Cap. 16 – Moonlight finish
Os militares se encaminharam para as coordenadas indicadas pelo celular de Winry. Com extrema organização, os militares vão cercando o perímetro das ruas ao redor da mansão fazendo os guardas caírem um a um.
O plano consistia em contar com o efeito surpresa e com as defesas do Assassino da Lua Cheia inexistentes.
No comboio principal de carros estava Roy, Ed, Hughes, Havoc, Breda, Fallman, Maria, Demmy e Al. E assim que o sinal foi dado eles pararam os carros cercando a mansão.
A essa altura, os guardas já haviam sido pegos, no entanto, não sabiam como estava a casa. Teriam apenas uma chance.
Roy estava a frente das tropas.
- Quero quatro grupos. Um vai ficar aqui e cercar o perímetro para o caso de algum imprevisto. – ele aponta – Vocês vão pelos fundos com o FUllmetal. – ele aponta para outro grupo – Vocês vão comigo... E por fim, vocês vão cercar a casa.
- General...
- Você pode entrar com seu irmão Alphonse.
- Hai.
- Nosso objetivo são duas mulheres loiras, a capitã Hawkeye e a senhorita Rockbell, aqueles que não forem militares devem ser eliminados. Estamos entendidos?
- Sim senhor! – o batalhão bate continência –
- Vão.
Os militares começam a invadir a casa.
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Luis que estava sentado sobre sua escrivaninha a olhar a jovem Rockbell que dormia profundamente e já tinha a face pálida ouve o barulho da invasão.
- O que é isso?
Ele se levanta e pensa em abrir a porta, mas os barulhos de tiro fazem-no ficar quieto. Seu quarto ficava onde deveria ser o sótão, por preferência, já que para chegar lá era preciso subir uma escada que era reversível, não gostava de ninguém em seus aposentos.
- Só pode ser o exercito. Mas como?
Ele se aproxima da loira e pega o pulso dela.
- Só mais alguns minutos e tudo estará acabado.
O loiro se senta no chão ao lado da cama e fica acariciando a pele alva da moça.
- Tudo está cercado, não há como fugir e eu com certeza serei fuzilado... Logo estarei junto de você minha menina.
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Adam olhava para loira, até o momento não havia tido coragem de afundar o punhal no peito da mulher. Não sabia por que, mas a coragem não vinha, nem a vontade.
- Vamos Adam... Só falta ela...
Os barulhos de portas sendo chutadas, tiros e gritaria das empregadas despertaram o ruivo.
- O que é isso?
Adam vai para a porta e quando a abre vê a correria e imediatamente fecha a mesma e faz estacas de gelo travarrem a porta.
- Os militares.
Não acreditava como aquilo havia acontecido. Seus guardas haviam sido rendidos? Como foram localizados? Aquela distração não havia sido tão boa assim...
- Hum...
Ele olha para a loira que começava a se remexer na cama.
- Já voltando os sentidos?
Ele se aproxima.
- Adam... – ela rola e quase cai da cama e para –
- Não, ainda está grogue.
Estava na hora de agir, não sabia o que tinha dado errado, mas nem tudo estava perdido. O porão era muito bem escondido, era quase nula as chances dos militares entrarem ali.
- O amor não é tão bom assim.
O homem vira novamente o corpo da loira e posiciona o punhal, no entanto, alguns centímetros abaixo e o afunda no tronco da mulher que apenas dá uma arfada e começa a sangrar.
- E... El... Ele... Não...Vai... Desistir.
- Você acredita demais naquele idiota. – ele tira a franja do rosto dela –
Tudo aconteceria numa progressão de tempo... Assim que os militares saíssem tiraria o corpo dali e o colocaria onde pudesse ser encontrada.
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Os militares já havia revirado a casa e os arredores e nada.
- Prendemos muita gente, mas não as achamos, senhor.
Roy da um chute numa mesinha que ficava atrás do sofá que a joga longe.
- Elas têm que estar aqui!
- Ou nós fomos enganados de novo.
- Não pode, Maes! Não pode...
Maes via o olhar do amigo, estava arrasado.
- Você não tem culpa.
- Se eu não tivesse sido idiota, ela não teria ficado sozinha.
- Ele ia arranjar uma maneira.
Edward entra na sala.
- Nada! Essa casa foi revirada e os presos não falam.
- NII-SAN!
Al entra correndo.
- O que foi?
- Achei o celular da Winry-chan, estava jogado lá fora.
- Elas devem ter sido tiradas daqui.
- Melhor mudar as ordens, Roy! O melhor a fazer é dar uma batida na cidade.
- É o que vou fazer...
Antes que se retirassem, um tiro corta o silêncio.
- Tem homens aqui dentro?
- Não.
- O tiro veio do telhado...
- Ou...
Ed e Roy se olham.
- Do estuque!
Os militares correm para onde o barulho do tiro foi mais forte.
- puxa uma cordinha que havia passado despercebida – Um sótão.
Ed sobe as escadas e entra no quarto de Luis que jazia caído aos pés da cama com um tiro no peito.
- Winry!!
Ele nota que a mão esquerda de Luis estava entrelaçada com a direita da loira que tinha o braço caído para fora da cama.
- separa as mãos – Vamos maluca, acorda!
Ed chacoalhava a loirinha que permanecia inerte.
Os longos cabelos louros deslizam para baixo e o roxo causado pela coronhada é avistado por Ed.
- Desgraçado!
Ed pega Winry nos braços e desce as escadas.
- Nee-chan!
- Como ela está?
- Desacordada.
- Al paga o pulso dela – Não tem pulso?
- O que?? Não, ela não está morta!
- Ela pode estar somente com o pulso reduzido, leve-a para um hospital, do aço!
- E você?
- Eu me viro por aqui!
- Certo!
Ed e Al saem.
- Roy...
- Ela está aqui! Eu vou achá-la!
- Ela pode não...
- Ela está, ela jurou estar do meu lado até o fim, ela não vai descumprir a promessa.
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-
- Edward! – Maria corre até eles –
- Um carro, eu preciso de um carro para levá-la a um hospital!
- joga a chave para ele – Vai lá. Como está o general?
- Vão lá havoc! Ele ainda não encontrou a Riza-san, mas ela deve estar em algum cômodo da casa.
- Hai.
Havoc e os outros entram na mansão para ajudar Roy na busca.
- Você dirige, Al. Eu vou no banco de trás com a Winry.
- Não é melhor...
- Não! Eu vou com ela!
- Hai.
Ed estava desesperado. A sua maluca não podia estar morta. Ela era... Especial.
Lembranças da infância, das visitas a Rizempool, da vida em comum cheia de arranca rabos...
Não conseguia imaginar a vida sem implicá-la, sem tê-la por perto.
- Aguenta meu anjo! Só um pouco!
Ele deposita um beijo na testa dela.
-
-
Os militares estavam revirando a casa, cada centímetro no chão, nas paredes, no teto, ela tinha que estar ali e precisava ser achada rápido.
- Achei uma escada subtêrania!
Todos correm até Havoc.
- Ela só pode estar aí!
Roy toma a dianterira e dessa a escada que levava a uma porta de madeira antiga.
O moreno chuta a porta que nem se mexe.
- Afastam-se!
O general usa sua alquimia para explodir a porta que acaba por voar longe.
- Eu vou fazer isso sozinho.
- Mas...
- Mas nada! Vocês ficam aqui e corram se alguma coisa der errado.
Roy dá tempo para réplica, entra no porão que ainda estava cheio de fumaça devido a explosão.
- Mustang...
Em meio a fumaça, Roy consegue identificar o rosto.
- Summerland... Não acredito.
- Ou é bem burro. Eu disse a todos que eu chegaria ao topo.
- E como matar inocentes vai te ajudar?
- Olhe você mesmo.
A fumaça que já estava se dissipando e Roy direciona seu olhar para a grande cama de casal onde estava Riza.
- Riza! – ele que estava parado no primeiro degrau da escada corre até a cama, é quando vê o sangue que manchava a colcha também vermelha – O que você fez com ela?!
Uma fúria começava a tomar conta do Mustang, não podia acreditar que ela estava morta. Riza não podia ter perdido a vida de uma maneira tão tosca.
- Desgraçado!!!
Roy estala os dedos em direção do ruivo que já esperava a ação e se defende com uma barreira de gelo.
- O fogo não pode com a água.
Adam dá uma risada debochada e maníaca que ecoa nos ouvidos do Mustang piorando o estado de raiva o frustração que o dominava.
- Seu desgraçado!
O moreno avança em direção ao homem e lhe dá um murro. Assim os dois começam a brigar enquanto uma chama da ultima lufada de fogo lançada por Roy começava a se espalhar pelo cômodo.
- Não adianta! Ela morreu, eu a matei!
Na cama, Riza abriu levemente os olhos, e ainda grogue e com a visão turva devido a quantidade de sangue perdida, viu as chamas que subiam pelas paredes e ouviu a briga dos dois.
Tentou se mexer, mas tudo o que conseguiu foi despencar da cama já que não tinha forças para manter o corpo ereto ou se levantar.
- Riza... – Roy que estava surrando o ruivo, olhou para trás ao ouvir o barulho –
- Ela está...
- Viva!
Uma esperança invadiu as entranhas do Mustang que largou o ruivo no chão e correu até ela.
Cuidadosamente virou o corpo dela de maneira a tentar posicioná-la para pegá-la no colo.
- Riza! Graças a Kami...
A voz dele era um conforto tão grande, mas ela não conseguiu ignorar as chamas que cresciam ao redor dos dois e que possivelmente corroíam as estruturas da casa.
- Roy...
- Sou eu, agüenta firme...
- N... Não, m... Me deixe... aqui.
- Não!
Roy já se levantava com ela no colo.
- Eu... N... As cham...
- Eu sei, vamos sair daqui.
Quando já estava no meio da escada, Adam se recupera e dá seu último golpe, um tiro que acerta o braço de Roy fazendo-o deixar Riza cair.
- Maldito!
Mais uma vez usa de sua alquimia, mas dessa vez, acerta em cheio o Assassino da Lua Cheia. Aquele ali nunca mais atentaria contra nenhum inocente.
O tiro havia acertado de raspão o braço direto do moreno, mas aquilo não era o mais importante, Riza havia caído bem aos pés da escada onde as chamas já começavam a alcançar.
- Desculpe!
Ela a pega no colo, dessa vez colocando em volta dela o sobretudo negro para protegê-la das chamas.
- Kuso, ela perdeu os sentidos... Isso não é bom!
O mais rápido que conseguiu e sentindo as dores no braço, Roy sai do porão e começa a sair da casa, já sentindo que os alicerces da casa começavam a ceder as chamas.
- Cadê ele?
Maes não estava se contendo de ansiedade, pricipalmente, por causa da fumaça que saia de dentro da casa.
- Devemos entrar?
- Não, se ele estava no porão as chamas estão corroendo os alicerces da casa, não devemos arriscar!
- Hai.
Todos rezavam para que Roy conseguisse sair dali vivo e com Riza.
Foram segundos longos até Roy aparecer com Riza nos braços.
- Kami-sama!
Eles correm até eles.
- O que aconteceu com ele?
- Morreu! Agora saíam da frente, ela precisa de um médico!
- E você também!
- Ela está a beira da morte e vocês preocupados comigo?!
- Vamos general! Eu vou usar minhas técnicas de direção passadas de gereação em geração!
- Que seja! Maes, você cuida das coisas por aqui!
- Hai.
A tempestade começa a cair em todo seu esplendor e força. A Lua cheia finalmente fora vencida.
Continua...