O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 19
Normalidade




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/26203/chapter/19

Cap. 20 – Normalidade

Ed entrou no quarto e em silêncio caminhou até cama onde estava a lourinha. Não sabia por que ela chorava, mas sabia que faria qualquer coisa para vê-la sorrir.

Sentou-se na cama e colocou a mão sobre os fios dourados.

- Winry.

A garota deu um pulo e virou o corpo com dificuldade, já que ela não tinha o movimento das pernas.

- E... Ed?

As lindas piscinas azuis estavam apagadas por causa das lagrimas.

- O que foi? Você está sentindo alguma?

- N... Não.

- Então por que você estava chorando?

- E... Eu não estava chorando! Que... Quem foi que te dis...Disse isso?

- Eu vi Winry.

O louro passou o polegar esquerdo na bochecha dela enxugando as lagrimas que haviam escorrido.

- E... Eu não... Saia daqui, Ed!

Ela PRECISAVA expulsá-lo do coração dela.

- O que foi? O que foi que eu fiz?

- Nada, Ed! Você não fez nada!

- Então por que você está me tratando assim? Eu estou fazendo de tudo para você!

- Então pare de fazer! Eu não quero nada de você!

Ele não entendia o desprezo dela.

- O que foi que eu te fiz? Eu só venho tentando ficar perto e você só tentando me repelir!

- O que tem de tão engraçado, em Ed? Você fazendo essa cara de vitima! Por que te dá tanto prazer brincar assim comigo??

- Brincar? Eu não...

- Eu não quero mais gostar de você! Você só me faz mal!

- O que? Mas como eu posso ter te feito mal?

- Não tem nada pior do que a falta de amor. Mas eu posso agüentar ser sua amiga, basta você parar de ficar tão perto!

- Mas e se eu não conseguir ficar longe? – Ed passou as costas dos dedos sobre a bochecha dela e chegou a mão até a nuca dela –

O hálito quente dele estava tão perto dela. Estava difícil resistir.

- Pare de brincadeiras.

- Não é brincadeira.

O loiro selou a distancia existente entre os dois com um beijo cálido. Nenhum dos dois conseguia mais resistir.

-

-

O dia amanheceu ameno e Riza adormeceu pouco após isso, já que passara toda a madrugada acordada. Aquele hospital era um pé no saco...

Quando Roy chegou lá, por volta das quatro da tarde, ela ainda dormia.

O moreno apenas sorriu e deu um beijo na testa dela, não iria acordá-la. Por isso sentou-se na cadeira ao lado da cama para tirar um cochilo, essa coisa de terminar o serviço mais cedo não lhe deixava tempo para seus cochilos.

- Hum...

Ela gemeu e Roy abriu um dos olhos.

- Oh... – ela sem notar a presença de Roy, começou a se sentar, só notou a presença dele quando sentiu um par de mãos lhe ajudando – Roy?

- Bom dia... Ou melhor, boa tarde.

- O que você está fazendo aqui?

- Você não cansa de perguntar isso já que sabe a resposta? – ele ajeitava o travesseiro atrás das costas dela –

- Então... Como andam as coisas lá no quartel?

- O de sempre!

- Aquela sala deve parecer um barzinho de quinta!

- Isso não! Eu boto moral!

- Você não bota moral porcaria nenhuma, você está sempre no meio da balburdia!

- Ainda bem que você me ama! Eu não queria saber o que você faria se não fosse assim!

- Eu sou sincera.

- Não precisa ser tanto. – ele deposita um beijo no pescoço dela –

- Roy!?

- O que foi? Eu gosto da textura da sua pele! – o moreno afundou o rosto na curva fina e delicada do pescoço dela – Te amo.

- Ro... Roy...

- Relaxa. – ele passou cuidadosamente os dentes sobre a pele delicada e depois se afastou – Minha. Só minha.

Ele sorriu daquela maneira capaz de derreter os corações de cada mulher existente naquele país.

- Odeio quando você sorri assim.

- Por quê?

- Por que eu não consigo te dizer não quando você sorri assim.

- Obrigado pela informação.

Os dois ficam conversando.

-

-

Tirando um cochilo na cama quando acordou com uma mão metálica passava pela pele dela.

- Boa tarde, bela adormecida.

- Boa tarde.

Ele deitou na cama e a puxou para cima de si.

- Como dormiu?

- Muito bem... E você, o que passou a tarde fazendo?

- Trabalhando no quartel. O fagulha anda fazendo o mesmo... Acredite se quiser!

- Quanta mudança!

- Eu sei! – ele beijou o topo da cabeça dela –

Nesse momento, Al entra no quarto.

- Que isso, gente! Põe um aviso na porta! Eu chego aqui na maior boa intenção e pego uma cena dessas!

- Vai te catar, Al!

- É!

- Quanta violência! Só vim avisar que eu fiz um lanchinho para gente!

- Certo, certo...

Ed se levanta e pega a lourinha no colo.

- Você engordou?

Ed leva um tapa no pé da orelha.

- Baka.

-

-

A semana seguiu calma e Riza recebeu alta. Finalmente livre daquele hospital poderia curtir sua casinha e seu sofazinho vendo bons filmes.

Ainda teria alguns dias de licença.

Estava sentada com as pernas para fora da cama enquanto ajeitava o secote do vestido de alças que usava. Era profundo demais já que era curtinho, tentava minimizar isso.

- Conheço uma maneira muito mais prática de fazer isso! – Roy se aproxima e puxa o vestido para cima sumindo com o decote –

- Hey!

- Já não basta eu ter que aturar ficarem olhando para suas pernas, não?

- Não tenho culpa se minhas pernas são lindas! – ela sorri –

- Mas me incomoda os caras te secando descaradamente, só EU posso fazer isso!

- Ciumento.

- Muito.

A loura ainda sentia um pouco de dor devidos os pontos repuxarem quando ela andava e respirava ao mesmo tempo. Era como uma fisgada. Nada muito forte.

Roy estava com a mala dela em uma mão e a outra na cintura dela.

Podia sentir o olhar das enfermeiras a suas costas.

- Roy.

- Hum?

- Me faz um favor?

- Todos.

- Tira essa mão da minha cintura e se afaste cerca de trinta centímetros. E claro, se não for pedir demais, aja como se não me conhecesse.

- Amor, o que andaram te dando? Eu acho que subiu rápido demais.

- Eu só não quero ter que tomar um banho de sal grosso quando sair daqui. Claro, se eu sobreviver a quantidade de pragas para que eu sofra um acidente ou algo do tipo.

- Eu acho que é melhor voltarmos para o quarto, você não está bem.

- O que aquele cara esta fazendo com branquela loira, que logicamente é pintado, é uma das prováveis perguntas de todas as enfermeiras que devem estar se perguntando por que de não terem me dado uma dose excessiva de morfina enquanto tinham chance.

Roy riu. Era bem engraçado o que ela estava falando.

- Inveja, meu bem.

------------------------------------------

Winry estava no meio dos exercícios recomendados pelo médico, com a ajuda do Edward, claro.

- Winry, relaxa. Eu não posso te ajudar se você não estiver ajudando.

- Já chega! Já fizemos a meia hora diária! Cansa sabia?

- Certo reclamona!

Winry com um pouco de esforço, se senta, recontando-se sobre o sofá.

- Quando eu volto a andar?

- Logo.

- Logo? Seja especifico!

- Sei lá! Isso depende de sua reação ao tratamento! – pausa – Se você ouvisse o que eu falo não estaríamos nessa situação!

- Hã?

- Eu disse para você não sair com aquele cara! Mas você tinha que ser teimosa!

- Se eu não tivesse seguido aquele cara eu não tinha achado a Riz!

- Ligasse para mim e pro Al!

- Vai te catar!

- Okay, você não me quer aqui eu estou indo.

Ed sai da sala deixando a loura na sala.

- Hey! Como eu vou me levantar?

Ele não responde.

- Baka.

Depois de alguns segundos, a lourinha começa a apoiar os braços no sofá para levantar. Era difícil, mas logo conseguiu se sentar no sofá, sua pernas ainda não conseguiam manter o peso.

- Bakonildo.

E para a sorte dela, o telefone que ficava na mesinha a um metro do sofá começou a tocar.

- ED!! O TELEFONE!! EU NÃO ALCANÇO!

Nenhum ruído veio da parte interior do apartamento.

- Argh!

Winry tentou jogar o corpo sobre o braço do sofá e essa manobra a deixou com metade do corpo pra fora do sofá.

- Ui!! ED!!!!!

- O que foi?? – ele estava em algum lugar que não era a sala –

- Vem cá!

- Neeeeeeeeem!

- Chibi!!!

Esse estresse fez com que as mãos dela batesse no chão e ao jogar o impulso do corpo para frente caiu com tudo no chão fazendo um barulhão.

- Maluca! – ele aparece – Eu não posso sair cinco minutos que você consegue fazer arte!!

- Me ajuda!!!

O loiro pega a pequena no colo e a põe no sofá.

- Idiota!

- O que?? Você se aventura no sofá e a culpa é minha?

- Tá doendo!

- Tadinha!! – ele faz um bico –

- Eu estou aqui toda dolorida e você fazendo piada!! Muito bonito!!!

Ela vira a cara para ele e ele dá um beijo no pescoço dela.

- Para com isso!!

- Desculpa, mas eu não sabia que você ia se jogar do sofá! – ele segurava o riso –

- Não tem graça!!

- Não tem. Mas se você ficasse quieta não teria caído!

-

-

Roy fez Riza fechar os olhos quando estavam quase chegando ao seu destino.

- O que você está aprontando?

- Só mantenha os olhos fechados.

- Roy?!

- Você não confia em mim? – ele dá uma risada –

- Prefiro não comentar.

- Eu vou ficar ofendido!

- Ninguém mandou você perguntar.

- Chegamos!

- Posso olhar?

- Não.

Continua...

Volteiiiiiiiiii!!

Sorry!!!

Mas agora o ultimo cap vem logo!!

Kiss


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O assassino da Lua Cheia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.