O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 9
Está chovendo




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Cap. 09 – Está chovendo


O dia amanheceu nublado, o céu parecia prestes a desabar a qualquer momento. Um clima não muito comum para o Leste. Já se passava das duas da tarde quando Riza acordou.


- Aquele antitérmico realmente fez o que devia fazer.


A loira levantou-se e foi ao banheiro tomar um banho rápido para poder ir ao cemitério. Vestiu uma saia até os joelhos preta, uma blusa branca e um blazer sobre a blusinha.


- pega os óculos – Preciso ligar para o Edward e para a Winry.


Ligação on


- Mochi mochi.


- Edward?


- Sim, quem fala?


- Riza.


- Riza? Onde você está? Todos estão preocupados!


- sorri – Não se preocupe e diga que estou bem. Estou resolvendo algumas coisas, mas você me ligou ontem...


- Eu achei o carro quebrado.


- Achou onde?


- Em um ferro velho ilegal. Em troca de eu não fechar aquela coisa o cara me contou quem deixou o carro lá.


- E que foi?


- Um cara loiro, pela descrição do velho não devia ter mais que a minha idade.


- Algum suspeito?


- Bem, ele é bem parecido com uma pessoa que já vi, mas não acho que possa ser.


- Nunca se sabe... – suspira – Eu vou fazer algumas coisas e volta para a Central assim que der, essa história está ficando muito estranha, mas não conte isso a ninguém.


- Você está mesmo decidida à deixar o fagulha?


- Estou. Meu lugar não é mais ali.


- Caramba... Mas você não pode ao menos dizer onde está para que eu, o Al e Winry ficarmos mais tranqüilos?


- Estou no leste.


- Tudo bem, eu não vou contar a ninguém.


- Como está o Black?


- Sentindo sua falta, aquele ali gosta muito de você.


- Pelo menos ele. Agora tenho que desligar, ja ne.


Ligação off


A loira pega um dos carros que estavam na garagem e segue para o cemitério, não sem antes passar em uma floricultura e comprar alguns lírios brancos.


O lugar estava como deveria estar, silencioso.


A única pessoa além dela naquele lugar era um rapaz, formalmente vestido, a cerca de trinta metros, encostado em uma árvore.


- Estranho.


A loira não deu muita atenção. Voltou-se para o túmulo do general. Aquele homem realmente havia feito a diferença. Fora um grande militar em sua época e um grande comandante no final de sua vida.


Não esteve no enterro, mas soube que muitos figurões estiveram ali para prestigiá-lo. Que tipo de neta ela era ela?


- põe as flores sobre o túmulo – Desculpe por não vir antes, eu estava muito ocupada... Eu sei que não foi uma atitude muito digna, nem muito delicada, mas quando vim da primeira vez não pude demonstrar meus sentimentos. Estava como militar. Desculpe mesmo.


Uma lágrima escorreu por debaixo dos óculos.


- Sabe, acho que o senhor tinha razão, eu nunca deveria ter escolhido ficar a sombra de ninguém, eu devia ter vivido minha vida, o meu sonho, não a vida e o sonho de outra pessoa.


A loira ajoelhou-se perante o túmulo.


- E quando é que o senhor não estava certo? Mas eu não preciso repetir erros, eu vou tentar ser feliz.


Algumas outras lágrimas escorrem.


- Está chovendo. – ela sorri –


No entanto, nenhuma gota de chuva estava caindo até aquele momento.


-


-


A sala do general Mustang estava cheia. Todos trabalhando na solução daquele caso. Cinco dias...


- MAS NÃO É POSSÍVEL! O QUE É QUE NÓS NÃO VIMOS??


Roy estava à beira de uma crise de nervos. Aquele caso era o mais complexo que já pegara. Não haviam falhas, não haviam testemunhas, não haviam pistas, não havia nada.


Era como se quem estivesse por trás disso soubesse exatamente como procederia o exército. Será que poderia ser alguém de dentro?


Depois de tantas coisas que já havia visto não duvidava de mais nada...


Mas por quê?


- E ai, negada! – Maes invade a sala –


- lança um olhar mortal – Será que eu posso saber onde você estava?


- Investigando. Sabe, eu sou pago para isso.


- E isso trouxe algum beneficio para o caso?


- Não sei, ainda não sei.


- ENTÃO PARA DE FICAR OLHANDO PARA MIM COM ESSA CARA DE IDIOTA E VAI FAZER ALGUMA COISA QUE NOS AJUDE!


- cochicha – Como ele está estressadinho.


- Falta-da-tenente-aguda! – comentou um dos rapazes –


- Eu avisei, mas ele não quis ouvir...


- PAREM DE FOFOCAR! NÓS TEMOS UM MATADOR A SOLTA!


- Hoje o dia vai ser longo... - ¬¬’ –


-


-


Maes caminhava pelos corredores e vê aquele soldado que entrou no carro estranho. Estava sorrindo e parecia marcar alguma coisa com os amigos.


- Então lá no pub depois do expediente! – o rapaz se afasta –


- Nossa! Parece que o amigo de vocês está feliz! O que foi? Ele foi promovido?


- Que nada! O cara de uma hora para outra começou a colocar banca... Até pagando noitada ele está.


- Ele só é um amigo que gosta muito de vocês!


- O Kaio? Ele é muito legal, mas até ontem vivia reclamando de falta de dinheiro. Sei não...


Os amigos do rapaz que agora tinha nome saíram.


- Então quer dizer que ele conseguiu muito dinheiro facilmente... Eu sabia que meu faro não me enganava. Kaio... Vamos ver o que os arquivos dizem dele.


-


-


Riza estava terminando de cuidar da papelada para o recorrer do inventário. Estava no escritório de advocacia em que trabalhava o advogado do avô.


- Bem, senhorita Elizabeth, é só isso por hora.


- Muito obrigada, Doutor Vasconcelos. Assim que terminado quero a lista com tudo...


- Se não se importar de assinar uma procuração eu poderia cuidar de tudo.


- O senhor já tem uma que lhe dá a liberdade que eu preciso. Sobre o resto prefiro deixar como está, não quero que nenhuma movimentação seja feita sem antes ter o meu aval.


- Parece que tem tino para os negócios como o avô.


- Eu simplesmente sou cuidadosa. Obrigada e espero que tudo seja feito o mais rápido possível.


- Espere...


- Sim?


- A senhorita já deve saber sobre o testamento?


- O que?


- Sobre a cláusula nupcial.


- Não.


- Bem, o testamento do Grumman está feito desde que a filha morreu, mas a alguns meses ele fez uma pequena mudança.


- E qual seria?


- Você terá acesso a somente 50% de sua fortuna enquanto continuar solteira.


- Sorri – Sério?


- Sim, Elizabeth-sama!


- Muito engenhoso, mas isso não faz muita diferença para mim.


- Como não, senhorita? 50% de seus bens ficaram congelados até que se case, é um grande prejuízo.


- Vou perder alguma coisa?


- Não, mas também não vai lucrar.


- Como creio que o senhor saiba que, 50% é muita coisa, creio que mais do que muitos de seus honoráveis clientes tenham.


- Eu sei disso, mas mesmo assim...


- Eu sei o que faço. Com licença.


Riza sai da sala e volta a colocar os óculos. E no fundo, apesar da situação fúnebre, não pode deixar de sorrir. O avô queria vê-la casada e para isso recorreu até a um recurso que sabia que não surtiria efeito algum.


Ele realmente queria ter certeza de que havia feito de tudo para fazê-la feliz.


Caminhava pelas ruas abarrotadas de pessoas a caminho de um restaurante. Um lugar que freqüentava desde a adolescência. Era muito agradável e a comida era excelente.


Sentou-se em uma mesa ao fundo e qual não foi sua surpresa ao ver uma figura conhecida?


Era o rapaz do dia que o carro quebrou. Vestido sobriamente como a época pedia.


(N/A: Fullmetal se passa na década de dez e vinte, ou seja, o pessoal se vestia muito bem. Uma prova? Olha o jeito que o Roy se veste nos últimos cap. da série e mesmo no mangá quando não estava no quartel, sempre com camisa social, colete, casaco, chapéu... Uma loucura!)


- Será que era ele? – a loira chacoalha a cabeça – Não é possível, o que esse menino ia estar fazendo no cemitério?


Um arrepio corre o corpo da jovem tenente. Coisa que a faz lembrar de uma babá que dizia que isso era um mal presságio.


Continua...


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Hi galera!
Espero que gostem do cap!
Eu adorei... mas sou suspeita!
Então me contem o que acharam em!
Kiss



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