Born To Die - Clato escrita por Sadie
Quando acordo, já está de manhã. Pego um pacote de frutas secas, e a como. Bebo minha água, a troco e passo pomada novamente nos picados das teleguiadas. Já estavam bem melhores.
Estou trocando a água da minha garrafa, quando Cato senta do meu lado.
–Bom dia flor do dia! Dormiu bem? -ele pergunta. Seus cabelos loiros estavam ainda mais claros por causa da luz do Sol.
–Sim... -respondo, então observo algo na moita na nossa frente. -Olha só. -digo, apontando para a moita. Cato levanta, com a lança apontada, e está prestes a jogar na moita, quando uma pessoa sai. Ele vê a lança prestes a se cravar em seu tórax.
–Eu posso ajudar! -o garoto dizia. -Distrito 3.
–Não precisamos de ajuda. -Cato responde, abaixando a lança.
–Precisam sim. Como vão sair para caçar, deixando os suprimentos assim? Posso fazer armadilhas.
–No que está pensando? -me intrometo.
–Tiro os explosivos das plataformas e recoloco em volta dos suprimentos, protegendo de roubo.
–Isso não vai explodir quando alguém pisar nele, explodindo a comida junto? -eu e Cato perguntamos em sintonia.
–Não. Apenas a pessoa. -o garoto nos assegurou.
Não confio muito, mas por fim, aceito. Ele começa a escavar os explosivos, Marvel estranha o menino, mas eu explico para ele o que ele estava fazendo. Cato estava na boca da Cornucópia, e eu fico o observando.
–Você gosta dele, não gosta? -Marvel pergunta quase afirmando, sentando do meu lado num tronco de árvore que parecia um banco.
–Que?! Claro que não... -tento disfarçar.
–Ora! Eu percebi como você olha para ele.
–Tá tão na cara assim? -pergunto sem graça. Ele ri confirmando. Ficamos em silêncio, até que a noite cai. O jogo estava muito parado, e então resolvemos caçar os tributos. Deixamos o menino do 3 acabando de escavar os explosivos, e Marvel fica vigiando ele, caso ele tente fugir. Ah, que ótimo. Acho que não foi só por isso que Marvel se ofereceu para ficar. Babaca total.
Resolvemos ir para a área que quase ninguém vai, onde o garoto do 11 foi. Estamos andando quando Cato me pressiona contra uma única árvore feia e seca que ali havia. Estou prestes a perguntar o porque daquilo, quando vejo que uma cobra ia dar o bote em mim. "Obrigada" sussurro para ele. Ele assente e sussurra de volta "vamos embora daqui".
Chegamos no acampamento, Marvel havia feito uma fogueira e o menino do 3 havia sumido. Pergunto onde ele está para Marvel.
–Dormindo. A armadilha já está pronta. Acharam algo? -ele diz.
–Uma cobra, e uma possível picada na minha cara. -digo, entrando na barraca. Como um dois saquinhos de biscoito, pego minha faca e durmo.
* * *
Quando acordo e saio da barraca, Cato e Marvel estavam se preparando para sair. Estou prestes a perguntar o porque, quando vejo a fumaça. Me preparo também, e Cato diz que o menino do 3 vai ficar vigiando, mas ele protesta, dizendo que quer ir e que já tem as armdilhas prontas. Por fim, Cato aceita e vamos em direção à fogueira.
Chegando lá, não havia ninguém. Uma fogueira abandonada? Talvez. Olho para cima, e lá estava outra fogueira. Pode ser uma armadilha. Mas resolvemos ir atrás da fogueira.
Quando chegamos lá, ninguém também. É uma armadilha. Estou prestes a avisar ao resto, quando ouvimos uma explosão vindo da Cornucópia. Com tamanha força, o chão treme. Cato, enfurecido, sai correndo para a Cornucópia, juntamente comigo e com Marvel. O menino do 3 estava vindo atrás.
E então vejo o estrago.
A Cornucópia havia explodido -alguns objetos ainda estavam em chamas-. Pego a minha garrafinha de água, e inutilmente, tento salvar os objetos, jogando água neles.
–Olha o que você fez! -Cato gritou, irritado e descontrolado, para o menino do 3.
–Eu não queria ter feito isso! -o menino grita. Ele tenta correr, mas Cato o prende em uma gravata e torce o seu pescoço. Rápida assim a morte do garoto do 3.
Cato está descontrolado, como quando anunciaram a nota da garota do 12. E eu tenho certeza de que foi ela que fez isso. Mas não estou vendo ninguém perto da Cornucópia, então a pessoa que fez isso deve estar morta. Eu e Marvel corremos para acalmar Cato.
–Eu vou atrás dela! -Cato diz.
–Não vai não! Eu que vou! -digo, com medo de que algo aconteça com ele.
–Nenhum dos dois vai! Eu vou! -Marvel decide, me encarando. Ah, não. Ele me avisou só pelo olhar. Ele vai fazer isso porque ele sabe que se pode morrer, e que se eu for e morrer Cato vai ficar triste e vice-versa.
Ele falou, pondo um ponto final na história, e sai de perto.
Cato ainda não estava calmo, e então ele diz que vai dormir, e acabo ficando de vigília.
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