Oracle - The Beginning escrita por


Capítulo 13
Capítulo 7 - Deixando acontecer


Notas iniciais do capítulo

Aew galera, beleza? Achando que eu iria deixar vocês sem presente de natal? nana nina! Pois bem. Esse capitulo foi uma tão bom de escrever que foi escrito antes do 6 kkkk. Por isso demorei a postar.. Oque vai ter neste capitulo? Leiam!
Ta , ta ... Vai ter coisas quentes... fica a dica.
Minhas betas ( AnaSalvatore e Grazi) me ajudaram a escrever, amo elas ♥ Obrigado *-* . Jacih, não pire. Megan, obrigado pela recomendação ♥. Ahh.. um bjão especial a Ádria do SSP, pela a linda capa!! Amei.
Leiam as notas finais, plis.. Vai ser legal. ^^
Boa leitura, temos um encontro nas finais.
~Daliiii Bryannnnn, meu garoto!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/261339/chapter/13

“p.o.v Claire”

 

Saí de casa e andei rumo ao local combinado. Ele ficou de me pegar em casa, mas como eu disse pra minha mãe que ia sair com Anna e sei como é desconfiada, com certeza iria olhar da janela e me fazer passar vergonha com um de seus showzinhos. Então marcamos de ele me pegar em frente á farmácia, duas ruas depois da nossa. Mandei mensagem pra Anna pra confirmar. Se caso minha mãe ligasse ela diria que estava comigo, e tudo sairia como planejado.

No caminho até lá senti meu celular vibrando e o tirei da bolsa, já vendo no visor que era a idiota. Deve ter recebido a mensagem agora e vai vir cheia de gracinhas. Suspirei e atendi.

— Aonde vai, danadinha? – perguntou maliciosamente.

— Sair, oras – respondi, já chegando á esquina e me sentando na calçada.

— Uhum. E com quem? – lá vinha interrogatório.

— Ih virou detetive agora? Vou sair com o Konery, satisfeita?

— O Bryan?

— Não sonsa, o pai dele – virei os olhos, já rindo com ela.

— Poderia ser o Jean, chata.

— Não se preocupe que não vou furar seu olho, MacUillis – sorri sarcasticamente. – E falando em fura–olho, você ficou de me contar os detalhes sobre o cinema com Lorran! – Lembrei–me, já animada com o que ela ia me contar. Tudo bem que ele não era uma das minhas pessoas favoritas pra ser par dela, mas babado é babado e isso não pode mudar.

— Não rolou nada, mas ele é muito legal e eu sinto uma coisa estranha quando estou perto dele, não sei explicar.

— Como você é sortuda! Dois gatos e inteligentes na sua mira e você podendo escolher qualquer um deles!

— Muito engraçado, vadia. E o Bryan hein?

— Ele pode até ser gatinho, mas inteligente ele não é – a ouvi gargalhar enquanto eu zombava do garoto que eu ia sair. Como sou má.

Ficamos conversando besteiras pra passar o tempo, enquanto ele não chegava. Ela me gozando por eu estar saindo com ele, e eu rindo dela pelo que ela me contou do passeio com Jean e o cinema com Lorran. Nossa amizade era assim mesmo, puro amor e gentileza uma com a outra.

Depois de nos despedirmos porque ela precisava ajudar a mãe com alguma coisa, guardei o celular na bolsa e continuei esperando ele. Tudo bem que ele não estava muito atrasado, mas eu sou pontual então se ele marcou comigo ás sete, ele já deveria ter passado.

Uns dez minutos depois eu já estava criando raiz quando finalmente ele chegou. Som alto, bem acomodado no banco e se achando com o carro do irmão. Parou na minha frente e fez sinal para eu entrar, e assim eu fiz. Ele abaixou o volume e mudou sua postura assim que eu entrei no carro, sentando–se ereto. Nos cumprimentamos com um rápido beijo na bochecha e um abraço e logo meu rosto sorridente mudou para uma cara fechada.

— Está atrasado – já cheguei reclamando. Ele me olhou e sorriu.

— Você só esperou uns dez minutos, deixa de ser fresca – disse divertido, antes de levar um tapa de leve no braço. – Você tá linda.

— Eu sei disso – sorri convencida.

— Olha, se achando a tal! – Exclamou e nós rimos. – Não vai dizer que eu estou lindo?

— Quer que eu minta? Então tudo bem, você está lindo – dei uma risada debochada, mas ele sabia que eu estava brincando.

— Engraçadinha, eu sei que sou lindo ok? – se acomodou no banco, dando uma piscadinha discreta pra mim, convencido.

Balancei a cabeça em sinal de reprovação e ele riu, voltando a atenção para frente. Girou a chave, arrancando com o carro pelas ruas de Phenite. Me sentei direito no banco e coloquei minha bolsa em meu colo, abrindo o vidro. O trânsito estava bem calmo e as ruas pouco movimentadas, sentia o ventinho bom que vinha contra meu rosto enquanto ele dirigia. Ele parecia querer puxar conversa, vez ou outra me olhando de esguelha e apertando frustrado o volante em suas mãos.

— Não consigo acreditar que Jean te emprestou o carro – me manifestei, já que o silêncio estava me incomodando.

— É, e foi um sacrifício! Ele me ditou tantas regras que acho que se ele escrevesse em um papel daria um livro – gargalhei só de imaginar a cena.

— Ele tá certo, deixar o carro na sua mão é perigo na certa – ele fez uma careta e eu ri.

— Como é? Eu sou o melhor motorista dessa cidade! – Disse e eu ri sarcasticamente.

— Ok, e eu sou a Lindsay Lohan.

— Pode ser, você é doida que nem ela – sorriu debochado e eu fechei a cara, dando um tapa em sua cabeça.

Depois de uns longos minutos, finalmente chegamos ao nosso destino. Não estava muito cheio, pois foi muito fácil achar uma vaga pra estacionar. Peguei minha bolsa e desci do carro, vendo Bryan fazer o mesmo. Trancou a porta e ligou o alarme, enquanto eu o esperava parada fitando a rua. Quando o fez, passou os braços em volta do meu ombro e fomos pra dentro do cinema.

Compramos o ingresso e entramos na fila para comprar pipoca, enquanto conversávamos coisas aleatórias. Na verdade nem tinha fila, só estávamos eu e Bryan esperando a mulher fazer a pipoca. Estava tudo muito bem até eu ouvir uma voz irritante atrás de mim. Eu sabia muito bem quem era, e quando olhei pra trás não me enganei. A vadia da Jessie estava abraçada com Hector, enquanto falava coisas irritantes. Bryan também se virou e quando viu o amigo, o cumprimentou.

— E aí, cara – cumprimentou Hector e sorriu pra Jessica, antes de dar um aperto de leve no meu braço.

— Oi, Jessie – falei com minha maior cara de falsa e estendi minha mão para cumprimentá-la, ela apenas sorriu e a apertou. Imaginei se ela estava sendo falsa também.

— E então, que filme vão assistir? – perguntou Jessica, sorridente como uma idiota. Cruzei os braços.

— Um bem safado. Devia assistir, ia se identificar muito – sorri debochada enquanto ela me fuzilava com os olhos.

— Tudo bem, a gente vai indo. Falou Hector, valeu Jessie – Bryan virou pra frente e pagou a pipoca gigante, em seguida pegando–a com uma mão enquanto com a outra segurava a minha para sairmos dali.

Já estava na hora do filme começar, então ele ficou a pipoca enquanto eu procurava os ingressos na minha bolsa. Assim que achei, entreguei ao carinha e ele fez o procedimento padrão, rasgar o papel e me devolver. Como se eu fosse precisar disso pra alguma coisa.

Entramos na sala e sentamos na última fila, já reservada pra nós. Estava nos trailers quando entramos, e já havia uma quantidade considerável de pessoas sentadas ou procurando seus lugares naquela meio-escuridão. Subimos as escadas com um pouco de dificuldade, mas chegamos ás nossas cadeiras sem nenhum dano. Acomodemo-nos no banco confortável, enquanto comíamos a pipoca e esperávamos o filme começar.

Quando eu achei que os trailers não ia acabar nunca, o filme começou. Eu e Bryan nos divertimos muito, jogando pipoca nas pessoas e toda vez que aparecesse um cara sem camisa, ou coisa do gênero ele gritava “gostoso!” Com uma voz afeminada muito engraçada. No meio do filme tivemos que parar as brincadeiras, porque fomos descobertos e alertados a não fazer aquilo, do contrário íamos ser expulsos. Bufei de frustração e Bryan jogou a pipoca toda no chão, de propósito.

— Agora eles vão ter que limpar tudo isso, coitadinhos – sussurrou e eu no começo me assustei, mas depois já estávamos rindo discretamente, como se estivéssemos cometendo um crime ou coisa do tipo.

Cansei das brincadeiras e resolvi parar pra assistir o filme. Levantei o divisor de cadeiras e deitei no ombro de Bryan, que colocou os braços por cima do meu ombro, me deixando mais confortável. Nossa aproximação repentina me deixou um pouco envergonhada, mas depois me acostumei. Ele podia ser meio idiota, mas é engraçado e divertido, e é bom ficar perto dele, eu me sentia confortável e segura.

O filme terminou e saímos de lá, esperando o pessoal descer e liberar caminho para irmos. Assim que pisamos pra fora de lá, achei que íamos embora, mas ele já foi dizendo que queria comer.

— Como assim, a gente acabou de comer pipoca! – Franzi o cenho.

— Qual é, eu ainda estou com fome! Vamos pedir um sanduba e quando eu acabar de comer, vamos embora, prometo – nem esperou pela minha resposta, foi me guiando até uma fila um pouco grande pra mim. Tinha umas cinco pessoas na nossa frente, mas estava andando rápido, então me acalmei enquanto ele escolhia o que comer.

Logo depois que escolheu, me perguntou se eu queria algo, e eu pra não ficar com nada pedi um Milk–Shake de chocolate. Procuramos uma mesa vazia e nos sentamos. Eu de vez em quando bebericava minha bebida enquanto Bryan devorava o Sanduba e bebia seu refrigerante. Quando ele já estava quase terminando de comer, chegou Hector meio ofegante, parecia que estava correndo há pouco tempo. Ele parou na frente de Bryan e começou a falar, parecia desesperado.

— Cara me ajuda! – Ele nem conseguia falar direito. Colocou as mãos no joelho e tentou voltar a sua respiração normal e se acalmar. Franzi o cenho e me levantei, ainda parada no mesmo lugar.

— Me diz o que aconteceu? – perguntou Bryan, já se levantando e visivelmente preocupado.

— A Jessie sumiu... – Se recompôs e limpou a garganta antes de continuar – ela disse que ia ao banheiro, mas quando vi que ela estava demorando muito fui até lá e... – Me olhou e abaixou um pouco o tom de voz – Senti um cheiro estranho... – Bryan arregalou os olhos e virou–se pra mim, colocando as duas mãos em meus ombros, determinado.

— Fique aqui, eu já volto está bem? – olhou nos meus olhos.

— Porque eu não posso ir? Eu posso ajudar a procura–lá – perguntei desconfiada.

— Não temos tempo! Promete pra mim que vai ficar bem aqui e esperar eu voltar, por favor? – disse tão sério como eu nunca vi antes. Suspirei.

— Tudo bem, eu prometo – ele parecia aliviado, assim que dei a resposta ele saiu correndo em disparada, com Hector logo atrás. Quando eles tomaram uma distância considerável, mas não o suficiente para eu os perder de vista, peguei minha bolsa e fui rumo á direção que eles tomaram.

Bryan não contava com uma coisa. Ás vezes eu costumo mentir.

 

***

 

“ p.o.v Bryan”

Porque eu não posso ter um simples encontro? Seria tão fácil, tão gratificante, mas não, sempre tem que acontecer algo anormal .Essa era minha nova vida e eu não tinha escolha. No fundo parecia que as coisas ruins vinham ao meu encontro, ou eu ia ao seu encontro.

Nunca tinha visto Hector tão conturbado antes, mas eu sabia que ele gostava da Jessie e o entendia. Minha mente vagava tentando assimilar as coisas. Primeiro, eu tinha que achar minha prima. Segundo estava com medo por deixar Claire sozinha.

Saímos do cinema, a avenida estava um pouco deserta, poucas pessoas na rua, era melhor assim. Eu sabia com o que estávamos lidando.

— Está usando sua audição? – perguntei. Esse era seu dom, melhor audição entre os caçadores.

— Claro que sim, que pergunta idiota – ele parecia bravo.

— Fica calmo que eu só quero te ajudar – eu disse seriamente.

— Desculpe.

Seguimos para o estacionamento. Entrei no carro do meu irmão e ele no banco do carona.

— Acha que foi aleatório? – perguntei sobre terem pegado Jessie, se é que pegaram mesmo ela.

— Ela era a menina mais bonita dali, acho que isso o atraiu – cerrou os punhos.

— Claro, depois da Claire – só eu mesmo para soltar uma dessa num momento como esse.

Hector deu um sorrisinho, mas logo voltou a ficar sério.

Dei partida e fomos procurar Jessie.

 

 

***

 

“p.o.v Claire”

 

Bryan acha que sou idiota, mas eu não sou. O segui até o estacionamento, de bem longe, claro. Ele e Hector entraram no carro de Jean e saíram bem rápido por sinal. Jessie foi sequestrada? Dói–me admitir que a vadia estava linda e pode ser que foi algum maníaco sexual.

Comecei a andar pelas ruas, era mais ou menos 22 horas, por milagre minha mãe não havia me ligado ainda. Fazia frio, cruzei os braços firmemente. Não entendi o que Hector havia dito, sobre cheiro.

Dez minutos se passaram e nada de Bryan me ligar, nem minha mãe. Eu andava por uma avenida deserta com vários becos. Eu já havia passado por dois, mas quando ia chegar ao terceiro, parei um pouco antes.

— Me larguem! – Era quase um sussurro, e eu conhecia essa voz.

Parecia filme de terror. Coloquei a cabeça para ver se era mesmo ela, infelizmente não deu para ver, estava escuro. Eu podia ver dois homens, uma mulher e uma garota no chão, era Jessie, não podia ser outra. Meu coração acelerou, instantaneamente comecei a tremer.

— Acho que temos companhia... – Pude ouvir um dos caras dizer. Logo ele se virou para mim.

Tentei tirar minha cabeça do campo de visão dele, porém acho que demorei demais.

— Eu já te vi chuchuzinho, não tente correr ou terei que maltratar muito, além de fazer essa garota sofrer.

Meu Deus, que horror. Meu corpo todo tremia. Tirei o celular da bolsa o mais depressa. Escrevi mais rápido ainda, com muitas abreviações. Enviar. Eu não correria, não podia, sendo ou não Jessie eu não podia deixar aquela menina só.

— Olá – disse o homem. Ele aparentava uns 30 anos, tinha cabelos cumpridos que batiam nos ombros, sua pele era pálida e seus olhos vermelhos... Vermelhos?

Ele me puxou pelo braço e me levou para o fundo do beco. Chegando lá pude notar a menina, era mesmo Jessie, estava ensanguentada no pescoço. Sua blusa estava rasgada deixando seu sutiã totalmente expostos. Seu corpo tinha alguns arranhões e sua boca estava amordaçada. Meus olhos se encheram de lagrimas e eu não me contive. Tudo bem que não era lá apaixonada pela Jessie, mas era uma menina, como eu.

— Meu Deus, Jessie... – Tentei chegar até ela, mas o homem me jogou no chão, ao lado de uma grande lata de lixo. Havia mais uma garota, com a boca amordaçada e sangrando muito, estava desacordada.

Eu era a próxima, tremia muito. Que Deus me ajude.

— Essa morena parece boa – disse outro rapaz, esse com aparência mais jovem, daria para ele uns 23 anos. Olhos vermelhos, cabelo curto bagunçado, magro e alto.

— Já chega, Creep, essa é minha – disse uma mulher, essa era mais jovem ainda, praticamente minha idade. Loira, os olhos semelhantes aos homens, magra, parecia uma modelo. – Você e o Tony já se divertiram demais.

A menina se aproximou de mim. O que eles eram? Meu corpo continuava tremendo muito, Jessie estava viva? Eu viveria?

— Levante-se agora – disse a loira.

Meu corpo estava praticamente paralisado de medo, mas eu levantei.

— Claire, é você? – Jessie disse com a voz falha, tentando se levantar.

— Não, nada disso – o tal de Creep chegou perto dela e colocou o pé sobre seu pescoço deixando-a deitada imóvel e começou a fazer força, eu não podia ver aquilo.

— Deixa ela em paz! – Avancei para cima dele, mas a loira me segurou.

— Não banque a heroína, lindinha – sussurrou no meu ouvido e me jogou na parede.

— Verônica, essa menina é muito arrogante – Creep disse e tirou o pé do pescoço de Jessie, mas ela estava imóvel. Pude ver que ainda respirava, só havia desmaiado. – Eu a quero.

Creep colocou a mão no meu pescoço me forçando um pouco contra a parede, ele era incrivelmente forte, eu não conseguia me soltar nem usando as duas mãos.

— Hoje estou de bom humor, vamos dividir – a loira sorria se aproximando de mim e começando a cheirar meu pescoço.

Tentei gritar, berrar, me espernear, mas não consegui, não tinha força alguma. De repente senti meu pescoço ser perfurado dos dois lados, Creep e Verônica estavam me mordendo. O outro, o tal de Tony mordeu o pescoço da garota que estava sentada encostada na parede. Não era um filme de terror, era muito pior, era real. Senti minhas forças desaparecerem instantaneamente, minha visão ficou turva, era meu fim. Porque isso estava acontecendo comigo?

Esperei a morte vir lentamente, mas ela demorava, e me sentia cada vez mais fraca. Um Camaro preto parou bruscamente na frente do beco e três meninos desceram rapidamente. Meus salvadores? Os dois monstros que me mordiam me soltaram na hora. Eu caí deitada, imóvel, eu só conseguia observar.

— Claire, você está bem? – Jessie disse com a voz baixa.

— Não... – Só consegui dizer isso.

De repente um dos meninos, que desceram do carro, correu para cima de Verônica e Creep. Tony estava imóvel, observando. Era Bryan. Tentei gritar para ele fugir, mas não conseguia. Ele pegou os dois monstros pelo pescoço e prensou contra a parede, tudo isso aconteceu muito rápido, eu apenas vi o vulto depois que ele começou a se mover. O que Bryan era afinal? Os dois monstros tentavam escapar de tudo quanto é forma, mas ele era mais forte, surpreendentemente muito mais forte.

Tony correu na direção de Bryan como um vulto, mas outro garoto chegou antes e o derrubou, era Jean. Ele jogou Tony no chão com muita força, e antes que o mesmo pudesse se levantar, pulou pra cima dele e começou a socar seu rosto muito rápido, eu mal podia ver seus braços em movimento. Depois pegou uma estaca de um suporte em suas costas e fincou no peito de Tony, ele vencera o primeiro monstro. Antes de sair de cima ele despejou algo vermelho na boca do monstro, semelhante a sangue.

O terceiro menino era Hector, que veio e pegou Jessie no colo.

— Eu já volto para te buscar – me disse, dava para ver a dor em seu rosto.

Eu assenti de leve, continuava deitada no chão, não tinha conseguia me mexer, eu só queria ficar quietinha ali. A luta continuava, Bryan lançou Verônica contra a parede, enquanto ficava segurando o outro pelo pescoço. Assim que ela bateu na parede Jean correu e fincou duas estacas ao mesmo tempo, uma em cada peito. Depois retirou as duas e fincou na barriga, retirou novamente e fincou nas coxas e para finalizar aproveitou que ela estava quase desacordada e forçou–a beber o liquido vermelho de uma garrafinha. Ela bebeu e caiu no chão, fraca. Seu sangue era muito escuro, ela estava pior que eu. Toda furada, deitada no chão quase imóvel e gemendo de dor. Bem feito para a vadia.

Senti alguém me erguendo nos braços, era Jean. Ele era forte, cheirava bem e lutava bem, além de ser fofo. Agora eu sabia o que a vadia da minha melhor amiga viu nele.

— Vai ficar tudo bem – murmurou.

— Obrigada – sussurrei sem forças, me aconchegando em seu peito, não por querer, eu não conseguia mais ficar acordada, então simplesmente deixei–me levar pelo sono.

 

***

“p.o.v Bryan”

Eu queria acabar com o desgraçado logo, estava segurando–o pelo pescoço erguido junto à parede. Eu achava que estava sobre controle, mas o maldito me deu um chute nas partes íntimas, me fazendo o largar por impulso e cair sentindo muita dor. Ele saiu correndo rumo à saída do beco, mas Hector estava lá. Jean voltava para pegar a outra menina e passou pelo vampiro com muita calma e frieza. Antes de pegar a garota ele veio e esticou a mão para mim.

— Acaba com ele – disse, confiante em mim.

— Você que manda – respondi, minhas partes doíam um pouco, mas minha raiva era maior.

Eu e Hector partimos para cima dele ao mesmo tempo, ele até que era rápido, mas nós éramos mais. Acertamos vários socos deixando–o desnorteado. Hector segurou seus braços para trás. O vampiro estava de joelhos, não conseguia se mover. Meu irmão passou por mim segurando a garota.

— Sejam rápidos, mesmo há essa hora podem passar alguém – nos alertou.

— Certo.

Olhei para o vampiro com desprezo.

— Só quero saber uma coisa, tem mais algum vampiro por aqui? – perguntei.

— Não tem mais ninguém, por favor, não me mate – implorou.

— Você sabe o que somos? – indaguei.

— Não, eu não sei, eu não queria me alimentar aqui, desculpe... – Dava para sentir o medo que ele estava de nós.

— Não queria? – gargalhei ironicamente. – Vocês se alimentam de humanos. Eu caço vocês, entendeu?

— Eu não me alimentarei mais por aqui.

— Não mesmo.

Andei até o carro, Jessie e Claire estavam apertadas no banco do carona, estava muito ensanguentadas. Jean fez um curativo no pescoço delas, a outra menina estava sentada no chão encostada na roda do carro, enquanto ele estava fazendo curativo nela.

— Posso? – coloquei as mãos nas estacas do meu irmão, as que ele carregava no suporte das costas.

— Pegue, seja breve. Vou levar as meninas para casa. Claire e Jessie no carona e essa vai no meu colo, é o jeito – afirmou.

— Vá, logo estarei lá.

Ele pegou a menina nos braços e colocou no carro, no seu colo. Ligou o carro e foi–se.

— Agora somos nós três – eu disse chegando perto do vampiro.

— Por favor...

— Cala a boca! – Hector vociferou, apertando o braço dele. O vampiro gemeu.

— Você não merece viver, aberração – finquei as estacas no seu ombro, apenas as pontas. Antes de ele gritar Hector tampou sua boca. Lentamente fui enfiando as estacas mais fundo nele, até o máximo que alcançavam. Tinha uns trinta centímetros dentro dele.

— Abra a boca dele – pedi a Hector, ele fez.

Derramei um pouco de sangue caçador na boca dele e fechei, obrigando–o a engolir.

— Ligue para James, o dono da lanchonete. Ele sabe onde enterrar. Peça para ele vim buscar os corpos.

— Certo – ele foi para a entrada do beco e ligou para James.

Não demorou a ele chegar. Jogamos os corpos dentro do camburão. James agradeceu por estarmos na cidade, ajudando a manter a segurança das pessoas. Esse era nosso dever.

Antes de ir para o cemitério James deixou eu e Hector lá em casa. Entramos juntos.

Jean estava na sala, sentado. Acomodei–me ao seu lado no sofá, Hector na poltrona.

— Onde estão as meninas? – perguntei logo. Estava preocupado.

Elas foram mordidas, eu não havia pensado nisso, ela se tornariam nossa caça. Claire... Eu não a mataria, nunca, em hipótese alguma. Minha Claire, por que ela não me ouviu e ficou na droga do cinema?

— Jean, elas estão se transformando? – perguntei, minha voz saiu falhada.

Olhei para Hector, ele estava com os olhos cheios de lágrimas, acho que essa era minha situação.

— Diga, Jean – Hector pediu.

— Claro que não.

— Não minta pra mim! – Gritei.

— Não grite comigo, imbecil! – Ele disse sério. – Acha que eu brincaria com isso?

— Mas como? – Hector perguntou, eu também queria entender o que meu irmão falava.

— Eu conversei com Marco, ele me explicou como eles fazem a transformação. Olhem, elas ficarão bem, mamãe está cuidando delas lá em cima.

— Explica como é, por favor? – pedi, estava mais tranquilo.

— Quando a vítima é mordida eles injetam um veneno nela, mas esse veneno não é o vírus vampiresco, apenas abaixa bastante à imunidade. O vírus está no sangue deles. Eles dão seu sangue para ela aproveitando–se da imunidade fraca, não tendo como o corpo resistir ao vírus. – Explicou.

— Se eles simplesmente injetarem sangue na pessoa, não transforma? – perguntei.

— Em casos super–raros, sim – Jean disse, estava calmo.

— Então ainda há chance de algumas delas se transformarem? – bateu o desespero em mim.

— Não, Bryan. Eu perguntei se eles as obrigaram a beber sangue deles, mas elas disseram que não, apenas foram mordidas, fica calmo.

— Graças a Deus – Hector relaxou no sofá.

— E a mãe dela? Deve estar doida de preocupação – afirmei.

— Mamãe ligou para casa dela, disse que topou com ela e Anna na rua e convidaram elas para jantar, já que eu e você estamos na casa do papai – Jean riu, mamãe é boa mentirosa.

— Sério? – forcei um sorriso.

— Sério – sorriu junto.

— E disse que depois levaria ela em casa, para deixar a mãe dela mais tranquila – completou.

— Ufa!

Ficamos conversando sobre o acontecido, Hector disse com convicção que foi aleatório, que não tem nada a ver com a primeira vampira, a que foi enviada por alguém por algum motivo. Eu e Jean concordamos. Eram 23:15 horas, ouvi uma porta bater lá em cima, logo depois as meninas desceram as escadas. Ficamos sentados no sofá, quietos.

— Alguém se importa de me levar em casa? – perguntou a menina desconhecida, que foi pega pelos vampiros junto com Claire e Jessie.

— Meredith eu te levo, sem problemas – meu irmão se levantou e saiu com a menina pela porta.

Com certeza minha mãe tinha conversado com elas, explicado tudo e dito que não podiam contar para ninguém, e claro que tinha deixado uma pequena ameaça dizendo que sua vida corria risco caso espalhasse o segredo dos vampiros e caçadores. Claro que Jessie e Claire eram de confiança, o risco era a outra menina, a tal de Meredith. Mas salvamos a vida dela, não contaria a ninguém.

— Hector, podemos conversar um pouco no quarto do Jean? – Jessie perguntou.

— Tudo bem para você, Sra. Konery? – Hector perguntou a minha mãe que vinha descendo as escadas.

— Podem conversar lá sim. Jessie liguei pra minha irmã, ela disse que pode dormir aqui hoje, vai ser melhor para você. – Minha mãe sempre compreensiva.

— Obrigada, tia – Jessie deu um sorriso fraco.

Ela e Hector subiram. Sobramos eu, minha mãe e Claire.

— Filho, vou me deitar. Leva Claire em casa?

— Certo mãe.

— Obrigada por tudo, Maggie, foi um prazer te conhecer – Claire deu um abraço nela.

— Sei que seu mundo virou de pernas para o ar, mas lembre–se que estarei aqui quando precisar de uma amiga mais velha, ok? – sorriu.

— Você tem minha idade praticamente! – Respondeu.

— Só aparência – minha mãe brincou, fazendo pose de modelo.

— Então, depois marcamos a festa do pijama, certo? – perguntou.

— Só me avisar o dia.

— Tchau, queria ter uma mãe tão legal... – Brincou.

— A sua é legal, ela te ama.

— Eu sei – Claire concordou sorrido para minha mãe.

— Leve ela, Bryan – olhou pra mim.

— Tudo bem.

Levantei.

— Te espero lá fora  – disse a ela.

— Já to indo, espera só um pouco.

Ouvi o carro de Jean parando na garagem, abri a porta a saí. Ele e minha mãe revezavam na garagem, hoje o carro dela ficaria de fora.

Jean saiu e veio em direção à porta, eu estava do lado, escorado.

— Cara, Jessie e Hector estão conversando em seu quarto, então não vá lá agora.

— Logo no meu? – resmungou.

— Sim – eu ri de leve. – Vai dormir com cheiro de agarração na sua cama.

— Nem me diga.

— Só me responde uma coisa antes de entrar?

— Pergunte – ele mandou.

— Reparei que não tem marca alguma no pescoço delas, mamãe deu sangue a elas?

— Deu – respondeu sem hesitar.

— Elas tomaram naturalmente? – era estranho alguém tomar sangue da outra sem questionar.

— Elas não sabem, tomaram meu sangue também – falou naturalmente.

— Porque deu sangue seu a elas?

— Como você é chato! Não tomaram diretamente, mamãe colocou em um suco, junto com o meu. Como disse antes o veneno deles baixam a imunidade da vitima, não podia as deixar correr o risco de pegar alguma doença viral. Não existe risco, já que o veneno das presas não às transforma. Caso elas tivessem ingerido o sangue deles e iniciado o processo, ai sim ia dar merda.

— Ai você deu seu sangue para combater o veneno que baixa a imunidade – peguei o que quis dizer.

— Isso aí. E antes que pergunte, mamãe disse que era meio bruxa, e que enfeitiçou o suco para curar elas da mordida.

Nos dois rimos. Nossa mãe, bruxa? Fala sério...

— Mas isso foi só para Meredith. Claire e Jessie sabem o que tomaram e lidaram bem com isso.

Meu irmão foi de grande ajuda hoje, nem sei se conseguiria sem ele.

— Valeu por tudo, Jean – coloquei a mão em seu ombro. – Você foi demais.

— É nosso dever – ele assentiu.

— Só não gostei de ter carregado Claire no colo – brinquei.

— Eu adorei carrega–lá – ele riu, não consegui deixar de rir junto com ele.

— Me deixa entrar, Claire tá quase na porta.

Ele abriu a porta e reparei que ela estava quase com a mão na maçaneta.

— Tchau Claire – ele disse e entrou se jogando no sofá da sala.

— Tchau, e obrigada – sorriu.

Fomos andando até a casa dela, que ficava na minha rua, a alguns metros de minha casa. Estávamos em silêncio. Quando chegamos reparei que a janela da sala brilhava, a TV estava ligada. Alguém a esperava.

— Meu pai está me esperando, ele não dorme enquanto não chego – ela explicou.

— Precisamos conversar – segurei sua mão. – Tenho que lhe explicar várias coisas.

— Hoje não dá, Bryan – ela desviava o olhar do meu.

— Dá sim, onde é seu quarto?

— Fica na janela da lateral da casa, por quê? – perguntou confusa.

— Te espero lá.

— Bryan não...

Antes de ela terminar eu corri para lateral da casa e usando minha velocidade de caçador, abri a janela e entrei. Agora que estava lá, ela não podia me dispensar da conversa.

Fiquei escutando tudo desde que ela entrou. Seu pai não falou nada demais, com certeza porque minha mãe tinha ligado mais cedo e dito que Claire estava com ela. Se livrou de uma boa bronca.

Desligaram a TV e ouvi passos subindo as escadas, seu pai se despediu e foi dormir. Ouvi o som do chuveiro e deduzi que ela estava tomando banho. Minha vontade era de entrar naquele banheiro junto com ela, mas contive meus pensamentos.

A porta do quarto se abriu, era ela, só de toalha.

— Vira que vou trocar de roupa. E não olhe! – Resmungou num tom arrogante.

— Ok, relaxa – mordi o lábio e me virei. Quando pude olhar para ela vi o que vestia, uma camisa larga e um short. Sorri para ela.

— Não achou que ficaria de pijama com você aqui, não é? – ela fez careta.

— Achei – eu ri.

Ela segurou, mas não aguentou e riu também. Sentei-me em sua cama.

— Você tem que ir embora! – Ela disse séria.

— Seus pais estão dormindo, eu posso afirmar isso. Senta aqui do meu lado?

Ela bufou e cruzou os braços, mas sentou.

— Porque não me disse a verdade? O que você era, o que fazia... – Ela olhava o vazio.

— Não podia, não é um segredo só meu, tente entender e se coloque em meu lugar. Além do mais eu só descobri quando cheguei aqui, praticamente. É tudo novo para mim. Pode imaginar como é descobrir que você nasceu para caçar monstros que nem sabia que existiam?

Ela respirou fundo.

— Pretendia me contar? – ela indagou, eu sabia que essa pergunta queria dizer “Você confia em mim?”.

— Mesmo contradizendo meu pai, sim, contaria – suspirei.

— Pode me contar sobre... Você? – Ela mordeu o lábio inferior.

— Eu sou eu, o Bryan que todos conhecem.

— Sobre c–caçadores – agora era outra pergunta.

— O que especificamente você quer saber?

— O que podem fazer, eu vi que são rápidos demais, quando me deixou no jardim eu só vi seu vulto sumindo para a lateral da casa! – Ela parecia chocada e elétrica. – Há, e são fortes, pois aqueles monstros...

— Vampiros – concertei.

— É, vampiros, eles eram bem fortes, mas perto de vocês pareciam florzinhas – ela riu.

— Nos curamos mais rápido, somos mais resistentes, ágeis, nossos sentidos são melhorados, acho que só.

O queixo dela caiu.

— Muito surreal.

— É só isso que tem a dizer? Achei que ia pirar, achar que estava louca ou coisa do tipo – disse a ela, depois ri.

— Na verdade eu to meio confusa, eu quase morri! Mas já foi, você me salvou. Agora estou surpreendida, você é um herói.

— Caçador.

— Ainda assim é herói, salvou três vidas.

— Eu nasci para caçar essas coisas, está no meu sangue – falei sério, eu não era herói, não saía por aí prendendo bandidos ou algo do tipo.

— To brincando, calma. Mas ainda é herói.

— Sabe, Claire... Eu gosto de você e pensar que poderia ter perder hoje foi dolorido para mim – disse para ela.

— Eu sei – ela deu um riso nervoso e olhou para baixo, revirei os olhos.

— Convencida.

— Não. É que... Eu também gosto de você, Bryan. Acho que até posso estar apaixonada. Desculpa, não era minha intenção – percebi que ela ficou um pouco vermelha. Me aproximei mais dela , levantei seu rosto e colei nossas testas, nós dois nos encarando com nossas bocas a centímetros.

— Eu também me apaixonei. Acredite, também não era minha intenção, mas... Vamos deixar acontecer – olhei para a boca dela e percebi que ela olhava para a minha, então finalmente colei meus lábios nos dela. Quantas vezes havia imaginado esse momento? Claire puxou minha blusa, querendo ainda mais proximidade. Minhas mãos estavam em suas costas, então a puxei mais para frente quase colando os nossos corpos. Claire me deu um empurrãozinho e eu entendi que era para eu me afastar. Olhei para ela e passei a mão na sua bochecha, ela fechou os olhos e deu um suspiro baixo.

— Acho que é melhor eu ir embora – me levantei e peguei minha jaqueta que estava na cadeira.

— Não! – Claire me deu um puxão me virando para ela, e me beijou. Esse beijo foi com mais vontade, ela me agarrou e me prendeu junto a ela com toda a força que tinha. Joguei minha jaqueta no chão e peguei-a no meu colo, ela trançou suas pernas em volta da minha cintura enquanto eu segurava a dela. Coloquei-a na cama e continuei a beijando deitado por cima dela. Levantei a barra de sua camisa e passei as mãos de sua barriga até nas suas costas, senti que ela prendeu a respiração nesse momento. Parei de beija–lá e olhei para ela, nossas respirações altas no quarto.

— Está tudo bem? Quer que eu pare? – ela ficou vermelha na mesma hora.

— Não, está tudo ótimo. É que... – Ela olhou para o lado. Sai de cima dela e sentei na cama.

— O que foi? Pode me contar – puxei o rosto dela para mim.

— É que... – Ela travou.

— Claire, fale logo, não vou rir.

— Eu sou virgem! – Ela já estava roxa, mesmo na pele morena. Ela tentou virar o rosto, mas continuei segurando seu queixo, e dei um sorriso para ela se acalmar.

— Eu já imaginava.

— É tão obvio assim? – ela sussurrou.

— Não. Mas nessa cidade pequena? Duvido que ficaria com qualquer um e depois nunca mais veria ele – ela deu um sorriso. – Viu, até consegui um sorriso.

— Você está certo. Eu só... Não sabia como te dizer isso – passei a mão pelo rosto dela.

— Está tudo bem, não precisa ter vergonha – ela se sentou na cama. – Ei, quem disse que era para sentar? – Empurrei ela de novo e deitei por cima dela.

— Sai, Bryan! Você é pesado – ela riu e tentou me empurrar.

— Você não estava reclamando disso há cinco minutos – aproximei meu rosto do dela.

— Eu... Eu estava... Eu estava distraída! – Ela gaguejou. Distribui beijos pelo pescoço dela e senti sua respiração aumentar.

— Distraída com o que? – parei de beijar seu pescoço e vi seus olhos fechados. – Distraída com o que, Claire?

— Eu não sei... – Ela deu um suspiro, abriu os olhos e olhou para mim. – Tem que parar de fazer isso.

— Isso o que? – voltei a beijar seu pescoço, ela soltou um meio suspiro e gemido.

— Me deixar sem fala – olhei para ela.

— Eu deixo?

— Sim, deixa.

— Então vou deixar mais ainda – ela arregalou os olhos e comecei a beijar sua orelha. – Eu quero você. – Sussurrei em seu ouvido, os braços dela se arrepiaram.

— Eu também quero você – olhei para ela, bem no fundo de seus olhos.

— Agora?

— Sim, agora – ela disse com certeza. – Mas tem os meus pais...

— Eu posso ouvir, lembra? – apontei para a minha orelha.

— Esqueci dos seus  superpoderes – eu ri.

— Não é nada demais, mas vai ajudar – e comecei a beija–lá.

De começo, foi um beijo calmo, mas Claire me puxou ainda mais colando mais nela, se fosse possível, nossos corpos. Segurei a barra da sua camisa e fui puxando devagar para cima, caso ela mandasse eu parar, mas ela não mandou. Olhei para ela com a pergunta nos olhos, mas ela só assentiu a cabeça. Tirei sua camisa, e por baixo ela usava um sutiã vermelho, olhei para ela.

— Vermelho? Sexy – ela só riu. Claire segurou a ponta da minha camiseta e também começou a puxar, então deixei tirar. Comecei a beijar a barriga dela e ela arranhou minhas costas, como se pedisse mais. Voltei para cima e abaixei a alça do seu sutiã, beijando seu ombro. Minhas mãos passavam por suas costas, procurando o fecho de seu sutiã, e quando achei abri devagar esperando que ela me impedisse, mas ela não disse nada. Tirei lentamente seu sutiã, observando sua reação, mas ela só continuou com os olhos fechados, então joguei a peça no chão. Observei seus seios, eram pequenos, porém perfeitos, principalmente nela. Claire me olhava com os olhos semicerrados.

— O que? – eu perguntei.

— Não era para eu fazer essa pergunta? – ela riu. – O que está olhando?

— O quanto você é linda – acariciei um de seus seios, ela fechou os olhos e deu um suspiro. – Isso é bom?

— Muito bom – fui até seus lábios e dei uma mordida no inferior.

— Você tem mesmo certeza?

— É claro sim, eu quero muito – ela levou as mãos até o botão de minha calça e abriu, como se para provar, ajudei empurrando para baixo e chutei com os pés para fora da cama. Abri o botão do short dela e também joguei no chão, e só duas peças de roupas nos impediam nesse momento. O corpo de Claire era perfeito, eu poderia ficar o observando para sempre, mas Claire me distraiu trançando suas pernas em volta de minha cintura e beijando meu pescoço, devolvendo o que fiz com ela. Passei as mãos por sua barriga até as suas coxas, prendendo-a mais em mim.

— Um minuto! – Ela disse arfando.

— O que foi? – perguntei confuso.

— Camisinha.

— Ah, claro – levantei rapidamente e procurei minha carteira no bolso da calça jeans, não foi difícil encontrar. Coloquei em uma cômoda que estava do lado de sua cama, e voltei para cima de Claire.

— Voltei.

— Ah, jura? – ela riu. Beijei-a novamente e passei a mão por seu corpo até achar a barra de sua calcinha, fui puxando lentamente deixando minha mão esbarrar por toda a extensão de sua perna, ouvindo a respiração de Claire aumentar ainda mais. Fiquei de joelhos para poder terminar de tirar sua calcinha que tinha grudado em seu pé, e joguei-a no chão junto com as outras peças, me abaixei para beijar o interior de suas coxas, enquanto ouvia Claire arfar.

Para adiantar, eu mesmo tirei minha cueca e joguei em um canto do quarto. Voltei a me deitar em cima de Claire, mas não jogando todo meu peso para não esmaga–lá. Ela olhou para mim e arfou novamente quando sentiu nossas intimidades tão próximas.

— Nervosa? – perguntei.

— Um pouco – ela sussurrou.

— Está tudo bem. Eu vou ser muito cuidadoso, mas se quiser que eu pare me avise – ela apenas assentiu com a cabeça e voltou a fechar os olhos tentando relaxar. Dei um beijo calmo nela enquanto estendia a mão para pegar a camisinha em cima da cômoda, e sai de cima dela para colocá-la. Posicionei-me em cima dela e senti-a tremer.

— Se acalme, vai dar tudo certo. Só vai doer no começo, mas se for demais eu paro – ela assentiu novamente a cabeça e dei outro beijo calmo nela. Lentamente a penetrei, e senti todo seu corpo ficar tenso, mas continuei a beija–lá e ela correspondia. Quando senti metade dentro dela, esperei um momento para saber se deveria continuar ou não.

— Pode continuar – ela respondeu com a voz rouca, então terminei de penetra–lá e Claire deu um gemido, mas eu não sabia se era de dor ou prazer.

— Tudo bem, Claire?

— Sim... Só está doendo, mais do que eu pensava – ela estava de olhos fechados e a testa toda arqueada.

— Quer que eu pare?– já estava preocupado.

— Não. Só fique parado um tempo, até eu me acostumar.

— Vou esperar – tentei ajudá-la passando a mão por seus seios, beijando seu pescoço ou orelha, até sentir seu corpo relaxar um pouco.

— Tudo bem, pode continuar – e me movi lentamente dentro dela.

— Está doendo?

— Não, já está ótimo – vi um sorriso em seus lábios. Depois de um tempo, a única coisa que se escutava no quarto era nossas respirações altas e baixos gemidos.


***

 

Nós dois estávamos deitados, eu abraçando Claire por trás enquanto ela ainda se recompunha do nosso momento.

— Sentindo muita dor?

— Não... Só um pouco. Mas nada demais – abracei-a mais forte.

— Só não garanto que amanhã estará melhor – nós dois rimos baixo.

— Acho que estou mais cansada.

— O dia foi longo, daqui a pouco vai cair no sono – seus olhos já estavam fechados e a voz dela mais arrastada.

— Eu sei. Só queria aproveitar um pouco mais.

— Eu também. Para mim foi maravilhoso.

— Para mim também. Não podia imaginar melhor – ela deu um sorriso.

— Eu queria que fosse bom para você.

— E foi, muito – a voz dela estava mais que arrastada, praticamente dormindo.

— Foi diferente de todas as outras vezes. Com você foi especial. E é por que eu to muito apaixonado, nunca imaginaria que sentiria algo tão forte assim – Quando olhei para ela, já estava com os olhos fechados e com a respiração lenta.

Me desprendi dela para poder ir embora, não poderia dormir ali, mesmo querendo muito. Procurei minhas roupas com cuidado pelo quarto para não acordá-la, e depois de me vestir, me certifiquei que a porta do quarto estava trancada. Claire dormia calmamente, e percebi um sorrisinho em seus lábios. Ajeitei os cobertores em sua volta, e dei um beijo em sua testa.

— Durma bem, minha morena – pulei por sua janela e fui em direção a minha casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, curtiu? curtiu? curtiu? haha.
Ta ai pessoal, a primeira cena quente da nossa fic.
Queria agradecer de novo a Grazi e Ana, por me ajudarem muito na fic... sem elas eu ficarei todo perdido... Um bjo ♥
A Jacih e Megan por se manterem fiel a fic *-* bjoo..
Queria desejar um feliz natal a vocês, que Deus abençoe e que dê muita saúde e prosperidade. Vamos brincar um pouco?
—------------------------------------------------------
Vamos ao "pergunte a o tio J."
Tio J, eles fizeram no primeiro encontro? :o
R- Pra tu ver que ninguém é santo kkk.
Tio J, vai ter mais sexo?
R- Nessa temporada? Quem sabe...
Tio J, posta antes do final do ano?
R- Vou me esforçar, quero dar mais este presente a vocês. Adianto que o 8 vai ser meio tenso... Não me matem.
Tio J, tem lobisomem e bruxas?
R- Lobisomem sim, bruxa eu não sei ainda...
Tio J, o que Anna sente pelo Lorran?
R- Capítulo 8, espere e verás.
Tio J, você é chato...
R- Mesmo assim me amam kkk.
—--------------------------------------------------------
Isso aew pessoal. Espero que tenha superado algumas expectativas... Alguma ideia de capitulo? Mande sugestão por mensagem ou no review.. o capitulo 6 foi sugestão de uma leitora e ficou ótimo.. Então, obrigado mesmo a vocês. Este ano ainda tem Oracle!
~edit ~ não tem não kkkk' só ano que vem mesmo... Bjo s2



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oracle - The Beginning" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.