Born To Die - Clato escrita por Sadie


Capítulo 14
Capítulo 14




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Com certeza foi Katniss quem explodiu isso aqui. Ou seria Thresh? Ou a garota do 5? Mas ainda acho que foi Katniss.

Fico me esquentando na fogueira. Algumas horas do meu turno já havia passado, e eu estava começando a ficar com sono. Vou até a barraca de Cato para acordá-lo.

–Cato. -o balanço. Ele abre o olho. -Sua vez de ficar de vigília. -Estou quase saindo da barraca para ir para a minha, quando ele me puxa para o seu lado.

–Sai, Cato! -digo, tentando me libertar. -Você tem que ficar de vigília! -grito.

–Não precisa mais. Alguém já acordou. Agora, me deixa dormir sentindo o seu cheiro. -seus braços envolvem minha cintura. Luto para tentar sair, mas por fim, cedo. Bufo e me aninho em seu braço, e pego no sono.

* * *

Quando acordo, Cato não estava mais na barraca. Saio da barraca, e Cato e Marvel estavam sentados á volta de uma fogueira comendo algo. Eles olham para mim.

–Ah, tem um pra você! -Marvel fala, pegando um espeto com aparentemente um esquilo e me oferecendo. Vou até ele e aceito o esquilo.

–Obrigada. -digo, mordendo um pedaço do esquilo. -Você vai procurar Katniss agora?

–Sim. -ele responde. Ele pega a mochila que estava do seu lado e a joga no seu ombro. -Até de noite.

–Boa sorte. -digo. Cato se despede. Acabo de comer meu esquilo. -Hum... Cato, vou procurar um lago para tomar banho.

–Ah, ok. -ele responde. Fácil demais. Levanto, pego minha mochila, coloco um estojo de facas nela e minha garrafa de água. Vou para a floresta e procuro um lago. Acho um lago particularmente grande, no lugar onde tem as pedras molhadas, a água é rasa. Ao redor, o Sol batia nas árvores, que fazia a água cristalina, dando uma linda vista. Vejo se não tem ninguém por perto, e então, tiro minha calça e minha jaqueta. Tiro minha blusa, e vejo Cato saindo de trás de uma moita. Tomo um susto, e por causa disso, escorrego na pedra e caio dentro do lago.

A água fria me faz tremer, e como eu estava enganada: o lago não era nem um pouco raso. Engulo muita água, e meu pé doía. Não conseguia me manter de pé. Cato finalmente vê como estou dentro do lago, e então tira sua blusa e sua calça e pula dentro do lago. Não me aguento mais em pé e acabo afundando no lago. Ótimo, uma carreirista morta afogada.

Engulo muita água, e por causa disso, acabo ficando inconsciente.

Sinto uma pressão em meus lábios, e então, começo a tossir água. Abro o olho, e vejo que Cato estava do meu lado.

–Já falei que te odeio? -minto. Sento do lado de Cato. -Você que fez isso!

–Eu que te salvei! -ele me diz, olhando para mim. Ah, merda. Esqueci que eu só estava com uma calcinha, e meu sutiã.

–Pare de me olhar! -digo irritada. -E por que me seguiu?

–Porque eu sabia que ia dar algo de errado.

–Se você não tivesse me seguido, eu não teria quase morrido afogada!

–Na verdade, teria sim. O lago é muito fundo, e mesmo se eu não tivesse te seguido, e você não tivesse escorregado, você não alcançaria o fundo do lago. -ele diz, com um sorriso de vitória.

Não tinha pensado por esse lado, mas não vou dar o gostinho da vitória pra ele. Bufo e reviro os olhos.

–Você fica linda quando está brava, sabia?

–Não. -digo, me levantando. -Olha pra lá!

Ele obedientemente olha pra outro lado, e pego uma camisa.

–Droga, essa camisa é sua! -exclamo irritada. A camisa parece um vestido em mim! Tiro a blusa e jogo em Cato. Ele começa a rir. Visto a minha blusa certa e a minha calça. Jogo a calça dele para ele, e recolho minhas coisas. Ouço um canhão. Depois, outro canhão.

–Vou voltar pro acampamento. -digo preocupada, soltando o meu cabelo molhado. Penteio ele com a minha mão e o deixo solto. Já estava anoitecendo. Ele levanta, -já vestido-, pega a espada que ele trouxe e vai pro acampamento junto comigo.

Chegando lá, já era de noite. Estou com fome, então como os meus últimos saquinhos com biscoitos. Bebo o resto da minha água. Cato assa dois esquilos, mas peço para ele deixar um para a hora em que Marvel voltar.

Então, o símbolo de Panem aparece no céu, o hino toca, e os rostos dos mortos aparecem. Marvel. Rue, a pequenina do 11.

Marvel.

Marvel morreu.

Agora, não ouvirei mais as suas piadas toscas mas que me faziam rir.

Automaticamente, vou em direção à minha barraca, e fico sentada na "porta" da barraca. Me encolho e coloco o rosto entre os joelhos, e fico assim, olhando fixamente para a fogueira.

A perda de um amigo.

Cato estava sentado do lado da fogueira, olhando fixamente em minha direção. O bom de Cato é que ele respeita o meu momento.

E então, chego ao limite da tristeza: começo a chorar silenciosamente. E fico assim durante horas. Cato então anda calmamente em minha direção, segura uma mão minha e delicadamente me puxa de fraco, então ele pega minha outra mão e me levanta.

Olho para o céu. Estava particularmente lindo, a lua estava brilhante e as estrelas pareciam vagalumes.

Cato então puxa minha mão direita, e "empurra" a minha mão esquerda para trás. Ele faz a mesma coisa com a outra mão, mas ao contrário. Sorrio. Ele ainda se lembra.

Dançamos essa mesma dança há muitos anos, quando eu era uma criancinha ainda e meus pais haviam brigado pela primeira vez. Ele foi o único a me animar. E logo com essa estúpida dança que tanto me diverte.

Com a sua mão direita, ele me faz girar, ainda segurando minhas duas mãos.

Ele faz o mesmo movimento com as mãos. Pode parecer idiota, mas eu gosto de dançar isso com Cato.

Ele põe a mão na minha cintura e a dança vai acabando, com nós dois dançando colados. Na verdade, a dança não acaba aqui, mas estou tão desanimada que não quero continuar. Ele me dá um beijo na testa. Me solto dele e vou para a minha barraca, e com tamanha dor de cabeça por causa de chorar, incrivelmente, durmo.


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Notas finais do capítulo

comentem ldkjalkdja



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