The Hunger Games - Peeta P.O.V escrita por Christine Silva


Capítulo 17
Minha brilhante tentativa de matar um animal.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, obrigada pelos comentários que vocês deixaram no outro capitulo.
De agora em diante tudo vai ser mais difícil por ter que descrever a arena, eu espero estar me saindo bem.
POR FAVOR LEIAM AS NOTAS FINAIS!
Boa leitura!



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Meu primeiro instinto é fugir daquele lugar, então assim que o gongo soa, eu saio correndo em direção à imensa floresta de pinheiros. Em minha tentativa de fuga, colido-me com um garoto bem magricela, cheio de espinhas na pele. Alguém atira uma lança nele e ele cai no chão. Tudo ocorre tão rapidamente que eu mal posso respirar. Rapidamente eu olho para um lado e para o outro, tem tanta gente aqui que não posso saber quem atirou a lança no garoto, mas sei que ele está morto e se eu ficar muito tempo por aqui, provavelmente terminarei como ele. Percebo que o garoto com problemas de pele carregava uma mochila consigo. Não penso duas vezes antes de pegar, afinal ele não poderá mais usá-la. Bom, é melhor do que nada. Pego a mochila do garoto e a lança que atiraram nele e continuo em direção a floresta.

Nunca entrei na floresta do Distrito 12, tanto porque era proibido, como porque eu nunca pensei em fazê-lo. Eu me sinto deslocado nesse lugar, não tem onde eu possa me esconder, e parando aqui, no meio da floresta, eu seria visto muito facilmente. Por um longo tempo eu continuo correndo sem olhar para trás, apenas tentando me distanciar o máximo possível da Cornucópia. Todo aquele treinamento valeu a pena afinal de contas. As botas que eu recebi também me ajudam bastante. Eu corro por mais tempo do que achei que eu fosse capaz, até que estou cansado e tropeçando sobre meus próprios pés. Paro de correr, mas sigo caminhando.

O que vou fazer? O que vou fazer?

No meio da floresta, vejo pedras de vários tamanhos em meio ao musgo. Olho para todos os lados. As únicas coisas que eu vejo são arvores de todos os tamanhos e, o único barulho que eu escuto é o de minha respiração cansada e de meu coração que martela forte no meu peito. Decido descansar um pouco e verificar minha mochila.  Sento-me na maior pedra. Posiciono a lança ao meu lado para caso eu precise dela. Em minha mochila encontro uma garrafa de iodo, uma garrafa de plástico de um litro que – por um milagre – está cheia de água, um pacote com biscoitos, um pacote com tirinhas de carne seca, sacos plásticos, cordas e um par de luvas que me serão uteis em noites frias. Pode parecer pouca coisa, mas em vista do que eu pretendia sair da Cornucópia, – Nada – é muito.

Ao meu horizonte, eu consigo ver o crepúsculo. Logo os Carreiristas Trogloditas estarão soltos por ai à procura de tributos solitários como eu. Não estou disposto a encontrar todos eles apenas com uma lança roubada de um cadáver.

Como não tenho a mínima fome graças ao tanto que eu comi na Capital, guardo tudo dentro da mochila, pego minha lança e continuo minha caminhada floresta adentro. Não é tão ruim quanto eu esperava, pelo menos não agora, quando tudo o que tenho que fazer é caminhar a procura de um lugar para dormir ou de um lago como Haymitch me instruiu.

Fico grato que tenha sido eu, e não um de meus irmãos a ser escolhido aquela tarde na colheita do Distrito 12. Eu não suportaria vê-los neste lugar terrível. Imagino que eles estejam em casa, assistindo tudo pela velha televisão que meu pai nos comprou. Lembro-me do meu pai, no dia em que veio se despedir de mim, me abraçando forte e chorando em meu ombro. Sinto falta do meu velho, mas não posso chorar. Não agora. Não aqui.

Onde estará Katniss? Eu não a vi correndo para a floresta e, com toda aquela bagunça na Cornucópia imagino que ficaria difícil ver algo. Será que ela enfrentou o banho de sangue ou apenas saiu de lá? Eu bem que poderia encontra-la por ai, talvez nós pudéssemos fazer uma aliança, pelo menos por enquanto. Bom, talvez isso não seja uma ideia tão boa quanto eu imagino, afinal, não sei se ela ficaria do meu lado ou não. Pelo menos tenho quase certeza de que ela não está morta, ou está? Tiro isso rapidamente de minha cabeça. Provavelmente ela está por ai, sentada no galho de uma árvore, comendo esquilos e atirando nos tributos que passam com um arco e flecha.

Vejo um pequeno coelho e resolvo testar minha habilidade com a lança que eu peguei do garoto morto. Posiciono a lança e atiro nele. Percebendo minha intenção, o bicho sai correndo pela floresta e minha lança acerta o tronco de uma árvore, não por muito tempo, porque com o seu peso, ela obviamente cai no chão. Posso imaginar as câmeras se focando em minha expressão nesse exato momento, isto deve divertir as pessoas da Capital um pouco. Olho para o bicho desaparecendo ao horizonte. Olho para a lança – agora no chão em meio ao musgo – e não posso deixar de rir.

Ouço um canhão. Imediatamente tapo minha boca. Espero que ninguém possa ter me ouvido. Ótimo! Não consigo acertar a lança nem em um pequeno animal, imagina só em um tributo monstruoso como os que eu vi. Certamente estarei morto em alguns dias, ou por outro tributo, ou simplesmente morrerei de fome. Que belo idiota eu sou. Olho para todos os lados, mas não vejo ninguém. Só então me lembro de que eles devem estar recolhendo os corpos da cornucópia, eles só atiram os canhões quando o combate termina e todos os outros tributos vivos saem de lá. Permaneço em silencio contando todos os tiros. Depois não escuto mais nada. Onze tiros. Onze mortos no banho de sangue da Cornucópia. Os outros treze restantes estão por ai tentando encontrar uns aos outros. Tentando me encontrar.

Pego a lança do chão e continuo minha caminhada.


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Notas finais do capítulo

Eu gostaria de pedir para aqueles que acompanham, e gostam da história que deixem comentários e/ou recomendações. Sinceramente, não custa nada perder cinco minutos dando sua opinião sobre a história, é realmente muito bom para quem escreve ver que vocês se interessam. Enfim, sem pressão.
E, quanto ao próximo capitulo, provavelmente vai ser postado na terça-feira como sempre, mas eu gostaria muito que vocês me dessem uma ideia. "Onde o nosso querido Peeta poderia dormir? Em uma árvore?, em alguma gruta/caverna que ele encontre no meio da floresta? ou onde?" Eu estou completamente perdida neste ponto. Quem poder me ajudar, eu ficarei completamente agradecida. Obrigada.