Alvo Potter E O Medalhão De Prata escrita por Amanda Rocha


Capítulo 15
Matt, Carlos e Joshua


Notas iniciais do capítulo

Oiee! Gente, nesse capítulo vamos conhecer o amigo leal!!! Não está um dos melhores, confesso... Mas também não está algo horrível que vá queimar os olhos de vocês... Bem, aí vai:



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 Eles saíram do trem. Desta vez, Hagrid não estava lá. Tiago disse que eles iriam ir até o castelo pelas carruagens.

-O quê? –exclamou Alvo.

-Não se preocupe. –disse Tiago tranquilizando-o. –Eu estava só brincando aquela vez que disse que os testrálios são visíveis. Não dá para vê-los.

-É, mas e se... Bem, é claro que eu não estava com medo, só...

-Ah, mamãe disse que só podem ser vistos por quem... –disse Rosa mudando de assunto depressa, mas foi interrompida.

-Foi aquele ali! –disse uma menina do segundo ano, colega de Suzanna que apontava para Alvo. –Foi ele que o Scorpius bateu!

Os olhares de pelo menos dez alunos do segundo ano da Sonserina se viraram para Alvo, que imediatamente sentiu seu rosto corar.

-Está doendo muito? –perguntou um menino da Sonserina com um sorriso maldoso no rosto.

-Não. –respondeu Alvo.

-Hum... –disse o menino como se ficasse triste à resposta de Alvo. –Espero que ele não torne a bater em você. Sabe, não devemos tirar vantagem daqueles que são, eh... Piores que nós...

Alvo sentiu vontade de revidar, mas o garoto era bem maior do que ele.

-Ah, então eu não devo ir até aí e enfiar minha mão na sua cara, mas pensando bem, eu nunca fui de respeitar regras! –disse Tiago indignado e fechando com força os punhos.

-Então venha! –disse o menino chamando Tiago.

-Ei, Reece, baixa a bola... –disse um menino segurando o braço dele. -Ele é o Tiago Potter...

-E o que tem isso? –perguntou o primeiro menino.

-É aquele que anda com o Mattew... –disse o outro menino em voz baixa. -Foram os dois que bateram no Ben...

O primeiro menino, chamado Reece, deu um olhar bravo a Tiago e depois foi embora.

-Espero um dia alcançar essa fama de vocês! –disse Dennis animado. –Eles vão embora só de ouvir o nome!

-É, nós demoramos bastante para conseguir essa reputação, mas valeu a pena. –disse Matt.

-Fale por você! –interrompeu Tiago. –Eu sempre tive essa reputação, todos que ouvem o nome do grande Tiago Potter saem correndo!

-Hum... Você tem sorte... –disse Alvo sem emoção.

-Ah, qual é, Al... –disse Tiago. -Aquilo foi dois contra um... E a Caroline estava te segurando, e não acredito que estou dizendo isso, mas pode contar comigo. Não vou deixar eles te machucarem...

-Não quero que você fique me protegendo! –disse Alvo depressa. –Hum... Quero dizer, não que eu não fique feliz quando você chega e tira eles de cima de mim, mas... Bem, acho que é melhor eu... Defender-me sozinho...

 Dennis soltou uma gargalhada e tentou abafá-la fingindo que estava tossindo, mas sem sucesso algum.

-Desculpa, Al... –desculpou-se Dennis. –É que... Você não é do tipo que... Sai por aí brigando...

-Pois eu acho que o Al está certo. –disse Rosa, Annie e Clarissa concordaram. –Tiago e Matt tem sorte de não terem sido expulsos.

-E eu e a Suzanna? –disse Daniella. –Também quase fomos expulsas!

-Vocês? –exclamou Matt. –O que vocês fizeram? Pegaram uma ou duas detenções desde o primeiro ano?

-Oito, se quer saber. –disse Daniella.

-Você e Suzanna? –perguntou Matt. –O que ela fez? Roubou os livros da biblioteca?

-É! –respondeu Suzanna. –Mas não foi por que quis, é que não deu tempo... Mas também gritei com Chloe Zumckpell duas vezes, e até usei o Furnunculus nela!

-Chloe Zumckpell? A sabe-tudo da Sonserina? Ah, não é à toa que ela conseguiu te tirar do sério, é uma peste, a Zumckpell... E o Furnunculus? Ah, você não faz um bom uso do Furnunculus como Tiago e eu, Suzanna...

 Tiago mostrou o caminho das carruagens. Havia várias. Alvo chegou bem perto de uma para verificar se realmente não havia nenhum animal puxando-a. Tiago foi à carruagem de trás. Alvo o viu subir com muita dificuldade já que se recusava a aceitar ajuda. A carruagem os levava até o castelo. O caminho era cercado de árvores. Até parecia o quintal da casa de Rosa. Dava para ver a casa de Hagrid. O vento já nem parecia tão frio. Alvo sentia uma grande felicidade de voltar a Hogwarts, e nada podia estragar, nem mesmo Scorpius. Quando a carruagem parou, Tiago que vinha mais atrás fez sinal para eles descerem. Alvo e os outros desceram. Deram de cara com o enorme portão. E depois de caminharem um pouco, chegaram ao castelo. Guelch estava á porta.

-Olá, Guelch! –cumprimentou Tiago.

-Ah, com o pé quebrado, é Potter! –disse o zelador satisfeito. –Veremos se isto o segura por um tempo!

-Pode apostar que não! –disse Tiago entrando no castelo.

 Alvo foi logo atrás. O saguão de entrada estava com muitos alunos do primeiro ano que não parava de falar das carruagens, ou dos socos que Scorpius dera em Alvo.

-E aí, Potter! –disse um menino da Sonserina. Ele tinha cabelos estranhos. Eram perfeitamente divididos e negros. –Tudo bem com a barriga?

-Hum... Sim...

-Scorpius não te deixou com medo, deixou? –perguntou o menino. –Mas também não seria nenhuma novidade, não de acordo com o Chapéu Seletor. “Tem medo, sim, tem muito medinho...”. –disse ele imitando a voz do Chapéu.

-Vê se não enche, Joshua! – gritou Matt.

 Eles foram para o Salão Principal. Quando Alvo entrou, todos prenderam a respiração e começaram a olhar para ele. Alvo ficou parado, mas Tiago o cutucou e ele seguiu até a mesa da Grifinória. Logo a porta do Salão se abriu novamente, e saiu Scorpius dela. Só então que a atenção dos alunos saiu de Alvo e foi para Scorpius. Atrás de Scorpius vinha Dominique, os irmãos Jofrey e Caroline, que quando passou todos abaixaram as cabeças. Aos poucos, os alunos foram chegando, e foram parando de ficar olhando de Alvo para Scorpius. Neville se levantou quando Guelch disse que já haviam chegado todos.

-E então! –disse Neville muito animado. –Primeiramente quero desejar um Feliz Natal atrasado para quem eu não vi no Natal, e... Bom, quero aproveitar para dizer que esta semana mesmo, é bem provável que comecem as aulas de Voo e de Astronomia que não tivemos no início do ano. Sem mais delongas... Bom Apetite!

 O banquete se serviu. Todos sempre comiam bastante quando chegavam de viajem, já que no trem não serviam comida. Alvo que acabara de comer ouviu duas garotas da Sonserina, perguntarem a Dominique como foi que ele apanhou.

-Ah, - respondeu Dominique como se já estivesse cansada de dizer aquilo. –Scorpius o tirou da cabine e começou a soca-lo na barriga. E ele, é claro, não parava de chorar, mas o pior foi que o irmão dele, o Tiago, lançou um feitiço na Caroline... Se a monitora não a achasse, talvez ela voltasse para Londres. 

-Os odeio! –disse Alvo em voz baixa.

-Eu também... –concordou Rosa observando Scorpius rir do menino que estava no saguão de entrada que, aparentemente, contava mais uma piada sobre Alvo.

-E vocês sabem... –começou o menino. –Que não devemos nos surpreender, por que... Ele tem medo, tem muito medo sim...

Todos riram e debochavam de Alvo. Parece que esqueceram de comentar que fora Alvo quem dera o primeiro soco.

-Ei, Alvo! –chamou o menino. –Não vá se borrar, hein?

-Cala a boca, Joshua! –disse Tiago indo para a frente de Alvo.

-Ih... O Potter está ficando bravo... Cuidado gente, não sabemos o que ele pode...

-Você sabe! –disse Tiago. –Você sabe muito bem o que posso fazer, posso te dar uma boa surra como dei no ano passado.

 O sorriso que estava no rosto de Joshua desapareceu. Ele encarou Tiago e apontou para a porta. Tiago concordou com a cabeça e saiu num pé só do Salão Principal. Alvo e Matt foram atrás. Seria uma briga, com certeza seria. Tiago não brincava com essas coisas. Alvo lembrava bem como os pais desse menino não pararam de mandar cartas reclamando de Tiago para o seu pai e sua mãe.

Tiago, com dificuldade, passou entre os bancos e foi até o saguão de entrada. Alvo se virou e viu que não só Matt, mas também quase todos os alunos estavam o seguindo.

-E então? –disse Tiago. –Agora tem plateia, quer que eu acabe com você na frente deles?

-Ah, Potter... –disse Joshua. –Você acha que ainda pode bater em mim?

-Eu não acho. –disse Tiago. –Eu tenho certeza. Matt e eu te deixamos uma semana no hospital aquela vez.

-Não estou aqui para falar de mim. –disse Joshua rispidamente. –Quero falar do seu irmãozinho. –disse chamando Scorpius. –Quer dizer que ele não pode se defender sozinho, é? Não pode nem com o Scorpius?

-Eu acertei um soco nele. –disse Alvo em voz alta.

Joshua soltou uma longa gargalhada.

-Um soco... Isso já é muito para você, não é... Scorpius o que foi que você fez com ele, mesmo?

Scorpius olhou para Tiago que lhe lançou um olhar censura.

-Eu... Hum... Bati nele, várias vezes... –disse Scorpius.

-Nega isso, Potter? –perguntou Joshua sorrindo maldosamente.   

-Não. –respondeu Alvo depressa.

-Então você entende que é um medroso e que apanha para qualquer um, não é? Bem coisa dos Potter... Pelo visto é uma característica da família, ser, hum...

 Tiago partiu para cima dele. Alvo o viu dar um belo soco no nariz de Joshua, que no mesmo instante começou a sangrar. Matt saiu correndo e foi tirar Tiago de cima de Joshua, mas ele se levantou e derrubou Matt também. Agora era Joshua quem estava em cima de Tiago. Alvo não sabia o que fazer. Saiu correndo para ajudar o irmão, mas Scorpius o impediu e o tocou no chão. Alvo sentiu que ele novamente o socara na barriga, e desta vez, doera mais ainda. Ele tampou a cara com as mãos para impedir Scorpius de lhe acertar. Vários sonserinos gritavam: “Acaba com o Alvo, Scorpius! Ele não é de nada!” e “Vai, Joshua! Se vinga do Tiago!”. Alvo só queria saber onde estavam Dennis e Jordan que não o ajudando. Tirou a mão dos olhos um instante e viu que vários sonserinos seguravam Dennis, Jordan e Matt, e os impediam de ajudar. De repente, se desviando de um chute no joelho, Alvo sentiu que Scorpius saíra de cima dele. Olhou para trás e viu um menino do primeiro ano, com quem ele dividia o dormitório, apontar a varinha para Scorpius que estava a um metro dali.

-Está tudo bem? –perguntou o menino se aproximando de Alvo.

-Está... Obrigado...  –agradeceu Alvo olhando para Tiago que agora estava parado bem distante de Joshua, em cima de Matt.

-O que houve com o Tiago? -perguntou Alvo.

-Joshua o lançou longe. –respondeu o menino.

Alvo foi correndo até o irmão.

-Tiago! Você... Está machucado? –perguntou Alvo ajudando o irmão a se levantar.

-Não... –respondeu Tiago. –Mas o Matt sim... Caí por cima dele... E Alvo, vamos ter um duelo duplo.

 Tiago foi num pé só até Joshua. Alvo ainda não entendera.

-Como assim? –perguntou correndo para acompanhar o irmão. –Duelo duplo? Que história é essa?

-Terá um duelo duplo. –disse Tiago em voz alta, ignorando completamente o irmão. –Você e eu, Scorpius e Alvo.

-Certo. –disse Joshua. –Amanhã a meia-noite, aqui mesmo. Scorpius, escolha seu padrinho de duelo. –disse Joshua lançando um olhar a Scorpius.

-Você? –perguntou Scorpius sem entender o olhar de Joshua.

-Muito bem. –respondeu Joshua.

-Ei, ei! O que está havendo aqui? –perguntou Neville que havia chegado do Salão Principal. –Vamos, vamos! Vão para os dormitórios! Hora de dormir.

 E todos foram seguindo para as salas comunais. Alvo que estava caminhando junto com Rosa, Dennis, Clívon e Jordan, saiu correndo pelas escadas para alcançar o menino que o ajudara.

-Hum... Olá, eu... Só queria agradecer mais uma vez por ter tirado o Scorpius de cima de mim... Alvo Potter! –apresentou-se Alvo mesmo sabendo que o menino já o conhecia, já que dividiam o dormitório.

-Muito prazer! Sou Carlos Cattér. –disse o menino apertando a mão de Alvo.

-Hum... Por que você não anda com a gente? –perguntou Alvo. –Quero dizer, sempre que o vejo você está com o pessoal da Lufa-Lufa.

-É que eu já os conhecia, moram perto da minha casa. Aliás, o Matt, amigo do seu irmão, também mora por lá.

-Conhece o meu irmão? –perguntou Alvo.

-E quem não conhece? –perguntou Carlos. –Seu irmão é o apanhador da Grifinória, e é claro, o valentão da escola. Matt disse que os dois já bateram em um menino do sétimo ano!

-É, mandaram uma carta lá para casa. Você mora perto da casa do Matt também?

-É ele mora na minha frente. Na verdade ele é como meu irmão, fomos criados juntos, e já que sou filho único...

-Senha?

-Asas de Hipogrifo. –respondeu Alvo e o quadro girou revelando um buraco pelo qual eles passaram. Carlos foi direto até a poltrona, Alvo sentou ao lado do novo amigo.

-Hum... E você gosta de quadribol? –perguntou Alvo.

-Tá brincando? Quadribol é o melhor jogo que tem! Infelizmente eu não sou um bom jogador... Mas acho que isso pode mudar um dia. E então é verdade que você vai duelar?

-Acho que sim... –disse Alvo cabisbaixo.

-Acha não! –interrompeu Tiago que vinha chegando num pé só. –Agora você vai!  Já falei ao Joshua que você ia e...

-É, mas não perguntou se eu queria duelar.

-Ah, mas quem não quer? –perguntou Tiago sentando-se na poltrona. –São só uns feitiços, e além do mais, vai poder mostrar ao Scorpius que é melhor que ele, e provar pra todo mundo que o Chapéu estava errado.

-Eu nunca duelei de verdade! –disse Alvo. –Nem sei os feitiços! E se eu for expulso?

-Ah, tá de brincadeira! –disse Tiago lançando um olhar a Matt. –Escuta, só eu e o Matt já duelamos umas cem vezes! E nada, absolutamente nada, além de umas detenções aconteceu. E eu posso ser seu padrinho.

-Mas eu ia ser o padrinho do Al! –protestou Dennis.

-Nem vem! Eu tenho certeza que ele ia me escolher! –disse Jordan.

-Ah, e por acaso o Alvo convidou algum de vocês? –perguntou Clívon.

-Ainda não, mas...

-Vocês já viram que será o padrinho do Scorpius? Joshua se ofereceu. –disse Rosa. -Ele está na terceira série, é bem maior e sabe de muitos mais feitiços que vocês. E é claro que ele só quer ser o padrinho do Scorpius para dar uma lição no Al... O que é óbvio, só nos deixa a opção de escolher o Tiago.

-Se anima, Alvo! –disse Tiago. –Será como o papai e o tio Rony!

-Hum... É... –respondeu Alvo. -Mas e se... Pegarem a gente?

-Posso cuidar disso. –disse Rosa. –Se vier alguém, posso dizer que estava na biblioteca ou coisa assim... Suzanna e eu vivemos lá. Podemos dar um sinal, ou coisa assim...

-É a gente pode ficar para distrair, não é Suzanna? –disse Daniella a Suzanna que concordava com a cabeça.

-Finalmente vocês vão ajudar em alguma coisa. –disse Matt.

-Nós sempre ajudamos vocês nos duelos! –disse Daniella.

-Não ajudaram, não! –retorquiu Matt. –Tiago e eu sempre tivemos que fazer tudo sozinhos, desde os feitiços que tivemos que decorar!

-Ei, mas eu ajudei com o feitiço de Desarmar! –disse Suzanna.

-É, com exceção sua, Suzanna! –respondeu Matt. -É que você pode ajudar com seu cérebro genial, mas já a Daniella...

-Eu posso ajudar com... Bem... Eu sou boa em...

-Em nada! –respondeu Matt. –Nem sei por que somos seus amigos, sinceramente, se não fosse pelo Tiago eu nunca falaria com você.

-Eu digo o mesmo! –disse Daniella saindo do lado de Matt e indo sentar ao lado da irmã. –Não fique pensando que é um grande prazer ser sua amiga!

-Ué, se não quer ser minha amiga basta sair de perto!

-Ah, dá pra vocês pararem? –pediu Tiago. –Matt, eu lembro muito bem de você dizer que ficara muito feliz por ter a Daniella como amiga.

-Bem, mas só por que assim a Suzanna me ajudaria com as provas!

-Suzanna nem estudava ainda quando a gente estava no primeiro ano.

-Bem, mas... Eu... Eu devia ter motivos!

-E a Daniella também disse que o Matt era uma boa companhia, não foi? –disse Suzanna, Daniella corou violentamente. –Eu lembro muito bem de você me escrever dizendo que tinha achada a pessoa certa para...

-É por que ele não ficou com medo de pegar detenção comigo! Eu só estava cansada de andar com gente que tem medo de espirrar perto do diretor.

-Ah, como foi que vocês ficaram amigos, hein? –perguntou Rosa.

-Eu te digo como foi, - começou Matt. –Foi no primeiro ano! Tiago e eu estávamos duelando, só para treinar, e a Daniella apareceu dizendo que ia contar ao Guelch. Nós falamos que se ela contasse, nós íamos falar que ela havia cortado os cabelos de uma menina.

-Você cortou os cabelos de uma menina? –perguntou Rosa.

-Ah, tinha que ver! –disse Suzanna. –Mamãe ficou furiosa...

-Ninguém mandou ela me irritar! –disse Daniella.

-É, e por que será que ela estava te irritando, hein?

-Só por que eu não passei no teste de Quadribol, mas você também não.

-Resumindo, -disse Tiago. –O Guelch viu os dois brigando e disse que era melhor eles pararem se não quisessem uma detenção. E é óbvio que eles não pararam. Guelch então chamou os dois à sala dele e disse que já ia voltar. Eles viram lá na sala do zelador um monte de coisas que o Guelch havia confiscado deles mesmos, e os dois toparam em pegar de volta e vazar dali. Logo eles descobriram que a companhia um do outro não era tão ruim e foi assim que se tornaram amigos.

-Se tornaram amigos roubando coisas da sala do Guelch? –perguntou Rosa incrédula.

-Isso nem é pra tanto... –disse Carlos – Além do mais as coisas eram deles mesmos.

-Mesmo assim! –disse Rosa. –Poderiam ter sido expulsos!

-Pelo menos foi uma aventura e tanto! –disse Matt.

-É... –concordou Daniella que já havia se esquecido da briga. –É por isso que ficamos amigos...

-Mas e quanto ao duelo? –perguntou Alvo.

-Ah, não se preocupe! –disse Tiago fazendo um gesto com a mão, como se espantasse uma mosca chata. –É só treinar um pouco, pode pegar meu livro emprestado se quiser.

-É, eu posso ajudar com alguns feitiços!

E Rosa, Alvo, Carlos, Dennis, Clívon e Jordan foram para o dormitório dos meninos. Arredaram todas as camas e botaram os travesseiros no chão, para treinarem os feitiços de desarme.

-O Expelliarmus é bom para começar... –disse Rosa. –Bom, precisamos de um voluntário... –Carlos se o ofereceu. –Ah, muito bem! Alvo sabe o que fazer...

 Carlos foi à frente dos travesseiros. Alvo ficou logo a frente de Carlos e posicionou a varinha. Apontou-a para Carlos e disse alto e claramente:

-Expelliarmus!

PAFT!

 A varinha de Alvo voou diretamente ao olho de Carlos, que caiu no chão.

-Está tudo bem? –perguntou Alvo a Carlos.

-Está... Só espero que não fique roxo...

-Ah, é... Esqueci de mencionar esse pequeno detalhe. Tem que segurar firme a varinha, senão ela escapa... Mais uma vez?

Desta vez, Dennis se oferecera. Alvo segurou a varinha com bastante força desta vez.

-Expelliarmus!

 Com um baque, mas em cima dos travesseiros, Dennis fora atirado para trás com sucesso.

-Ótimo! –disse Rosa. –Agora vamos passar para outro feitiço, não temos muito tempo... –disse ela folheando o livro Padrão de Feitiços da 3ª Série.  –Hum... O Impedimenta?

-Pode ser... E pra que serve? –perguntou Alvo.

-Impede o oponente de chegar ao local... –explicou Rosa. – O deixa paralisado, digamos... Não dura muito, mas pode ser útil.

-Hum... Tá. –respondeu Alvo. –É só pronunciar?

-É. –disse Rosa. –Alguém fica correndo e você fala...

 Clívon começou a correr pelo quarto. Alvo apontou a varinha:

-Impedimenta! –disse Alvo.

 Clívon tropeçou e caiu no chão imóvel. Depois de uns minutos, voltou ao normal e se levantou.

-É, esse também está bom... O Finite Incantatem?

-Ah, sim... Já conheço este. –disse Alvo. –Pula para o próximo.

-Me deixa ver... O Aresto Momentum. Serve para parar no ar no meio de uma queda. Pode ser bom... Basta alguém te tocar no ar... Pode ser com o Expelliarmus, e quando você estiver caindo, basta executar o feitiço.

-Aresto Momentum, certo? –perguntou Alvo. Rosa concordou com a cabeça e se posicionou, apontou a varinha para Alvo e disse:

-Expelliarmus!

Alvo voou longe e quando foi tirar a varinha para executar o feitiço, deu de cara no chão.

-Não, não... Tem que ser mais rápido. Vamos tentar de novo? –Alvo se levantou calmamente e dessa vez já deixou a varinha preparada.

-Expelliarmus! –gritou Rosa.

Alvo novamente foi jogado no ar, mas no mesmo instante gritou o feitiço:

-Aresto Momentum!

E quando faltavam poucos centímetros para ele cair, parou no ar, e voltou a cair, o que tornou a queda bem menos dolorida. Alvo se levantou.

-É você tinha razão. Esse feitiço vai com certeza ser útil.

-Ah, e claro... Só para ironizar, o Tarantallegra, usei esse no Hugo uma vez, quer tentar?

-É o que faz a pessoa dançar sem parar? –perguntou Alvo apontando a varinha para Jordan quando Rosa assentiu com a cabeça. –Certo... Tarantallegra!

 Jordan começou a rir e a dançar sem parar. Todos riram junto, era hilário ver Jordan não ter controle do seu próprio corpo.

 Eles ficaram estudando feitiços por um bom tempo, Alvo foi se deitar somente às quatro da manhã.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Ah, no próximo teremos outro acidente... E ah, gente, alguém tem uma boa fic sobre glee para me recomendar?? Mandem reviews, ok?