O assassino da Lua Cheia escrita por Anny Taisho


Capítulo 11
Medo




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Cap. 12 – Medo


Na manhã seguinte, Edward foi falar com Roy.


- Espero que seja importante, do aço.


Roy estava com os cotovelos sobre a mesa, dedos trançados e com o queixo quadrado sobre as costas da mão.


- Aquele dia em que te liguei, não foi bem pelo motivo que te contei.


- Continue.


- Quem estava no carro era Riza e o carro havia sido quebrado com alquimia, estacas de gelo feitas com alquimia.


- O carro está perfeitamente bem na garagem.


- Não é o mesmo carro. Seja quem for, trocou o carro avariado por aquele que está na garagem.


- Então quer dizer que você mentiu?


- Prefiro o termo omitir.


- Que seja, teve algo mais que omitiu?


- Quando te liguei, a Riza já havia saído do carro a procura de ajuda... E ela encontrou, ou não. Seja quem fosse, estava guiando-a para longe dos olhos das pessoas.


- O que? – Roy quase pulou da cadeira quando o nome da loira fora mencionado –


- Eu fiquei encucado e fui atrás, consegui alcançá-los antes que algo viesse a acontecer e o cara fugiu. Voltamos para a casa dela a pé e quando chegamos na porta do prédio, aquele carro estava lá.


- E por que eu não fui informado de nada disso?


- Não tínhamos certeza se tinha algo a ver com o caso, mas depois que eu encontrei o carro em ferro velho clandestino e a descrição de quem deixou o automóvel lá era muito parecida com a do cara daquela noite...


- O suficiente para fazer um retrato falado?


- Sim.


- Olha, Edward, o que está acontecendo é muito sério. Não me esconda mais nada, estamos entendidos?


- Hai.


Edward não gostava daquele tom autoritário, mas sabia que Roy estava certo. Não devia ter escondido aquilo por tanto tempo.


Fora uma lembrança que lhe veio a mente, o rapaz era o mesmo que acompanhava Winry aquele dia. Ou será que era impressão?


Armistrong chegou para usar suas técnicas de desenho passadas de geração em geração para fazer o retrato falado do loiro.


Riza poderia ser a próxima vitima.


Aquela possibilidade fez Roy ficar com o coração apertado.


Riza não, não ela.


Tão frágil...


Riza podia ser capaz de enfrentar qualquer tormenta, ajudar qualquer pessoa, mas quando se tratava de si, era um tanto relapsa.


Sem aquele uniforme, era uma boneca de porcelana.


Frágil a qualquer toque mais forte...


-


-


O dia estava agradável, Riza andava pela feira a procura de algumas frutas frescas.


Iria fazer uma torta de frutas, estava cansada de ficar parada, precisava fazer alguma coisa. Nem que fosse cozinhar.


- Boa tarde, Riza-san.


- Boa tarde. – a loira devolve o sorriso –


- Está muito bonita hoje, aposto que está amando.


Quem conversava com a loura era uma velha senhora. Sempre estava na feira, sempre no mesmo lugar e com um enorme sorriso nos lábios.


- Imagine, acho que é só porque estou descansada.


- Como uma moça tão linda pode não estar amando? Aposto que não é por falta de pretendentes.


- Imagine, quem me dera. Vou levar esses morangos.


- Vou embrulhar para você.


Riza estava olhando o movimento das pessoas. Era um lugar tão animado, crianças brincando...


Ajeitou a saia que ia até os joelhos e era afunilada e puxou o decote da regatinha branca que usava.


- Pronto. Aqui estão. – Riza pagou e voltou a caminhar –


Quando estava caminhando de volta para casa, pegou as vias mais cheias, algo dentro de si parecia avisar que alguma coisa estava prestes a acontecer.


Era quinta-feira, mas mesmo assim as ruas estavam cheias como se fosse sábado. Para todos os lados que se olhasse haviam pessoas.


Era quase assustador, estar sozinha no meio de tantos desconhecidos.


- Desculpe... – um homem de chapéu que esbarrou nela se desculpou –


- Não foi nada. – respondeu para o vento, ele já havia sumido no meio da multidão –


Olhou para trás e viu um homem de chapéu, estava a uma certa distância, mas seus olhos pareciam segui-la.


- Calma Riza, nada de pânico.


Instintivamente, aumentou a velocidade de seus passos. Olho para trás, de novo, e ele não estava lá. Alivio.


Mas isso não durou muito, ao olhar para o canto da calçada viu-o. Parado e aqueles olhos pareciam estar sobre ela.


- Riza... Respira.


Andou mais rápido e chegou em seu prédio. Passou reto pela portaria, nem cumprimentou o porteiro. Precisava chegar em casa, precisava sentir-se segura.


Entrou e trancou a porta.


- O que foi isso? Por que estou tão assustada?


A loira recostada na porta deixou o corpo escorregar e abraçou os joelhos.


- Não há o que temer. Você não está com medo. Ninguém esta atrás de você.


Riza dizia de maneira a tentar se convencer disso. Sentia-se tão acuada.


-


-


Adam olhava para a janela aberta, estava de costas para o homem atrás de si.


- Ela está se sentindo acuada. – o homem sorri – Quase dava para sentir o cheiro do medo dela.


- E eu espero que você tenha se contentado em apenas vigiá-la.


- Eu não fiz nada, Adam-sama.


- Mas os instintos gritam. O censo de sobrevivência dela está avisando da maneira mais instintiva possível de que algo está a espreita...


- Ela é mais bonita que as outras.


- Nada de gracinhas, Karazov.


- Mas é uma pena.


- Como Luis disse: Ela estava no lugar errado, na hora errada.


- A pegaremos amanhã?


- Eu farei isso. Não quero vocês rondando.


- Mas senhor...


- Mais nada. Vocês ficam e cuidam daqui, eu cuido dela.


- Hai.


- Se não te conhecesse, Adam, diria que está apaixonado por ela.


- Ela é realmente fascinante, desde Ishibal fiquei curioso, mas não posso me cegar por causa disso.


- Um rei sem uma rainha, não é ninguém. Ela é rica, de família importante, e... Fascinante. Seria um golpe muito grande para o Mustang se ela estivesse com você.


- É provável, menos poético, mas existe uma falha. Ela ama o Mustang.


- Então ela está condenada. O amor a condenou.


-


-


Armistrong termina o desenho e entrega-o a Roy.


- Então esse é o cara?


- Muito jovem. – argumenta Maes –


- Mas não sabemos o nome.


- Roy, será que você pode me emprestar esse desenho?


- Eu preciso mandar fazer os retratos...


- Bebeu? Roy, fazer isso é alertar o cara. Agora temos a cara de um de seus comparsas a nosso favor. Mostre isso apenas os militares.


- Tudo bem, mas para que você quer o desenho?


- Quero dar uma olhada.


- Tudo bem, mas seja rápido.


Maes pega o retrato e sai da sala.


O moreno caminha e logo encontra Kaio.


- Soldado.


- Sim, senhor! – bate continência –


- Já viu esse homem? – mostra o papel –


- Er... Não. Por que senhor?


- Nada, e não comente isso com ninguém.


- Hai.


O suspeito já tinha nome. Luis.


As coisas pareciam estar tomando forma, mas a lua cheia já era no dia seguinte.


Precisavam encontrar o Assassino da Lua Cheia.


Continua...


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Gente!!!!!
Mais um cap para vcs!!!
ESpero que gostem...
Logo o assassino vai atacar....
DEixem reviews e...
Kiss



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