The Hunger Games - Peeta P.O.V escrita por Christine Silva


Capítulo 16
Sessenta segundos na cornucópia.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente (: obrigada pelos comentários fantásticos que vocês deixam para mim. Bom, não tenho muito o que falar hoje. Definitivamente os Jogos estão abertos. Boa leitura e que a sorte esteja sempre a seu favor.



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Não consigo dormir muito bem. Parte pela inquietação e pela expectativa de estar na arena amanhã, parte pelo barulho nas ruas.

Sonho com chamas, cestas de flores e cacos de vidro.

Será que minha mãe tinha razão ao dizer que Katniss mesma me mataria nos primeiros cinco segundos de Jogos se pudesse? Respiro fundo e tiro essa ideia de minha mente.

Logo pela manhã Portia me acorda para os preparativos. Vamos para o telhado.

Em um minuto o céu está vazio. Comum. Em outro, um aerodeslizador aparece como num passe de mágica. Eles lançam uma escada para que possamos subir a bordo. No instante que coloco minhas mãos e meus pés na escada, uma corrente elétrica me paralisa, fico ali grudado à escada enquanto eles me puxam para cima. É uma sensação estranha. Eu pareço entorpecido. Quando estou na porta do aerodeslizador, antes de ser liberado na escada, um mulher com um casaco branco se aproxima de mim um coma seringa na mão. Que ótimo!

- Isso aqui é seu rastreador, Peeta. Se você ficar bem imóvel eu o injetarei de forma rápida e eficiente.

Ahaam. “Imóvel”. Mesmo se eu quisesse correr, eu não poderia. Ela fura meu antebraço com a seringa e injeta o rastreador em mim.  Depois disso sou liberado da escada e Portia sobe a bordo também.  

Somos levados até uma sala onde nos servem café da manhã. Não estou com o mínimo de fome, mas Portia diz que tenho que comer bastante porque não sei o que vou encontrar na arena e assim o faço.

O aerodeslizador flutua no ar a toda velocidade e em meia hora ele aterrissa. Novamente fico paralisado pela escada e imagino que assim como o campo de força do telhado, essa corrente elétrica foi feita para “Nos mantermos seguros”.

Portia e eu seguimos em um túnel até as catacumbas que ficam abaixo da arena. Elas são chamadas assim porque é aqui que terminamos de nos vestir e nos preparar para o matadouro que há lá encima.

Tomo um banho bem demorado, talvez este seja o ultimo. Portia me espera sentada em uma das pequenas poltronas na sala. Um pacificador traz um pacote com a roupa / uniforme que terei de usar. Portia me ajuda a vestir uma calça marrom, uma blusa verde, um cinto marrom como a calça, só que mais robusto e uma enorme jaqueta preta com capuz. Por ultimo eu coloco as botas pretas de couro.

Não há mais nada a fazer que não seja esperar.

Portia me encara. Ela está em pé bem na minha frente. Ela pega meu rosto com as mãos para que eu possa prestar atenção nela.

- Esse traje não é um dos melhores que eu já vi, mas a jaqueta vai servir de alguma coisa. O que você pretende fazer quando chegar à arena? Não está pensando em participar do banho de sangue não é? Não vai valer muito a pena.

- Eu também acho que não vale a pena participar disso. Haymitch me disse para sair correndo e procurar água. – Digo a ela que ainda tem as mãos em meu rosto.

- Está certo. Faça isso. Procure água. – Seus olhos se enchem de lágrimas. É incrível como em tão pouco tempo nos apegamos dessa forma. Ela fecha os olhos e respira fundo. – Peeta procure não se desesperar naquele lugar. Dê o melhor de si. Lembre-se do seu treinamento. Você vai precisar de cada coisa que aprendeu durante ele.

Balanço a cabeça concordando.

Então uma voz feminina diz que está quase na hora do lançamento.

- Não temos muito tempo. – Diz Portia. Ela me abraça forte. Quando ela me solta, olho para ela. Definitivamente ela está chorando.

- Não chore. – Digo enquanto limpo suas lágrimas com minhas mãos. Ela força um sorriso.

- Obrigada. Eu vou torcer por você. Siga seu coração querido. – Ela me abraça novamente.

Está quase na hora. Entro no cilindro de metal.

- Te vejo quando os Jogos terminarem. – Ela ri. Não tenho tanta certeza disso, mas sorrio para ela. Ela sorri para mim também. – Boa sorte, Peeta.

O cilindro começa a subir. Tudo fica escuro e em seguida o circulo de metal me empurra para fora do cilindro. Quando estou totalmente suspenso, vejo a luz de um sol escaldante e sinto um vento forte.

A voz de Claudius Templesmith, o locutor oficial dos Jogos Vorazes é ouvida por todos nós.

- Senhoras e senhores, está aberta a septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes.

O grande chifre dourado chamado de Cornucópia brilha a luz do sol.

Permanecemos em nossos círculos de metal. Temos que permanecer aqui por sessenta segundos. Se dermos um passo fora antes disso, seremos explodidos como bombas e os fragmentos de nosso corpo irão pelos ares. Daqui a sessenta segundos aqui, neste exato lugar ocorrerá uma batalha sangrenta por mantimentos e armas. Olho em volta. Tenho que decidir o que fazer. O local onde estamos agora se parece com uma campina plana. Do meu lado esquerdo tem um grande lago e me pergunto se essa será nossa única fonte de água na arena. Deve ter mais água em algum outro lugar. À minha direita existe uma grande floresta. Reconheço as árvores. São pinheiros. ‘O que fazer? O que fazer? Pense em alguma coisa Peeta.’ Decido que devo seguir o conselho de Haymitch e Portia. Não devo participar do banho de sangue. Seria muito irracional fazer isso. Acho que eu posso correr para a floresta, procurar água e me distanciar dos outros tributos. Está decidido.

Procuro por Katniss. Ela está uns cinco tributos à minha esquerda. Ela se posiciona como se fosse correr em direção aos mantimentos, ao banho de sangue. Como ela pode ser tão idiota de fazer isso? De repente ela olha para mim. Como não posso e não devo gritar, balanço a cabeça em negativa pra ela. Ela não pode fazer isso.

Vejo a contagem na grande tela a minha frente 5 segundos ... 4 ... 3 ... 2 ... 1


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Notas finais do capítulo

E então? O que vocês estão achando de tudo isso?



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