O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 4
Ishibal




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Cap.04 – Ishibal


Flash back on


Era um recinto semi-iluminado. Uma sala reforçada contra ataques de guerra. Do lado de fora, uma guerra sangrenta acontecia. Talvez a mais sangrenta que aquele país já vivera.


- Vocês viram aquele sargento, o tal de Hawkeye? Que mira! – Um moreno que estava com um copo de algo alcoólico que haviam conseguido –


- Você quis dizer A sargento Hawkeye. É uma mulher.


- Você está brincando? Uma mulher no meio desse inferno?


- O mais admirável é que ela é herdeira de uma das maiores fortunas desse país, com certeza deve ter ávido um erro. – o homem que estava mais afastado, perto da janela, se pronunciou, era o homem que seria conhecido como aquele que explodia inimigos e aliados ( N/A: Cujo o nome eu não lembro!)


- Pensei que o tal Hawkeye tinha enlouquecido depois que a esposa morreu.


- Como ele pode ter enlouquecido se treinou o nosso querido companheiro Mustang?


Todos os olhares se direcionaram para o mais novo do pelotão de alquimistas.


- É filha dele e neta do general Grumman.


- O que uma burguesinha está fazendo no meio do inferno? Não faz sentido!


- Deve ser uma idealista, se a coisa sair de controle, é retirada daqui.


- Não. O general nem está falando com ela. Deixou um noivo no altar e parou aqui, no momento, ela não é a pessoa que ele mais aprecia. – Roy virou um copo de uísque –


- Mas é a única herdeira. Quem conquistar aquela ali tem o futuro garantido...


- O duro é conquistá-la, ela não é muito receptiva. Eu pessoalmente, já levei uns passa fora, só por brincar com ela.


- Passa fora? Então já tentou alguma coisa?


- Só estava querendo ver a reação dela... Ela apontou uma 9mm de prata pra mim . – soltou um riso –


- Mas e ai Hyuukay? Vai casar se sobreviver a esse lugar?


- Quem sabe... Parece que encontrei a mulher certa.


- A soldado Kimi?


- Pode ser... – abre um meio sorriso –


- Não fala nada Adam?


- Pra que? Prefiro me manter calado, estamos matando porque o exercito acha que esses inocentes tem culpa de alguma coisa...


- Esse é o preço de ser um cão do exercito.


- O povo ama aqueles que acham que deveriam manter a ordem nesse país... Pobres ingênuos, mal sabem que podem ser as próximas vitimas se assim o marechal desejar.


- Ele não vai mandar matar toda uma nação.


- Pra vocês é muito fácil, vão sair daqui como heróis de guerra. Promoçoes, condecorações... Mas o orgulho e a humanidade... Olhem para o cara ali... a cada bomba que explode ele fica mais feliz...


- Ele sempre foi excêntrico.


- Não me assustaria se ele começasse a matar aliados... Ou mesmo qualquer um de vocês.


- Se repugna tanto o exercito, porque está aqui?


- Eu ainda vou acabar com isso... Acabar com esses falsos idealistas que se promovem as custas de um povo desinformado reprimido por uma ditadura.


- Esse cara é maluco... – ri –


Um som de alarme soa, avisando que mais uma linha de frente deveria sair.


- Vamos as próximas vitimas!


Flash back off


- General! – riza bate na mesa –


- Hum... onde?


- Os papéis general, os papéis!


- chacoalha a cabeça – Nossa, tive um pesadelo e tanto.


- Voltarei para encaminhar os papéis até o fim do dia. Tente assiná-los.


Riza sai da sala deixando Roy e suas malditas lembranças de guerra. Desde que voltara de lá, sempre sonhava com as batalhas, as conversas...


- Ele tinha razão, voltamos como heróis de um massacre.


Começa a assinar a papelada!


-


-


Winry caminhava pelas ruas da cidade tranquilamente, havia saído mais cedo de seu curso e estava voltando para casa. Caminhava por uma área mais vazia, estava cansada de toda aquela movimentação.


- Nossa! Mesmo de dia, essas partes mais vazias da cidade parecem sombrias. – a loirinha apressa o passo –


Estava arrependida de ter tomado aquele caminho. Devia ter seguido o caminho de sempre. Não havia nenhuma alma viva naquelas ruas, e se perguntava se isso era bom ou ruim.


- O Al tinha razão, eu não deveria ter tomado um caminho alternativo.


Pensou seriamente em ligar para o Elric mais novo ir buscá-la, mas desistiu, afinal não estava em perigo, só um pouco assustada.


Os passos rápidos se tornaram quase uma marcha olímpica e a loira deu um pulo quando um gato pulou em sua frente.


- Minha nossa! – sentia seus batimentos irem ao extremo – Eu nunca mais tomo esse caminho.


Já estava na metade do caminho, caminhando entre prédios industriais sombrios quando um barulho chamou sua atenção. Era um tic toc que batia contra as poças d’água.


- olha para os lados a procura de ninguém – “Oh my, será que tem mais alguém que resolveu tomar um atalho?”


Mas a loira não encontrou ninguém. A penumbra que encobria os corredores entre os prédios continuava vazia. Um vento frio bateu na jovem mecânica que se arrepiou. Queria sair dali o mais rápido possível.


- Ai Al, por que foi que eu não te ouvi? Burra!


O medo estava deixando-a apreensiva. Os ruídos pareciam mais altos e freqüentes. E os outros ruídos normais da rua pareciam mais discerníveis aos seus ouvidos.


- Droga, se tem alguém aqui por que eu não consigo ver?


As olhadas para trás tornaram-se mais freqüentes, e os sustos também.


E ao chegar á um estado crítico, começou a correr.


- Preciso sair daqui!


Os saltos que usava não ajudavam muito, mas mesmo assim não cedeu, continuou a correr. Quando já avistava o movimento tropeçou, caindo no chão junto com seus livros.


- Kuso!


- Precisa de ajuda? – ao levantar o olhar, encontrou um par de olhos azuis e lindos cabelos bronze arrepiados –


- Oh... Sim. – o garoto recolheu todos os livros, pareciam ter a mesma idade –


- Aqui estão, e desculpe se te assustei. Parece que ficou apreensiva com o meu caminhar atrás de você.


- Imagine, eu é que não deveria ter tomado esse caminho.


- Mesmo assim, gomen. Para que lado está indo?


- Para o sul, bairro Copacabany.


- Bem, eu estou indo para Avebury, se não se importar posso te acompanhar. É caminho mesmo.


- Seria ótimo, se não for incomodá-lo.


- Não incomoda. E meu nome é Luiz.


- Winry.


-


-


Já era quase fim de expediente quando a loira foi buscar os papéis que deveriam ser encaminhados. E para sua surpresa estavam todos assinados.


- Arqueia a sobrancelha – Tudo pronto?


- Sim. – aponta para a pilha –


- Bem, então vou encaminhá-los. – olha para o que Roy tinha nas mãos –


- Uma das vitimas do assassino. Kimi Takimy...


- Takimy? Ela não era militar... Eu lembro desse nome em Ishibal.


- Sim, trabalhava para o general-brigadeiro Hyuukay do Sul.


- Eles não tinham um caso... Lembro-me que houve uma denuncia contra os dois quando a confraternização militar era proibida.


- Essa história é da época de Ishibal... Iam casar daqui dois meses.


- Nossa, que azar.


- Só nove das vinte nove vítimas tinham algo em comum.


- O que senhor?


- Eram militares.


- Posso ver os nomes e as fotos?


- Sim, estão aqui. – entrega a ela –


- Esses nomes... Todas as que eram militares foram para Ishibal e tinham algum vinculo com alguém que foi.


- Serio? Não notei isso.


- Os superiores delas eram velhos conhecidos seus, eram de seu grupo.


- Éramos quinze. Dois morreram lá. Um sumiu depois da guerra. Dois enlouqueceram e o Armistrong... Bem, ele está ai muito bem.


- E os outros nove?


- Espalhados pelo país.


- Muito estranho.


- Pra mim, está mais para uma macabra coincidência.


- Pode ser que sim. Vou despachar os documentos. Com licença.


Aquele caso estava muito estranho. A maior parte das vitimas pareciam ter sido escolhidas aleatoriamente. E pelo padrão, logo teria mais uma se ele não fosse pego. Tinham mais algum tempo até a próxima lua cheia, mas será que esse tempo seria suficiente para alcançar o bárbaro?


-


-


- Obrigada pela companhia Luiz.


- Era o mínimo que podia fazer após assustá-la. Mais uma vez desculpe.


- Imagine, seu gesto redimiu você. Bem, quem sabe não nos reencontremos, me liga, em!


- Claro.


O casal se despede com beijos estalados na bochecha e o loiro se vai.


Ao entrar no prédio, é surpreendida pele Elric mais velho que também estava chegando.


- Quem era o loiro, Winry?


- Boa tarde para você também, Ed.


- Boa tarde e quem era o loiro?


- Um amigo, eu cai e ele me ajudou.


A Rockbell omite a parte do atalho por não querer levar um sermão.


- E por isso você já estava dando beijinhos nele?


- Por favor, Ed, você não é meu namorado e eu não estava beijando ele. Foi apenas uma despedida. Cara, acho que o Mustang não está te dando trabalho o suficiente... Anda tendo tempo para ficar cuidando da minha vida.


- Como é educada. Eu só estava preocupado...


- Desde quando? Fora que você nunca me deu satisfação sobre o que fazia ou deixava de fazer.


- Quer saber, faça o que quiser. Só não venha choramingar no meu ombro depois.


Parecia que tinha algo que lhe corroia por dentro quando via a loira mais intima de alguém que não fosse ele. Mas não podia ser ciúme porque ela era apenas uma irmãzinha, ou melhor, era ciúme de irmão.


Apesar de essa história não convencer nem a si próprio, o Elric se focou nisso para justificar a vontade de dar uns tabefes no loiro que acompanhava a loirinha mais cedo.


Continua...


 


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Nossa, até eu achei que era o assassino....
rsrsrs
Espero que gostem pessoas que eu adoro e vou adorar mais se comentarem!
kissus



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