Alvo Potter E O Medalhão De Prata escrita por Amanda Rocha


Capítulo 21
As Caixas Mágicas


Notas iniciais do capítulo

Genteee!!! Dessa vez eu vim aqui para dedicar este capítulo a uma pessoa especial... Não sei realmente o nome dela, mas aqui no Nyah ela é conhecida como LindaLua. Ela é autora da fic: Romione uma história de amor (que a propósito, leiam, é realmente muito boa)que, sinceramente, foi a melhor que já li aqui... Ela está com pedras na vesícula, se não me engano, e foi fazer uma cirurgia... Bom, ela escreve super-bem e não tive notícias dela faz um tempão... Espero realmente que ela esteja bem e que volte a escrever... Nas notas finais deixarei o link da fic dela...
Estamos na reta final da história!!! Daqui uns cinco capítulos acabaaa! Foi por isso que tomei a decisão de postar menos capítulos por semana, talvez dois ou até um, pra aumentar o suspense da história. A não ser que eu ganhe muitos reviews e recomendações e "favoritações"!!! KKKKK
Bom, gente... Aí vai:



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Naquela semana, a raiva dos garotos por Scorpius Malfoy só aumentou. Ele continuou chamando Rosa de Sangue-Ruim, e Carlos de Traidor do Sangue. Isso sem contar as maldades que falava para Max Connó, um menino da Lufa-Lufa. Já estavam de saco cheio das aulas de Voo e de Astronomia, que, junto com História da Magia, eram as piores. Os treinos de quadribol estavam mais puxados, Pedro Lepos queria compensar o tempo perdido e enchia-os de treinos quase todos os dias.

No café da manhã, eles tiveram uma surpresa ao receberem o correio:

–O Alvo ganhou um livro de quadribol! –exclamou Grace Poàzh.

–Ah, claro! –exclamou uma menina de cabelos castanhos e olhos verdes, ao lado de Grace Poàzh. –É o filho da Gina Weasley, aposto que ganha o que quer! Deve ser um mimado...

–Cala a boca, Mia! –retrucou Rosa.

–Quem é? –perguntou Alvo abrindo o livro.

–Mia Sobith. –disse Rosa com cara de quem comeu e não gostou. –Um pesadelo, sério! Nunca vi ninguém tão insuportável. Ela divide o dormitório com a gente... É uma estúpida, ninguém fala com ela, a não ser a Holly Dovscoll, que tenta puxar conversa... É o livro que ganhou do seu pai?

–É, eu o esqueci em casa.

–E finalmente vamos ter o que fazer na aula do Binns! –disse Carlos feliz. –Podemos revezar para lê-lo, não podemos?

–Não. –disse Rosa com firmeza.

–Foi uma pergunta ao Alvo. –respondeu Carlos.

–Mas de qualquer jeito, não vão. –disse Rosa. –Esqueceram que o Binns separou a gente? Seria impossível, a gente teria que atravessar toda a sala.

–Ah, eu não me importo de ficar levando o livro para lá para cá. –disse Carlos.

–Então eu também posso ler? –pediu Dennis.

–Só depois de mim! –disse Jordan.

–E depois eu! –disse Clívon.

Alvo encarou Carlos incrédulo. Agora teria que emprestar o seu livro a um bando de gente. Carlos, por sua vez, apenas sacudiu os ombros e voltou a comer sua omelete.

–Ah, me passa o suco de abóbora, Alice! –pediu Tiago.

Alice, que estava na frente de Alvo, pegou o cálice, e quando já ia depositá-lo nas mãos de Tiago, virou metade do suco na primeira página do livro de quadribol que Alvo acabara de ganhar.

–Alice, sua desastrada! –riu Tiago. –Não consegue fazer algo sem dar uma de suas trapalhadas?

–Ah, me desculpe! –pediu ela tentando secar o livro, mas o deixando cada vez mais manchado. –Me desculpe! Eu sinto muito!


Alvo, que já havia acabado o café da manhã, se distraia com a Prof.ª Chollobull.

–Para mim elas estão grávidas. –comentou Tiago ao seu lado.

Ele não pode deixar de sorrir.

Nos dois primeiros tempos de Poções, a matéria mais engraçada na opinião de Alvo, pois o professor tinha uma péssima memória, e sempre acabava fazendo alguma coisa errada na aula, o que ajudava a diminuir a tensão de saber que teriam de enfrentar um tempo de História da Magia, o que precisava de um grande preparo psicológico.

Era uma aula-dupla com a Lufa-Lufa. Quando o Prof. Binns entrou, Alvo se dirigiu ao fim da sala, na última classe, onde o professor o colocara na esperança de impedi-lo de conversar mais com Carlos ou Rosa.

–Vamos começar a aula de hoje retomando o que aprendemos até agora... –disse o Prof. Binns no seu tom monótono de sempre. –Como sabem, a primeira denúncia de magia surgiu no Egito...

Alvo sentiu que algo batia em sua nuca. Virou-se e viu que o que o atingiu foi uma bolinha de pergaminho. Abriu-a e leu:

Esta aula está um tédio! Vamos fazer alguma coisa?

Carlos

Alvo pegou sua pena e escreveu no verso do pergaminho “sim”. Entregou a bolinha a Carlos e esperou pela resposta. Quando se virou, viu que o Prof. Binns o fitava serenamente. Olhou para os lados, toda a turma o observava. Sentiu que seu rosto estava corando.

–Agora, Potter, - disse o professor. - se não se importa, eu vou ter que me ausentar desta aula. Tenho problemas a resolver, enquanto isso, quero que abram o livro na página cento e quatro, e leiam o primeiro capítulo. Quero um resumo do capítulo para a próxima aula.

E foi embora.

–Finalmente! –exclamou Carlos em voz alta. –Agora já podemos ler o livro. Aí, Rosa! Tem certeza de que não vai fazer nada?

–Não antes de terminar de ler o capítulo. –disse a garota levantando a cabeça de trás do livro. –Mas depois acho que vou jogar uma partida de Xadrez de Bruxo.

–O quê? –exclamou Carlos. –Trouxe o seu Xadrez de Bruxo para a aula? Sabe que se te pegarem eles vão confisca-lo, não sabe?

–É, -disse ela, piscando o olho e voltando a se afundar no livro. - e provavelmente vão me mandar para a sala da vice-diretora, mas vou correr este perigo.

Alvo foi o primeiro a ler o livro. Ele não chegou a termina-lo todo, pois Carlos vinha lhe perguntar a cada cinco minutos se já havia acabado, então ele lhe entregou o livro pela metade. Agora, estava servindo de carregador do tabuleiro de Xadrez de Rosa, que já havia acabado o capítulo do livro e agora jogava uma partida com Annie, que estava do outro lado da sala.

–Hum... Certo, Torre na E-5! –disse Rosa. Alvo ficou observando a peça se mover e comer o peão de Annie. –Deu, pode levar, Al...

Ele pegou a tabuleiro e o entregou a Annie.

–Ei, Al! –chamou Dennis. –Dá para você dizer que já acabou o tempo do Carlos? É minha vez de ler o livro!

–Hum... –fez Alvo. –Mais cinco minutos, Carlos.

–Al, aqui! –chamou Annie. –Pode leva-lo para a Rosa.

Alvo foi até Annie, pegou o tabuleiro e o entregou a Rosa.

–Cavalo na H-3! –ordenou a prima. –Deu, pode levar.

Alvo pegou de volta o tabuleiro e o entregou a Annie, imaginando porque Rosa não jogava com alguém que estivesse em sua frente.

–Ah, Al! –disse Eloísa. –Vem cá...

Alvo foi até Eloísa. Ela e os primos Elliott e Ethan consolavam Max.

–Você quem venceu o duelo. –disse ela timidamente. –Poderia tranquilizar o Max quanto ao Malfoy...

Alvo baixou os olhos para o menininho que tinha o rosto banhado em lágrimas.

–Ele andou te amolando de novo? –perguntou.

O garoto assentiu e voltou a soluçar.

–Não liga para ele... Ele é um idiota...

–Al, o tabuleiro! –chamou Annie.

Alvo o pegou e devolveu-o a Rosa.

–Al, o Dennis pegou o livro! –chamou Carlos.

Alvo foi até Dennis.

–Carlos ainda tem cinco minutos.

E tirou o livro das mãos do amigo e o empurrou para Carlos.

–Al! –chamou Rosa. –Vem pegar!

Já irritado, o garoto pegou o tabuleiro e quando já ia entrega-lo a Annie, veio outro grito:

–Ah, Carlos já acabou o seu tempo! Al, vem cá e diz que sou eu!

–Alvo, o tabuleiro!

–Alvo! É minha vez!

–Alvo! O Max voltou a chorar!

Alvo teve uma grande vontade de dar um grito. Foi até Carlos. Ele e Dennis disputavam o seu livro, cada um puxando para um lado. Ele simplesmente arrancou o livro das mãos dos dois, colocou-o em cima do tabuleiro de Xadrez de Bruxo de Rosa, e disse:

–Sentem todos! Vamos deixar isto justo. Carlos, sua vez já foi. Agora é o...

–O Prof. Binns me pediu para vigiá-los enquanto... –disse uma voz arrastada e rouca. –Ah... Potter... Vejo que anda fazendo algo mais do que estudar...

Alvo se virou lentamente. Era Guelch, o zelador. Tinha um sorriso satisfeito no rosto. Alvo olhou a volta e viu que ele era o único de pé na sala.

Quadribol Através dos Dez Maiores Jogadores? –perguntou Guelch.

Alvo olhou para baixo. O seu livro era tão grande, que cobria todo o tabuleiro de Rosa. Estava ferrado... Guelch confiscaria o seu livro... Pelo menos ainda não havia visto o tabuleiro de Rosa, pois Alvo não queria ser o responsável por fazê-la perder o seu jogo favorito, já vira Rosa brava uma vez, e aquilo foi o suficiente para ele saber que era melhor ele perder seu livro do que ela o seu tabuleiro. Se ao menos tivesse um jeito dele entrega-lo a prima sem que Guelch o visse... Mas ainda não estava tudo perdido... Guelch não podia confisca-los, precisava do consentimento de um professor...

–Ah, Sr. Guelch...

Como se lesse seus pensamentos, a Prof.ª Margarete Chollobull adentrou a sala. Justo ela... Justo a vice-diretora...

–Potter, o que faz de pé? –perguntou ela.

–Pego em flagrante! –exclamou Guelch. –Com o livro de Quadribol, professora... No meio da aula...

–Ah, sim... –disse Margarete. –Depois você pode confiscar, Sr. Guelch, mas agora preciso de um minuto seu...

Guelch e Margarete sumiram da sala, Alvo sabia que não foram muito longe, poderiam estar no corredor mesmo, talvez. Ele foi até a mesa de Rosa e depositou o tabuleiro.

Eles não...? –sussurrou Rosa.

Alvo sacudiu a cabeça negativamente.

Valeu! –sussurrou ela de volta.

No mesmo instante o sinal tocou. Guelch adentrou a sala correndo.

–O livro, Potter! –disse com a mão estendida.

Alvo deu um grande suspiro e entregou o livro.

–Não vai vê-lo tão cedo!

E foi embora com o seu livro.

–Foi mal, cara! –disse Carlos. –Se eu tivesse devolvido o livro para o Dennis, você não estaria de pé...

–Não, a culpa foi minha! -disse Rosa. –Se não tivesse mandado você ficar carregando o tabuleiro de lá pra cá...

–Tudo bem... –foi só o que Alvo disse.

No fundo estava bravo com eles. Mas lembrou-se de uma coisa:

–Ah, não te devo mais nada, Carlos!

–O quê? –perguntou Carlos sem entender.

–Lembra! O olho roxo... Você mentiu para eles pararem de me amolar, e eu disse que estava te devendo... Bem, não devo mais!

–Mas... Mas não precisava me dever! –disse Carlos. –Cara, é o último livro de Quadribol que saiu! O mais recente! E eles nem pararam de te amolar!

–Tudo bem... Eu falo com o Neville, talvez ele consiga me dar o livro de volta...

–Duvido, ele não quer nem demitir o Draco...

Eles foram para. o almoço. Alvo não queria admitir que perdera seu livro de quadribol. Carlos e Rosa não paravam de se desculpar. Scorpius e os outros alunos da Sonserina não paravam de debochar de Alvo, ainda mais quando soubera que ele perdera seu livro:

–Ah, o babaca do Potterzinho não sabe nem cuidar do livro! –retrucou Reece.

–É o mais novo livro de quadribol que tem! –disse Joshua. –Bem feito que tenha perdido!

–Se fosse meu, -gritou Reece da mesa da Sonserina. –Eu pegava de volta da sala da vice-diretora.

–Era uma boa ideia... –disse Alvo em voz baixa.

–Mas o Potterzinho jamais faria uma coisa dessas, é claro... É só um bebezinho medroso. Se fizesse, -disse Joshua. –eu até o respeitaria mais...

–Ele não precisa do seu respeito, Joshua! –gritou Tiago.

Do respeito Alvo realmente não precisava, mas seria ótimo que Joshua parasse de zombar dele...

Eles terminaram o almoço e subiram para o terceiro andar, onde teriam Feitiços.

–Al, eu realmente sinto muito... –disse Carlos pela decima vez.

–Está tudo bem, Carlos! –disse Alvo já irritado. –Só não quero ficar pensando nisso...

–AAAAAIII!

Um grito ecoou pelo corredor.

–O que foi isso?

–Acho que...

Outro grito. Era uma mulher...

–Acho que vem dali... –disse Rosa apontando para uma sala.

Eles avançaram para a sala. Estava entreaberta. Jogada em cima da escrivaninha, estava a Prof.ª Margarete.

–Professora? –exclamou Alvo.

–AAAAAAAAAAIIIII! –ela deu outro grito.

–Professora... Está tudo bem? –perguntou Rosa.

–Está... AAIII! Na hora... Na hora do parto!

Alvo olhou boquiaberto para a professora. Parto? Então ela estava grávida? Tiago estava certo...

–Me levem... Levem-me até... AAAAIIIIIIII! Madame Pomfrey!

Carlos e Rosa correram até a professora. Alvo foi até ela e a ajudou a levantar. Eles a ajudaram a atravessar a sala. Ela dava gritos cada vez mais altos.

–Calma, professora! –disse Rosa. –Carlos, vai buscar alguém!

E Rosa seguiu com a professora pela escada. Alvo, porém ficou ali, parado em frente a sala. Em frente a sala da vice-diretora, onde, segundo Reece, estaria o seu livro. Joshua disse que se fosse ele, pegaria. E disse que se Alvo o fizesse, ele até o respeitaria... Respeito, era o que Alvo estava precisando... Bem, não custava nada ele dar uma olhada na sala... Já estava tão perto... E a professora não precisava dele... Rosa já estava a levando e Carlos estava chamando alguém...

Não resistiu. Abriu a porta e voltou à sala. Olhou a sua volta. Estava cheio de quadros dela com um senhor careca, que Alvo supôs ser seu marido. A sala também estava cheia de brinquedos e roupinhas de bebê. Ele andou um pouco... Foi até a escrivaninha e abriu a primeira gaveta.

Depois de olhar em todas as gavetas das escrivaninhas e armários da professora, Alvo já não fazia ideia de onde poderia estar. Sentou-se um pouco no sofá. Em cima de um balcão, estava um prato com ovos fritos, panquecas e mel, e um peixe assado pela metade. Alvo riu. Quando já ia se levantar, viu três sacolas. Virou-se e foi até elas. Abriu a primeira. Estava cheia de roupinhas de bebê, muitas sobre quadribol. Alvo revirou toda a sacola, mas nada do livro. Abriu a segunda sacola. Nela havia mais roupinhas de bebê, mas Alvo vu uma que lhe chamou a atenção. Era a camiseta de sua mãe, era a camiseta de apanhadora dos Holyhead Harpies, número dois, de Gina Weasley. Alvo olhou a camiseta, e passou para a próxima sacola. Esta estava cheia de brinquedos. Havia até uma vassoura de brinquedo. Alvo revirou toda a sacola e... Achou! Lá estava ele, seu livro de quadribol! Sentiu um grande alívio. Pegou-o e foi embora da sala.

O corredor estava vazio. Alvo olhou no relógio, ainda faltavam dez minutos para a aula de Feitiços. Ele subiu para o terceiro andar.

–Ei, Potterzinho!

Alvo se virou. Ali, parado a sua frente, flutuando de cabeça para baixo, estava Pirraça, o poltergeist.

–Ah, Pirraça... O que está fazendo? –perguntou ele.

–Eu sei de coisas que você não sabe! –riu ele. –Sei de coisas que todos os professores estão falando... E tramando, para proteger o Medalhão de Prata.

–Você sabe sobre o Medalhão de Prata? –perguntou Alvo curioso.

–Sei. E você vai se ferrar! É, vai sair todo machucado! E o Pirraça vai rir muito quando vir você sair de lá! Mas o Pirraça não vai falar nada! E ah, o que é isso em sua mão?

–É um livro. –respondeu Alvo com simplicidade.

Pirraça o fitou, depois abriu um sorriso medonho.

–Sabe, se parece muito com o livro que o Guelch confiscou... Se bem me lembro, ele disse algo sobre você... Andou afanando o livro da sala dele, é Potter?

–Não. –respondeu Alvo. –Acho que você está enganado. Não peguei nada... Agora, se me dá licença, preciso ir...

–GUELCH! –berrou Pirraça. –PEGUEI O POTTER! ELE ROUBOU O LIVRO DA SUA SALA!

–Não! –exclamou Alvo. –Pirraça, pare, por favor! Eu não fiz nada!

–GUELCH! ELE ESTÁ AQUI! NO TERCEIRO ANDAR! COM O LIVRO QUE VOCÊ CONFISCOU!

–Não Pirraça, por favor! Eu... Eu não fiz isso!

Mas antes mesmo que Alvo pudesse ir embora, o zelador chegou.

–Potter! –disse ele ofegante. –Me devolva o livro! Ah, Potter! Vamos a minha sala! Você vai ver... Ah, vai!

–O Potterzinho está encrencado! –zombou Pirraça.

Alvo seguiu Guelch. Ele foi andando até o último andar. Tomou o caminho das masmorras e entrou em uma sala. Era escuro lá dentro. As paredes de pedra estavam cheias de teias de aranha. A sala estava uma bagunça, cheia de livros, caixas e objetos que ele confiscava dos alunos.

–Sente aí, Potter! E me dê o livro! –disse Guelch. Alvo entregou o livro. –Não sei como você entrou aqui! Não sei... Mas pode ter certeza que vou dar queixa! Ah, vou! Seu nome completo?

–Alvo Severo Weasley Potter.

Guelch começou a escrever. Alvo estava aflito. Mal saíra de uma detenção, já ganharia outra.

–GUELCH! –gritou a voz de Pirraça. –ESTOU COM O OUTRO POTTER! VENHA VER!

–Tiago Potter? Ah, dessa vez eu pego ele! –disse Guelch. E saiu correndo de sua sala, deixando Alvo sozinho.

Vamos, seu idiota! Disse uma voz em sua cabeça. Saia da sala! Ele não vai poder provar que você devia estar aqui! Pegue o livro e saia!

Mas a Margarete sabe que o livro estava confiscado! Disse outra voz em sua cabeça. Essa, por alguma razão, lembrava muito a de Rosa. Ela saberá...

Ela vai ganhar um filho! Disse a primeira voz, que agora que ele prestara atenção, descobriu ter grande semelhança com a de Carlos. Não vai ligar pra nada mais!

Alvo ficou indeciso. Não tinha muito tempo... Levantou-se de um pulo e pegou o livro. Saiu embalado da sala até que...

PAFT!

Ele caiu de cara no chão. Aquilo o fez lembrar de Alice, quando fez Fred cair. Mas Alvo tropeçara em algo. Levantou-se e olhou para baixo, havia três caixas ali. Uma de ouro, com diamantes em volta, uma de prata com cristais em volta, e uma de bronze. Olhou no relógio, faltavam apenas alguns minutos para a aula começar. Alvo deixou as caixas e foi embora da sala. Quando deu o primeiro passo, viu que Guelch e Pirraça discutiam alegremente o que fazer com Tiago, que aparentemente estava estourando os Fogos Filibusteiros no meio do Saguão de Entrada.

Alvo voltou correndo para a sala. Não poderia sair dali, com o Guelch e o Pirraça parados no meio do Saguão de Entrada. E a aula de Feitiços já ia começar... Se ao menos tivesse sua Capa da Invisibilidade...

E agora a única coisa que restara era esperar ali... Seu olhar se voltou para as caixas no chão. Ele foi até elas... Com certeza eram de algum aluno, Guelch não iria ter nada de ouro ou prata... Alvo pegou a caixa cor de bronze. Abriu-a. Levou um grande susto quando viu o que estava dentro dela: sua Capa da Invisibilidade e o livro de quadribol.

Alvo retirou-os de dentro da caixa. Era a sua capa e o seu livro. Mas e o que ele achara na sala da Prof.ª Margarete?

Alvo pegou os dois livros. Folheou o que achou na sala da vice-diretora, e notou que havia algo escrito na contracapa:

Para Alexander Robyal, o futuro melhor jogador de quadribol!

Este não era seu livro. Ele pegou o que estava dentro da caixa e o abriu. Reconheceu-o imediatamente pela mancha de suco de abóbora que Alice derramara na primeira página. Alvo pegou os dois livros e vestiu a Capa da Invisibilidade.

Saiu da sala e atravessou o corredor, onde estavam Guelch, Pirraça e Tiago. Atravessou o Saguão de Entrada e subiu as escadas de mármore. Foi até o terceiro andar e entrou na sala da vice-diretora. Abriu a terceira sacola e depositou o livro lá dentro, do jeito que estava. Depois, seguiu para a aula de Feitiços.

O Prof. Denóires já estava lá com a turma, Rosa e Carlos também.

–Ah, Alvo, nosso atrasado! –disse o professor animado. –Venha! Entre!

Alvo entrou e sentou do lado de Carlos e Rosa.

–O que houve? –perguntou Carlos em voz baixa.

–É um longa história... –disse Alvo. E contou a eles tudo que aconteceu após ele entrar na sala da vice-diretora.

–E... Sua Capa da Invisibilidade estava lá? –perguntou Carlos.

–Junto com o livro. –respondeu Alvo.

–Mas... O livro, o Guelch poderia ter colocado na caixa... Já a Capa... Bem, já pensou na possibilidade de não ser a sua?

–Já. Mas é idêntica... E não acredito que tenham muitas Capas da Invisibilidade por aqui...

–... E como eu ia dizendo, não é nada muito difícil, e nem ruim para a vítima, não dói nada... Bem, preciso de voluntários, então... Eh, alguém?

Rosa ergueu a mão.

–Rosa, certo e... Sr. Cattér, se importa?

–Hã? –perguntou Carlos que ainda conversava com Alvo.

–Se importa de receber o feitiço? –perguntou o Prof. Denóires.

–Não. –disse Carlos desconfiado, mas levantando-se.

Alvo observou os dois irem até a frente da turma. Ficaram um à frente do outro, Rosa posicionou a varinha. Carlos olhou assustado para ela, mas ela simplesmente continuou:

Petrificus Totalus!

Carlos caiu com um baque no chão.

–Muito bem, Rosa! Cinco pontos para Grifinória! –disse o professor. –Finite!

Carlos se levantou.

–Como foi, Sr. Cattér? –perguntou o Prof. Denóires.

–Horrível. –respondeu Carlos. –Meu corpo ficou todo duro e eu não conseguia me mexer.

–É, esta é a sensação do Petrificus Totalus, ou o Feitiço do Corpo Preso. Bem, quero que me entreguem vinte centímetros de pergaminho sobre o Petrificus Totalus e o efeito do Finite, mas para que saibam como é, dividam-se em duplas e quero que treinem...

Carlos fez dupla com Rosa, então Alvo teve que arranjar outra pessoa.

–Eu faço dupla com você, Al. – disse Annie. –Eu começo...


Eles passaram o resto da aula treinando o feitiço, depois foram para a sala de Transfiguração.

–Bom dia, turma! –disse a Prof.ª Claepwack. –Hoje aprenderemos como mudar a cor dos pelos de animais. Ah, bem... Aqui nesta caixa... –ela disse pegando uma caixa. –Há vários mini-pufes, eh... Connor, distribua à turma.

–É Carlos, professora. –disse Carlos pegando a caixa.

–Claro que é. –resmungou a professora. –Enquanto vão pegando seus mini-pufes, vou explicando. O nome do feitiço é Multicolofors, vamos tentar sem as varinhas:

Multicolofors! –gritou a sala toda.

–Muito bem, agora o segredo do feitiço é imaginar a cor em sua cabeça. É preciso ficar com a cor no pensamento. Ajuda muito imaginar o próprio animal com esta cor, vocês é quem decidem... Agora vamos, escolham uma cor, e transformem o mini-pufe.

Alvo pegou a varinha e mirou-a para o bichinho peludo que estava parado em cima de sua classe. Imaginou o mini-pufe laranja e:

Multicolofors! –o bicho tomou uma cor amarelada, mas nem chegava perto de laranja.

–Ah, isto é normal... Tente novamente, Sr. Potter, se concentre mais.

Alvo perdeu as contas de quantas vezes teve que usar o feitiço para o mini-pufe ficar da cor que ele imaginou. Depois dessa aula, eles teriam apenas mais um tempo de Trato das Criaturas Mágicas.

–Ah, fala sério! –Alvo ouviu Scorpius resmungar. –Um tempo com aquela lunática...

–Cala a boca, Malfoy! –disse Alvo.

Scorpius o encarou incrédulo, deu uma risadinha e depois seguiu para a Orla da Floresta. Alvo, Carlos e Rosa ainda discutiam sobre o tal livro e sobre sua Capa.

–E quem acha que é Alexander? –perguntou Carlos,

–Talvez o marido dela. –disse Alvo. –Ele deve gostar bastante de quadribol. Tinha várias camisetas de quadribol na sacola...

Eles chegaram à Orla da Floresta. Luna estava lá, usava um macacão azul e um suéter laranja.

–Ah, vocês! –disse uma menina de cabelos loiros acompanhada de outra. Eram Emma e Kate. –Já viram o que vamos estudas hoje? –perguntou Emma.

–O que?

–Vermes-cegos. –disse ela, meio que fazendo careta. –São bem nojentinhos, mas são interessantes. A Prof.ª Lovegood nos deixou ver uns.

Alvo e os outros foram andando até a professora.

–Ah, podem se aproximar! –disse Luna. –Hoje estudaremos um animalzinho bem interessante. Alguns sentem nojo dele, mas é por conta de sua aparência. O animal é o verme-cego. –ela disse abrindo a caixa e mostrando-a a turma. –Ele é chamado assim porque não tem olhos. Suas extremidades são exatamente iguais, a não ser pela boca. Bem, formem grupos e venham até aqui.

Eles foram até Luna, que pediu para que eles alimentassem os vermes-cegos com alface. Era extremamente nojento ter que alimentar um verme-cego. Depois que terminaram, Luna deixou um trabalho sobre os vermes-cegos de vinte e cinco centímetros.

–Acham que ela foi mesmo para o St. Mungus? –perguntou Carlos, ao passarem pela ala hospitalar.

–Acho que não, -disse Rosa. –a enfermaria está até interditada.

–Bem, eu posso tirar essa dúvida. –disse Alvo. –Tenho mesmo que ir até lá passar a pomada nos arranhões...

Ele deixou Carlos e Rosa e seguiu para a enfermaria. Estava trancada, então ele bateu:

–Sim? –disse a voz da Madame Pomfrey lá de dentro.

–Eu tenho que passar a pomada...

–Ah, é você, Potter... –ela disse, e abriu a porta.

Alvo entrou. Havia uma única cortina fechada em uma maca, onde saíam vozes:

–Ah, ele é tão bonito! –disse uma voz de homem.

–Se parece comigo. –disse a voz da Prof.ª Margarete.

–Sente aí, Potter... –disse Madame Pomfrey.

–Potter? –disse o homem colocando a cabeça para fora da cortina. Era um homem careca. Era o marido da Prof.ª Margarete. –Alvo Potter?

Alvo assentiu assustado.

O homem saiu imediatamente da cortina, deixando a mostra a Prof.ª Margarete deitada na cama com um bebê recém-nascido nos braços.

–Ah, Sr. Potter! –disse o homem apertando a mão de Alvo. –Eu sou Scott Scollman! Joguei no time junto com sua mãe, Gina Weasley! Ah, é um grande prazer conhece-lo! O filho de Harry Potter!

–Ah, fique quieto, Potter! –resmungou Madame Pomfrey passando pomada em seu braço.

–Ah, venha ver, Scott, ele acordou! –disse a Prof.ª Margarete.

–Ah, -disse Scott. –este aqui é meu filho, Sr. Potter, Alexander, e futuramente o melhor jogador de quadribol.

Tudo fazia sentido agora. Bem, quase tudo. O livro da sala da Prof.ª Margarete era o de seu filho, agora como o seu livro fora parar na caixa mágica, ele não sabia.

–Deu, Sr. Potter, pode ir.

–Ah, adeus Sr. Potter! –disse Scott apertando a mão de Alvo novamente. –Foi um grande prazer conhece-lo! Ah, e mande um abraço a sua mãe quando vê-la novamente!

Alvo apertou a mão do homem e foi embora. Na sala comunal da Grifinória, contou a Carlos e Rosa que a Prof.ª ficara ali mesmo, no hospital da escola.

–Ah, então o livro da sala da Margarete era do Alexander, que é filho dela e do tal Scott Scollman, que jogou quadribol com a sua mãe. Mas... E como foi que sua Capa da Invisibilidade foi parar na caixa mágica junto com o livro? -perguntou Carlos.

Alvo sacudiu os ombros.

–Talvez a caixa mágica seja algo que o Guelch criou, -disse Rosa. –para capturar coisas dos alunos... E talvez tenha achado o livro e a Capa, se é que é mesmo a sua.

–Claro que é, não tem outra no meu malão. –respondeu Alvo.

–E o Guelch não tem inteligência o suficiente para criar algo assim... –disse Carlos. –Deve ter pegado de algum aluno, e não sabe como usar.










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Notas finais do capítulo

Gostaram??? O que acham que são essas Caixas Mágicas??? Como a Capa do Al e o livro foram parar na bronze???
"Continua no próximo episódio..."
Que será no sábado ou na outra segunda. Se quiserem mais cedo, deixem muitos reviews, recomendações e "favoritações"!!
Bom, como o prometido, deixarei o link da fic da LindaLua, aqui:
http://fanfiction.com.br/historia/198362/Romione_-_Uma_Historia_De_Amor/
Leiam, pessoas, é realmente muito boa! A melhor que já li aqui no Nyah!
Bjs, Amandinha Weasley *-*