Heart Like Stone escrita por maria tommo


Capítulo 5
Capítulo 5 - Celebrities.




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Por um lado, Lisa preferiria estar em turnê com algum cantor chato e desinteressante. O motivo era obvio: ela continuava a negar pra si mesma que estava um tanto quanto interessada demais no Greyson, mas no fundo ela sabia que era verdade. Ela realmente estava interessada nele. Talvez não apaixonada, mas ela conhecia aquele sentimento. É tipo uma pré-paixão. Ela não sabia se isso fazia o mínimo sentido pros outros, mas fazia pra ela.

Pode ser um sentimento bom - pode ser ÓTIMO - mas isso é quando o menino não é um cantor conhecido nos 5 continentes do mundo. Ele vivia em um mundo totalmente diferente do de Lisa. Ela conhecia esse mundo suficientemente bem por causa de sua mãe, e sabia que nunca faria parte dele. Porém, sabia que ele não era uma pessoa famosa comum. Muitos dos amigos dele eram pessoas normais, como Lisa.

Mas por que ela estava pensando nisso, afinal? Ele só tinha se aproximado dela por falta de companhia. Ele dissera que não, mas ela sabia que era verdade. Fazer vários shows e passar vários dias longe de casa sem ter ninguém da idade dele pra conversar deveria ser terrível, quando ele ficou sabendo que havia uma pessoa da idade dele na turnê, deve ter ficado no mínimo aliviado.

A mãe de Lisa pediu o café da manhã delas. Uns vinte minutos depois ele foi entregue na porta delas.

– Vamos partir daqui álgumas horas. - Disse ela enquanto se sentava de um lado da mesa e gesticulava pra Lisa sentar do outro. Lisa sentou-se e começou a silêncio, até sua mãe dizer:

– Como está sendo a turnê pra você?

– Legal. Bem... diferente. - Lisa morria de vontade de desabafar com a mãe, mas tinha medo de como seria sua reação.

– Diferente? - Sua mãe fez uma cara de "interrogação" e Lisa teve a sensação de que ela já sabia de alguma coisa. – Diferente em que? Sua aproximação com o cantor principal?

Lisa olhou pra sua mãe, esperando que ela estivesse com uma cara super fechada, e já esperando pelo sermão que ela tinha certeza que viria. Mas na verdade ela parecia estar segurando o riso. Ela disse:

– Lisa, eu sei que você deve estar encantada com ele. E quem sou eu pra te desiludir? Eu não sei se ele tem o mesmo interesse por você. Mas filha, eu me sinto na obrigação de te dizer isso: ele é famoso. Ele lida com várias meninas correndo atrás dele todos os dias, é normal que ele seja lisonjeiro e encantador, certo? Então talvez você deva conversar com ele antes de tudo.

– É, com certeza eu vou chegar numa pessoa que acabei de conhecer praticamente e dizer "E aí, eu estou meio afim de você e queria saber o que você sente por mim" – Lisa revirou os olhos, que aliás, estavam se enchendo de lágrimas. Ela estava pensando as mesmas coisas que a sua mãe, mas de alguma forma, ouvir outra pessoa dizendo aquilo em voz alta tornava as coisas piores. – Enfim, eu não estou apaixonada por ele. E eu definitivamente não vou me apaixonar depois dessa.

A mãe de Lisa olhou-a com um ar triste, e Lisa levou da mesa e saiu. Se ela continuasse mais um minuto ali iria começar a chorar loucamente. Ela foi pro elevador e desceu no saguão do hotel. Ficou sentada lá até as primeiras pessoas da equipe aparecerem.

Em um momento, um garoto loiro desceu de um dos elevadores. Demorou algum tempo pra Lisa perceber que ele era a outra 'atração' da turnê, Cody Simpson. Ele olhou para Lisa e desviou o olhar no mesmo segundo.

Algum tempo depois, ele surgiu novamente, só que dessa vez sentado na poltrona ao lado de Lisa. Quando ela o ouviu sentando ao lado dela, olhou pra ele com uma expressão mau humoada. Nunca iria imaginar que era ele ali sentado.

– Nossa, alguém acordou com o pé esquerdo hoje. - Ele disse, dando um sorriso torto. – Lisa, não é?

– Hum, é. Como você sabe?

– Ontem eu passei um tempo conversando com meu amigo. - Ele disse isso e fez uma pausa, então Lisa imaginou que ele havia ignorado totalmente a pergunta dela e passado para um assunto completamente diferente e aleatório, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele continuou: – E boa parte desse tempo ele falou sobre uma tal de Lisa, filha de sua estilista. E a menos que tenha outra menina nova e bonita no meio da equipe, suponho que seja você. - Ele disse isso como se estive explicando uma charada para uma criança.

Lisa não sabia dizer. Ela tinha sido o assunto de duas pessoas famosíssimas? Super constrangedor.

– Você não é muito de falar né? Ou talvez eu esteja te intimidando - ele fez uma cara de "estrela" e depois riu. – Estou brincando. Mas e aí, está curtindo passar um tempo na estrada?

– Meio cedo pra dizer, não acha? - Lisa disse, sorrindo.

– Eu vou te lembrar mais tarde então, pode ter certeza. - Cody piscou para Lisa.

Nesse momento, a mãe de Lisa e Greyson sairam de elevadores diferentes praticamente ao mesmo tempo. E os olhos dos dois encontraram os de Lisa ao mesmo tempo. Sua mãe pareceu indiferente, e se juntou ao resto da equipe; Greyson estreitou os olhos e se dirigiu até eles.

– Bom dia amigos. - Greyson deu um sorriso um tanto quanto forçado. – Qual é assunto?

– Você, cara. Sua namorada não cansa de falar de você, ficou meio cansativo pra mim. Da próxima vez você deveria passar a noite no quarto dela, não no meu. - Cody olhou pra Lisa com uma expressão que dizia "E aí, o que você vai fazer agora?" junto com um sorriso travesso.

Lisa sentiu uma vontade imensa de dar um soco naquele rosto bonitinho que deveria estar na parede de milhares de meninas pelo mundo afora, mas Greyson aparentemente entendeu a piada.

– Pelo menos eu tenho uma namorada. - Greyson disse, empurrando Cody quando ele levantou. Cody deu um último sorriso e foi andando até sua equipe, do lado esquerdo do saguão.

– Ele é sempre assim? - Lisa perguntou quando ele foi embora. Ainda deveria estar vermelha como um pimentão, mas tentou ignorar esse fato.

– Acostume-se. - Greyson sentou-se na poltrona onde antes estava Cody, ao lado de Lisa.

Nem cinco minutos depois, foram chamados para entrar no ônibus e partir. Greyson levantou-se primeiro, e estendeu a mão pra Lisa, que entrou em choque e ficou encarando ele, como se procurasse algum indício de que era só uma brincadeira. Mas ele continuou ali, com a mão estendida, e disse:

– Só estou sendo um cavalheiro.

"É, esse é o problema" pensou Lisa.


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