Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 22
Capítulo 22




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Mas... Não matei Marvel. Quem matou foi Katniss.

Também não matei Glimmer. Eu podia querer, mas não matei. Também foi Katniss.

Vejo um cão, maior que todos, e seu pêlo era escuro. Em sua coleira, estava o número 11. Thresh. E, um pouco atrás dos outros bestantes, estava o cão menor, e seu pelo era mais claro do que o de Thresh. Rue, obviamente.

E, logo atrás de Rue, estava um cão com o pêlo loiro, e ele mancava. Seus olhos eram de um azul. E, só por estar mancando, consigo definir quem é. Peeta.

Não matei eles. Não são minhas vítimas. São nossas vitímas, mas também são pessoas que tivemos... intimidade na arena.

Olho para Cato, que estava indo em direção a Katniss. Rapidamente, olho novamente para os bestantes, e vejo que eles se amontoaram na frente da Cornucópia. Então, o cão que seria Peeta, se posiciona nas patas traseiras e pula. O pulo é tão alto, que chega até a mim, mas ele não consegue se firmar em alguma coisa e começa a escorregar.

Infelizmente, o cão que seria Thresh o ajuda a subir, e de repente, o vejo do meu lado.

Pegue a altura de Cato, e a dobre. Esse é o tamanho do bestante perto de mim, um pouco mais alto até.

Saco minha faca, e o cão pula em minha direção. Cravo a faca em sua barriga, mas ele continua em pé. Ele consegue me prender contra o "chão" da Cornucópia. Ele passa as suas afiadas garras em meu peito, mas por causa da bendita armadura, apenas incomoda.

Tento retirar a faca que ficou presa em sua barriga, mas o bestante vê e prende ao contrário minha mão. Gemo de dor. Eu até que poderia gritar por Cato, mas se matasse o Peeta-bestante, todos achariam que eu preciso dele para sair de enrascadas.

Reúno toda a minha força, e chuto a faca que estava presa na barriga do cão. Ela penetra mais ainda na barriga de Peeta, e ele faz um rosnado esquisito e sai de cima de mim. Agradeço pela sua distração, e então, com ultima faca, golpeio-o nas costas. Ele cai, e rapidamente, retiro a minha faca de suas costas, e ele cai da Cornucópia encima de outro bestante.

Volto para Cato, e vejo que ele estava encurralando Katniss no chão, com a cabeça para fora da Cornucópia, e com uns dois bestantes prestes a arrancar sua cabeça.

Ela consegue sair dali e pressiona Cato no chão só com o pé. Não me pergunte como ela fez isso com o tamanho de Cato, ela deve ser tipo uma ninja.

Ora, por que estou só observando eles se matarem?! Pego minha última faca e jogo na direção de Katniss. A faca atinge suas costas, e ela desliza. Cato a empurra para fora da Cornucópia, e ela cai nos bestantes. Em segundos, ouço um canhão, e como se fosse programado, um buraco abre no chão e todos eles entram. Logo, vejo o Sol nascendo, e infelizmente, consigo ver o resto do que resta de Katniss.

– Argh. – consigo dizer, chegando perto de Cato. – Vamos nos fastar para que possam recolher o corpo.

Ajudo Cato a levantar, mas no mesmo instante, sinto a dor no meu braço. Sim, eu quebrei o meu braço esquerdo. Reviro os olhos.

Com dor, Cato me ajuda a descer da Cornucópia e sentamos na beira do lago, esperando que pudessem recolher o corpo.

– O que houve com seu braço? – Cato pergunta.

– O cão-bestante, que seria Peeta... ele... bem, quebrou meu braço quando tentei matá-lo sozinha.

– Por que não me chamou?

– Porque não precisava, ok? Você já estava lutando com Katniss, se você fosse me ajudar, ela teria te golpeado pelas costas. – digo rapidamente. Ouço o barulho do aerodeslizador. – Vai passar quando voltarmos para a Capital.

E, como se os Idealizadores tivessem ouvido o meu pensamento, eles anunciam uma notícia.

– Atenção, atenção tributos. A regra anterior que permitia que dois tributos do mesmo distrito, se fossem os últimos a sobrar, poderiam vencer, foi... revogada. Boa sorte, e que a sorte esteja sempre ao seu favor.

Perco a paciência, e então, grito.

– VOCÊS ESTÃO DE BRINCADEIRA, NÉ?!

Cato tenta tapar minhas palavras, mas estou cuspindo elas.

– EU NÃO ACREDITO NISSO, EU QUASE MORRO PARA CHEGAR NESSA MERDA DE FINAL COM CATO, AÍ CHEGA NA HORA E VOCÊ DIZ QUE NÃO SE PODE MAIS SAIR COM SEU PARCEIRO DE DISTRITO! E QUER SABER? ESSES JOGOS NÃO PRECISAM DE UM VENCEDOR! NA VERDADE, PODE ATÉ PRECISAR, MAS NÃO VAI SER EU!

Pego uma faca, e aponto para o meu peito. Na mesma hora, Cato se levanta e pega a faca da minha mão na mesma hora.

– Não faça isso. – ele diz.

– Cato, eu só quero sair dessa arena! Viva ou morta! Se eu for viva, que seja com você! Eu só quero que tudo isso acabe! Se eu sair viva sem você... não vai ter graça.

– Como você disse... eles não precisam de um vencedor. – ele pega uma faca que ele levava com si, e também aponta para o seu peito.

– Juntos? – pergunto.

– Juntos. – ele afirma.

Pressiono a faca, e quase perfurando o meu peito, ouço.

– Parem! Parem! Senhoras e senhores apresento a vocês, os vencedores da 74° edição de Jogos Vorazes!

“Acho bom!” tive vontade de gritar, mas com tudo que já falei aqui na arena, é capaz de me matarem na Capital. Jogo a faca no chão, e com esse movimento, machuco ainda mais a minha mão esquerda.

Um aerodeslizador rapidamente chega, e Cato me ajuda a subir na escadinha que jogaram. Subo com muita dor, e uma avox me ajuda a levantar. Sou levada para um quarto, e do nada, sou sedada.


Quando acordo, estou numa cama, sem tubos, sem curativos, sem nada. Apenas com um gesso. Um gesso que incomoda. E muito. Bufo e reviro os olhos. Levanto da cama, saio do quarto e percebo que ainda estou no aerodeslizador.

Vou até o corredor, e entro em uma sala. Na sala, estava Enobaria, lendo uma revista. Ela me ouve e levanta os olhos para mim.

– Está feliz com o que causou? – ela pergunta. – Precisava falar tudo aquilo?

Levanto uma sobrancelha para ela, e sento na poltrona de sua frente.

– Olhe, não estou feliz com tudo isso, mas você tem que concordar, foi muita sacanagem deles de terem feito aquilo.

– Clove! Era óbvio que eles não deixariam dois saírem da arena! Você é uma menina esperta, como não percebeu?! – ela falava num tom bravo. –Ok. Devo admitir, eu não conseguiria matar o garoto que amo.

– Quem disse que amo Cato?! – digo, tentando negar.

– Ah, por favor! Todo mundo percebeu! Acha que não foi transmitido o beijo de vocês? – ela dizia revirando os olhos. –Convença a Capital que ama Cato. Seu amor surgiu na arena... eles serão mais compreensíveis.

Claro, na arena. Pelo menos ela não sabe de tudo, e pelo menos não deixei nada claro.

Então, Cato chega na sala, e Enobaria explica tudo o que devemos fazer.

Em questão de minutos, chegamos na Capital. Pousamos e vamos para o prédio que ficamos antes de ir para arena. Vou até o andar dois, e consigo ouvir Enobaria falando.

– A entrevista de vocês será hoje!

Reviro os olhos sem que ela veja, vou para o meu quarto, e sem nem me importar com meu gesso, me jogo na cama.

Em algumas horas, estarei falando o quanto amo Cato para pessoas desconhecidas. Quem mandou falar tudo aquilo? Quem mandou nascer impulsiva?



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Notas finais do capítulo

Acho... #sóacho que Clove deu aloca nesse capítulo. '=' Enfim
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achou tosco? comente
ou seja, C-O-M-E-N-T-E