Meu Cupido Atrapalhado escrita por Tarver


Capítulo 4
Cap.03


Notas iniciais do capítulo

OI OI OI
É bom postar aqui hehe' Nem tô demorando, tô? Não u_u
Não vou falar muito aqui, mas preciso que leiam as notas finais, o.k.?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/261404/chapter/4

 - Cupido? – perguntou, obviamente achando que eu estava ficando doida – Tá falando daqueles bebês gorduchos de fralda, asas e arco-e-flechas?

 - Não! – porque todos pensam que somos assim? – Não esse tipo de cupido, isso não existe! Estou falando de outra coisa.

 - Será que dá pra explicar melhor? – deu uma golada em seu café.

 Tudo bem. Querer que ele acreditasse em mim se eu dissesse que sou um cupido é pedir demais. Mas o que custa tentar? Se ele não acreditar, vai achar que fiquei maluca e, se ele acreditar, bem, aí eu já não sei.

 - Estou falando de cupidos, como pessoas normais, que levam vidas normais, mas que têm o dever de ajudar as pessoas a se apaixonarem. Como... Eu.

 - Você? Fala sério, Jessica. Não é porque ninguém fala comigo que eu tenho que jogar RPG e acreditar nessas coisas.

 - É sério! – arregalei os olhos. O.k., eu até cheguei a pensar que ele jogava RPG com um bando de nerds no porão, mas mudei de idéia quando vi que ele não era exatamente assim. Quer dizer, ele só não tem muitos amigos e, provavelmente, tem medo de se socializar com outras pessoas.

 Claro que se socializar com alguém que diz ser um cupido daria medo em qualquer um. Mas ele riu.

 - Se sair dizendo isso pra escola inteira, vai ficar pior que eu. Porque não me diz a razão de querer ser minha amiga? A verdade.

 - Você acreditando ou não, eu sou um cupido. Só não sou um bebê gorducho, com fralda, asas e arco-e-flechas! Mas posso fazer muitas coisas, me diz uma.

 - Pode voar? – olhou dentro dos meus olhos, me desafiando.

 - Não aqui, no meio dessas pessoas! Diz outra.

 - Levantar meu copo.

 - Fácil – me concentrei em seu copo, que já não estava mais tão cheio, e o coloquei a um palmo de altura da mesa. Ele realmente podia escolher coisa melhor.

 - Você... V-você é...

 - Um cupido, já disse – sorri, tanto por ter conseguido provar, quanto pela sua cara de assustado – E pode conferir seu copo, não pus corda nenhuma nele.

 Passou a mão sobre a embalagem, verificando qualquer truque que eu pudesse ter implantado ali. Mas não encontrou nada, e continuou com a mesma cara de idiota.

 - E agora, acredita? – negou – E como explica isso? Imã no copo e no teto?

 - Eu não sei.

 - Você já viu alguém colocar um imã em um copo e no teto de uma Starbucks, só pra fazer um amigo? – abriu a boca para falar, mas o interrompi – Eu vou repetir: você acreditando ou não, eu sou um cupido. E preciso te ajudar.

 Balançou a cabeça. Provavelmente estava começando a acreditar em todas essas maluquices por causa do copo, mas não devia acreditar que precisava de ajuda com relacionamentos.

 - Me ajudar com o que? A arrumar uma namorada? Boa sorte! – riu, debochando de si mesmo.

 Ele provavelmente não sabia das qualidades que tinha, e não são poucas, apesar de tudo.

Ele é bonito. É tímido. É rico. É inteligente. E, acredita em cupidos – ou quase isso.

 Isso enlouquece qualquer garota, sem contar com os olhos dele, sério mesmo! Se ele não fosse idiota e contra as regras usar persuasão sobre humanos por motivos adolescentes, eu faria ele se apaixonar por mim. Facilitaria meu trabalho e eu teria um namorado. Mas isso não daria certo.

 - Vai querer ou não minha ajuda? Só pra deixar claro, a última pessoa que negou, ficou com o cabelo verde.

 Não que eu tenha feito de propósito, mas ela não me deu opção! A garota, que se chamava Cammeron, disse que era ótima com garotos e que nenhum cupido a ajudaria sobre seus olhos. Bem, eu resolvi ajudá-la sem que soubesse e... O cabelo dela acabou ficando verde. Não me pergunte como fiz isso, porque nem eu sei.

 - Cabelo verde?! – arregalou os olhos e quase cuspiu todo o café que estava em sua boca, me fazendo gargalhar – De que jeito você me ajudaria?

 - Ainda não sei. Quer dizer, eu tenho coisas a meu favor, vai depender da sua boa vontade – assentiu – Se ainda duvida de alguma coisa, fala logo que te levo na minha casa.

 - Sua família também...

 - Todos menos meu cachorro. Mas ele adora empurrar casais um para o outro, então, acho que sim, ele também é uma espécie de cupido.

 Assentiu lentamente e terminou seu café sem dizer mais nada. Saímos dali em silêncio e fiz questão de levá-lo à minha casa para provar para meu pai que eu podia, sim, fazer alguma coisa que funcione. Bem, está funcionando até agora.

 Quando entramos, o levei até meu quarto, tendo certeza de que Michael estaria lá, brincando com o que quer que fosse, mas abusando de sua magia. Conhece um jeito melhor para provar que existem cupidos do que uma criança de três anos soltando pó brilhante pelos dedos? Eu não.

 - E aí, ainda duvida? – negou – Ótimo. Tem alguém em mente?

 - Mas a gente não precisa conhecer a pessoas, passar pela amizade, pra depois fazer tudo isso?

 - Não temos tempo pra isso. Você só precisa ter um alvo, o resto deixa comigo. Sou um cupido, posso pular alguns passos. Pelo menos eu acho que sim, né. Da última vez...

 - Não diz o que aconteceu da última vez. Não preciso de mais nada pra me deixar com medo de você. Já sei que pode deixar meu cabelo verde e levantar copos. O que mais pode dar errado?

 - Ér... Eu já fiz pessoas serem atropeladas, cortadores de gramas correrem atrás de velhinhas e...

 - Tá bem, já entendi. Você não estava fazendo seu trabalho direito e foi castigada tentando me ajudar.

 Ele não é tão burro quanto pensei. Quer dizer, dá pra perceber que ele se sente sozinho e que nunca acreditou que eu queria realmente ser sua amiga. De verdade? Eu até comecei a querer.

 - Aqui você pode voar? – perguntou com inocência, como se eu tivesse lhe prometido algo na Starbucks e quisesse muito ver isso.

 Assenti, suspirando por ver que ele estava ganhando de mim. Fechei os olhos e levitei. Quer dizer, eu não posso realmente voar. Posso ficar a alguns metros do chão, mas se tentar correr assim vou acabar caindo feito idiota.

 Voltei para o chão encarando os olhos – sempre – arregalados de Seth e me joguei na cama, vendo que o difícil não seria fazê-lo acreditar, e sim dar um jeito nessa cara de retardado que ele faz sempre que faço ou digo algo.

 - Você pode...

 - Eu posso levitar; não voar. Poderia, mas o treinamento pra isso demora muito e eu não uso muito. Mas será que você podia parar de fazer cara de idiota sempre que me ver fazendo alguma coisa? – assentiu ainda atordoado – Obrigado.

 Agora que eu já tinha provado que era um cupido, não sabia exatamente o que fazer com ele. Não sabia de nada além de que devia encontrar alguém que realmente gostasse dele.

 - Vai dar uma de professora, escrever lições de como conquistar uma garota em um quadro e me dar uma escuta pra repetir tudo o que você diz? – perguntou.

 - Talvez sim, você acabou de me dar uma idéia – sorri, como se uma lâmpada de desenho animado acabasse de ser acessa sobre minha cabeça – Já volto.

 Fui até o quarto de Michael, procurando seu pequeno quadro que havia ganhado no Natal. O encontrei, peguei as canetas e o apagador e voltei para o quarto, o colocando na parede com um truque de mágica que meu pai havia proibido o uso para coisas banais. Quer dizer, ele diz que não podemos materializar coisas, porque elas têm que vir de algum lugar, mas ninguém vai sentir falta de um prego, vai? O máximo que pode acontecer é um quadro cair porque o prego que o segurava sumiu ou... Ou o prego poderia ser de uma cama que estava ocupada por um casal lindo e feliz, que acabou no chão. Ótimo cupido eu sou.

 Antes que ele dissesse qualquer coisa a respeito do quadro indo parar na parede sem qualquer dificuldade, disse:

 - Faço isso também. Não que eu possa, mas eu faço.

 - Você parece fazer muitas coisas que não pode.

 - Nem tantas.

 Acredite você ou não, eu não sou do tipo que faz tudo ao contrário do que os outros mandam. Só ajo por mim mesma, e às vezes – tá bem, sempre – me atrapalho. Eu até tento seguir – algumas – regras, mas nunca dá certo. Ou ajo por mim mesma, ou o estrago é ainda pior.

 Peguei uma das canetas e escrevi no topo “O que atrai uma garota”, com várias bolinhas embaixo.

 - Pra que as bolinhas? – perguntou.

 - São tópicos, idiota – suspirei. O que atrai uma garota? Nunca me senti atraída por ninguém, só fiz pessoas se atraírem, e nem isso fiz direito. Até agora, tudo que sei é que beleza é uma coisa importante para uma adolescente. Ele tem isso.

 Escrevi “Beleza” na primeira bolinha e entreguei a caneta à ele, esperando que tivesse alguma opinião. Mas ele simplesmente balançou a cabeça, negando.

 Travamos uma briga silenciosa. Ele negava, eu empurrava a caneta para ele. Um garoto deveria saber do que as garotas gostam! O.k., talvez um cupido devesse saber isso, mas, qual é, eu só tenho sete anos de experiência, e nenhuma delas foi muito boa.

 Bufei quando arremessou a caneta na minha direção, o peguei e escrevi “Boca”

 - Boca? Sério mesmo? Porque uma garota iria reparar na minha boca?

- Não sei, Seth. Porque, claro, ninguém repara na boca de um garoto quando pensa em beijá-lo – me olhou sério – Olha, não discute comigo. Não tenho mais idéias.

 - Você não é um cupido comum. Não se dá bem nas missões, não sabe o que atrai uma garota e não vê filmes de romance. Tem certeza de que pode me ajudar?

 - Tá duvidando de mim? – arqueei uma sobrancelha, o desafiando, como se fosse fazer algo.

 Negou e soltou uma risada. Ele não me levava a sério, não até agora. Por mais que eu tenha levitado e erguido um copo com a mente.

 Seth pegou a caneta de minhas mãos e adicionou mais outro: “Barriga”. Com isso, nosso quadro virou um perfeito – ou não – guia de auxilio à nerds virgens. Primeiro passo: siga os 3B’s.

Beleza Boca. Barriga.

 - Você tem tudo isso? – perguntei, soando mais curiosa do que realmente queria.

 - Tenho uma boca e sou magro. Se sou bonito, é você quem vai dizer.

 - Acho que sim – disse rápido – Agora, o alvo.

 - Pensei que cupidos levassem o amor mais a sério. Você julga uma garota como alvo.

 - E você é romântico demais para alguém que nunca ficou com nenhuma garota! – rebati.

 - Como sabe disso? – olhou para os lados.

 - Eu sou um cupido, parecendo ou não. Antes de te ajudar, preciso saber sobre sua vida amorosa. E meu pai não me daria como castigo o atacante do time do colégio que fica com todas as líderes de torcida!

 - Ele é meu irmão.

 - Quê?

 - O atacante do time do colégio é meu irmão – repetiu – Trevor Miller.

  Porque ele não podia ter puxado o irmão? Ou porque não pede ajuda a ele? É só dizer que quer ficar com alguém que, aposto, todas as garotas do colégio caem aos seus pés. Não seria diferente com o irmão mais novo. Seth é bonito. Tem tudo que Trevor tem. Só precisa de uma chance.

 - Ele deve saber o que atrai uma garota.

 - Talvez. Posso perguntar pra ele. Se você prometer que não vou acabar com o cabelo verde, atropelado por um cortador de grama ou careca.

 - Como adivinhou que já deixei alguém careca?

 - Não é difícil de acreditar. Vai querer ou não?

 - Não pretendo fazer nada com você. Pergunte pro seu irmão e me diz pelo menos mais dois tópicos e um alvo, tudo bem? – assentiu – Te vejo amanhã, idiota.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse não ficou pequeno LKJSALDKJAS Me gusta Trevor o/ E vocês vão gustar dele também, Trevor is fabulous u_u
Anyway, prestem atenção. Eu sei que tem MUITA gente que lê MUITAS fics sem aparecer nunca (lê-se: leitores fantasmas), mas que favoritam. Isso nunca foi problema, certo? Agora é. Se você abrir a página de alguma fanfic, vai poder ver quem favoritou-a na lateral da página. Ou seja, eu já achei alguns leitores fantasmas ali. E isso não é legal. Na boa, é horrível u_u
Por favor, se você tem tempo de ler, tem tempo de deixar um "oi". Não é pedir demais. Eu nem tenho muito costume de fazer isso, ficar pedindo e tal. Antes eu só via no Gerenciamento que tinha mais leitores que reviews, mas não tinha como saber quem é. Saber quem são os leitores dá raiva, velho KKKK'