pessoa. – Pierre deu de ombros e se jogou largadamente no sofá. Lola apoiou sua cabeça no ombro do maior.

Apesar de Lucky ficar frente a frente com Mitsuki, ele não perguntou o seu nome. Toneide também não tinha perguntado, então não teria como os dois saberem que se tratava da mesma pessoa.

— Quantas Mitsukis devem existir em Nova York? – Lola questionou, mordendo seu sanduíche e sujando os lábios com geleia.

— Você não consegue comer sem parecer um bebê? – Pierre resmungou.

— NÃO FALE ASSIM DELA. – Meiko reclamou dando um tapa na cabeça do mesmo. – Lola-chan, como está indo o seu trabalho?

— Muito legal! – A pequena sorriu. – Entrou uma nova garota lá! Ela também se chama Lola e sabe atender muito bem.

— Ela também se chama Lola? Parece que o autor está tendo uma crise de criatividade. – Toneide lixou suas unhas amarelas.

— Quando suas pernas vão melhorar, Toneide-chan? – Lola debruçou-se sobre o braço do sofá para se aproximar de Toneide, e cutucou sua coxa com o dedo. – Sente isso?

Toneide deu um meio sorriso, com um pouco de tristeza.

— Não. Não sinto.

Gee olhou-a disfarçadamente, havia um pouco de preocupação em seu rosto.

A feira de Atividades começara. Guii conseguiu convencer todos à irem, e Lola também convidou as garotas do Maid Café à comparecerem. Toneide também chamou os garotos da Vogue (e Ângela também, que nunca iria recusar).

— Você trouxe bastante gente. – Nicholas comentou à Guii. O moreno reparou que Nicholas estava acompanhado de um garoto com a aparência um tanto exótica. Ele tinha olhos verdes como esmeraldas e os seus cabelos eram roxos, com uma franja que ficava entre seus olhos. Ele era um pouco mais alto que Nicholas, mas nada muito significativo.

— Quem é o garoto mangá? – Guii perguntou, apontando para o garoto.

— Ah, este é o Chase. Ele é o meu melhor amigo. – Nicholas disse. Chase se aproximou e estendeu a mão.

— Olá. – Guii disse, com um aperto de mãos. Mel aproximou-se silenciosamente com a mesma cara de sono e ressacada de sempre.

— E aí, beleza? – Ela disse, dando um soco de leve no ombro de Nicholas e de Guii. – Seu cabelo é muito foda, cara.

— Obrigado. – Chase riu. – Então... Vamos começar as atividades?

— O cachecol já é meu, podem escolher outros prêmios. – Guii disse, firme com suas palavras.

— De que adiantaria um amplificador se eu não tenho nem a guitarra? – Mel arqueou uma das sobrancelhas, com as mãos no bolso. – Ah, foda-se. Só quero acertar aqueles alvos com as estrelhinhas ninja.

No início da feira, todos recebiam uma ficha no valor de $20 dólares, como entrada. Nesta ficha continha os locais para carimbarem, cujo valor de pontos estaria marcado nele. Assim, quem tiver mais carimbadas na ficha – e, consequentemente, mais pontos, – ganharia um dos três prêmios.

Meiko pegou quatro kunais e separou-as entre seus dedos. Com um rápido movimento na horizontal, as kunais atingiram perfeitamente os centro dos quatro alvos.

— Que divertido. – A morena disse sarcástica. O homem que tratava dos alvos pegou a ficha da garota e carimbou com 20 pontos.

— Meiko-chan, você é muito boa! – Lola elogiou.

— Ah, eu também consigo fazer isso. – Arya disse. Meiko fitou-a com o canto dos olhos com antipatia. – Também quero atingir os alvos.

Assim, o homem também entregou-a quatro kunais. E, rapidamente, Arya também atingiu os alvos.

— Fácil como tirar doce da boca de Lolas. – A morena deu de ombros com um sorriso vitorioso na face. O homem também carimbou 20 pontos em sua ficha.

— Nem todas as Lolas. – Bucksworth disse irritada, com os braços cruzados.

— Será que nós podemos brincar de outra coisa sem ser Naruto? – Helena questionou. – Ali! Aqueles jogos de dança!

— Eu também quero participar. – Sophie pôs-se ao lado de Helena, com um sorriso bondoso na face. – Vamos juntas.

As duas garotas se posicionaram por cima do tapete eletrônico e à frente do grande monitor que era dividido em duas partes.

— Tem certeza que quer fazer isso? – Toneide aproximou-se com sua cadeira de rodas. Patch, Louis e Ângela estavam atrás dela. – Se você botar muita força pode quebrar os joelhos.

— Não se preocupe com a Sophie. Ela não tem pernas fracas iguais as suas. – Meiko rebateu. Toneide revirou os olhos e retirou-se de lá. A música “World is Mine” começou à tocar e várias setinhas coloridas desciam do monitor. Ao mesmo tempo, Helena e Sophie dançavam em perfeita sincronia.

— Eu nem sabia que a Sophie conseguia dançar. – Meiko sussurrou surpresa, fazendo Lola rir.

Em alguns momentos, ora Sophie e ora Helena erravam alguns passos mais rápidos. Mas, fora isso, as duas dançavam perfeitamente.

— Rá! Fiz 2140 pontos. – Helena comemorou.

— Eu fiz 2137. – Sophie suspirou, querendo dizer algum palavrão. Porém, repreendeu-se. Helena teve 30 pontos carimbados em sua ficha, enquanto Sophie teve apenas 25.

— Existe alguma coisa aqui que seja realmente divertida? – Pierre perguntou. – Aqueles alvos foram tão fáceis que todos nós conseguimos ganhar.

— É, nem deu pra suar. – Lucky disse, observando os 20 pontos carimbados em sua ficha.

— Ei, olha lá! – Gee apontou. Meiko disputava na pista de dança com Lola Bucksworth. Aparentemente ninguém estava se importando com a dança, e sim com os seios de Meiko balançando para todas as direções. Gee, Lucky, Pierre, e Gegaito se aproximaram de lá. As duas dançavam “Just Be Friends” com habilidade, se bem que de certa forma Meiko estava indo melhor.

No final, as duas acabaram empatadas.

— Finalmente encontrei uma rival com o mesmo nível. – Meiko disse, como uma certa indireta à Gegaito.

— Hey, Meiko! – Paul se aproximou da garota com um sorriso no rosto. Todas as garotas em volta pararam o que estavam fazendo para admirar o maior. – Como vai você?

— Eu não gosto desse cara. – Lucky e Gee sussurraram, com raiva.

— Ah, normal. – Meiko deu de ombros quando percebeu que Paul passava a mão perto de seu rosto.

— O que foram esses dois pontos? – Ele tirou uma mecha de cabelo de Meiko para observar o machucado que já estava quase sumindo. – Você caiu com a cabeça?

— É, exatamente. Devo ter ficado meio louca, então eu não recomendaria que você ficasse tão perto de mim. – Meiko disse, notando que Gee e Lucky ardiam em chamas ao observar os dois.

— Vou correr esse risco. – Ele riu. – Ei, que tal nós irmos até o karaokê? Você ganharia fácil lá.

— Não sei... Eu estou meio rouca e... – A morena começou à dar falsas tossidas como modo de fazer Paul desistir da ideia.

— Vamos, você não me engana.

— Tá... – O maior puxou-a até o meio da multidão. Lucky e Gee seguiam-nos rapidamente. Gegaito e Pierre, sem alternativas, foram também.

— Foi tão simples ganhar 50 pontos! – Brenda disse, com Nathan. – Se pudesse, eu cantaria de novo para completar os primeiros 100!

— Engraçado foi a cara de inveja das pessoas observando nós cantarmos. – Nathan disse, vangloriando-se.

— Ou eles deviam estar admirados com tantas aberrações. – Mel sorriu, tirando uma mecha de seus cabelos longos e lisos de seu olho.

— Quem é você pra falar de aberrações, Avril Lavigne falsificada? – Brenda arqueou uma sobrancelha.

— Sou alguém mais normal que você, que acha que pode ficar fazendo showzinhos com seu irmão em todo lugar que vai. – Mel riu. Guii aproximou-se do karaokê com brilho nos olhos, quando foi empurrado por Paul que subiu em cima do pequeno palco e pegou um microfone.

— Primeiro sou eu, e depois você. – O moreno disse à Meiko, que assentiu envergonhada. Uma música aleatória começou à tocar, e sua letra apareceu no monitor.

[GUNS N’ ROSES – PARADISE CITY]

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Me leve pra casa (Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?)

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Leve-me pra casa (Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?)

Apenas um vagabundo vivendo sob a rua

Eu sou um caso difícil que é difícil de bater

Sou sua obra de caridade, me compre alguma comida

Eu te pago em outra hora

Leve isso até o fim da linha

Trapos para ricos ou algo assim eles dizem

Você tem de continuar tentando a fortuna e a fama

Você sabe que isso é tudo uma aposta quando é só um jogo

Você trata isso como um crime capital

Todo mundo está tendo sua vez

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Oh, você não poderia, por favor, me levar pra casa, yeah, yeah?

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Leve-me para casa

Amarrado na cadeira da câmara de gás da cidade

Porque eu estou aqui, eu não consigo nem me lembrar

O cirurgião geral disse que é perigoso respirar

Eu tenho outro cigarro mais eu não posso ver

Diga-me em quem você vai acreditar

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Leve-me para casa, yeah yeah

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Oh, você não poderia por favor me levar pra casa, yeah?

Tão longe, tão longe

Tão longe, tão longe

Capitão America tem sido dilacerado

Agora ele é um bobo da corte com o coração quebrado

Ele disse, vire-me e leve-me para o começo

Eu só posso estar perdendo a cabeça, você é cego?

Eu tenho visto isso um milhão de vezes

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Leve-me para casa, yeah, yeah!

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Leve-me para casa, yeah, yeah!

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?

Oh eu quero ir, eu quero saber

Oh, você não vai, por favor, me levar pra casa?

Eu quero ver como isso pode ser bom

Oh, você não vai, por favor, me levar pra casa?

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Leve-me para casa

Leve-me de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?

Leve-me, leve-me

Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?

Eu quero ver como isso pode ser bom

Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?

Eu quero ver como isso pode ser bom

Oh, Oh leve-me para casa

Me leve de volta pra cidade paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?

Eu quero saber, eu quero saber

Oh, você não poderia por favor me levar pra casa?

yeah, baby!

As garotas gritavam loucamente e aplaudiam. Uma mistura de assobios e gritos descontrolados preenchiam o ar. Paul sorriu sedutoramente e entregou o microfone para Meiko, piscando o olho.

— Boa sorte. – Ele disse.

— Não preciso de sorte. – Meiko sorriu de um jeito malicioso e posicionou-se em frente ao monitor. Paul recebeu uma carimbada de 80 pontos em sua ficha, totalizando 130 pontos. Guii assistia tudo impaciente.

Uma música que Meiko conhecia começou à tocar, e sua letra aparecia na tela.

[THE PRETTY RECKLESS – GOIN’ DOWN]

E aí, Padre

Eu não quero incomodá-lo

Mas eu tenho que confessar um pecado

Eu tenho apenas 16, se é que você me entende

Você se importa se eu tirar meu vestido?

Não sei por onde começar

Deixe-me começar com as partes boas

Pode querer cruzar suas pernas

Eu tenho inveja, eu tenho ganância, qualquer coisa que você precise

E eu não tô afim de ter que implorar

Houve um garoto que rasgou meu coração em dois

Eu tive que colocá-lo a oito palmos de profundidade

Tudo que preciso é de alguém para me salvar

Porque eu estou desmoronando

E o que eu preciso é de alguém para me salvar

Porque eu estou desmoronando, todo o caminho está indo abaixo

Bem, e aí, Padre

Existe apenas uma outra coisa

Eu tenho um pedido simples

Ouvi dizer que você conhece Deus, poderia cumprimentá-lo por mim?

Eu estaria em dívida com você

Talvez haja algo que nós deveríamos fazer

Percebi que a sua respiração está começando a mudar

Nós poderíamos ir para os fundos, atrás de todas essas pilhas de bíblias

E sair desta gaiola

Houve um garoto que rasgou meu coração em dois

Eu tive que colocá-lo a oito palmos de profundidade

Tudo que preciso é de alguém para me salvar

Porque eu estou desmoronando

E o que eu preciso é de alguém para me salvar

Porque Deus, estou indo abaixo, todo o caminho

Eu não queria fazê-lo, Padre

Mas eu o peguei com outra mulher na cama, então eu fiz

Coloquei-o em uma cova

E agora não há mais ninguém por perto para me tirar

Quando eu quero que isso se arraste

No dia seguinte, na televisão, eles o identificaram

Pela circuncisão que fiz e agora estou em fuga

Mas espere, por que eu tive que ir e matá-lo

Quando ele foi o melhor que eu já tive?

Tudo que eu preciso é de alguém para me salvar

Porque eu estou desmoronando

E o que eu preciso é de algo para me salvar

Porque Deus, estou indo para baixo, todo o caminho

Eu estou indo para baixo

Todo o caminho abaixo

Meiko parou de cantar, e todos aplaudiam feito loucos, inclusive Lucky e Gee. Paul assoviava e aplaudia também. A morena pode enxergar Sophie junta de Lola na platéia, e as duas gritavam empolgadas.

— Você foi ótima! – Paul aproximou-se e a abraçou com força, fazendo-a corar. Lucky podia sentir que estava próximo de arrancar os braços de Paul com as próprias mãos. Já Gee distraía-se com os seios de Meiko sendo prensados contra o corpo de Paul.

— Desculpe interromper. – Gegaito disse, arrumando sua gravata. – Agora é minha vez.

— Vai cantar a música da Barbie? – Meiko e Paul riram. Gegaito pegou o microfone e apertou um botão fazendo a música começar. Gegaito fitou os olhos de Sophie profundamente ao saber qual canção era.

[SID – MONOCHROME NO KISS]

Nosso encontro não tem cores, o monocromático sopra através dele

Vou confiar minhas dores a você

O vigoroso outono mostra vestígios das minhas cicatrizes

Seus dedos gelados acenando pra mim

Como gelo que teima em derreter

E você me resgata e brinca comigo em seus lábios

Mas mesmo assim, procurarei pelo meu verdadeiro amor

Seus olhos secos enxergam mais longe agora

Se eu pudesse, queria te abraçar e acabar com isso

A Lua oculta e pálida também nos esconde

Logo após, Gegaito virou-se para Meiko e também fitou-a profundamente.

E por quantas noites eu venha a te amar

No mar da dependência eu me esqueço até de respirar

Em frente à loucura, você me deixa um morno calor

Por um momento, não gosto dos seus beijos exaltados

Não me deixe sozinho! Aponte e fira-me mais!

Quais palavras vão deslizar pelo seu quarto?

Adormeço em confusão, diga-me mais do que isso

Os suspiros que se perdem em questão de sorrisos, apenas a Lua os vê

Gegaito virou-se para a platéia.

Não há mais volta, vou ser independente

Não tenho mais você, eu não preciso mais

Mas mesmo assim com certeza eu procurei meu verdadeiro amor

Meus olhos encharcados enxergam mais longe agora

Se eu pudesse, queria te abraçar e acabar com isso

Esses desejos e a noite trazem a manhã em vão

Com o seu doce, caloroso e covarde beijo

Dê-me cores nas noites onde a Lua brilhar

Assim que Gegaito terminou a canção, as garotas aplaudiam e assobiavam. O loiro jogou o microfone para Gee e desceu do palco.

— Eu também vou! – Gee disse, fazendo Meiko interromper o abraço. O garoto aproximou-se da “plateia” e puxou Lola para o palco. – Lola, canta comigo?

— Se eu souber a letra... – Lola disse. Guii pousou a mão no rosto com vergonha. Meiko recebia o carimbo de 120 pontos na sua ficha, totalizando 180 pontos. Uma música bastante conhecida começou à tocar e os dois dançavam no ritmo e sincronizados, de um modo sensual.

[JUSTIN TIMBERLAKE feat. MADONNA and TIMBALAND – 4 MINUTES]

[Lola]

Vamos lá, garoto

Estive esperando por alguém

que me acompanhasse, uh

[Gee]

Bem, não perca tempo

Me dê um sinal

Diga-me como você quer se divertir

[Lola]

Eu quero alguém que acelere por mim

E depois vá devagar

Há bastante espaço para ambos

[Gee]

Bem, posso lidar com isso

Você só tem que me mostrar onde está

Está pronta para ir?

(Está pronta para ir?)

[Os dois]

Se você quer

Você já o tem

Se você pensou nisso

É melhor que seja o que você quer

Se você sente isso

Deve ser real apenas

Diga a palavra e vou dar-lhe o que você quer

[Lola]

O tempo está esperando

[Gee]

Nós temos apenas 4 minutos para salvar o Mundo

[Lola]

Sem hesitação

Pegue um rapaz

[Gee]

Pegue uma menina

[Lola]

O tempo está esperando

[Gee]

Nós temos apenas 4 minutos para salvar o Mundo

[Os dois]

Sem hesitação

Nós temos apenas 4 minutos 4 minutos

[Os dois]

Mantenha o ritmo, mantenha o ritmo não seja uma pri hey

Madonna uh

Você tem que entrar na linha, pule

Tick tock tick tock tick tock

É isso mesmo, mantenha o ritmo, mantenha o ritmo

Não seja uma pri hey, Madonna uh

Você tem que entrar na linha, pule

Tick tock tick tock tick tock

[Lola]

Às vezes eu penso, o que eu preciso é uma intervenção sua, yeah

[Gee]

E você sabe que eu percebo que você gosta

E isso é bom, pela forma a que você se move ooh hey

[Lola]

O caminho para o inferno é pavimentado de boas intenções, yeah

[Gee]

Mas se eu morrer esta noite

Pelo menos eu posso dizer que fiz o que eu queria fazer

Diga-me e você?

[Os dois]

Se você quer

Você já o tem

Se você pensou nisso

É melhor que seja o que você quer

Se você sente isso

Deve ser real apenas

Diga a palavra e vou dar-lhe o que você quer

[Lola]

O tempo está esperando

[Gee]

Nós temos apenas 4 minutos para salvar o Mundo

[Lola]

Sem hesitação

Pega um rapaz

[Gee]

Pega uma menina

[Lola]

O tempo está esperando

[Gee]

Nós temos apenas 4 minutos para salvar o Mundo

[Lola]

Sem hesitação

Nós temos apenas 4 minutos 4 minutos

[Os dois]

Mantenha o ritmo, mantenha o ritmo

Não seja uma pri hey, Madonna uh

Você tem que entrar na linha, pule

Tick tock tick tock tick tock

É isso mesmo, mantenha o ritmo, mantenha o ritmo

Não seja uma pri hey, Madonna uh

Você tem que entrar na linha, pule

Tick tock tick tock tick tock

Após terminarem a música e todas as danças sensuais enquanto cantavam, todos aplaudiam. Toneide observava com raiva, junta de Patch.

— Me levanta no palco, nós vamos cantar também. – A ruiva disse, firme.

— O quê? Mas eu não sei cantar! – O moreno falou. Toneide fitou-o com um olhar mortal e o mesmo deu de ombros, vencido. Patch pegou-a no colo e foi até o palco, colocando-a sentada na beira do mesmo.

— Tomara que seja uma música boa. – Toneide cruzou os dedos enquanto pegava um microfone. A música começou. A garota percebeu que já a conhecia, e o pior era que ela se encaixava perfeitamente no momento em que estava passando.

[SEETHER feat. AMY LEE – BROKEN]

[Patch]

Eu queria que você soubesse que eu adoro o jeito que você sorri

Eu quero te abraçar bem forte e levar sua dor pra bem longe

Eu guardo sua foto, e eu sei que ela me faz bem

Quero te abraçar bem forte e roubar sua dor

[Os dois]

Porque eu fico em pedaços quando estou solitário

E eu não me sinto bem quando você vai embora

[Patch]

Você se foi

E não me sente mais aqui

[Toneide]

O pior já passou e nós podemos respirar de novo

Eu quero te abraçar bem forte, você tira a minha dor

Há muita coisa deixada de aprender, e ninguém contra quem lutar

Eu quero te abraçar bem forte e roubar sua dor

[Os dois]

Porque eu fico em pedaços quando me abro

E eu não me sinto como se eu fosse forte o bastante

Porque eu fico em pedaços quando estou solitário

E eu não me sinto bem quando você vai embora

Quando Toneide deu por si, percebeu que estava cantando para Gee. Os dois se fitavam sérios, e a garota nem se tocou que já estava chorando. Patch cantava olhando para ela, tentando não demonstrar emoção alguma.

 [Os dois]

Porque eu fico em pedaços quando me abro

E eu não me sinto como se eu fosse forte o bastante

Porque eu fico em pedaços quando estou solitário

E eu não me sinto bem quando você vai embora

Porque eu fico em pedaços quando fico solitário

E eu não me sinto bem quando você vai embora

[Patch]

Você se foi,

Você não me sente mais aqui.

A música acabou e as pessoas aplaudiram. Depois de terem a ficha carimbada com 110 pontos, Patch recolocou Toneide na cadeira de rodas e os dois se distanciaram do karaokê.

— Ainda vai cantar? – Mel perguntou. Guii deu de ombros e virou-se irritado.

— E você ainda diz que não sabe cantar. – Louis disse à Toneide, irritado.

— Ah, fala sério. – Toneide limpou o rastro de suas lágrimas com a manga de sua blusa. – Eu nem cantei tão bem assim. O Patch cantou melhor.

— Os dois foram ótimos! – Ângela disse. Toneide sorriu como agradecimento.

— O que uma cadeirante inútil como eu pode fazer numa feira de atividades agora? – A ruiva suspirou desanimada.

— Eu iria naquele brinquedo de metralhadoras, ali. – Louis apontou com seu dedo cheio de anéis à um local onde havia uma metralhadora de brinquedo que disparava bolinhas de tinta em um manequim. A pessoa que operava a metralhadora agora era Meiko, que disparava sem dó.

— Coloque na lista: Nunca dar uma metralhadora pra Meiko. – Sophie pediu, à Lola.

— Anotado!

Meiko atirava com tanta vontade que a cabeça do manequim acabou caindo. Assim, Meiko ganharia a Feira de Atividades facilmente.

— QUE COISA! JÁ PASSARAM-SE 30 MINUTOS E EU NÃO FIZ NADA AINDA! – Guii gritou, irritado.

— Para de gritar, não estamos na sua casa. – Mel mandou.

— Olha lá, Nicholas! – Chase agarrou o braço do loiro, animado. – Parecem aquelas motos dos shoppings!

Em um trecho da feira, haviam algumas motos fixadas no chão em frente à monitores. Obviamente era um jogo de simulação, e uma das coisas que Chase mais gostava era andar de moto. O garoto de cabelos roxos subiu em cima de uma das motos e colocou sua ficha em uma espécie de scanner, como forma de iniciar o jogo. Assim, a moto começou a vibrar e a figura de uma estrada surgiu no monitor. Após isso, a estrada virtual começara à se mover, assim como a moto.

— Ah, eu já tentei jogar isso! – Guii falou, empolgado. – Nos primeiros 3 segundos eu me joguei do penhasco.

— Pelo visto você é um bom piloto. – Nicholas disse sarcástico, fazendo Mel rir. Alguns minutos depois, Chase conseguiu finalizar o jogo, ganhando 120 pontos.

— Eu queria ir de novo! – Ele se lamentou.

— Não, chega de motos. – Mel disse, com a sobrancelha arqueada. – Que tal aquela coisa de pegar brindes com a garra mecânica?

— Sério que você quer um ursinho? – Nicholas perguntou, rindo. A garota fuzilou-o com os olhos.

— Eu só quero aquela pelúcia do Mário ali. Os joguinhos dele são muito foda. – Mel falou, aproximando-se do brinquedo. Inseriu sua ficha em outro scanner, e assim segurou uma alavanca azul que movimentava a garra.

— PEGA AQUELE GATO BRANCO! – Guii implorou. – EU PRECISO DELE!

— Você está me desconcentrando. – A morena pigarreou. Posicionou a garra em frente ao Mário e quando apertou o botão para a garra descer, foi interrompida por um grito de felicidade.

— JÁ TEMOS 230 PONTOS! – Brenda gritava animada, com seu irmão. Nathan fitou Nicholas com vergonha.

— Vocês não dão nenhum dia de folga, né? – Guii suspirou.

— Quantos pontos você já tem? – Brenda perguntou, com as sobrancelhas arqueadas. Guii olhou sua ficha e notou que não tinha nenhum carimbo até agora.

— 390. – O garoto mentiu. Brenda esbugalhou os olhos.

— Nathan, há quanto tempo eu não te vejo! – Chase diz com malícia no olhar.

— E preferia que continuasse não vendo. – O garoto arrumou seu cabelo e fitou-o com antipatia. Desde que Nathan e Nicholas começaram a namorar, Chase se sentira solitário. Muitas vezes os dois disputavam a atenção de Nicholas, mas Nathan sempre ganhava.

— Você não mudou nada. – O garoto de olhos verdes disse à Nathan. – Lembra quando você bancava a diva nas peças que fazia?

— Não posso fazer nada se tenho talento o suficiente pra protagonizar qualquer tipo de peça. – Nathan fitou Guii como se fosse uma indireta.

— Sabe que aquele cachecol até que combina com esse seu pescoço fino? – Brenda disse. Guii reparou que as marcas de suas unhas continuavam no pescoço da garota.

— Impressionante o quanto vocês me dão sono. – Mel bocejou. – Olha, enquanto vocês ficam com essa conversa idiota repletas de indiretas e idiotices, eu vou ali disputar Guitar Hero com o Joe.

— Conversa idiota repleta de idiotices? Você pensou nisso sozinha, Mel? – Brenda perguntou impressionada. Mel pegou uma das guitarras e colocou a alça por cima de seu ombro. Joe aproximou-se e pegou outra.

— Acha mesmo que vai ganhar de mim? – Joe riu.

— Até o inútil do Guii consegue ganhar de você. – Mel deu de ombros. – Vou ficar impressionada se conseguir pelo menos ir até mais do começo.

— Você fala demais pra uma principiante.

— Vamos ver quem é o principiante aqui. – Mel falou, selecionando a música B.Y.O.B do System of a Down no modo expert.

— Hm, já quer ir no expert? Está bastante apressadinha pra quem não consegue completar nem no easy e...

Quando Joe notou, a música já estava tocando e Mel apertava os botões coloridos de sua guitarra com habilidade. O loiro não ficou pra trás, também apertava os da sua guitarra tão bem quanto ela.

— Vamos ficar aqui parados vendo eles jogarem? – Guii perguntou, impaciente. Nicholas conversava com Chase e Nathan, enquanto Brenda esnobava outro grupo de amigos. Então, de relance, Guii viu que Mitsuki corria para um lado. – Mitsuki?

O garoto correu até ela até notar que ela parou em frente à um labirinto.

— Guii, você veio! – Mitsuki deu um sorriso de empolgação falso. – Quer participar do labirinto? Não tem ninguém ainda, então você pode ser o primeiro.

— Você é que cuida do labirinto? – Guii arqueou uma das sobrancelhas e Mitsuki assentiu. – Ok, vou participar. Como que funciona?

— Bom, no início, você vai escolher um tema de perguntas. No caminho do labirinto você vai ser parado por uma parede com uma pergunta. Você vai responder ela, apertando o botão de sim ou não que vai estar em um buraco dentro da parede.

Guii apertou os olhos, confuso.

— Se a pergunta estiver correta, você pode continuar. Se estiver errada, você terá que responder outra pergunta. – Mitsuki falou. – E assim, você vai respondendo até chegar ao final, com 400 pontos.

— Tudo isso só pra responder perguntas? – Guii perguntou. Mitsuki sorriu maliciosa.

— Não vai ser tão fácil assim.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acham que vai acontecer com o Guii no labirinto? ;)
Não se esqueçam do review -q