O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 18
Surpresas e dúvidas




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Cap. 19 – Surpresas e dúvidas


Roy mal conseguiu conter sua vontade de ir ao hospital, mas sabia que se aparecesse lá sem um bom motivo e serviço inacabado, levaria uma prensa da loirinha.


- O escrivão já chegou com o depoimento da tenente.


- Já? Tragam para mim!


- Sim, senhor.


Havoc traz o depoimento de Riza e Roy passou a lê-lo atentamente, precisava fazer um relatório, entregar a conclusão e encerrar o caso do Assassino da Lua Cheia.


- O que foi senhor?


- Esse cara era completamente maluco... Ele matou todas as noivas de pretendentes ao cargo de marechal somente para derrubá-los.


- Bem... Mas como isso os afetava?


- Não existe um reino sem um rei e não existe um rei sem uma rainha, Breda.


- Com todos os principais nomes incapacitados, ele conseguiria muito facilmente dar um golpe de estado.


- Então o caso do Assassino da Lua Cheia foi encerrado?


- Sim e não. Vou dar o caso como terminado, mas ainda vou fazer algumas investigações por conta própria.


- E nós não sabemos de nada.


- Como sempre... – Roy olha no relógio – Hora de ir, terminem o que estão fazendo e estão dispensados.


- Hai.


-


-


Winry estava sentada na cama, com as pernas cobertas, já tinha uma melhor movimentação dos membros superiores, no entanto, ainda não conseguia fazer movimento nenhum com as pernas.


- E ai, maluca...


- olhar assassino – Maluca é a vó, chibi!


- Vai começar tudo de novo... – Al entrava no quarto –


- Oi, Al!


- Olá, nee-chan, como está se sentindo?


- Já consigo mexer mais as mãos, mas ainda estou longe de me movimentar sozinha.


- O médico disse que até o fim da semana você já terá todos os movimentos do tronco, mas andar... Ainda vai demorar pelo menos um mês.


- Um mês!!!???


- Com a fisioterapia.


- Que chato... Mas e a Riza?


- Já está acordada e o lareira deve estar lá fazendo hora.


- Como se você não tivesse feito isso com a nee-chan.


Ed fica cor-de-rosa.


- Eu... Você não quer ir ver a Riza?


- Vamos, ué!


Ed pega a loirinha e a põe na cadeira de rodas.


- Cuidado com isso, eu não quero sofrer alguma fratura.


- Eu sou muito bom na condução.


- Sei...


Al só assistia a cena, os dois eram realmente um caso perdido.


-


-


Riza estava incrédula com que acabara de ouvir.


- Você terminou todo o trabalho antes das três da tarde?


- Sim.


- Como???


- Eu não sou tão preguiçoso.


- Roy!!!


- Ok... Um pouquinho. Mas se eu enrolasse não ia poder vir te ver.


- Vou fingir que acredito, mas por que tamanha vontade de ficar aqui?


- Você está aqui para começar.


- Oh... Você não precisa ficar fazendo esse teatro, você já conseguiu o que queria, eu te amo.


- Eu não estou fazendo teatro, não tenho culpa se a minha vida é tão sem graça sem você ameaçando atirar em mim.


Ele sorri e dá um beijo nela.


Ed e Winry entram no quarto e dão aquela pigarreada básica.


- Oi, Riza-chan!


- Oh... Olá, Winry. Você me parece bem.


- Tirando a dor de cabeça, a comida de hospital, a cor de leite desnatado e o fato de eu não poder andar, estou bem melhor.


- Mas parece que está tendo um bom enfermeiro.


A cor do Fullmetal muda para vermelho.


- É... O Ed tem passado muito tempo aqui... – ela sussurra para si mesma – Apesar de eu não saber por que...


- O que foi?


- Hã? Nada! Boa tarde, general.


- Boa tarde.


Roy estava sentado na beirada da cama perto da loira.


- Então... O caso foi encerrado? – a loirinha queria saber –


- Sim. Finalmente.


- E provavelmente vai lhe render uma promoção, não é Larei... Roy?


- Não sei. Eu não o peguei, não descobri se haviam outros envolvidos, não sabia nem porque fazia isso.


- Mas estava no comando das tropas que o impediram de cometer mais dois assassinatos e por bem ou por mal impediu que ele voltasse a fazer qualquer outra vitima.


Roy dá um sorriso chocho.


- É. Mas quando você terá alta, Winry?


- Pergunte ao EdBoy enfermeiro, ele não me deixa ouvir o que o médico fala quando vai me ver.


- Amanhã. Mas e você, Riza?


- Uma ou duas semanas...


- Na verdade, até o final da semana, se continuar reagindo bem.


- Grande diferença... Odeio hospitais!


- Bem, eu acho que já está na nossa hora. Você tem que ir para a fisioterapia.


- Odeio aquela coisa.


- Certo, e eu odeio sua chave de fenda sendo atirada contra o meu crânio, o mundo não é justo.


- Baka! Melhoras Riza!


- Obrigada.


O casal mais novo sai.


- É impressão minha ou ele falava “nós”?


- O chibi foi muito afetado, ele não sabe viver sem a mecânica, mas como não é tão competente como eu ainda não contou isso a ela.


- Oh... Muito competente.


- Está duvidando de mim?


- Não. Mas e que história foi aquela do sangue?


- Temos o mesmo tipo sanguineo, você precisava de sangue e eu doei.


- Hn... Obrigada.


- Eu não quero agradecimentos, apenas fiz o que me foi possível para te manter bem. E a propósito, depois da alta...


- Depois da alta?


- Segredo!


- O que?


- Eu ia te contar, mas prefiro fazer surpresa.


- Roy!!


- Muito curiosa, senhorita.


-


-


Depois de mais aquela noite, a Rockbell recebeu alta e fora levada para casa.


- Bem vinda de volta, nee-chan.


- Valeu, Al.


- Você quer ir para o quarto?


- Nem pra banho! Quero ficar por aqui... Não agüento mais me sentir claustrofóbica!


- Certo...


Ed a põe no sofá com uma coberta sobre as pernas.


- E para eu ficar feliz só falta uma coisinha.


Ela faz um carinha de pidona.


- O que você quer?


- A minha caixa preta que está lá no quarto.


- Só isso?


- Isso.


- Eu pego, nii-san. Pode ir descansar, esse trabalho de enfermeiro deve ser dose!


Al começou a rir recebendo um olhar maligno do irmão.


- Pode ir, Ed, te garanto que não vou fugir.


O loiro se joga no outro sofá e ligando a televisão.


- Prefiro ficar aqui.


- Por quê?


- Por me deu na telha.


- Você é muito estranho...


- Falou a aficionada por mecânica.


- Aqui está... O que tem nessa caixa? Parece chumbo.


Al põe a caixa sobre uma mesinha que aproxima do sofá ocupado pela loira. Winry apenas abre a caixa e seus olhos brilharam. Dentro da caixa havia um monte de circuitos mecânicos, pecinhas... Ferramentas.


- Já que não posso mexer com tamanhos reais, olá as miniaturas!!!!


- ¬¬’


Mas a loirinha não parecia se importar,estava gostando demais de poder voltar a mexer com seus circuitos, parafusos...


Como amava o cheiro de óleo, o barulho das articulações mecânicas...


- Winry...


- Hn?


- Eu vou fazer alguma coisa para comer e nii-san vai tomar banho...


- Certo. Podem me deixar aqui!


- Ok...


-


-


Riza estava tentando convencer Roy a ir embora para casa, mas ele não parecia muito animado com isso.


- Não, Riz. Eu não vou embora.


- Mas você vai dormir mal.


- Eu decido isso, linda. Agora vou chamar a enfermeira para te dar seu analgésico.


- Nem... Aquela coisa me dá sono!


- Mas você está com dor!


- Não estou!


- Riza!!


- Ok... Um pouquinho.


- Para de teimosia, Riz.


- Eu tomo sem reclamar se você for para casa.


- Nossa! Estou me sentindo rejeitado!


- Não seja infantil, Roy! Eu só não vou me sentir bem sabendo que você vai dormir todo torto nesse sofá.


- Como se a minha casa estivesse num estado muito bom... Odeio estar com tudo dentro de caixas.


- Caixas? Você está se mudando?


- Oh... Não, é que estou mudando umas coisas lá em casa. Umas reforminhas de rotina.


- Reforminhas de rotina?


- É... Aquela parede que tem uma rachadura, uma pintura, umas coisas da hidráulica.


- Que horror! – ela faz uma careta


- Eu sei, só mais uma coisa, um cara... Vasconcelos eu acho foi atrás de você lá no quartel. Você conhece?


- Sim, era o advogado do meu avô.


- E o que ele quer com você?


- A papelada do inventário já deve ter ficado pronta, fora que ele precisa do meu aval para fazer os investimentos.


- Quer que eu peça para ele vir aqui?


- Sim. Eu preciso resolver essas coisas...


- Que cara é essa? Até parece que ele vai te trazer problemas, o que eu duvido... O general parecia ter bom faro para os negócios.


- Não é problema de dinheiro, é encheção de saco por causa do dinheiro.


- Não entendi.


- O meu avô deixou uma clausula que só me permite ter acesso a metade da minha herança, o resto só posso pegar depois de casada. Vê se pode?


- Jura?


- Com certeza, mas como eu não pretendo me casar tão logo...


- Isso foi uma indireta a uma possível investida minha?


- Não. Você tem alergia a casamentos até onde me recordo e eu não pretendo aumentar meu nome.


- Nossa! Se eu tinha qualquer idéia de te pedir em casamento você me desanimou.


- E agora você vai embora dormir na sua cama e me deixar aqui apagada por causa do analgésico.


- Eu vou, mas eu volto!!


Ele dá uma risada maligna.


- Você andou misturando café com guaraná e vodka russa?


- Não. – ele dá um beijo nela – Boa noite, qualquer coisa liga que eu venho correndo.


- Ok. – ela sorri –


-


-


Winry ainda estava envolvida com suas coisas quando o jantar ficou pronto, ela não entendi muito bem o motivo de Ed estar tão atencioso e próximo, ele sempre fazia questão de manter uma certa distancia e agora estava tão próximo...


O coração dela começou a bater aceleradamente, como queria que Ed estivesse apaixonado por ela, mas isso não durou muito, estava certa de que era ilusão. O loiro jamais a veria como alguém além da irmãzinha, não adiantava dar ao coração esperanças que só trariam decepção.


A loirinha deu um longo suspiro, após pensar naquilo até a mecânica não tinha mais graça.


- O que foi, Winry? Está passando mal?


- Não... Eu só... Nada.


O coraçãozinho dela ficara apertado.


- Você não está com cara de quem não está sentindo nada.


Ele se abaixa a altura dela – lembrando-se de que ela estava no sofá – e colocou uma mexa do cabelo dela atrás da orelha.


Aqueles olhos cor de mel eram tão tentadores, tão profundos e intensos. Por que ele tinha que fazer aquilo com ela? Fazer gestos que a fariam o amar mais!!!


- Para com isso, Ed!!


Ela empurra a mão dele. Não queria ficar mais apaixonada do que já estava, não queria tornar as coisa mais difíceis do que seriam quando ela melhorasse e tudo voltasse ao normal.


Não queria piorar a dor de quando acordasse daquele sonho, em que Edward era inteiramente dela...


- Hey, o que foi que eu fiz?


Ele não entendia a reação dela.


- Eu quero ir para o quarto!


- Mas a comida já vai ficar pronta...


- Não quero comer!


- Eu não vou te levar!


Ele queria entender o que estava acontecendo.


- AL!


- O que foi?


- Me leva para o quarto!


- Mas...


- Por favor!


- Okay...


O loiro mais novo sem entender direito o que estava acontecendo, leva a loirinha para o quarto.


- O que você fez, em?


- Eu não fiz nada!


- Ed!!


- Eu juro! Ela ficou estranha de uma hora para a outra...


- Kami-sama! Vocês ainda vão me deixar loucos!


Mas Ed não estava mais escutando o que Al dizia, tudo o que queria era que saber porque fora rejeitado daquela maneira. O que raios estava acontecendo com ela? O certo, depois de estar tão perto dela não seria ela o deixar chegar perto???


-


-


Riza havia adormecida devido aos analgésicos, no entanto, como a dose dada fora menor, ela acabou por acordar no meio da noite.


- Kuso!


A loira com algum esforço conseguiu se sentar, apesar da dor no corpo, o analgésico ainda parecia estar agindo debilitando suas forças.


- Odeio hospitais...


Ela estendeu o braço até um aparelhinho eletrônico que estava na mesinha perto da cama. Esse era o seu funcional celular, já que ele tinha alguns joguinhos muito interessantes, músicas, câmera, filmadora...


- Já que não posso sair da cama...


Ela começa a jogar algum joguinho que nunca havia se dado o trabalho de jogar até o dia anterior, quando Roy fora embora e ela não tinha nada para fazer.


-


-


Ed não conseguia dormir, estava nervoso com a rejeição sem motivo de Winry. Queria ir até ela e tirar satisfações, mas segundo Al que fora vê-la, ela não queria companhia e ela não podia ficar estressada.


Foi a cozinha, bebeu água e quando estava voltando para seu quarto, parou em frente a porta do quarto dela. Não sabia o que fazer...


Mas quando estava voltando para seu quarto, ouviu um som que parecia um choro vindo do quarto dela.


- Ela está chorando?


Não agüentou, abriu a porta e entrou no quarto, estava deitada de lado abraçada a um travesseiro como se quisesse abafar o som do choro.


- Winry...


Continua...


Oi, pessoas!!! Aqui está mais um cap depois de muita demora!!


Desculpe mesmo pelo tempo que levei para postar.


Mas é que são tantas fics!!!


Kiss e continuem ai, lendo e comentando!!


Kiss


 


 


 


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