O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 10
Rainha




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Cap. 10 – Rainha

Riza permaneceu mais dois dias no leste e voltou para a Central. Precisava saber se Ed havia descoberto alguma coisa. Não ousou ligar de novo, sabia que ele poderia estar perto de Roy ou qualquer outro do grupo.

A viagem de volta foi calma e agradável, considerando que passou todo o tempo dormindo.

Assim que desembarcou na estação, um vento forte acertou a loira que novamente sentiu aquele calafrio.

- Nossa! Até parece um aviso...

Chacoalhou a cabeça para afastar aquelas idéias, não era momento de ficar supersticiosa. Pegou um taxi e em menos de vinte minutos estava em casa. Aquele lugar parecia tão sombrio sem seu amiguinho Black.

- O que é que eu vou fazer da minha vida agora?

Riza deitou-se no sofá e passou a pensar nos últimos acontecimentos. Até três dias atrás sua vida era ajudar Roy... Mas agora não sabia o que iria fazer.

Continuar no exército era uma possibilidade, mas não sabia se queria ficar. Só havia permanecido depois de Ishibal por causa dele, pois se não fosse isso, teria abandonado o exército como tantos outros fizeram ao voltar daquele inferno.

Podia muito bem voltar para o Leste e seguir carreira lá. Continuar a tradição de família, mas será que era isso mesmo que queria?

-

-

Em uma grande residência que ficava no meio de um complexo industrial abandonado, Luis conversava com seu chefe.

- Não a perdemos de vista nem por um segundo.

- E agora? Tem alguém a vigiando?

- Sim, mandei um de seus homens ficarem a espreita.

- Muito bom, a partir de agora, nada pode dar errado.

- E não vai dar.

- Assim que a pequena Marie padecer, o Mustang cai.

O ruivo derruba a rainha branca que pertencia ao jovem Luis.

- Não acho que ela signifique tanto assim...

- Aprenda meu jovem, não pode existir um rei... Sem uma rainha. – Adam derruba o rei – Xeque mate.

- Como... Eu não vi...

- Você só estava preocupado com rei, esqueceu que a rainha também é uma importante peça. O Mustang pode ser forte, mas ele precisa dela, muito mais do que imagina. Assim como os outros...

- Então...

- Isso mesmo. Eram bons candidatos ao poder, mesmo que não chegassem ao topo, estariam sempre entre aqueles que ajudariam a comandar.

- Mas agora não representam perigo algum, são apenas reis sem rainhas.

- Isso mesmo. Agora não passam de solitários...

- Acho que a delicada Marie só estava no lugar errado, na hora errada.

- Por que diz isso?

- Não sei como se conheceram, mas se ela não estivesse naquele lugar, naquela hora... Quem sabe ela não poderia ter um futuro?

- Nunca saberemos.

-

-

Roy estava sozinho em sua sala olhando e revisando cada papel, cada informação que tinha. O que não havia visto, tinha que haver alguma coisa...

- Por que matar civis inocentes? E as militares... Todas noivas. Kami-sama! Que tipo de monstro é esse?

Todas eram muito bonitas e jovens, mas além das militares, nada tinham em comum.

Mas não era só isso, não fazia idéia de onde Riza estava. Queria tanto saber onde ela estava...

Queria tanto ter certeza de que, no outro dia, ela estaria trabalhando ali. Brigando consigo, fazendo-o trabalhar...

- Eu não podia ter deixado você ir embora...

Sua vida estava de cabeça para baixo. Repórteres que não largavam do seu pé, aquele caso que não parecia ter solução, o abandono de Riza...

Ela pelo menos podia atender seus telefonemas, nem que fosse só para aceitar suas desculpas...

Não havia como negar. Era um rei sem uma rainha. E o que era um rei sem sua amada rainha?

-

-

Maes estava em um barzinho perto do quartel, mas não para se divertir e sim para investigar. O jovem Kaio estava bebendo, dessa vez sozinho e já estava bem bêbado.

Era sua deixa.

- E ai, cara! O que foi? Cadê seus amigos?

Maes se senta no banco perto do rapaz.

- Amigus? Que amigus? Eu não tenho amigus...

O homem estava falando até enrolado.

- Por quê? Você parece um cara tão legal...

- Eles queriam saber de onde eu ganhei meu dinheiro... Vê se pode?

- E por que você não podia contar?

- Porque... Porque...

- Por quê?

- Eu ganhei esse dinheiro de um cara estranho que me pagou por causa de algumas coisas que eu falei...

- Cara estranho?

- É... Um ruivo estranho e loirinho capacho...

- E você não sabe os nomes deles?

- Luis... O loirinhuuu chamava Luis!

- Hum... E o que eles queriam saber?

- Eu disse umas coisas do general e ele ficou todo feliz...

- Nossa... Mas que tal agora você parar de beber e ir para o seu alojamento?

- Naummmmmmmm, Eu vou beber mashi...

- Acho que não, garotão, hora de ir para casa dormir!

Maes ajuda o garoto a chegar ao seu alojamento e vai para casa. Suas suspeitas estavam se confirmadas, aquele carro não ficava ali a toa e o pior era que quem quer que fosse queria a cabeça do amigo.

Precisava descobrir quem era.

-

-

Riza subia as escadas para o apartamento dos Elric, o elevador estava quebrado, agradecia por estar com o físico em dia, caso contrário, chegaria ao sétimo andar exausta.

Din Don

- Riza-chan!!

- Olá, Winry. Posso entrar?

- Lógico! Nossa, você deixou todos loucos...

As duas caminhavam para sala quando um pequeno cachorrinho correu desgovernadamente para a dona. Ele realmente havia sentido falta dela.

- Oi, bebê... – afaga o animalzinho – Eu também senti muito sua falta!

- Vocês dois se gostam mesmo.

- Ele é meu bebê! – agora as duas caminhavam com Black no colo de Riza –

- Riza!

- Olá, Edward!

- Bem, acho que vocês querem conversar. Qualquer coisa estarei lá dentro!

Winry sai da sala deixando-os as sós.

- Descobriu alguma coisa?

- Mais nada, infelizmente.

- Você disse que poderia ser alguém que você conhecia...

- Você 6também conhece, pela descrição do velho, parecia que era aquele cara do beco... Mas não pode ser...

- Bem, quando eu estava no Leste, vi um rapaz muito parecido com ele em um restaurante que fui.

- Então quer dizer que você está sendo seguida.

- Seguida? Eu? Não acho provável, eu teria percebido.

- Eu não ficaria tão certo disso. Desculpe, Riza-san, mas é bem provável que você esteja enganada. Seja quem for que está fazendo isso, sabe muito bem como fazer.

- Então você acha que tem mesmo a ver com a série de assassinatos?

- Tenho quase certeza. E acho que é melhor colocar o Fagulha a par de tudo.

- Talvez esteja na hora mesmo...

- E também está na hora de colocar você sob vigilância. Seja quem for, quer te pegar.

- Não obrigada, concordo com a parte de contar ao Roy, mas não quero uma escolta. Não preciso disso, sei me defender muito bem.

- Eu não duvido disso, mas a situação está crítica. Não é a melhor hora para testar a sorte.

- Edward, eu sei muito bem como me cuidar. Preocupe-se apenas em contar o que sabe ao Roy, ele saberá como proceder.

- Não sei por que tanto orgulho, mas não vou ir contra sua vontade, tente pelo menos não ajudar esse maluco, não fique dando sopa por ai.

- Tudo bem, vou tentar fazer e você, tente não contar que estou de volta a cidade. Não quero ninguém tentando me convencer a voltar.

- Mas devia, o fagulha não anda em seus melhores dias. Sério, nem me irritando ele anda.

- Não. Eu já tomei minha decisão.

- Quanta teimosia, você é pior que eu. Mas pelo menos pense em voltar...

- Não vai adiantar. Já vou indo, estou um pouco cansada.

- Cuide-se.

-

-

Enquanto caminhava para dentro do prédio, novamente, sentiu aquele arrepio. Olhou para trás, mas nada de incomum parecia estar ali. Pessoas caminhando, um homem lendo jornal sentado em um banco, um casal se agarrando...

- Eu estou ficando paranóica.

Em seguida, a loira ajeita a gola do casaco, dá um puxãozinho na coleira de Black e entra no prédio.

Ligação on

- A flor de lótus já está de volta.

- Muito bem.

- Alguma outra instrução?

- Apenas fiquem de olho.

Ligação off

- Assim que a rainha cair, o rei e os peões desabam...

O ruivo congela a rainha e quebra a peça, derrubando o rei depois...

Continua...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

É gente, a coisa esta mais cabeluda a cada dia!
Espero que gostem e comentem para me deixar feliz!
Kiss



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