O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 3
Realmente pazes?




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Cap.04 – Realmente pazes?


Apesar do pedido de desculpas, Riza não mudou muito sua posição em relação a Roy. Não queria dar mais espaço para ele. Voltou a dar aquela forcinha de persuasão, a levá-lo para casa, mas quase não falava. Não que antes falasse muito, mas agora... Chegava a ser ridículo.


- Aqui estão os papéis a serem assinados até o fim do expediente. – a loira coloca duas pilhas na frente dele –


- Só isso? Assim você me deixa mal acostumado. – o sarcasmo escorreu –


- Sarcasmo a parte, faça o que tenha que fazer. Com licença.


A loira sai deixando-o a sós com seus papéis. Ele percebera que as coisas não estavam como antes, Riza estava muito distante. E isso não lhe agradava nem um pouco.


- Hawkeye! Você saindo da sala do Roy, fizeram as pazes?


- Sim Hughes, pode se dizer que sim.


- Não fazia sentido estragar tantos anos de amizade por causa de um mal jeito com as palavras.


- É, com licença.


Aquela palavrinha chamada amizade era a pior das palavras. Ele não queria ser amiga dele, ou melhor, não queria ser apenas a amiga dele.


Caminhou apressadamente de volta para sua sala, tinha muito trabalho e caso esse não fosse suficiente para mantê-la ocupada, adiantaria o serviço, iria treinar, faria qualquer coisa que mantesse sua mente ocupada.


Passou a assinar furiosamente alguns papéis. Se continuasse nesse ritmo terminaria o serviço de um dia em horas.


-


-


Já se passava um pouco do meio dia quando Winry chegou em casa. Trazia consigo muitos livros, apostilas e uma bolsa carregada de ferramentas.


- Hi rapazes! Cheguei! – põe os livros sobre a mesa de centro –


- Demorou Winry-chan. Já estávamos ficando preocupados.


- É que hoje tivemos uma aula extra, desculpe, não deu para avisar.


- O problema maluca, é que se a velha liga e não soubermos onde você se encontra ela pira!


- Maluca é a vó! E velha também!


- Com certeza!


- dá um tabefe em Ed – Você anda insuportável!


- Eu não! Você é que anda sensível demais!


- Você parece que tem três anos! Cresce e aparece, querido!


- se levanta, mostrando que o topo da cabeça dela batia em seu ombro – Quem precisa crescer aqui?


- Argh! – pega um copo de leite um pacote de bolacha – Vai catar coquinho no asfalto e plantar em Lior.


- Se você foi e gostou... Por que não!


- ARGH!! – sai da cozinha –


- Vocês dois andam insuportáveis! Parecem duas crianças birrentas...


- Relaxa Al, não vamos nos matar. Pelo menos não na sua frente.


- Nii-san, vocês não tem mais dois anos... Quer saber, esquece! Só não pede socorro quando ela decidir enterrar o arsenal de chaves de fenda e derivado em seu crânio! – sai da cozinha –


- Como se ela tivesse coragem... – como um pouco – Será?


-


-


Roy e o pessoal caminhavam em direção ao refeitório. E Riza não estava com eles com eles o que era estranho, já que sempre almoçavam na mesma mesa.


- Esbaforido – Ela não está lá na sala dela não.


- Será que ela já foi... Que estranho.


- FALA NEGADA! Cadê a senhorita da turma?


- Sumiu.


- Estranho.


- Muito. Você não fala nada, man?


- A capitã já deve estar lá e vocês ficam fazendo tempestade em copo d’água.


Ao chegarem no refeitório procuram a loira, mas não encontram nem a sombra dela. Parecia que Riza tinha virado fumaça.


-


-


O décimo segundo cartucho de balas acabara de acabar. Ao olhar para os alvos via a perfeição de sua mira. Quase não haviam marcas fora do centro. Seus braços já doíam. Definitivamente, pistolas de calibre maior que 38 ou nove milímetros, não foram feitos para serem empunhados por mulheres.


Foi para o vestiário, despiu-se e entrou debaixo de um chuveiro frio. Não fazia calor, mas ela precisava desestressar, arejar a cabeça. Tantas vezes havia desejado esquecer aquele homem, e agora que estava realmente fazendo algo a respeito, sua mente estava uma bagunça.


Tirar alguém da cabeça é difícil, tirar do coração, quase impossível. Maldito!


Vestiu-se rapidamente e foi buscar algo para comer. Entrou no refeitório, pegou uma fruta e um suco e saiu, ignorando os chamados dos amigos. Não estava afim da companhia dele.


Entrou em sua sala e parou diante da janela. O movimento era quase inexistente, somente um carro parado chamou sua atenção. Lembrou de tê-lo visto no mesmo lugar a alguns dias atrás.


- Estranho. – tomou o último gole do suco e voltou para sua cadeira –


Não havia trabalho mais a ser feito. Se adiantasse mais alguma coisa, ficaria sem nada para fazer nos dias seguintes. Pegou a caneta e colocou-a entre os dedos passando a balançá-la e batê-la contra a madeira da mesa.


- Preciso fazer alguma coisa...


O serviço já estava terminado e adiantado, não precisava mais ficar ali. Iria para casa, ficar longe da tentação.


Pegou o sobretudo e saiu pelos corredores. Tinha pressa, muita pressa. Mas a sorte não estava a seu lado, topou com alguém e acabou caindo.


- Gomen... Eu... – uma mão é estendida para ajudá-la –


- O que está acontecendo, Hawkeye? – Tinha que ser ele? –


- Nada senhor, estava apenas indo... Buscar alguns papéis que deixei lá em casa – mentiu –


- Hum... Por que não foi almoçar conosco?


- Não os vi.


- Pareceu mais que nos evitou.


- Não os vi, então peguei meu almoço e fui para minha sala. Com licença.


A loira o ultrapassa e some pelos corredores.


-


-


- AL! Cadê você?


Winry caminhava pelo apartamento a procura do loiro mais novo.


- O Al saiu. – Ed apareceu na porta de seu quarto –


- Você não trabalha não?


- Eu estava em missão, o lareira resolveu me dar uma folguinha, eu não preciso bater ponto.


- Hum...


- Será que agora dá para parar de gritar?


- Você é muito ranzinza! Cruz credo!


A loira vai para seu quarto, Ed andava muito insuportável. Mas também era um pedaço de mau caminho...


Minha nossa senhora! Que pensamentos eram aqueles?


- Você não gostado Ed! Você não PODE gostar dele! Ele é um anão!


No outro quarto...


- Ela fica gritando e eu é que sou chato! Garota problemática!


Joga-se em sua cama.


- Mas uma problemática e tanto! – dá um tapa na própria testa – No que é que eu estou pensando?


Winry era maluca e escandalosa! Não podia estar gostando dela...


Ela era quase sua irmã! E SÓ ISSO!


-


-


Riza para seu jipe no estacionamento do supermercado, iria comprar muito doce, precisava de glicose.


Não se demorou muito lá dentro, e quando foi sair estava tendo muita dificuldade em carregar as coisas, estava muito pesado.


- Precisa de ajuda? – Uma voz melodiosa soou a seu lado –


Ergueu os olhos e viu um homem de chapéu, camisa branca, colete, casaco, calça social. Apesar do chapéu notou a coloração ruiva dos cabelos. Parecia que conhecia aquele homem.


- Não obrigada, meu carro está aqui perto.


- Por favor, é apenas uma ajuda. – ele pegou os pacotes –


- Obrigada.


- Uma senhorita tão bonita e militar, não é uma coisa que se vê todos os dias.


- Não é a primeira vez que ouço algo do gênero. É aqui.


- põe no porta malas para ela – Entregue.


- Obrigada, foi muito gentil da sua parte.


- Imagine, eu não poderia deixar uma dama carregar tanto peso.


- ele já estava indo embora – Desculpe, eu não sei seu nome.


- Adam. Até Marie.


O ruivo some do campo de visão dela. Mas deixando a loira atônita, como ele sabia o nome dela, principalmente o Marie que era segundo nome e que ela raramente usava.


Aquele homem a conhecia e vice-versa. Mas de onde?


- Isso foi muito estranho.


Mas não importava, estava na hora de ir para casa.


-


-


Ligação on


- Sala do general Mustang. Com quem eu falo?


- Fury é a Hawkeye, estou ligando para avisar que... Passei um pouco mal e tive que vir para casa. Avise por favor o General.


- A senhora está bem?


- Agora sim, mas minha enxaqueca está me matando.


- Pode deixar que eu aviso.


- Meu trabalho já foi feito e encaminhado.


- Hai. Melhoras.


Ligação off


-


-


Em algum lugar da cidade...


- Com certeza o Mustang tem um bom gosto... Ele vai ser a perdição da jovem Marie.


- Mas não entendo como isso nos ajudará.


- Com os principais concorrentes a cabeça do país debilitados...


- O senhor é um gênio.


Continua...


 


 


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Notas finais do capítulo

Oh my god....
O que será que esse cara quer?
Porque matar...
Será que os assassinatos tem um motivo?
Só ficarao sabendo se lerem!
Muitos Kisus e queros reviwes!
Caso contrario, sem poste!



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